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Carreira

Quem tem chefe é índio

Na carreira profissional são relevantes os comportamentos, sentimentos e ações que contribuem para o alcance dos objetivos organizacionais. Numa empresa não adianta o indivíduo ser um “poço de sabedoria” ou o portador de um belo currículo, se não “fazer gol”. Na vida empresarial, o objetivo não é o saber, mas a ação. Usando a sabedoria do homem do campo, podemos dizer que por mais fértil que seja a terra, sem ação, toda a produção apodrecerá na lavoura.

É o que você faz que diz quem você é. As empresas não avaliam os colaboradores pelas suas intenções, mas por suas ações. Desafios são oportunidades disfarçadas. Poucos conseguem enxergar o trabalho como uma universidade para o seu desenvolvimento. A melhor definição para sorte que conheço é que sorte é a junção do preparo com a oportunidade. Infelizmente para muitos, “a vida é como uma cebola que se descasca chorando” – passam pela vida reclamando de tudo e de todos e da falta de oportunidades.

Pressionadas pela necessidade de alcançar rápidos resultados, as organizações do século XXI clamam por um novo perfil de profissionais e de líderes. Indivíduos que têm habilidades técnicas e humanas, capazes de atingir metas e desenvolver novas habilidades e que saibam distinguir muito bem ­– produção de produtividade e eficiência de eficácia.

A criatividade e o talento de seus integrantes é o maior patrimônio das organizações. Gente para fazer a diferença precisa estar motivada. Sem disciplina e comprometimento não se alcançam os objetivos desejados. Máquinas e tecnologias sozinhas não encantam clientes. Atrás das máquinas e equipamentos sempre tem gente.

Diante das novas exigências, precisa-se de novas habilidades e treinamentos. Não é novidade que as escolas preparam as pessoas para o mundo de ontem, que já não existe mais. As empresas sentem-se órfãs diante do desafio de preencher vagas com as pessoas certas. Conhecer muito bem o que faz por si só não garante mais o sucesso. É preciso ir além de recolher os impostos e ingenuamente esperar a contrapartida dos governos tais como saúde, educação e segurança. As organizações precisam se tornar organizações de aprendizagem.

Neste contexto, cada vez mais os líderes são valorizados pelo sucesso de seus liderados. Sabem se liderar e se controlar. São dotados de paciência, mansidão e sabedoria. Possuem habilidades para criar e alimentar a confiança da equipe. Dominam as ferramentas da mudança. Delegam e acompanham. Aceitam o desafio de formar equipes autogeridas. Para isso, não se limitam a dar ordens, mas ajudam os subordinados a pensarem e desenvolverem sua autonomia de ação. Transformam as empresas de centros de lucros para centros de pessoas que geram lucros.

Depois da queda do Muro de Berlim, esfacelou-se a pirâmide da hierarquia tradicional de mando das organizações empresariais. Diante da hegemonia do mercado, da exigência de redução de custos e da rapidez de respostas, as organizações, para sobreviverem, viram-se diante de um novo desenho organizacional. Agora “quem tem chefe é índio”, bem-vindo ao novo mundo do empowerment. ‘Adeus’ à era industrial em que “manda quem pode e obedece quem tem juízo”. “Tchau” à ditadura dos que planejavam sobre os que executavam. É a hora e a vez dos intra-empreendedores. “Bye-bye” para a dependência ou a independência; é a hora e a vez da interdependência, onde cada um deve ser líder em sua função.

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Carreira Desempenho Logística

Negociando para ganhar

A negociação é uma das coisas mais comuns às quais estamos expostos no dia-a-dia. Porém, no mercado competitivo em que vivemos, o “poder” de barganha mudou da mão da empresa para a mão do cliente.  Isso significa que para crescer ou até mesmo para sobreviver, cada vez mais é necessário habilidade, astúcia, conhecimento e flexibilidade. Como representante ou vendedor você está tratando com compradores muito bem preparados, profissionais escolados na arte de barganhar.

Negociação é o processo de busca de um acordo, onde cada parte obtém um grau ótimo de satisfação. Assim, o negociador não deve se fixar unicamente na sua satisfação, mas também no alcance dos objetivos da outra parte envolvida, conhecida como “negociação ganha-ganha”.

