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Progresso com ordem: Brasil tem pontos fortes, mas fraquezas preocupam

Um artigo de maio da revista britânica The Economist diz que o Brasil tem pontos fortes “reais”, mas que o governo deveria “se preocupar mais com as suas fraquezas”.

Apesar de elogiar o desemprego baixo, o aumento dos salários e o investimento estrangeiro direto batendo recordes, o artigo diz que o governo é responsável por grande parte do custo Brasil.

“A carga de impostos não só subiu de 22% do PIB em 1988 para 36% hoje, mas o sistema tributário é absurdamente complexo. A maior parte do dinheiro vai para aposentadorias supergenerosas e para um pesado governo esbanjador, em vez de ser transferida para os pobres”, diz o texto.

Segundo a revista, a presidente Dilma Rousseff vem trabalhando para lidar com alguns destes problemas – tentando eliminar o déficit fiscal, cortando impostos para alguns setores da indústria e apostando na modernização de aeroportos -, mas “seus esforços para baixar os custos são tímidos demais; ela foi responsável pelo tolo novo regime protecionista no setor de petróleo; e a impressão de que ela está preparada para aceitar um crescimento abaixo de 4%”, o que, para a publicação, afastaria investimentos do Brasil, prejudicando seus eleitores mais pobres.

“Uma taxa de crescimento de 3,5% pode parecer generosa para padrões ocidentais, mas está abaixo tanto do que o Brasil precisa para dar continuidade aos recentes ganhos sociais quanto do que poderia ser”, diz o texto.

Investidores estrangeiros

Uma outra reportagem sobre o Brasil publicada na mesma edição da revista afirma que investidores estrangeiros e aqueles que os aconselham demonstram uma abordagem nova e menos empolgada em relação ao País.

Como um dos exemplos dessa nova abordagem, o artigo cita texto recente de Ruchir Sharma, analista do Morgan Stanley, na revista Foreign Affairs, no qual afirma que o Brasil subiu com os preços das commodities e irá cair com eles. Segundo a Economist, após ter conquistado estabilidade macroeconômica e redução da desigualdade de renda e registrado uma recuperação rápida da crise econômica mundial e crescimento de 7,5% em 2010, no ano passado o País cresceu apenas 2,7%, abaixo dos outros Brics (Rússia, Índia, China e África do Sul).

A revista diz ainda que são necessários “ganhos de produtividade, mais poupança e investimento” para dar um novo impulso à economia brasileira. “Mas não há sinal disso”, diz o texto.

A reportagem cita a recente desvalorização do real frente ao dólar e o fato de a taxa básica de juros estar em 9% e com perspectivas de baixar ainda mais como “vitórias há muito esperadas” pelo governo brasileiro. “Nenhuma, porém, foi suficiente para reverter uma recente mudança de clima contra o Brasil”, diz o texto.

Fraquezas

A revista diz também que, para alguns analistas, “intervenções políticas suplantaram uma moeda supervalorizada como o maior risco no Brasil”, e menciona ainda o caso da nacionalização da YPF pela Argentina no mês passado e o fato de o Brasil não ter criticado publicamente o vizinho. “Isso é arriscado”, diz a revista. “O Brasil realmente é diferente da Argentina, mas estrangeiros talvez não percebam isso.”

A reportagem cita ainda a recente ameaça de multas à Chevron e de prisão de seus executivos, após um vazamento de óleo, que teria provocado questionamentos de possíveis investidores sobre se no Brasil um deslize pode levar ao risco de ter seu passaporte confiscado.

No entanto a revista conclui que, apesar dos problemas e da previsão de crescimento modesto por alguns anos, há ainda muitas oportunidades no Brasil, como nos setores de agribusiness e mineração.

Fonte: Terra / BBC Brasil

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Estamos (pre)parados para a tecnologia?

Muito já se discutiu sobre as gerações “X” e “Y”. Muito se falou sobre a era tecnológica que experimentamos e o quanto estamos inseridos nesse contexto. Mas, será que a tecnologia contribui de forma positiva com a nossa qualidade de vida? Em que nossos governantes contribuem para que estejamos preparados para o uso da tecnologia? Estamos mesmo preparados?

Não há dúvidas de que as coisas mudam mais rápido do que podemos compreendê-las. Sou daqueles que gostam de ler o manual. Mas, isso não me impediu de comprar uma TV de última geração há três anos e no ano seguinte ela já não atendia às necessidades do mercado digital, sem interatividade, internet e plugs que conectam o que nem se imaginava no ano passado. Não que eu use tudo o que ela oferece, mas custou mais do que uma nova que atende a tudo isso… Aí quando mexe no bolso a coisa complica.

