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Carreira Logística

Gestores de computadores

As questões ligadas às relações de trabalho, independentemente da linha hierárquica, encabeçam os principais motivos para desligamento de funcionários. São casos absurdos que beiram o ridículo e põem em xeque o sucesso dos processos dentro da empresa. Ver aquela equipe que rema junto, no tempo e rumo certos, está cada vez mais difícil.

gestor de pessoasÉ perceptível e crescente a falta de sensibilidade, de compromissos e excessos de interesses que geram os problemas relacionados à lida no ambiente de trabalho. Os assédios morais, e até as agressões físicas, são bem mais comuns do que pensamos. Algo está caminhando de forma errada. Estamos tendo que aprender a viver dentro de um ambiente de absoluta pressão; a lidar com nossos sentimentos, nossas frustrações, medos e tudo mais, antes de cumprirmos com nosso real papel dentro de uma empresa: produzir. O resultado de toda essa mistura explosiva sempre recai sobre alguém.

Uma das causas dessas situações, como já dito em artigos anteriores, é a nossa pressa em sermos profissionais antes de sermos pessoas e a falta de interesse das instituições educacionais e de trabalho pelo lado humano indispensável à receita do sucesso.

Há algo que vem chamando atenção nesse meio e pode nos dar uma pista para entendermos como são geradas determinadas situações: a formação de gestores. Um velho assunto que tomou formas diferentes, mas continua com poderes nocivos sobre as pessoas e sobre os processos. Se antes temíamos aquele chefe que estava presente em todos os lugares e acompanhava todos os passos, milimetricamente, sem nos largar o pé, hoje temos os chamados “gestores de computadores”, e o resultado é tão catastrófico quanto o outro. Enquanto um apela e trabalha o terror nas pessoas, o outro as despreza e se ausenta da construção dos processos. Ele planta a concorrência entre os indivíduos da equipe e não avalia os riscos. Seu dever se restringe a colher os resultados finais através de planilhas e relatórios. Os e-mails com exigências é a sua principal ferramenta. O “olho no olho” é muito mais difícil do que o esmiuçar de uma planilha e a análise de um gráfico.

É assim que nascem os excessos. Nesse momento são criadas planilhas desnecessárias, relatórios e tudo mais que subtrai da equipe o tempo para fazer aquilo que levará duas vezes mais para explicar o porquê de não ter feito.

O acompanhamento não é o único meio para alcançar o desejado numa equipe. Ele pode ser feito através de indicativos, e é fundamental que o seja, mas o gestor jamais deve esquecer que aqueles números são gerados por pessoas que têm defeitos e qualidades, e que seu papel é trabalhar para que se extraia o que elas têm de melhor. Nessas horas, nada substitui uma palavra, um olhar e o respeito demonstrado no interesse em conhecer e ajudar quando necessário.

Talvez aqui esteja outro ponto que chame atenção: a ajuda. Quantos gestores conhecem as tarefas executadas pelos seus comandados? Não precisa saber? Então, não tem como ajudar… Daí, exige por exigir e põe pressão para que seu comandado resolva uma situação que ele próprio não faz ideia de como fazer. Começa aqui uma relação difícil: o gestor enxerga um elo fraco e o comandado vê como dispensável a presença de um gestor.

Infelizmente, o mercado está cheio de gestores que conhecem planilhas e não conhecem as pessoas de suas equipes pelos nomes. Para ele, um nome não é importante para gerar um resultado, ou o que está em uma planilha é tudo de mais importante sobre uma pessoa. Não há lógica alguma, pois um número não respira.

O papel de um gestor sempre será o alcance e a apresentação de números, mas a forma com que ele busca esses números é o que faz dele um gestor de verdade. Não esse que busca tudo num monitor e não enxerga as situações além. Contudo, se o suficiente for saber se alguém alcançou uma meta e não o porquê de não ter alcançado, estamos no caminho certo para a total automação, não dos processos como deveria, mas das pessoas.

