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Por que terceirizar a logística?

Essa é uma dúvida muito comum! Apesar de muito se falar sobre outsourcing (terceirização) ainda existem muitas empresas que realizam determinadas atividades, diferentes do seu Core Business (Negócio Chave/Atividade Fim) internamente.

terceirizacao logisticaEsse posicionamento pode estar correto, principalmente se tais atividades forem exclusivas e o mercado não dispor de Prestadores de Serviços capacitados para sua execução.

Por outro lado, existem diversas empresas cujo negócio é especificamente atender o que não é o Core Business de seus clientes! Em outras palavras, prestadores de serviços capacitados para exercer funções específicas para outras organizações, nas quais estas são somente um suporte e não a atividade fim.

No caso da Logística não é diferente! Um Prestador de Serviço Logístico (PSL), no inglês Third-party Logistics (3PL), concentra todos os seus esforços neste segmento.

Veja através de diferentes perspectivas o porquê de terceirizar a logística:

 

– Pessoas

Isso significa que as pessoas que atuam neste ramo são especialistas no assunto, tanto por formação acadêmica (MBA, mestrado, doutorado, etc) quanto pela experiência profissional. Além disso, estão envolvidas no meio, participando de feiras, fóruns, reuniões e tendo acesso a canais destinados ao setor, tais como revistas, blogs, etc. Portanto, conhecem novas tecnologias e tendências nacionais e internacionais. Tudo isso reflete nas Soluções e Diferenciais oferecidos aos seus clientes.

Para a empresa que terceiriza, pode haver uma considerável redução do quadro de funcionários, o que diminui a necessidade de gestão, espaço e outras tarefas administrativas relativas a pessoas.

– Equipamentos

Existem dezenas de equipamentos aplicáveis na armazenagem e movimentação de materiais. Porém, é preciso conhecer o que eles oferecem e quais suprem ou não a necessidade de cada operação. Em alguns casos um equipamento influencia em outro e uma escolha errada pode comprometer toda a operação, por isso é importante entender do assunto!

– Processos

Ter um processo robusto é a base para uma boa operação! É preciso mapear todas as atividades e entendê-las de

forma detalhada, assim é possível gerar: velocidade, qualidade, flexibilidade, produtividade, confiabilidade, etc.  Ambiente/Layout

Para operacionalização é preciso ter um ambiente adequado em termos de: espaço (área, pé direito, capacidade de peso do piso, docas elevadas, iluminação, sistemas de detecção e combate a incêndio, segurança, etc) e layout adequado para proporcionar redução dos movimentos, tempos (lead time) e melhor aproveitamento do espaço.

– Qualidade

É o que todo prestador de serviços deve buscar continuamente!

Um dos principais motivos pelo qual algumas empresas têm receio em terceirizar. É fato que nem todos os prestadores conseguem garantir um bom Nível de Serviço, por isso é importante escolher o parceiro certo! Esse deve contar com um SGQ – Sistema de Gestão da Qualidade desenvolvido, implementado e controlado através de importantes indicadores (KPI- Key Performance Indicators).

– Tecnologia

O mercado está em constante evolução, por isso novas tecnologias surgem diariamente. É preciso trabalhar atualizado e implementar os novos recursos disponíveis, tanto hardwares quanto softwares. Tudo isso pode gerar maior produtividade, agilidade, qualidade, menores custos ou também pode ser um diferencial para o cliente final!

– Custos

Creio que esse seja o fator principal para a escolha de terceirização pela maioria das empresas! Na prestação de serviços é possível ter custos menores, tudo depende da eficiência do operador logístico. Em muitos casos é ainda possível substituir custos fixos por variáveis, o que é muito positivo para as organizações!

As perspectivas acima são apenas alguns exemplos, além dessas existem diversas outras que podem ser observadas. Importante lembrar que a eficácia da terceirização depende de todas as partes envolvidas nas etapas dessa mudança.

Para concluir, deixo a questão: Devo concentrar os recursos da minha organização no meu Core Business (Negócio Chave/Atividade Fim) e realizar internamente tudo o que foi mencionado acima?

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Aplicação do Big Data na Logística

O termo Big Data vem sendo bastante utilizado no mundo dos negócios.  Segundo a definição da IBM trata-se de grande volume de dados cada vez mais relevantes nas informações extraídas deles.

Isso significa basicamente que através da análise dos dados, obtemos informações. Em outras palavras, dados estão geralmente na forma bruta representados por palavras e/ou números que por si só não dizem muito coisa! Partindo do tratamento desses dados, como as correlações e segmentações por exemplo, conseguimos obter informações importantes.

Vamos usar um exemplo real. Imagine o caixa de um supermercado, os produtos são registrados através de seu código de barras num sistema computacional, o qual gera baixa no estoque, identifica o valor unitário e calcula o total da compra. Cada registro desse é um dado na forma bruta. Agora pense no total de registros realizados em todos os caixas de um supermercado num dia, multiplique pela quantidade de dias no mês, agora pelo números de supermercados na sua cidade, por exemplo. O resultado é enorme!

Isoladamente essas dados não tem tanta relevância, mas é uma fonte de informação muito importante. É possível correlacionar alguns produtos com outros e descobrir que, num exemplo muito simples, quando o cliente compra um Vinho, geralmente compra um queijo. Ainda é possível verificar o que vende mais num determinado horário do dia ou ainda, período do mês e ano. Ainda é possível descobrir quais itens estão mais presentes nas compras com maior ou menor valor total. Uma infinidade de informações podem ser extraídas do Big Data!