Aos jovens que me lêem, fica difícil explicar como foi a minha juventude sem o acesso tecnológico de hoje. Imaginem vocês, ter que ir ao banco, enfrentar filas que tomavam as portas para pagar uma simples conta de energia – e não sou tão velho assim, só tenho 40.

A era tecnológica se via pela TV, nos filmes cheios de (d)efeitos especiais bem diferentes de hoje. Se Spilberg teve que aguardar a tecnologia avançar para filmar suas ideias, imagine assistir a um Super-Homem que, para passar a imagem de estar voando, ficava sobre uma mesa […].

Lembro-me da primeira vez que ouvi falar da internet. Não se tinha noção do quanto isso mudaria nossas rotinas. Lembro-me quando minha mãe usou a lavadora de roupas pela primeira vez. Pura praticidade! Revolução no gerenciamento do tempo das donas-de-casa. Pensar que a geladeira lá de casa só sabia o que era degelo automático quando faltava energia […] e isso acontecia numa frequência irritante.

Irritante mesmo era saber que vivíamos o passado de muitos países. Ainda há muito disso, mesmo com a velocidade da globalização. Ainda experimentamos tecnologias que estão presentes nas rotinas de muitos países há algum tempo. Produtos que ainda não chegaram ao nosso mercado. A minha TV de hoje estava lá no ano passado…

Nesse ponto, entram as questões das políticas governamentais. Nossas leis de importação ainda visam arrecadação e não uma inclusão. Visam proteção de um mercado e não sua expansão através do desenvolvimento de novas tecnologias – Abordei esse assunto no artigo sobre “Déficit Tecnológico” onde se prevê que o Brasil, daqui vinte anos, será um mero importador de tecnologia se não investir em novas ideias que possam nos assegurar uma posição diferente no mercado –. A questão do risco nos negócios, que sabemos ser tão presente nos mercados hoje, é impedida pela “superproteção” das nossas leis que atuam de forma a “premiar” com garantias esses mercados que não se desenvolvem tecnologicamente e, assim, nos privam da tecnologia que sabemos existir, mas só temos acesso se formos ao seu encontro. Assim mesmo, limitados por peso e valor.

A questão cultural diz muito sobre a absorvência dos meios tecnológicos. Ainda vejo idosos recebendo sua aposentadoria em bancos os quais eles gostariam que fossem todos como antes. Afinal, esse “troço” de caixa eletrônico nunca funciona direito com eles. Isso deve ser respeitado, mesmo que a nossa “pressa” nos incentive a reclamar da situação. Esse é o caso da velocidade da inovação não ser compatível com a velocidade cultural. Nossa inclusão digital é bem recente e até que haja coesão dessas velocidades ainda levará um tempo.

Num país onde não se garante a todos o acesso à escola, onde as escolas não têm acesso à informática, onde vemos a tecnologia perto dos olhos e longe dos bolsos, não se pode exigir a aptidão de todos com as teclas e sensores espalhados por todos os cantos. Culturalmente, algumas vantagens tecnológicas ainda não são aceitas como pensamos. E por mais que achemos ou queiramos que todos estejam nessa velocidade, tudo acontece a seu tempo. Aliás, tempo é a maior vantagem da tecnologia, maior que a qualidade. A chave está aqui: Se a tecnologia contribui ou não com nossa qualidade de vida, nós decidimos ao usar o tempo a mais que ela nos proporciona.

É certo que minha máquina de escrever está mais do que aposentada. Hoje não perco tempo com correções, basta teclar o “del” e recomeçar; nada de borrachinha de apagar. Nada de pesquisar palavras no dicionário, só preciso de um bom revisor de textos. Talvez nem precise mais estudar, só é necessário saber apertar a tecla certa […].

Sou fã da tecnologia, mas confesso que me incomoda ver a transformação do conforto em sedentarismo, da facilidade em comodismo. A tecnologia facilita nossas vidas, mas não podemos deixar de vivê-las. Você não está nu porque esqueceu o celular em casa. É você quem ainda tem que pensar ao executar suas tarefas. Em casa, estamos deixando tudo automatizado. No trabalho, já faz muitas das nossas tarefas. As máquinas já tomam nossas vagas, mas continuamos no controle. […] Alguém pode falar isso para elas?

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Dia da logística

Hoje, 6 de junho, comemoramos o dia da logística.

Assim como a origem da logística, a data também deriva de operações militares e de guerra. Foi num 6 de junho em 1944 que as forças aliadas desembarcaram na Europa, iniciando assim o final da 2a Grande Guerra. Este dia ficou conhecido como Dia D. E onde entra a logística nessa história?