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Carreira Gestão

Empreendedorismo e inovação

A inovação é sem sombra de dúvidas o maior motor do empreendedorismo. Quem empreende, na grande maioria das vezes, busca fazer algo novo, inovador, diferente do que já se tem no mercado. Por isso que para a sociedade, o empreendedorismo é tão importante, pois é ele que faz as coisas melhorarem e se tornarem cada vez mais eficientes e práticas. Por isso, caso você seja um empreendedor ou esteja querendo empreender, é de vital importância que você tenha em mente o quanto de inovador seu negócio tem.

empreendedorismo inovacaoQuando se fala em inovação, estamos falando em algo muito amplo. Imagine por exemplo, inovar em uma loja de calçados. Você terá a disponibilidade de praticamente as mesmas marcas do que a concorrência, oferecerá um espaço parecido com preços bastante similares certo? Até pode ser, mas a inovação é muito ampla e você pode inovar mesmo nestas condições. Para isso, você pode ter um atendimento de alta qualidade, ter um ambiente diferente, de acordo com seu publico alvo. Por exemplo, se você tem uma loja de calçados femininos, pode ter um cantinho para os maridos e filhos, que na maioria das vezes ficam entediados neste tipo de lugar. Lá pode disponibilizar uma TV, revistas e jornais. Garanto que com esta pequena mudança, você estará inovando e dando mais satisfação aos seus clientes.

A inovação no empreendedorismo esta altamente atrelada ao conceito de diferencial. Afinal quem inova esta trazendo algo novo, diferente. Mas esta inovação pode ser algo simples, mas que faça com que os clientes tenham seus problemas solucionados e que sua empresa agregue valor a estas pessoas.

Pare para pensar em tudo o que temos, desde tecnologia até as coisas mais simples. Todas elas não surgiram com o intuito de melhorar a vida das pessoas e solucionar os seus problemas? De uma forma ou de outra, com toda a certeza. Por isso, este é um ponto crucial para a inovação no empreendedorismo. Ao olhar seu cliente de perto, e ver o que de fato pode ajudar a resolver os seus problemas dentro de seu campo de atuação, você terá chances imensas de sucesso, fazendo com que sua empresa tenha muito mais valor agregado.

A inovação precisa ser constante, para qualquer empreendedor, caso contrário ela se torna obsoleta em pouco tempo e a concorrência acaba se tornando muito melhor. Por isso, esteja sempre atento ao seu cliente, para conseguir resolver os problemas dele.

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Carreira Gestão

Quando a corrida por metas se torna vã

Venho tendo conhecimento de verdadeiras caçadas em busca de metas que beiram o absurdo. Tudo bem que as pessoas motivadas são capazes de “desenhar uma vaca e tirar cinco litros de leite desta”, mas só motivação não basta. Ela, a motivação, jamais será páreo contra a lógica das coisas. Não conseguirei comprar algo que custa dez por cinco, a não ser que eu me capacite para negociar, planeje um bom financiamento ou invista bem antes da compra.

metasO fato é que muitas empresas estão esperando isso das pessoas e o resultado é que a compra é feita e o produto adquirido passa a ser uma enorme dor de cabeça e, muitas vezes, a própria falência.

Na nossa área de Logística, especificamente no setor de transportes, com os aumentos sucessivos do combustível, pneus, peças e serviços – sem contar com impostos, reajustes salariais e encargos – como bater metas sem o necessário aumento do valor do frete? Simples: sacrificando pessoas e equipamentos e diminuindo a qualidade na prestação dos serviços.

Novas rotas e financiamentos bem estudados são medidas paliativas que logo sucumbirão à situação se não se buscar uma eficiência dos processos que envolvem maiores custos até a busca dos detalhes.

Vejo empresas com excelentes estruturas oferecendo “tênis caríssimos” para que seus funcionários possam correr 100 quilômetros em 10 minutos. Logicamente não conseguirão e, pior que isso, irão enxergar como pressão absoluta e não como uma “motivação maestrada”; além disso, os “tênis” não precisavam ser tão caros já que um concorrente conseguiu superá-las em 10% com um investimento menor, porém bem mais lúcido.

É verdade que as empresas exigem um pouco mais daquilo que cada um pode dar e isso é muito bom para o desenvolvimento profissional. Mas, metas cheias de ilusões podem atrapalhar, e muito, a evolução financeira de uma empresa por correr o risco de contar com o que está no futuro e de desmotivar suas equipes por elas saberem que a empresa sabe que são metas inatingíveis.