No passado, vender era 10% relacionamento, 20% qualificação, 30% apresentação da proposta e 40% fechamento. O objetivo do vendedor era manipular o cliente e levá-lo a dizer SIM. No presente, vender é 40% construção de confiança, 30% identificação de necessidades, 20% apresentação e proposta e 10% fechamento. As pessoas não irão negociar a não ser que confiem no fornecedor. Tampouco vão continuar negociando se a confiança for abalada.

O que é preciso para ter êxito em uma negociação?

Saber ouvir. Num jogo é importante saber o que seu oponente pensa, o que ele sabe, quais as pressões que ele está submetido. Ouvir o outro lado e entender quais são seus interesses. Trata-se de uma tarefa difícil, porque sempre que vamos negociar alguma coisa pensamos apenas em como resolver nosso problema. Mas negociar é um exercício de ajudar a resolver o problema alheio. Em contrapartida, o outro lado resolverá o seu.

Ter paciência. Poucos negociadores conseguem controlar a ansiedade e isto, por vezes, acaba custando muito caro. Por mais desesperados que estejam, eles não devem demonstrar. Os compradores adoram negociar com fornecedores afobados, que querem fechar o negócio rapidamente. Idem os vendedores. Ao mesmo tempo, se o vendedor demonstrar paciência e firmeza nos argumentos e nos números, o comprador acaba se convencendo que já obteve todo o desconto que era possível e fecha o negócio.

Mantenha a calma e não se apavore. Negociação é um processo e ao mesmo tempo um jogo.  A sua habilidade em negociar vai ser o fator principal para conseguir uma boa margem de lucro.

Talvez você seja o representante da única empresa que tem o que o comprador precisa, mas tudo o que ele fala e faz, da linguagem corporal às palavras utilizadas, é cuidadosamente calculado para fazer você acreditar que sem um desconto adicional o pedido vai ser colocado com o seu concorrente.

Ser cético. Suspeite das informações e posturas. Teste, bata o pé e seja firme. Talvez você seja forçado a dar todo o desconto possível para concretizar o negócio, mas na maioria das vezes isto não é necessário.

O que você recebeu em troca dos descontos que concedeu?  Se você der tudo o que puder, você não negociou – simplesmente cedeu. Negociar não é ceder, é trocar.

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Carreira

Fazendo por merecer

As organizações são como impressões digitais, únicas. Cada uma tem sua história, cultura, tradições e métodos de trabalho; estes elementos, em sua totalidade, formam o clima organizacional. O conjunto das tradições (passado), das necessidades (presente) e das aspirações (visão de futuro), dá origem à cultura das organizações.

A cultura molda e explica a forma de ser, agir e reagir das instituições. Sendo assim, ao ser aceito no quadro de funcionários de uma empresa, antes de sair por aí tecendo comentários negativos, procure conhecer a sua história e a trajetória empreendedora de seus fundadores, acionistas e proprietários. Busque entender as razões que fizeram a empresa ser como ela é e a fazer as coisas como faz. Só então, tome as atitudes necessárias para corrigir os rumos, propor mudanças e construir uma nova visão de futuro.

Quem almeja fazer carreira numa organização, precisa antes de tudo compreender a sua cultura organizacional. As lideranças tendem a optar pela promoção de colaboradores cujo comportamento se coadune com seu próprio comportamento. Por outro lado, um colaborador ao optar por uma empresa espera encontrar um clima apoiador, capaz de atender as suas expectativas e necessidades econômicas e sociais.

A percepção que o colaborador tem desse clima produz em sua mente a imagem da empresa, e sabe-se que a primeira impressão é a que fica fortemente gravada. Dificilmente teremos uma segunda chance para causar uma boa impressão como no primeiro contato. Quando uma empresa trata os candidatos a emprego com pouco caso, por vezes dando-lhes um “chá de banco” na recepção, está colocando uma pá de cal em cima do sonho de trabalhar numa empresa que respeita as pessoas e pela qual vale a pena se comprometer.

Do ponto de vista da compreensão da motivação humana, as dificuldades das pessoas começam quando precisam trabalhar ou viverem juntas. As suas referências e perspectivas de vida são únicas e particulares. O que motiva um indivíduo pode não ter nenhuma importância ou significado para um outro. Não é fácil reconhecer e aceitar a diversidade humana. Homens e mulheres são diferentes, pensam e agem de formas diferentes. Jovens e adultos pensam e agem de maneira peculiar. Todas as pessoas são diferentes e essas diferenças por vezes causam conflitos.