Este evento militar foi o maior movimento logístico de tropas que se teve conhecimento até aquela data. O transporte de milhares de soldados, equipes de apoio, armas, tanques, alimentos e muito mais exigiu um planejamento enorme, mas que resultou no final do conflito mundial. De certa forma, a logística acabou com a guerra.

Desde então, a logística evoluiu mas a forma como a aplicamos nas empresas hoje continua, em sua essência, a mesma: utilizando lógica, planejamento, estratégias e muitas ferramentas técnicas. Do site do MEC, temos que o profissional de logística “planeja e coordena a movimentação física e de informações sobre as operações multimodais de transporte, para proporcionar fluxo otimizado e de qualidade para peças, matérias-primas e produtos. Ele gerencia redes de distribuição e unidades logísticas, estabelecendo processos de compras, identificando fornecedores, negociando e estabelecendo padrões de recebimento, armazenamento, movimentação e embalagem de materiais, podendo ainda ocupar-se do inventário de estoques, sistemas de abastecimento, programação e monitoramento do fluxo de pedidos.”

Hoje, a logística é uma ciência que deixou de ser apenas uma matéria em cursos de Engenharia ou Administração e já forma profissionais com diploma específico, não só no nível técnico ou tecnólogo mas até com bacharelados específicos aparecendo em universidades pelo país. Já temos o curso que forma Bacharéis em Logística. É um orgulho para profissionais de nossa área.

Da mesma forma, o Logística Descomplicada busca disseminar alguns conhecimentos nesta área, seja através de matérias escritas por este autor, seja com diversos autores convidados. Temos também a convicção de que os estudos são necessários e assim divulgamos cursos e eventos e também livros relacionados à nossa área.

E finalmente, há poucos dias lançamos uma nova seção no site, dedicada à divulgação de trabalhos, TCCs e artigos de estudantes e professores. Se você escreveu um trabalho ou um artigo e gostaria de vê-lo publicado aqui no site, entre em contato.

Assim, fica registrado aqui nossos parabéns aos profissionais e estudantes de logística.

Deixe seu comentário sobre esta data e como você faz uso (ou fará num futuro próximo) de seus conhecimentos de logística nos comentários abaixo.

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Brasil: 6ª potência econômica no ranking do PIB mundial

Com a crise econômica que vem afetando toda a Zona do Euro, o Brasil ascende como a sexta potência econômica mundial, ultrapassando a Itália no ranking dos maiores PIBs do mundo.

Com um período de estabilidade e com um crescimento (pequeno mas) constante no PIB, o Brasil vem se destacando anualmente no cenário econômico mundial, passando países antes considerados  inimagináveis de serem alcançados economicamente.

Quanto a nossos vizinhos do Mercosul, podemos considerar o Brasil como uma grande potência econômica local. Conforme dados do FMI, em 2011 fomos considerados como a 6ª potência econômica mundial, enquanto os países membros do Mercosul, são pela ordem: Argentina 27ª, Colômbia 33ª, Venezuela 34ª, Peru 54ª e Uruguai 77ª economias mundiais.

O PIB brasileiro em 2011, cresceu 2,7%, e ficou bem abaixo da meta perseguida pelo governo que era de 5%. Para 2012, a perspectiva de economistas e fontes do governo é de crescimento entre 3,5% e 4%. Infelizmente, esse crescimento econômico não é totalmente transferido à população, que continua carente de diversos serviços básicos e de uma distribuição de renda mais justa. Deixo essa análise e exemplos para que os leitores colaborem nos comentários abaixo.

Para alguns especialistas, a desaceleração da economia brasileira em 2011 foi reflexo do forte crescimento registrado em 2010. Após a crise financeira de 2008/2009, o governo adotou várias medidas para estimular a economia, que passou por uma forte recuperação em 2010. No entanto, essa rápida retomada acabou por pressionar a inflação, o que exigiu que o governo revertesse sua política e adotasse medidas para desestimular o crescimento, como elevação dos juros e restrições ao crédito naquele ano, medidas que já foram retiradas nos últimos meses.

Essas medidas atingiram sua potência máxima no segundo semestre de 2011, justamente quando a crise europeia se agravou. A soma desses dois fatores provocou um rápido esfriamento da economia. “Eles começaram a ver o efeito da crise grega sobre a produtividade e tentaram reverter. Mas, aparentemente foi um pouco tarde e deu-se esse crescimento pífio”, avalia o economista Ricardo Coimbra.

Evolução do PIB do Brasil nos últimos anos:

É consenso entre economistas, e entre organismos econômicos mundiais, entre eles o FMI e o Banco Mundial, que o Brasil deve superar o PIB Francês ainda em 2012, e tornar-se  a 5ª potência Mundial ao final deste ano.