Não podemos deixar de mencionar aquelas que cobram sem oferecer qualquer ferramenta para o alcance das metas. E isso é mais comum do que pensamos. São “mendigos” que sonham em casar com uma modelo internacional.

Analise suas metas e veja:

– Se o tempo para atingi-la é coerente com a velocidade do mercado.

– Se o investimento total será coberto com a diferença entre o normal e o plus. O ideal é sempre que o investimento para a nova meta já esteja coberto pelo lucro das metas anteriores. Isso é crescimento sustentável.

– Se a motivação leva à qualificação ou se o contrário. Geralmente, a qualificação produz entusiasmo e a motivação o otimismo. Opte pelo entusiasmo.

– Se as energias estão direcionadas para os processos críticos e nomeie as prioridades. Use os métodos adequados para cada processo para não “tomar um comprimido para dor de cabeça esperando que resolva as dores de barriga”.

– Seja criterioso no avanço da sua meta. Um passo de cada vez. Saiba que, se não concluiu determinada etapa, você poderá ter de voltar para concluí-la. Se esse passo não compromete os demais ele nem precisaria estar no projeto.

Em cada fase se faz necessária uma análise, por isso não há uma única receita para atingir o sucesso. Essa caminhada é muito dinâmica. Exige conhecimento, aplicação, disciplina e coerência. Exigir o inatingível sem a noção disso é “nadar no seco” e, sabendo é correr os riscos de despencar com os rendimentos das equipes por não comprarem as ideias.

Bom senso acima da ambição e valorização das qualidades do quadro de pessoal, trabalhando os pontos fracos, são meios eficientes para o começo de um bom projeto de metas. Lembre-se: só “viaje na maionese” se esse for o seu produto.

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Carreira Geral Gestão Logística

A moeda do ensino superior

No último lustro a procura pelo ensino superior cresceu mais de 80%. Com isso, surgiram muitos problemas gerados pelos olhos ávidos de pessoas cujo único interesse é lucrar. Basta pesquisar a quantidade de “faculdades” implantadas no país e, por umas, a elevação das mensalidades – sempre além da inflação – que dobraram de valor no mesmo período, enquanto surgem outras com valores abaixo do mercado visando a quantidade para diluir custos. Muitos pensam que mais opções é um avanço no processo de qualificação que o Brasil tanto necessita. Será?[…]

custo ensino superiorOs brasileiros vão gastar cerca de R$ 72 bilhões em 2014 com mensalidades e materiais necessários ao ensino particular, do fundamental ao superior. Com isso, desenvolveu-se um sistema aproveitador que vai desde o calote de “faculdades” até a diminuição substancial da qualidade do ensino. Muitas organizações vêm fechando as portas prejudicando alunos – ou seriam clientes? – que ficam, mais uma vez, à mercê das falhas do Ministério da Educação. E não são quaisquer instituições! Nesse meio, há muitas com renome nacional sendo descredenciadas por questões financeiras ou pelo não atendimento legal. Acreditem, se fosse por questões de qualidade, poucas continuariam ativas.

O ensino superior tornou-se uma moeda e, como toda, há dois lados: coroa alunos despreparados e fica evidente – na cara – que a baixa qualidade do ensino plantada por essas instituições destrói o magistério. É comum a diminuição da carga horária para evitar pagamento de horas extras. É usual abdicar de aulas práticas para diminuir custos e aumentar lucros; como a substituição de professores especializados para reduzir a folha. Para aqueles que só querem o diploma, talvez seja uma boa, mas as consequências são bem mais graves e, tudo pelo o que já se lutou, está indo por “aula abaixo”.

A verdade é que o Brasil criou a “doença” e agora vende a “cura”. Condena aqueles que não podem pagar e, pela falta de uma fiscalização eficiente, desassiste aqueles que podem. Para o país, a diminuição da pressão exercida sobre as Universidades Públicas, a maioria sucateadas, só vem com o aumento de opções para a massa. Dessa forma, foi-se entrando numa situação cômoda em que os governos saíram de cena e deram a vez a aproveitadores que transformaram o ensino superior em um negócio altamente lucrativo.