Somente profissionais motivados são capazes de se responsabilizarem pelos projetos de uma empresa e agirem como empreendedores em suas esferas de atuação, gerando resultados. Resultados significativos e duradouros dependem da construção de uma equipe de pessoas conectadas com o que fazem, dotadas de iniciativa, proativas, planejadoras e autodisciplinadas.

Iniciativa é a ação daquele que é o primeiro a propor ou a pôr em prática uma idéia. Proatividade é a capacidade de prever oportunidades, assim como problemas, fatos e atos antes que aconteçam; é antever consequências e antecipar-se na ação, agindo com rapidez e eficácia. Planejamento é a capacidade de antecipar o futuro tal como queremos que ele seja, de forma a maximizar os recursos e resultados. É o trabalho de preparação, no qual se estabelecem os objetivos, as etapas, os prazos e os meios para a sua concretização.

Funcionário novato, para ter um bom começo, deve “dançar” conforme a cultura organizacional, para só depois de integrado ao sistema propor mudanças. Empresas que querem atrair e manter em seus quadros pessoas com capacidade de realização acima da média devem tratá-los desde o primeiro contato como clientes especiais.

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Carreira Gestão

Liderança: a arte de se relacionar

Nossa sociedade é infestada de gerentes, chefes, encarregados, supervisores, capatazes e até feitores. Milhares sonham em ser líderes, mas poucos alcançam este objetivo. Isto porque não nascemos líderes, precisamos nos tornar. No universo em movimento em que vivemos, o que
não cresce atrofia. Ficar limitado apenas ao sonho ou desejo não leva ninguém a lugar algum – é preciso ação. A vida é bela, mas é breve e quem não sabe onde está e nem para onde vai, consequentemente passa a existência perdido. O ser humano nasce com um potencial fantástico,
porém o que uma pessoa pode ser ela precisa se tornar. Antes de sermos líderes de outros, temos de ser de nós mesmos, para assim desenvolver os conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias para exercer com maestria o papel de liderança.

É muito diferente a conduta de um chefe e de um líder:

– O líder aconselha, o chefe determina

– O líder inspira entusiasmo, o chefe impõe pelo medo

– O líder diz “nós”, o chefe diz “eu”

– O líder foca nas pessoas, o chefe nas tarefas

– O líder contempla o futuro, o chefe o passado

– O líder eleva cada colaborador a líder no que faz, o chefe centraliza as decisões

– O líder se preocupa com a missão, valores e pessoas; o chefe com resultados imediatos e aparentes.

Ser líder requer conhecimento de si mesmo, da equipe e do negócio. O primeiro check-up e adequação a ser feita é com relação à pessoa do líder. Isto envolve a imagem, postura, aparência, crenças, hábitos e energia; e também aprimoramento, conhecimento, entender de gente e de
relacionamento.

O segundo ckeck-up diz respeito à equipe: sua imagem, postura, aparência, crenças, hábitos, perfis, gostos, preferências e interesses. O terceiro é relacionado ao negócio e envolve os níveis de paixão, afinidade, conhecimento, crenças, envolvimento, história, cultura, filosofia, regras do jogo, benefícios e processos da instituição.

Para ser líder, além da competência técnica é preciso entender de gente. James Hunter, autor do famoso best-seller “O Monge e o Executivo”, define liderança como “a habilidade de influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente visando atingir os objetivos identificados
como sendo para o bem comum”. Atingir estes objetivos requer uma boa capacidade de relacionamento e de comunicação.

Relacionamento implica em entender de pessoas e saber se comunicar. Especialistas afirmam, a partir de pesquisas, que 86% das demissões de gestores têm como causa a falta de competência pessoal e não de competências técnicas. Já a comunicação é a capacidade de se fazer
entender. Para isso é fundamental falar na linguagem dos ouvintes, pois a responsabilidade de se fazer entender é de quem comunica. Comunicação não é o que se diz, é o que a outra parte entende. Quem pensa que precisa ler o dicionário para ser um bom comunicador está redondamente enganado, pois comunicação é 7% palavras, 38% tom de voz e 55% fisiologia (linguagem corporal).