Confira na tabela abaixo a lista das 10 maiores economias do mundo, com dados do Fundo Monetário Internacional de 2010 e logo abaixo os dados de 2011, para comparação.

Ranking dos maiores PIBs do mundo em 2010

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Ranking dos maiores PIBs do mundo em 2011

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Cercados pelo melhor

Sempre procuramos nos cercar com a melhor faculdade, a melhor profissão e com os melhores salários, mas esquecemos de nos cercar com pessoas e com aquilo que nos faz crescer realmente: pessoas que nos ensinam a viver e torcem para que dê certo, sentimentos que nos tornam grandes e coisas que nos fazem bem. Nada de distinção entre pessoas, porém se faz necessária uma maior atenção àquelas que participam dos nossos planos. Pessoas que nos bombardeiam com más notícias, fofocas e intrigas sempre representarão um perigo ao nosso bem-estar.
Há dois anos uma universidade norte-americana concluiu numa pesquisa que o poder de uma má notícia age no organismo durante dias a depender de sua gravidade mesmo antes de constatar sua veracidade. Já o poder de uma boa notícia eleva nosso nível de satisfação, ânimo e alívio, inclusive de dores físicas. Até aqui nenhuma novidade, mas por que, para muitos, é mais importante a divulgação da má notícia? Eu diria que muitas pessoas perseguem tanto a popularidade que se desprendem da verdade. Carentes de atenção fazem de tudo para que outros olhos se voltem para elas. Daí começa o vício por isso, depois vêm as mentiras, as fofocas…

Um dos muitos sinônimos que usamos para identificar a morte é “mensageiro da má notícia”. Pois é, tem muita gente fazendo o papel da morte na vida do outro. É muito importante abandonarmos o prazer das más notícias. Imagine chegar ao setor com a frase “Gente, está na hora de ser forte!” para animar, estimular o alcance das metas; ou chegar com a frase “Gente, está na hora do corte!” O que vai ter de gente ao redor para saber se estará na lista… Deixe isso para quem vive de vender jornais. Não é necessário viver alienado, mas não contribua com “terrorismos”. É a forma mais distante de alcançar a unanimidade e mais curta para tornar-se indesejável.

Seus planos são importantes demais para serem entregues ao simples acaso que lhe rodeia, para que eles se realizem é fundamental saber se localizar e se cercar do que há de melhor naquilo que a convivência com pessoas possa oferecer.

Cercados pelo estresse, más notícias e por aqueles que vestem sua camisa, mas torcem contra, vamos caminhando para uma instabilidade emocional e prática que reflete diária e diretamente no seu lar, no seu trabalho e no seu íntimo. No ambiente competitivo isso é muito comum, rotineiro eu diria. Além do saber SER é necessário saber ESTAR. Isso faz muita diferença mesmo!

Quando nos cercamos de conhecimentos obtemos uma melhor qualificação, por conseguinte, uma melhor colocação no mercado, um salário melhor, uma maior qualidade de vida… Como nota-se, o melhor atrai o melhor. É desencadeada uma onda de mudanças quando damos o que temos de melhor e quem está por perto respira desse ar inspirador e renovador. Claro que não só não é fácil sempre se cercar de coisas boas como é muito difícil sustentar esse estado quando adquirido. Seu maior inimigo é a inveja. Não acredito nela enquanto for sentimento, o problema é que quase sempre se transforma em ações e, são essas ações, que realmente podem derrubar a estabilidade de alguém e somar diversas consequências.

Na vida não se agrada a todos, no trabalho então, a unanimidade é uma raridade. O melhor mesmo é trabalhar, isso lhe permite aparecer para as pessoas certas. Isso é de uma naturalidade inacreditável; assim como a traição pelas próprias palavras daqueles que visam o sucesso através do terrível prazer de tirar o prazer dos outros.

Nesse contexto, vale lembrar que só pessoas sem criatividade e sem o bom senso falam de pessoas. Que falemos cada vez menos de pessoas e cada vez mais de assuntos e de ideias produtivas.

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Mais qualidade no transporte turístico

Quando se aproximam das férias de final de ano nas agências de turismo aumenta a busca por pacotes de viagens por pessoas que querem desfrutar os seus dias de descanso usando o transporte rodoviário ou aéreo. Inicia-se então um trabalho intensivo para apresentar a melhor opção ao turista, com a esperança da fidelização e a garantia de que nas próximas férias use o mesmo serviço.

turismoAlém de proporcionar momentos agradáveis e férias inesquecíveis, o turismo contribui para o crescimento de várias áreas econômicas, gera empregos, desenvolve pólos cultural e artístico. Vários nichos são beneficiados pela atividade, os quais interligados sustentam regiões inteiras e faz com que se desenvolva um efeito cascata no fomento de outras áreas, como o transporte rodoviário por fretamento, as hospedagens, os serviços de alimentação, os pontos turísticos, centros comerciais etc.