Claro, para tudo há exceções. Há instituições sérias e tentativas de melhorias por parte do Governo. O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), o Sistema de Seleção Unificada (SiSU) e o Programa Universidade para Todos (ProUni) foram grandes avanços no método de qualificação que o Brasil ainda precisa desenvolver bastante. Embora eu volte para a área da qualidade toda a preocupação que o problema exige. Não basta colocar todos num ônibus bonito e deixá-lo desgovernado. É necessário não só o planejamento, mas a fiscalização e a exigência mínima de qualidade no ensino dessas instituições, para que tenhamos o aumento do mercado de molduras de diplomas acompanhado pelo aumento do nível dos profissionais a quem confiamos nossas famílias, finanças e nossa saúde.

A você, prezado leitor e aluno eterno do conhecimento, cabe abrir os olhos cercando-se de todas as informações sobre seu curso e a instituição que o promove, denunciar qualquer irregularidade antes que venha a prejudicá-lo, sobretudo o nível do cumprimento da grade e a qualidade ofertada. Seja exigente. Você paga caro por esse passo. Faça com que seu investimento valha a pena e seja bem aproveitado em sua carreira profissional.

O investimento num ensino de qualidade é fundamental para o crescimento pessoal. Infelizmente, o Brasil ainda deixa muito a desejar nesse quesito por não dar a atenção necessária para aquilo que o beneficiaria com um crescimento econômico sustentável por meio da educação. Às vezes omisso, outras com a má intenção de interessados, esse setor vem colocando os brasileiros numa situação difícil: Se correr o bicho pega, se ficar… seremos nós, o bicho.

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Carreira Logística

Soprando a brasa

Estava procurando inspiração para deixá-los uma mensagem natalina e aquela positividade para o ano vindouro, quando me veio à mente uma metáfora sobre o soprar em uma brasa. Percebi que tudo em nossa vida pode ser representado por uma brasa, um pedaço que contribui com o “calor” necessário para “levarmos” a vida adiante.

SONY DSCVi-me triste, de certa forma, por ver que em minha vida deixei e estou deixando que algumas brasas se apaguem. É evidente que o apagar de algumas brasas  – os churrasqueiros de plantão sabem o que quero dizer –  pode desandar uma carne ou tornar seu preparo bem mais demorado.

E nossas brasas essenciais, como estão? Como estão nossas famílias, nosso trabalho, nossos amigos e como estamos nós mesmos? Você vem soprando essas brasas constantemente e realimentando o fogo que lhe mantém vivo, buscando seus objetivos e atento aos segmentos essenciais à manutenção da vida?

Todos os dias estamos sujeitos àquele “balde de água fria” que nos desmotiva. Ele pode ser uma palavra, uma ação ou uma omissão que atinge diretamente nosso sopro, enfraquecendo-o e/ou desviando-o do foco. De uma forma ou de outra não podemos nos livrar disso, mas podemos determinar por quanto tempo isso vai nos afetar. Lembro o que já comentei certa vez: Não somos donos das atitudes alheias, mas somos donos dos danos que elas podem causar e podemos corrigi-los a nosso tempo.

Nesse período em que o Natal nos deixa mais voltados aos outros e aguardamos 365 páginas novas para escrevermos nossas histórias, fazemos aquele balanço e pontuamos nossos erros e acertos, proponho enxergarmos cada um desses pontos como uma brasa – sabendo que cada uma tem seu tamanho e sua contribuição no resultado final – para podermos soprar na intensidade correta. Definirmos o papel de cada uma é vital para o fogo. Temos brasas grandes (Deus, você, família, futuro), brasas médias (não tão essenciais, mas importantes para o calor que auxilia as grandes) e as pequenas (não tão importantes, mas que precisam estar pressentes mesmo que gerem mais cinzas do que calor).

Agora imagine se concentrarmos nosso sopro nas brasas pequenas com a mesma intensidade que precisaríamos soprar as grandes […]. Tornar-se-iam cinzas bem mais rápidas. E não precisamos das cinzas, precisamos de calor!

Sopre a brasa do amor se reconciliando com alguém que lhe decepcionou; sopre a brasa de sua autoestima para que não se decepcione da mesma forma com as mesmas pessoas; sopre as brasas dos seus sonhos e busque o melhor futuro para seus ideais; sopre a brasa do seu “eu” para que tu possas levar calor às pessoas em forma de gentilezas, afeto e generosidade. Defina bem as suas brasas e assegure que serão sopradas na intensidade necessária. Dessa forma, ninguém pode pegar o que é seu se não estiver disposto a queimar a mão.