Liderar envolve mudança. O papel do líder numa instituição é levar a empresa, departamento ou setor, de um ponto “A” para um ponto “B”. Isto é, partir de um estado atual e chegar a um estado desejado. Para isto, muito contribui o desenvolvimento das capacidades de organização e
planejamento. Fatores como objetivos, metas, mudanças, recursos, ferramentas e processos fazem parte da rotina de um bom gerente.

Só é líder eficaz quem atinge os resultados desejados. Uma empresa somente consegue pagar as suas contas e investir se obtém resultados, e não com as boas intenções ou justificativas esfarrapadas dos que têm a responsabilidade de comandar.

Líder que é líder de verdade, quando atinge os objetivos divide os méritos com a equipe, e quando fracassa assume inteira responsabilidade.

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Carreira

O hábito da excelência

Dois grandes obstáculos mantêm milhões de pessoas presas ao holocausto do fracasso. O mais notável deles é o conformismo, popularmente conhecido como a síndrome de Gabriela, cujo comportamento é: “eu nasci assim, eu cresci assim, e sou mesmo assim, vou ser sempre assim… Gabriela…”. Longe de ser contra o progresso; apenas não queremos mudar a nós mesmos. A segunda coisa é o pernicioso hábito de se fazer de vítima ou de terceirizar a culpa por nossos erros e fracassos.

A nossa vida somente muda quando incorporamos novos hábitos. Se desejamos ardentemente o sucesso, a grande notícia é que não precisamos vencer os outros, basta vencermos a nós mesmos. O notável filósofo grego Aristóteles (384–322 A.C.) advertiu que “nós somos aquilo que fazemos repetidas vezes, repetidamente. A excelência, portanto não é um feito, mas um hábito.” Sendo assim, temos duas decisões a tomar:

1ª. Incorporar novos hábitos que nos façam evoluir.

2ª. Abandonar velhos hábitos que vêm atrasando a nossa vida.

Seja alguém que você quer se tornar. Viver em estado de excelência requer um processo de melhoria contínua. Quem quer se tornar uma pessoa melhor e um profissional reconhecido, deve responder constantemente a si mesmo as três inquietantes perguntas:

1- O que eu preciso começar a fazer?

2- O que eu preciso parar de fazer?

3- O que eu preciso aprender a fazer?

Superada a fase do diagnóstico, o que vai fazer a diferença é fazer. Para a maioria das pessoas não faltam informações sobre o que devem fazer, falta é FAZER!!! Pois, sabe-se que “saber e não fazer equivale a ainda não saber”.

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Desempenho Gestão Logística

O varejo precisa se reinventar para sobreviver

A competitividade globalizada impõe novos conceitos de produtos, processos e formatos de lojas. A cada dia surgem novas tecnologias e inovações na forma de ser e de operar os negócios.

O desenvolvimento contínuo de novas tecnologias e inovações geram uma crescente ampliação de benefícios aos clientes e asseguram a competitividade das empresas.

Por mais que essas novas tecnologias agreguem valor, o elemento humano ainda é fundamental para o bom desempenho das vendas. Sabe-se que clientes gostam e compram mais em lojas que possuem vendedores motivados, qualificados e dispostos a atendê-los.

Por maiores que sejam os avanços tecnológicos e a disponibilidade de produtos e informações na internet, gente ainda gosta de ser atendida por gente que as ajude a escolher e a tomar as melhores decisões. A prova disso é o grande número de pessoas que desligam o telefone ao serem atendidas por secretárias eletrônicas, e o espantoso volume de carrinhos de compras abandonados, sem compras concretizadas, nos sites de comércio eletrônico. Em alguns sites, o número de compras iniciadas e não terminadas é superior aos pedidos fechados.

Três tendências são hoje uma constante no varejo: a busca por conveniência, a customização e a indulgência.

Conveniência

No ritmo frenético atual as pessoas valorizam cada vez mais a oferta de facilidades e conveniências. Comprar tem de ser sinônimo de prazer e não de sacrifício. Os clientes ditam o mix dos produtos, como querem as embalagens, as entregas e o pagamento. Varejistas que não facilitam as compras, impondo formas de pagamento que favorecem apenas os seus processos internos sem levar em conta o que é mais conveniente para os clientes estão com os dias contados.