Para se ter uma ideia, só na cidade de São Paulo, segundo dados do São Paulo Convention Bureau, são recebidos, por ano, 10 milhões de visitantes, entre brasileiros e estrangeiros. Seja para tratar de negócios ou a lazer e aproveitar o que a cidade tem a oferecer em cultura, gastronomia e diversão, são milhares de pessoas a mais em circulação gerando negócios, empregos e renda.

Outro ponto essencial para o turismo regional é o transporte por fretamento, pois com o serviço é possível deslocar grupos de pessoas de um local a outro e garantir a segurança e a integridade física delas, desde o embarque, os percursos e o desembarque.

O sistema de transporte, acima de tudo, deve garantir o conforto do turista em todos os momentos. Assim como todas as outras atividades turísticas, o setor deve manter um padrão de qualidade para proporcionar a volta do turista em outra ocasião. O serviço hoteleiro também deve ser bem executado, a alimentação tem que ser saborosa, o atendente da loja precisa ser bem treinado para atender o turista com qualidade que entra para comprar uma lembrancinha. Todos estes eixos devem estar alinhados para que todas as recordações do turista sejam agradáveis.

Da mesma forma, a contratação do transporte por fretamento, que levará o turista para conhecer os pontos turísticos ou para percorrer médias ou longas distâncias, caso não se apresente devidamente trará como consequência uma série de clientes descontentes. Por isso mesmo, as operadoras de turismo têm o dever zelar pela contratação de transportadoras que ofereçam a melhor prestação de serviços.

Mas, como averiguar a qualidade das empresas de transporte que prestam o serviço de fretamento turístico? Busque junto às agências e órgãos reguladores as autorizações e condições para sua atuação e circulação. Verifique se há qualquer fato que desabone a companhia. Acompanhe de perto como e em quais condições o turista será transportado. Toda a qualidade da atividade turística, muitas vezes, está sobre quatro rodas, que podem garantir a volta do turista no próximo verão.

Por Regina Rocha – Advogada, bacharel em turismo rodoviário e diretora executiva da FRESP – Federação das Empresas de Transportes de Passageiros por Fretamento do Estado de São Paulo

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Limitar sacolinha é tendência mundial

Campanha paulista eleva onda restritiva que ganhou adeptos na Ásia, na África, na Europa e nos EUA nos últimos anos

Especialista critica o acordo supermercadista de SP em razão de não ter sido precedido por pesquisa de opinião

O fim da distribuição de sacolinhas pelos supermercados de São Paulo, que começou a vigorar na quarta-feira passada, segue uma tendência que ganha fôlego em várias partes do mundo.

Embora o fornecimento das sacolas plásticas pelo varejo ainda seja liberado em vários países, como a vizinha Argentina e o distante Irã, um número crescente de nações ou cidades tem adotado alguma forma de restrição.

Bangladesh, na Ásia, tem uma das histórias mais antigas de proibição, que vigora desde 2002, depois de o entupimento de bueiros por plástico ter sido identificado como o fator responsável por uma inundação que devastou o país em 1998.

Em diversos países africanos (como Ruanda, Quênia, Uganda e Somália), o varejo também é proibido de distribuir as sacolinhas.

Na China, o varejo de todo o país é obrigado a cobrar pelas sacolas desde 2008. Um estudo da Universidade de Gotemburgo (Suécia), divulgado em 2010, indicou queda de 50% no consumo das sacolinhas no país depois da adoção da medida.

EUA E EUROPA

Nos EUA, não existe uma regra nacional sobre o tema. San Francisco é considerada a cidade pioneira do país na decisão de proibir o fornecimento de sacolas plásticas, a partir de 2007.

Em Washington, a distribuição não é proibida, mas os supermercados são obrigados a cobrar por elas. Em Nova York, não há restrições.

Medidas restritivas são comuns na Europa, embora as regras variem de um país para o outro. No Reino Unido, por exemplo, as sacolinhas não são proibidas, mas há um compromisso das grandes redes de reduzir o consumo.

O acordo ajudou a diminuir em 40% o uso de sacolas no país entre 2006 e 2009, mas em 2010 o consumo aumentou, provocando reação do governo. Na Irlanda, é cobrada uma taxa pelo uso de sacolinhas desde 2002, e em países como a Itália a distribuição é proibida.

Em 2011, a União Europeia promoveu uma pesquisa de opinião sobre o uso das sacolinhas, respondida por 15 mil pessoas: 70% se manifestaram a favor da proibição da distribuição das sacolinhas.