Talvez os natais não sejam os mesmos; talvez não possamos esperar muito de um novo ano; talvez estejamos com tantas cinzas que tenhamos que soprar com mais cuidado. Uma coisa é certa: precisamos soprar e reavivar essas chamas para entendermos melhor sobre o Natal, darmos uma chance a uma nova fase e mostrarmos a beleza do nosso fogo – para nós e para os outros.

Um Natal de bondade propícia. Um 2014 repleto de ar em seus pulmões!

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O mar, o barco e a vela

E quem pode segurar o Mar? O que mais se aproxima do possível é identificarmos certos movimentos baseados no conhecimento, na experiência, no observar do quebrar das ondas, da invasão e do recuo da maré e da ideia de que temos se as águas são ou não são perigosas. Sabemos da diversidade da vida marinha, cheia de beleza e de perigos; sabemos que há uma imensa riqueza, mas sabemos também que há tubarões e outros seres que estraçalham alguém num piscar de olhos.

mar barco vela e sua carreiraTodos têm condições de adquirir um barco. Com um pouco de esforço, de aplicação e de disciplina, estamos todos convidados a possuir um barco para estarmos nesse mar. Contudo, apesar do empenho e dedicação, não nos será concedido um motor, mesmo que seu barco seja maior do que os outros; mesmo que seja mais bonito, mais bem cuidado e disponha de equipamentos diferenciados… Nada de motor! Seu barco é colocado no Mar, às vezes, sem qualquer plano náutico, sem informações necessárias sobre as águas em que navegará e, mesmo quando isso acontece, tudo se resume numa direção a seguir.

Muitos e muitos barcos estão nessa mesma direção. O cuidado deve ser sempre redobrado para não haver colisões – inevitáveis – que venham a causar danos nos barcos alheios e, consequentemente, no seu próprio. O fato é que, uma vez que seu barco faça água, é questão de tempo para afundar. E aí você estará obrigado a conseguir um outro barco ou ficar à deriva, ao sabor das correntes marítimas.

Há aqueles que se preparam intensamente e/ou se atrevem a cair ao Mar sem um barco, contando com braços fortes em substituição as velas e com o apoio de barcos auxiliares que estão por perto. Porém, o atrevimento é caro e pode causar o naufrágio de todos esses barcos. Há outros também que não contam com esses barcos, por isso não podem ir tão longe e, manterem-se no mar, é um desafio diário.

Como esse barco não possui motor, a vela é primordial. Essa sim, é o diferencial de cada barco! Elas podem ser maiores, mais fortes, mais bem cuidadas ou um farrapo independentemente do barco.

Evidentemente, para alcançar distâncias maiores, ter segurança para sair rapidamente de águas turbulentas e perigosas você precisa de uma atenção muito especial com sua vela. Se deixá-la diminuir, seu barco estará em perigo! No entanto, você pode, a cada milha alcançada, melhorar ainda mais a sua vela, seja com tecidos mais resistentes e/ou maiores; mesmo o mastro sendo de tamanho e forma iguais para todos.

O que realmente faz a diferença não é o Mar ou o barco, é o tamanho e a resistência da sua vela associadas com o içar sempre na hora certa para que os ventos não sejam mal aproveitados.

Às vezes, nos chegam ventos fortes que nos levam às diferentes regiões desse mar; nem sempre seguras, às vezes recompensadoras.

Os mesmos ventos que te levam para a imensidão do Mar são os mesmos que te trazem de volta e te colocam em terra firme. O manuseio da sua vela é que vai lhe assegurar isso. A única certeza é que você precisa estar em terra firme para reparos.

Muitas pessoas estão naufragando porque acham que podem abraçar o Mar, acham que seu barco tem motor e por isso não cuidam da vela, ou chegam em terra firme com a velocidade de navegação tal que colidem e causam danos ao barco, à vela e à terra.

O Mar = O mercado de trabalho;

O barco = O seu emprego, sua profissão;

A vela = Você e suas aptidões;

Terra firme = Família.