Customização

Reconhecer e respeitar a necessidade dos clientes de serem tratados e atendidos como importantes e únicos, faz parte do modo de ser e proceder do varejo contemporâneo.

Comerciantes que concebem seus negócios apenas como transações comerciais, a simples troca de produtos e serviços por dinheiro, conseguirão no máximo ser sobreviventes “bóias-frias” do varejo.

Para crescer e até mesmo para se manter no mercado, clonar ou apenas neutralizar as ações da concorrência não são mais suficientes.

As necessidades dos consumidores estão mais sofisticadas e o alto desempenho no varejo está reservado aos que entenderem que estão diante de um novo mercado, formado por novos consumidores, que nas suas compras buscam além de coisas comuns. Estão atrás de produtos, serviços e atendimento personalizados, feitos sob medida para eles.

Indulgência

O sentimento de “eu mereço” é cada vez mais perceptível na sociedade atual. Muitos produtos de luxo são comprados muito mais como forma de recompensa emocional do que pelo desejo de demonstrar status.

Uma posição sólida no mercado e na mente dos clientes está reservada para os que conhecem os clientes em profundidade e buscam a inovação e a diferenciação com persistência, de forma a tornar a experiência de compra um momento inesquecível.

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Carreira

Competências para liderar

As empresas exigem cada vez mais competência de seus profissionais, porque reconhecem que pessoas fazem a diferença nos momentos cruciais de mudança. Mas, afinal, o que é competência? Competência é a reunião de um conjunto de conhecimentos (saber), habilidades (saber fazer) e atitudes (querer fazer).

As competências mais apreciadas atualmente pelas organizações são a capacidade empreendedora, saber trabalhar sob pressão, trabalhar em equipe, ser comunicativo, criativo, inovador, saber negociar, planejar, organizar e liderar; ser assertivo na hora de tomar decisões, com flexibilidade e agilidade em situações inesperadas.

Muitas vezes, pessoas diferentes têm conhecimento semelhante e, no entanto, não obtêm os mesmos resultados, uma vez que é necessária também a habilidade específica para realizar o que se sabe. O desenvolvimento das competências envolve a mobilização de fatores cognitivos, atitudinais e operacionais.

É por meio do processo de aprendizagem que se desenvolvem as competências. Para Peter Senge, autor do livro A Quinta Disciplina, “o futuro das organizações – e nações – dependerá cada vez mais de sua capacidade de aprender.” Os resultados vêm mais rápidos e são mais duradouros quando existe dentro das organizações um processo de educação continuada, que integra teoria e prática com vivências diversificadas.

Segundo uma pesquisa da Xerox, os trainees mais motivados absorvem em torno de 24% do conteúdo trabalhado em sala de aula. Por outro lado, quando devidamente acompanhados no trabalho, absorvem 88% do que foi lhes ensinado. Daí conclui-se que investir para ter líderes coach e contratar consultores externos para consolidar a aprendizagem e a implantação de mudanças são medidas importantes e necessárias para empresas que querem fazer as coisas acontecerem.

Liderar é fazer as coisas através de pessoas. Os líderes organizacionais devem se conscientizar de que ‘a liderança à moda antiga’, autoritária e agressiva, torna-se problemática. Gera um ambiente de medo, desconfiança e competição interna, que reduz a colaboração e a cooperação. Com frequência, ambientes de alto absenteísmo e rotatividade contam com ‘capatazes’ e não com líderes.

No passado, o chefe que detinha o conhecimento tinha poder. Hoje, tem poder o chefe que dissemina o conhecimento que possui. O líder coach conduz os colaboradores visando os resultados e o desenvolvimento da organização. Sabe ensinar, reforçar qualidades, esclarecer, construir estratégias em parcerias, estabelecer metas e prazos viáveis, incentivar o comprometimento e a superação, dar o exemplo – para só então, cobrar os resultados.