Depois do resultado, organizações não governamentais pressionaram as autoridades europeias para banir o fornecimento de sacolas no bloco.

O especialista Roberto Nascimento de Oliveira critica o fato de que o acordo para a proibição das sacolas em São Paulo não tenha sido precedido de uma pesquisa de opinião sobre o tema.

“Era fundamental consultar o consumidor antes para só então decidir que medida implantar e como implantar”, diz Oliveira, professor do Núcleo de Estudos de Varejo da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing).

O presidente da Apas (Associação Paulista de Supermercados), João Galassi, diz não ter informações sobre os detalhes dos projetos para restrição do uso de sacolinhas implementados em outros países, mas acredita que “os consumidores vão, aos poucos, mudando de hábitos quando a causa é justa”.

Fonte: Folha de S. Paulo

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A armadilha da acomodação

O Brasil vem conquistando avanços importantes em vários campos, em especial no econômico-social, o que tem nos propiciado maior autonomia das políticas econômicas para enfrentar as adversidades do ambiente externo.

O sucesso tem se traduzido em um nível elevado de aprovação do governo, o que mostra que a sociedade reconhece os progressos. O governo da presidente Dilma Rousseff vem consolidando importantes conquistas que se viabilizaram especialmente ao longo dos últimos dois decênios. O controle da inflação, mais recentemente acompanhado de um maior crescimento do nível de atividades, vem refletindo na melhora do emprego, com auxilio das políticas sociais, o que tem gerado distribuição de renda e minimizado a nossa ainda elevada desigualdade.

No entanto, o principal risco que enfrentamos, ao contrário do passado recente, não advém dos fatores externos, mas de caráter interno, que é o risco da acomodação. A conjugação de fatores, econômicos, políticos, sociais, etc, tende a levar-nos a um sentimento de acomodação geral e a não realizar as transformações necessárias. Aqui há um claro conflito, entre o conforto do presente e a sustentabilidade futura. Não se trata de escolhas excludentes entre si, mas de ações complementares. Com habilidade e competência, é plenamente possível preservar os ganhos correntes, porém sem comprometer o futuro.

A principal contradição em jogo é que nos tornamos um mercado relevante, a sexta maior economia mundial, pelo critério do Produto Interno Bruto (PIB), e posições ainda mais relevantes no tocante a mercados específicos, como o automobilístico (4º mundial) e outros. Porem, não estamos aproveitando a potencialidade desse imenso mercado de consumo para viabilizar a ampliação da produção doméstica, a geração de centros de pesquisa e desenvolvimento e tecnologia, o que nos propiciaria empregos e renda de melhor qualidade e sofisticação e maior sustentabilidade das contas externas.

Dadas as condições adversas de competitividade sistêmica, estamos perdendo substância em elos importantes da cadeia produtiva. A conseqüência é um aumento rápido das importações, que substituem a produção local. Trata-se de um processo silencioso e nem sempre perceptível de desindustrialização. Apesar do avanço do PIB de mais de 10%, nos últimos três anos, a produção industrial permaneceu estagnada no acumulado do período e o déficit comercial de produtos industrializados deve ultrapassar os US$ 100 bilhões este ano.

Parece uma grande contradição, pois acaba de ser anunciado que o Brasil recebeu um volume recorde de investimentos diretos estrangeiros no ano passado e se mantém dentre aqueles que mais são alvo das grandes empresas em pesquisas recentes.

A questão é que nem sempre o investidor que vem de fora atende aos interesses de localização e inovação. Muitas vezes apenas reproduz o padrão vigente de baixo conteúdo local. Parcela substancial do investimento externo é voltado para projetos associados a exploração de recursos naturais, que são finitos e agregam pouco valor.

É preciso avançar em uma agenda que contemple questões mais abrangentes e de interesse geral. Trata-se de um equívoco, no caso do debate da desindustrialização, encarar o problema como algo setorial, ou uma demanda corporativa. Não há antecedentes na história econômica mundial de países com as nossas características e que tenham alcançado níveis avançados de desenvolvimento sem o apoio de uma indústria competitiva.

A industrialização representou o grande salto no século passado e um fator preponderante que propiciou-nos chegar aonde chegamos no panorama mundial. Falta-nos um novo impulso para criar a indústria do século 21, que preserve os segmentos nos quais já temos tecnologia e know how e outros, novos, os quais ainda não dominamos.

É isso que deve nortear nossas ações, envolvendo as políticas públicas, o setor privado, a área acadêmica e os institutos de pesquisa, em um esforço conjunto e inovador. É também o que deve nortear o nosso relacionamento externo, no que se refere a acordos com os países e o nosso padrão de comércio. É também muito importante, atentarmos para a característica do investimento que mais nos interessa, que é aquele que venha complementar as nossas cadeias produtivas, agregar valor e gerar novas competências. Precisamos compensar o ônus da remuneração ao investimento externo, que no ano passado representou uma despesa de US$ 40 bilhões, com exportações e outras receitas que garantam o equilíbrio intertemporal do balanço de pagamentos.