Com o resultado deste trabalho, as organizações tem condições de conhecer melhor o seu negócio e seus clientes. O bom uso disso aumenta a eficiência e gera vantagem e diferencial competitivo no seu segmento de atuação.

O Big Data na Logística não é diferente, avaliando o dia a dia operacional de um Operador Logístico também é possível observar o grande volume de dados. Para exemplificar, cito de forma básica um fluxo logístico interno:

1. Receber Pedido > 2. Coletar Itens > 3. Conferir Itens > 4. Embalar Pedido

O que é feito em cada atividade:

1. Receber Pedido: Cliente do Operador Logístico ou cliente final seleciona o(s) produto(s), quantidade(s) e informa o local de entrega, geralmente via sistema;

2. Coletar Itens: Com o pedido em mãos o colaborador do Operador identifica o endereço do(s) item(s) no armazém, dirige-se até o local e coleta na quantidade solicitada;

3. Conferir Itens: Com o pedido e os itens em mãos é realizada uma conferência para verificar se os produtos são de fato o que foi solicitado;

4. Embalar Pedido: Acondicionamento dos produtos dentro de embalagens e identificação para posterior transporte.

Em todas as etapas anteriores são realizados registros em sistema, formando um grande banco de dados, veja alguns exemplos do que podemos extrair deles e melhorar eficiência:

2. Coletar Itens

  • Itens que tem maior giro – Devem ser endereçados em locais de fácil acesso e, consequentemente menor necessidade de movimentos e tempo;

3. Conferir Itens

  • Itens coletados errados – Avaliar  causa e implementar melhorias para evitar coletas erradas;

4. Embalar Pedidos

  • Tamanho médio dos produtos – Utilizar embalagens que atendam ao tamanho médio dos pedidos, reduzindo desperdícios.

Foram listados acima alguns resultados que podem ser obtidas através do Big Data e convertidas em maior eficiência operacional. É claro que existem milhares de outras informações que podem ser resultado de análises, tanto no âmbito operacional quanto no estratégico. O mais importante é saber aplicar esse conceito e gerar maior eficiência, diferencial e vantagem competitiva!

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7 regras para obter sucesso com terceirização

A opção pela terceirização de certa atividade é uma mudança com impactos significativos para as organizações, em alguns casos vitais para a continuidade do negócio. Especialmente se estiver relacionada de alguma forma direta ou indiretamente com seus clientes.

terceirizacao sucessoÉ o caso da terceirização logística! Por essa razão compartilho a seguir algumas das principais regras básicas para garantir o sucesso neste relacionamento:

1. Faça uma boa análise antes de decidir por terceirizar

Essa decisão é de extrema importância para a gestão empresarial e clientes da empresa. Deve-se levar em conta os Pontos Positivos e Negativos, Oportunidades e Ameaças, sugiro sempre utilizar a Análise S.W.O.T. Faça tudo com muita cautela, saiba que problemas podem surgir durante a o período de implementação, esteja preparado!

2.  Selecione bons parceiros

Existem dezenas de parceiros disponíveis no mercado, muitos utilizam novas tecnologias, bons métodos, equipamentos, etc. Porém o principal cuidado que deve ser tomado neste momento é se sua empresa irá se adaptar ao modelo de negócio do parceiro ou o parceiro irá se moldar às suas necessidades particulares.

3. Deixe claro para os Prestadores de Serviços Logísticos as expectativas quanto à operação

É essencial ao Prestador de Serviços conhecer as expectativas dos seus clientes. Assim pode concentrar seus esforços em ações que aumentem a Satisfação de seus Clientes. Isso pode ser claramente controlado/monitorado através de Indicadores.

4. Avalie além do custo unitário a solução completa proposta

Já notei várias vezes empresas, através de seu setor de Compras, nomearem um fornecedor/prestador de serviços por apresentar menor custo unitário. O que isoladamente é um grande erro! É preciso conhecer a solução completa que está sendo proposta, comercialmente e tecnicamente. Somente assim é possível prever custos mais reais a serem pagos futuramente, além de ter uma verdadeira visão de quem tem o melhor custo!

5. Formalize um contrato

A formalização é uma forma de proteção aos envolvidos, garantindo quesitos importantes para as partes numa operação. De um lado geralmente são feitos investimentos, contratações, entre outros para viabilizar a operacionalização, de outro está a satisfação dos clientes da contratante.

6. Defina procedimentos e políticas

Determinadas atividades devem ser executadas de forma padrão, o que pode ser até mesmo um diferencial competitivo. Por este motivo devem ser documentados e alinhados com o Prestador de Serviço. Outro ponto importante está relacionado as políticas da empresa, as quais o prestador deve ter conhecimento e estar preparado para tomar as decisões corretas quando necessário.

7. Mantenha boa comunicação

Durante a operação no dia a dia cliente e terceiro precisam trabalhar em sintonia, de forma alinhada. Para isso acontecer é essencial uma boa comunicação. Esta por sua vez depende dos canais disponibilizados, treinamentos, procedimentos, reuniões periódicas, pesquisas de satisfação, entre outros. Além disso, avalie constantemente os Indicadores estabelecidos e forneça feedback sobre eles.

Mesmo parecendo simples, essas regras, se bem aplicadas, são capazes de garantir um bom relacionamento entre Empresa, seus cliente e Prestadores de Serviço.