Vivemos numa época de descontinuidades e mudanças em que pessoas e empresas que não mudam ‘dançam’. Precisamente por esta necessidade de uma nova postura na forma de gerenciar, que tantos gerentes na década de noventa viram-se no ‘olho da rua’, trocados por uma nova geração de jovens recém-saídos das escolas técnicas e universidades, com menos conhecimento das tarefas, porém com maior foco no desenvolvimento e comprometimento das pessoas.

Colocar o foco nas pessoas faz toda a diferença. Gerentes são bem pagos para serem multiplicadores de resultados. Quando se envolvem demais na execução de tarefas do dia-a-dia, sobra pouco tempo para monitorar o desempenho da equipe. O que conta são os resultados obtidos através do desenvolvimento e motivação das pessoas e não do trabalho abnegado e solitário de quem é pago para gerenciar.

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Demanda Logística

O ponto de venda como mídia

É no ponto de venda que todo esforço de marketing frutifica através das vendas. Um grande número de empresas não dispõe de recursos necessários para realizar uma eficiente distribuição, que justifique a utilização da mídia tradicional. A estratégia de divulgação com maior retorno dos investimentos tem sido a concentração dos esforços de promoção no ponto de venda, onde clientes, produtos e check out se encontram.

Na ânsia de fisgar o consumidor, o PDV se tornou a principal mídia para a maioria dos produtos de consumo. Diante das opções para crescer, sobreviver ou morrer, fabricantes e varejistas lançam mão de variadas ferramentas para promoção de produtos no ponto de venda, entre elas:

– Design
– Arquitetura
– Exposição
– Merchandising
– Embalagem
– Atendimento
– Identidade visual
– Promessa de marca
– Incentivo de venda.

Com o objetivo de aumentar ao máximo a venda por metro quadrado dentro da loja, atrair novos clientes e operar ao mais baixo custo com qualidade, produtores e varejistas apostam cada vez mais as suas “fichas” no merchandising. O merchandising compreende um conjunto de operações táticas efetuadas no ponto-de-venda, para colocar no mercado o produto ou serviço certo:

– no lugar certo;
– na quantidade certa;
– no preço certo;
– no tempo certo;
– com o impacto visual adequado e exposição correta.

Vender é ação, já a correta exposição dos produtos no ponto de venda é um misto de planejamento, técnicas e arte, que agregam valor aos produtos. No planejamento de ações de merchandising deverá ser considerado:

– Tipo de ação
– Tipo de loja
– Produto e marca
– Duração
– Espaço necessário
– Preço
– Quantidade
– Materiais de PDV
– Perfil de consumidor
– Frequência
– Seleção de equipe
– Treinamento.

O poder do merchandising reside em expor produtos e marcas com destaque nos PDVs. Certifique-se de que é dada ao consumidor a real oportunidade de reconhecer os produtos como valiosos, ter experiências sensoriais e comprá-los com facilidade.

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Logística

Ponto de venda como ferramenta estratégica de marketing

O varejo engloba todas as atividades envolvidas na venda de bens ou serviços a consumidores finais para seu uso pessoal. No passado predominava no ponto de venda o atendimento assistido, pouca variedade e pequenas redes, onde se adquiria bens genéricos, buscando pagar o mínimo possível. Hoje, temos consumidores cada vez mais informados, que querem mais do que produtos e serviços; anseiam por conveniência e rapidez no atendimento, aliado a experiências agradáveis. Reter estes clientes por mais tempo possível no ponto de venda requer um grande esforço das empresas varejistas.

Uma das marcantes características de nosso tempo é que cada vez mais os consumidores decidem suas compras no ponto-de-venda, são sensíveis aos apelos atrativos, querem variedade, qualidade, atendimento e disponibilidade dos produtos na hora. Ao pensar em como se processa, na maioria das vezes, a decisão de compras dos clientes no varejo, podemos afirmar, com toda certeza, que o caminho percorrido pela maior parte dos clientes ao adquirir produtos e serviços é a seguinte:

1. Reconhecimento do problema
2. Busca de informação
3. Avaliação de alternativas
4. Decisão de compra
5. Pós-compra

Pode-se presumir que sempre haverá necessidade de algum esforço de vendas, porém o ideal é que o marketing deixe o cliente pronto para comprar. Segundo Peter Drucker: “o objetivo de marketing é tornar a venda supérflua. A meta é conhecer e compreender tão bem o cliente que o produto ou serviço se adapte a ele e venda por si só. A partir daí, basta tornar o produto ou serviço disponível”.