Para isso, temos que sair do conforto de os outros nos descobrirem e nos elegerem como suas prioridades para atender às estratégias, mas atrair o investimento que viabilize nossas prioridades e interesses. Carecemos de um projeto mais amplo e ambicioso, que combine a expansão do mercado com aumento do valor agregado local e das inovações: um grande salto de desenvolvimento, sob pena de abrirmos mão de garantir a sustentabilidade futura.

Por Antonio Corrêa de Lacerda: economista, mestre e doutor em economia, professor-doutor do departamento de Economia e do Programa de Estudos Pós-graduados em Economia Política, da PUC-SP, autor, entre outros livros, de “Globalização e Investimento Estrangeiro no Brasil” (Saraiva). Foi presidente do Cofecon e da SOBEET. Fonte: Terra.

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Geral Gestão

Quem quer dinheiro?

Até seria engraçado se por trás dessa “brincadeira” não se escondesse um perigo tão grande para países como o Brasil devido à impressão de dinheiro como solução para crises.

Essa pergunta vem sendo feita constantemente pelo Banco Central Europeu aos bancos da Europa, em especial aos bancos espanhóis, ingleses e italianos. A última injeção de moeda nos ativos do Continente, divulgada há pouco dias, foi de 530 bilhões de euros. Com isso, desde o início de 2012, essa soma já ultrapassa 1trilhão de euros.

Não podemos esquecer que, no segundo semestre de 2011, os estados Unidos injetaram 600 bilhões de dólares em sua economia em uma só ação tão discutida no Parlamento. Estima-se que ações dessa natureza, tomadas por vários países, tenham injetado mais de 4,7 trilhões de dólares em “dinheiro fabricado” desde a crise de 2008.

Ora, a intenção é clara: fugir da crise com o incentivo ao consumo por meio de créditos concedidos aos grandes, médios e pequenos investidores. É um “dinheirinho” a mais para movimentar a economia, evitar recessões e diminuir os riscos de calotes destes países, fortalecendo assim, o chamado aos investimentos que movem as metas de desenvolvimento.

Que globalização que nada! Na hora do aperto é cada um por si e vai ao espaço essa história de fomentar países para o desenvolvimento geral. Economias importantes não funcionam assim.

Imagine se você extrapolasse suas dívidas do mês e pudesse imprimir um dinheirinho legítimo para sair do aperto […] Já pensou no efeito que isso poderia causar? Seu problema estaria resolvido e você desencadearia uma série de efeitos como, por exemplo, ter o dinheiro para comprar e não encontrar o objeto pretendido devido à procura ou até mesmo pela falta de mão-de-obra, pois, como você, todos praticariam a mesma ação. Queimar neurônios para quê? Melhor imprimir dinheiro do que usar de criatividade para combater uma crise que, verdade seja dita, se iniciou por práticas similares.

O impacto na economia mundial é gigantesco. Isso porque não se sabe como esse dinheiro vai ser usado pelos bancos. Sabe-se que 20% desse valor é usado para os chamados “colchões de segurança” – aquela engorda de reservas para garantir a vida financeira do banco – e o restante será usado em inúmeros negócios, nos quais os governos não têm como controlar muitos e garantir a verdadeira razão para essas injeções: a compra de dívidas públicas. É como você emprestar dinheiro para alguém comprar sua geladeira, mas ela continuará com você que ainda usufruirá daquilo que é abastecida. Com o agravante de que o dinheiro não existia, foi fabricado.

Isso para o Brasil é uma forte ameaça para nossa continuidade rumo ao desenvolvimento. Nosso Banco Central já se desdobra diariamente para comprar dólares no mercado e evitar a queda brusca da moeda em relação à nossa. Quem imaginou que precisaríamos agora dosar a entrada de investimentos estrangeiros para nos proteger? Quem imagina que o fortalecimento da nossa moeda pode nos levar a sérios problemas? São os paradoxos da economia. Imagine você fechar a compra em dólar de algo que custava 10 mil reais. Semanas depois, lhe chega o produto e agora você converterá apenas 8 mil reais para o pagamento. Aparentemente, um ótimo negócio para você. Mas, para o fornecedor significa prejuízo, falência, demissões. Com a diminuição da compra da matéria-prima desencadeará uma série de complicações no mercado.