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Carreira Gestão

Juventude aposentada

Que a juventude representa o futuro de um país não há dúvidas. Mas, um país que não valoriza a velhice não tem como garantir um futuro para essa juventude. Ainda mais quando essa juventude sustenta o consumismo imposto pelos mercados que não prezam pela sustentabilidade.

juventudeEm visita ao Brasil, o Papa Francisco lembrou muito bem no seu discurso na Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro, que manter programas sociais que visam apenas os jovens e não desenvolver outros que assistam aos idosos, é um desrespeito com essa juventude que um dia vai envelhecer.

O tema poderia abordar a parcela considerável dessa juventude que perde a vida devido à violência que assola o Brasil. Poderia abordar a aposentadoria por invalidez de jovens que se arriscam no trânsito e/ou são vítimas dele. Porém, estamos falando sobre o que afasta os jovens dos seus verdadeiros dons, da profissão que realmente gostariam de seguir. É sobre a forma com que a utilidade econômica da juventude é conduzida por culpa do poder público ou pela conivência de muitos jovens. Vale lembrar que em abril de 2013 o déficit da Previdência Social foi de 8,5%, o pior registrado no mesmo período de 2012. Isso indica que faltarão jovens para cobrir a aposentadoria de idosos. Também indica que o brasileiro vive mais e está tendo menos filhos. Contudo, o ponto que mais chama atenção é que estudos já comprovavam isso na década passada e pouca coisa mudou naquilo que poderia contornar esse problema: O mercado jovem e sua empregabilidade.

O que vem se intensificando é um consumismo por parte dos jovens almejado por muitos mercados que se especializam nessa atividade sem se importar com a origem de recursos necessários para manter tal atividade. Parece muito inofensivo, mas é a chama que alimenta muitas mazelas sociais, inclusive a violência. Ou já não ouvimos notícias de mortes por causa de um par de tênis? E o que falar do tráfico de drogas que alicia nossos jovens cada vez mais cedo? É o exercício do “posso ter” antes do “quero ser”.

Mais grave do que a diminuição da população jovem é a venda dos sonhos desses jovens por tão pouco[…]. Eles aposentam seus ideais, seus sonhos; e passam a correr atrás da injustiça social que aflige nossos idosos. Começam a trabalhar cada vez mais cedo dificultando sua formação e preparação profissional para enfrentar o mercado. Procuram vencer a qualquer custo. Mas, às vezes, esse custo é pago pela ética. Procuram vencer na vida de forma fácil e nem percebem que já estão aposentados.

Não se pode esquecer que é pela juventude que se dá a continuidade e melhoria de todo o processo de desenvolvimento. Infelizmente, a classe jovem é atacada por todos os lados: Programas Sociais ineficientes, ensino público de baixa qualidade, ensino privado muito caro, atacados pela violência e pelos próprios jovens com sua falta de compromisso com as responsabilidades primárias. Felizmente, temos jovens aguerridos, inteligentes e entusiastas com forças para mudar o País. Esses podem dizer que venceram com seus próprios esforços.

A Europa já conta com ¼ da população jovem desempregada – só na Espanha, há mais de 6 milhões de desempregados, 26,2% da população. E entre os jovens basta dizer que hoje há mais deles desempregados do que trabalhando naquele país – o que eleva a dívida européia em meio a uma crise “esperada” já que a população jovem não encontra mercado para sua excelente formação quase sempre voltada à informática ou mercado financeiro. Acontece que a informática, apesar de ampla, não comporta tanta mão-de-obra e o segmento financeiro necessita de investidores. Então, o mercado se torna cruel, pois ninguém entra num barco que está fazendo água. E aí vem o dilema: “Comer a semente ou plantá-la”?

Não se pode contar com o fracasso ou inexistência de projetos sociais, pois demandam muito tempo para consertar. É óbvio que na década seguinte não será possível que a juventude “sustente” a Previdência. É necessária a harmonia das diferentes idades, pois estão todas no mesmo barco: jovens que têm forças para remar, mas alguns não querem, e idosos que ainda têm forças para remar, mas não podem.

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Planejamento representa seriedade e profissionalismo

Podemos entender como empreendedor o indivíduo que inicia algo novo, que vê oportunidades que outros não veem, aquele que realiza antes, que sai da área do sonho, do desejo e parte para a ação.