Diante do exposto, o vitrinismo e o merchandising vêm crescendo em importância. Há milhares de anos atrás, os chineses já diziam que “um quadro vale por mil palavras”. Sendo assim, reflita sobre quais são as evidências físicas de que optar por comprar na sua empresa será um bom negócio. Lembre-se que seu ponto de venda é uma ferramenta estratégica de marketing!

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Desempenho Gestão da Cadeia de Suprimentos Logística Supply Chain Management

O que você acha mais fácil, vender ou produzir?

A maioria dos empreendedores concorda que é mais fácil produzir. Também se observa que as indústrias, em quase sua totalidade, surgem da capacidade produtiva e não comercial de seus fundadores.

Se a empresa não vende o que produz, corre o risco de gerar excesso de produtos nos estoques e conseqüente desequilíbrio entre as receitas e despesas. Portanto, é fundamental a capacitação para vender produtos, serviços, imagem, confiança e credibilidade. Isto porque, para ter a oportunidade de fazer uma entrevista e ter chances para demonstrar e vender, o vendedor primeiramente precisa vender a sua imagem e a imagem da sua empresa.

Numa empresa nada acontece sem as vendas, elas são os motores que impulsionam os negócios. Grande parcela do sucesso das organizações se deve à capacidade dos profissionais de vendas, portanto precisamos desenvolvê-la continuamente.

A Pré-Venda

Nas vendas há espaço para o exercício da arte, da criatividade e principalmente de técnicas. Reconhecidamente, vender é um processo composto por três etapas bastante distintas, identificadas como a pré-venda, a venda propriamente dita, e o pós-venda. Destas, a fase mais negligenciada é a pré-venda. Tão importante quanto saber vender é saber para quem vender. Daí, a importância de escolher visitar as empresas e pessoas certas, ou seja, as pessoas que tomam as decisões de compra.

A Prospecção

Em vendas, a busca pelas empresas e pessoas certas, dá-se o nome de prospecção de mercado. A palavra prospecção tem origem na geologia. Denomina-se, por exemplo, de “prospecção de ouro” a ação de peneirar grande quantidade de areia para encontrar pequenos fragmentos de ouro. Semelhantemente, o vendedor analisa uma grande quantidade de possíveis clientes para concentrar seus esforços nos que apresentam o maior potencial.

Todas as atividades realizadas por um vendedor consomem tempo, e tempo é o seu maior patrimônio. Não é por acaso que a expressão inglesa “time is money”, cujo significado é “tempo é dinheiro”, aparece 224.000.000 vezes no Google.

Se o vendedor buscar clientes de forma aleatória e sem critérios, investirá muito tempo e dinheiro obtendo resultados ineficientes.  Já se o vendedor planejar suas prospecções a partir de bancos de dados organizados e focados, certamente seus resultados serão melhores.

Foque os Benefícios

Conhecer as características dos produtos e serviços que vendemos é fundamental, mas não se esqueça que os clientes não compram as características, mas sim o que os produtos e serviços fazem por elas. Portanto, foque nos benefícios!  Mostre sempre seus produtos levando em conta o que eles farão pelos seus clientes. Seja um tradutor de características em benefícios. Facilite as vendas! Após mencionar uma característica, diga em seguida o que ela significa para a pessoa ou para a empresa dela.

Vença o Medo das Objeções

Outro aspecto da venda que temos que encarar com seriedade é o manejo das objeções. Há especialistas que arriscam afirmar que oito em cada dez vendedores têm medo de objeções. Pois bem: “quem vive sob o domínio do medo jamais será livre”.  O medo freia, isto quando não paralisa o profissional! É preciso encará-lo como parte normal de uma venda. Quando começam a surgir as objeções é sinal de que o cliente está realmente interessado na compra e não o contrário, como parece ser!

Lembre-se

O verdadeiro profissional não está preocupado em vender uma só vez para o cliente. Ele acredita no valor vitalício do cliente. Para isso, precisa ter uma postura de solucionador de problemas, um indivíduo que alimente sistematicamente o cliente com novas informações e soluções, agregando valor aos produtos e serviços que comercializa, criando desta forma barreiras à entrada de novos concorrentes.