Hoje, a soma de todos os Produtos Internos Brutos (PIB) no mundo representa cerca de 60 trilhões de dólares. Os ativos, investimentos e outros somam 170 trilhões de dólares. Ou seja, o dinheiro que circula no mundo é quase 300% a mais do que se pode garantir. Daí o perigo em aumentar a circulação de dinheiro dentro de um ambiente insuficiente. Isso precisa ser visto com mais responsabilidade comum e não com irresponsabilidade individual.

Com licença; preciso imprimir algumas notas para pagar o colégio do meu filho. O mês foi difícil…

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Carreira Geral

Medo de mudanças – o império das rotinas

É muito comum não estarmos receptivos às mudanças em nossa rotina de trabalho. Por menor que ela seja, causa um certo desconforto o fato de agora eu ter que executar meu trabalho com mais essa “intrusa” na minha rotina. Quando essa mudança traz conflitos hierárquicos pode ser gerada uma crise onde todos perdem, principalmente aquele cujas mudanças foram propostas. O rendimento já não é o mesmo porque a empresa já não é tão boa para se trabalhar e a vida já não é tão bela…

Isso é mais comum do que se possa pensar. O ser humano tem uma tendência natural de não aceitar interferências em seu “território”. Difícil perceber e controlar. Uma simples mudança traz o medo de comprometer a execução das demais tarefas, de colocar a eficiência em risco e, o mais comum, aumentar o trabalho. Uma pequena mudança para essas pessoas já é motivo de baixo desempenho, problemas de relacionamento, irritabilidade, infelicidade, distanciamento de uma possível promoção e, como conseqüência disso tudo, uma demissão ou pedido de demissão.

A forma com que cumprimos nossa rotina sabendo que do outro lado têm pessoas que compõem suas novidades e suas próprias rotinas através da nossa, faz toda a diferença.

No caso de Fulanésia, aeromoça em uma grande empresa de aviação, que está sempre cumprindo aquela mesma rotina de ensinar como usar o cinto, indicar as portas de emergência e de falar aquela inutilidade sobre os assentos que flutuarão no caso do avião se espatifar; está tão mergulhada na rotina que não percebe a novidade aos olhos daquele passageiro que voa pela primeira vez. A rotina dela cruzou com a novidade dele. Mas, o que ficou realmente, foi que ele percebeu que ela não é feliz no que faz, não acredita no que diz e não inspira confiança. Talvez se ela acrescentasse um simples diferencial, um sorriso que fosse, ele a veria de uma forma diferente, até acreditaria que o assento flutuante agora lhe passa toda a segurança que ele esperava.

A rotina pode ser altamente prejudicial para você no que diz respeito ao seu cérebro: Especialistas recomendam que, no que for possível, mude o caminho para o trabalho, a forma de executar suas tarefas e a sequência dessas tarefas. Isso ajuda, e muito, no desenvolvimento e manutenção do seu cérebro, melhorando a concentração, memória e a capacidade de raciocínio com o aumento da criatividade. No que diz respeito à empresa: Hoje há uma grande necessidade de inovação nos mais diferentes mercados. Pessoas que lidam bem com conflitos se permitem desenvolver novas idéias, impulsionam seus setores e extraem possibilidades de crescimento por menor que essa idéia possa ser. As empresas não preservam mais essas limitações, elas buscam profissionais abertos às mudanças, receptivos a desafios e dispostos a ser diferentes da maioria que se acomoda numa função e substitui a defesa desta, por uma defesa pessoal.

Essa é uma grande realidade. A defesa não é pela função, é pessoal, é territorial. A dificuldade na aceitação das mudanças é devido à “ameaça” que elas representam e isso vem automaticamente antes de qualquer outro motivo. Se isso não faz parte de você, ótimo! Mas muitas pessoas são resistentes a isso e saber lidar com elas pode favorecer muito as atividades da empresa.

Sempre ouvimos que rotinas prejudicam casamentos, trabalhos, amizades e tudo o que ela domina. Mas há duas verdades sobre a rotina: A primeira é que muitas pessoas a desprezam e outras não têm forças para sair dela devido à passividade. A segunda verdade é que a rotina nem sempre é prejudicial. Há funções em que a rotina deve ser obedecida pela funcionalidade e pela segurança de processos, informações e de integridade. O simples fato de reconhecê-la já pode ser um diferencial que irá ajudar na execução e na forma de enxergá-la. Ela nunca deverá ser vista como uma prisão ou como um engessamento, mas como uma etapa cuja abertura ao novo lhe é proporcionada.

O bom é que você pode, usando o bom senso, acrescentar ou retirar partes que compõem sua rotina. Mas esteja à disposição para novos sabores, novos conceitos, mudanças. Isso é grande parte do nosso crescimento profissional e pessoal. Aceite mudanças e diga “sim” à sua evolução.