O plano de negócio é uma valiosa ferramenta de planejamento, o mapa do percurso, que deve ser consultado constantemente. Mas, o que é um plano de negócio?

planejamentoO plano de negócio é um documento que descreve, por escrito, quais os objetivos de um negócio e quais passos devem ser dados para que esses objetivos sejam alcançados, diminuindo os riscos e as incertezas. Permite identificar e restringir os erros no papel, ao invés de se cometer no mercado, onde poderiam custar muito caro ou até inviabilizar o empreendimento.

Após decidir abrir uma empresa, o primeiro passo é planejar e organizar as ações, colocando no papel tudo que envolve o novo negócio.

Além de ter uma boa ideia, é preciso estudar o mercado, conhecer a concorrência, os clientes em potencial e os fornecedores. Também é importante avaliar o local aonde vai se estabelecer, com quem vai contar e quanto investir em marketing.

É recomendável ter experiência anterior no ramo, conhecer ou contar com a assessoria de quem tem conhecimentos sobre a legislação referente ao negócio, principalmente nas áreas trabalhista, fiscal, tributária e sanitária.

Mesmo a aquisição de uma franquia poderá acabar em fracasso se não for realizado um planejamento, um estudo da concorrência e do mercado. Buscar saber se o negócio atende as necessidades e desejos dos clientes é fundamental, para não correr o risco de fechar as portas nos primeiros meses de vida por insuficiência de clientes.

Aberto o negócio, é preciso estar atento para as mudanças e tendências do mercado. Bem como à legislação, à tecnologia e aos fornecedores. Além das estratégias dos concorrentes, de marketing e merchandising.

No setor de serviços, a área que mais oferece oportunidades para novos negócios, o grande desafio é a qualificação da mão-de-obra. O empreendedor que deseja abrir algo nessa área deve se preocupar com a qualidade dos serviços.

É importante as empresas entenderem muito bem as suas necessidades para atrair as pessoas com o perfil adequado. A chance de o empreendedor reter o profissional é maior se fizer a contratação certa. Para atrair talentos, as micro e pequenas empresas têm necessidade de competir com as grandes – que podem oferecer um conjunto de compensações e benefícios muito maior.

As principais armas para atração de talentos que as pequenas empresas e os empreendedores iniciantes contam são:

– Vender a causa da empresa;

– A oportunidade de ascensão na carreira profissional mais rapidamente;

– Relações mais personalizadas. Os funcionários têm acesso aos proprietários ou tomadores das decisões.

Algumas dicas para se manter uma boa relação com os colaboradores são:

– Permitir que os funcionários sintam que o seu trabalho é importante no dia a dia da empresa;

– Criar vínculos de confiança;

– Estar aberto para ouvir e dialogar;

– Reconhecer o bom desempenho;

– Promover atividades de integração; ­­

– Criar um ambiente de crescimento conjunto;

– Possibilitar carreira interna;

– Implementar a comunicação.

Na busca por racionalização, não importa as desculpas que se dê para o fracasso, quase todas elas têm como mãe a falta de conhecimento. O mundo dos negócios está cada vez mais complexo e as margens de lucro estão cada vez mais estreitas. É por isso que a preparação e a busca de informações são tão importantes para que as iniciativas dos empreendedores não se tornem um pesadelo.

O ato de planejar representa seriedade e profissionalismo. O plano de negócio pode ser o grande diferencial para um negócio dar certo.

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Liderança empreendedora

É inegável a influência dos líderes na transformação da sociedade, mas poucos indivíduos colocados na posição de coordenadores de grupos estão motivados e preparados para desempenhar uma liderança empreendedora e transformadora, capaz de mobilizar os liderados para as mudanças necessárias na empresa ou na comunidade, com foco em resultados.

lideranca empreendedorismoMotivação x Preparação

Entende-se por motivação o impulso à ação originado no interior do indivíduo que o leva a buscar no meio ambiente a satisfação de suas necessidades. Já o preparo é entendido como a formação adequada para exercer uma função com eficiência e eficácia.

O que é ser um líder empreendedor?

O líder empreendedor é focado em resultados. Atua como um agente de mudanças, levando os seus liderados à ação, esforçando-se por converter os seguidores em líderes de seus processos, em um ciclo contínuo e evolutivo. Para isso, utiliza intensamente e com diligência as ferramentas de comunicação e de feedback.

