*Por Bruno Sangali
De afirmação à dúvida. Por que o futuro do país demonstra tantas incertezas?
A década iniciou trazendo ao povo brasileiro ares de prosperidade. O país superou a crise, convive com uma economia estável. A inflação tão “temida” nos anos 90 assombrava o país com índices que passaram dos 800% em um ano! Em 2010 a média anual foi de 5,91%. Já a taxa de desemprego caiu pela metade nos últimos 9 anos onde atingimos 6,3%. O menor índice de nossa história. Enfim, tudo indica que “chegou a vez do Brasil”.
Então, quais são estas incertezas? Como principal fator negativo, podemos destacar o atraso na infra-estrutura nacional. Não há boas perspectivas quanto a grandes investimentos nesta área para suprir a demanda pelo transporte nacional. O modal ferroviário, utilizado principalmente para o transporte de produtos pesados e de baixo valor agregado possui apenas 29.500 dos 52.000 km estabelecidos como necessários pela ANTF – Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários. Outra possibilidade seria o melhor aproveitamento do transporte por hidrovias. Como vivemos em um país onde a costa marítima é extensa, possui-se rios com grande potencial para o transporte hidroviário, por que não usar este modal? Utilizamos apenas 10.000 dos 42.000 km das hidrovias existentes no Brasil! Os portos não suportam as movimentações atuais, gerando atrasos e muitas vezes desistência do uso do modal pelas empresas embarcadoras que acabam procurando cada vez mais pelo transporte rodoviário. É a soma de tais fatores que sobrecarrega este modal, responsável por mais de 60% de toda movimentação de produtos no Brasil. Em nenhum ano o número de caminhões vendidos foi superior ao de 2010. Porém as estradas não evoluíram. Buracos, falta de sinalização e pavimentação, déficit de motoristas em torno de 15% atrasam e encarecem o transporte. Mas como que um país campeão de arrecadação de impostos não consegue corresponder à demanda da infra-estrutura?
Este é outro importante ponto negativo. Batemos o recorde também na corrupção, nos mostrando um resultado de uma matemática simples: muito se arrecada, pouco se investe. Tudo isso é refletido principalmente nos custos de empresas do setor logístico. No Brasil, os gastos logísticos nas empresas chegam a 14%, onde em países como os EUA esses valores giram em torno de 8%. E como sobrevivem as empresas do ramo? Trabalham com uma margem de lucro baixa para poder continuar no mercado.
É preciso investir na infra-estrutura. O Brasil tem uma geografia que favorece a maioria dos modais. O aumento de ferrovias disponíveis, por exemplo, irá retirar das rodovias uma grande fatia do transporte de produtos pesados, como minérios de ferro e combustíveis. Necessitamos de uma reforma no sistema tributário com o objetivo de reformular os investimentos aplicados para o setor dos transportes. Esperamos que após as escolhas do Brasil para ser o país sede das olimpíadas e da copa do mundo retorno dos tributos sejam melhor aproveitados e investidos para que possamos ter sim uma década para entrar positivamente na história do Brasil. Por isso, mais do que nunca precisaremos de grandes administradores capazes de suportar as adversidades e aliar suas estratégias ao bom período vivido pelo país.
8 respostas em “Brasil, país do futuro?”
A copa do mundo vai ser apenas a primeira derrota que dificilmente sera recuperada nas olimpiadas! Se tivermos que passar por isso para melhorarmos então que aconteça!
Muito bom o tema, se pararmos para pensar essas são as reais perspectivas de nosso Brasil atual.Tudo é muito bonito no papel, mas na hora de colocar as mãos na massa os Governantes acabam entortando o nariz e metendo a mão no dinheiro público, como bem conhecemos o desvio de verbas e seus caixas 2.
Lamnetável isso. Perante a isso, estamos muito atrasados para um país que quer sediar uma Copa do Mundo e uma Olimpíadas.
as compras de minério de ferro. Mas, a médio e longo prazo, o país terá de iniciar um processo de reconstrução, que exigirá, sobretudo, minério de ferro. É verdade que os preços do minério de ferro têm caído desde que atingiram um recorde perto de US$ 200
Acho que o país nunca será do hoje,sempre vivemos cheios de esperança de um dia ser tudo diferente más as incertezas prevalecem, naturalmente as arrecadações são ínfama diante da necessidade de nossos políticos, que são elegidos por nós.Onde está nossa responabilidade?O que fazemos para mudar?Porque aceitamos pagar essa conta? Ah sim…Porque?Somos Brasileiros!
Ginalva.
Conconcordo com o autor deste assunto que pôs em pauta ..porque? nao desenvolver as vias ferroviarias, e as hidroviarias? mas, creio que talvez seja uma pequena questão, que nao está desencadeando a ""indústria"" , que vendem seus caminhões e também a indútrias de pneus. Precisaria um planejamento também, nas estradas onde somente os caminhões,onibús.. circulassem..uma terceira via..afinal o nosso governo arrecada bem e com esses impostos, investiria na estrada dando segurança e qualidade e tempo de transporte até o embarque para os navio..já, é um passo se os nosso "tiriricas " ai, do senado comessasem avisualizar essas questões .att: Deives.
Desde de 2007 sabemos que o BRASIL é sede oficial da copa do mundo de 2014, até agora não temos nemhum estádio pronto. nossas estradas ainda é obra do ex Presidente JUCELINO KUBSCHEK feita nos anos 60 e até hoje sobrevive cheias de buracos e mau sinalizadas. agora imagine nossas BRS federais foi feita nos anos 60 nunca teve uma manutenção decente só operação tapa buracos e alguns trechos recapeados se em 51 anos não conseguimos recuperar nenhuma BR será que vamos conseguir resolver em 3 anos todos os gargalos logísticos que o brasil tem?
O pac esta sendo um ótimo centro de marketing, não acrecenta mas coloca dnetro deste meio grandes possibilidade do setor logistico entrar como um raio neste intermédio governamental.
O Brasil e o pais do futuro.
Mas não com este tipo de governates que temos, difulgam o PAC esta totalmente parrado existe muita burocracia e privelios por tras disto. enquanto isto o povo paga a conta e o custo do produto brasileiro não pode chegar la fora com boa concorencia.