O que é comunicação?

Comunicação é um processo dinâmico e contínuo de transmitir e receber mensagens com o objetivo de afetar, alterar ou modificar o comportamento dos outros.

É a transmissão de ideias, sob as mais diversas formas, visando integrar uma equipe na compreensão e execução de atividades, a fim de atingir os objetivos propostos.

O que é feedback?

Feedback é um processo de ajuda mútua para mudanças de comportamento, por meio da comunicação verbalizada ou não entre duas pessoas ou entre pessoa e grupo, no sentido de passar informações, sem julgamento de valor, referentes a como sua atuação afeta ou é percebida pelo outro e vice-versa.

O exercício da liderança é revestido de certa complexidade para a maioria das pessoas. Não nascemos sabendo e as escolas regulares pouco ou nada ensinam sobre a arte da liderança. Aí reside a importância do diagnóstico e da criação de uma matriz de treinamento focado nas necessidades específicas de cada colaborador colocado na posição de liderança, aliado à visão do planejamento estratégico da organização. Também pode-se obter retorno mais rápido lançando mão da ajuda de um coaching executivo para acelerar a formação das chefias e os resultados proporcionados por tal processo.

Para contar com uma liderança empreendedora e transformadora, como os tempos atuais exigem, o caminho é proporcionar-lhes uma formação extraordinária.

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Seja o líder que toda equipe gostaria de ter

Promover um indivíduo a uma posição de comando e esperar retorno de curto prazo faz parte de uma mentalidade mais extrativista do que cultivadora. Se as empresas compreendessem a importância dos líderes na formação de equipes e para o alcance dos objetivos organizacionais, investiriam muito mais no recrutamento, seleção, integração, formação e motivação deles. Não é de se admirar que temos tantos chefes voltados para a manutenção dos seus empregos e tão poucos líderes voltados para resultados.

liderancaA sociedade evoluiu e está mais escolada e democratizada. O capataz de ontem, que comandava a “peonada”, não serve mais. A posição de comando está mais complexa e sofisticada. Requer muito mais do que uma motivação acima da média. Exige uma visão sistêmica orientada para resultados.

Para compreendermos a evolução do papel do líder na sociedade atual, vejamos algumas das suas características comportamentais e técnicas de ontem e de hoje.

O líder de ontem era aquele que:

– Exercia poder sobre os subordinados;

– Impunha a sua vontade;

– Procurava manter os subordinados sob dependência constante;

– Colocava a empresa à frente do bem-estar dos seus membros, pois ele se interessava apenas pelos resultados;

– Quando era necessário pressionar, dizia que a decisão fora tomada pelos níveis superiores da organização e que outras opções não eram possíveis;

– Era omisso no desenvolvimento das tarefas;

– Desconhecia a importância de dar feedback;

– Não fornecia os recursos necessários e fazia raros comentários sobre as atividades dos membros do grupo, à medida em que era interrogado.

O líder contemporâneo, antes de tudo, tem a habilidade para influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente, visando atingir os objetivos identificados como sendo para o bem comum. Ele exerce a sua função com criatividade, objetividade e assertividade.

O líder de hoje é aquele que:

– Tem paixão pelo que faz;

– É focado nas pessoas;

– É efetivo na sua comunicação com o grupo;

– É movido a desafios;

– É visionário. Sabe aonde quer chegar;

– Investe no desenvolvimento dos futuros líderes;

– Gerencia com paixão, sentimento e entusiasmo;

– Sabe conquistar a confiança dos liderados;

– Recicla-se constantemente para obter novos conhecimentos e habilidades de liderança;

– Delega responsabilidades de acordo com a competência de seus liderados;

– Tem controle sobre suas atitudes diante de problemas inesperados;

– Mostra com segurança o caminho que sua equipe precisa seguir;

– Cria uma atmosfera de criatividade e produtividade;

– Busca sempre novas ferramentas para que o trabalho de sua equipe possa ser mais produtivo.

As características comportamentais para a liderança de grupos são habilidades que precisam ser aprendidas e praticadas para tornar-se o líder que toda empresa e equipe gostariam de ter.