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O efeito borboleta: como uma sopa ruim na China causou falta de papel higiênico

Cadeias de suprimento são conexões complexas e inter-relacionadas entre diferentes empresas. Durante as últimas décadas, a globalização fez com que as cadeias de suprimento se espalhassem por todo o mundo. Várias fontes de economias de escala criaram um processo de desindustrialização dos países ocidentais, com muitos deles contando com a mão-de-obra imensa e barata da China e dos produtores asiáticos vizinhos.

A China é efetivamente a fábrica da humanidade. Da energia à mineração, de móveis à eletrônica de alta tecnologia, nossos tênis e smartphones são todos provenientes daquele país. Com fábricas fechadas há várias semanas, vemos agora os efeitos da ruptura de estoque aparecerem em muitas áreas da nossa vida diária.

Adicione aos níveis de produção significativamente reduzidos uma proibição de viagens e acesso reduzido à portos e aeroportos: agora não é possível enviar mercadorias do seu centro de produção para qualquer outra parte do mundo. Levará meses para que a produção e o transporte sejam restabelecidos na China, e então veremos o alto volume de pedidos de transporte chegando em diferentes aeroportos, portos, ferrovias e transportadoras na maioria dos países.

Em períodos de incerteza, as pessoas às vezes reagem de forma impulsiva. Os governos instruíram as pessoas a comprar alimentos secos e enlatados e recursos essenciais para um período de isolamento que pode ser longo. Embora o papel higiênico apareça na lista, ocorreu um certo alvoroço, pois as pessoas temiam não ter esse suprimento essencial e compraram muitas vezes a quantidade necessária, muito mais do que outros itens da lista.

O impacto desta considerável variação na demanda é observado nas prateleiras vazias. Políticas de gerenciamento de estoque como o lean e just in time dependem da produção e do transporte em tempo hábil, portanto o número de itens estocados para satisfazer a demanda é sempre baixo. Considere um produto com uso constante e demanda constante durante todo o ano (como papel higiênico), e baixa variabilidade na demanda, o que leva a previsões muito precisas, baixo desvio padrão e estoques de segurança muito baixos. Até que uma sopa ruim na China desorganize as cadeias de suprimentos globais.

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O que é Gestão de Estoques?

Gestão de estoques, no contexto de uma indústria, normalmente se refere à gestão dos recursos materiais que podem ajudar a organização a gerar receita no futuro. O responsável por essa parte da gestão é o Gerente de operações.

Por exemplo, uma loja de varejo que vende vários itens, como um supermercado ou loja de departamentos (com, por exemplo, alimentos embalados, mantimentos, roupas, itens eletrônicos etc) não costuma armazenar todos os produtos na loja. Parte do estoque de produtos é mantido em um armazém ou depósito. Chamamos de inventário a soma dos produtos na loja e no armazém.

Por que a gestão de estoques é tão importante?

Empresas que atuam como fabricantes ou montadoras, voltadas para a produção de bens, dependem fortemente de um estoque bem gerenciado por uma série de razões. No fim das contas, uma empresa que dependa de produção não pode sobreviver sem um bom sistema de gerenciamento de estoques.

Vejamos, então, algumas razões para ter um bom sistema de gestão de estoques:

Atender às demandas de forma constante

A demanda por bens e serviços específicos não será a mesma durante todo o ano. Por exemplo, a venda de condicionadores de ar tem picos durante o verão e vai para baixo durante o inverno. Roupas também tem uma demanda muito sazonal, curtas no verão e longas e quentes no inverno. Um estoque bem planejado permitirá que uma empresa cumpra as exigências – e todos sabemos que a chave para aumentar a receita é o atendimento integral da demanda.

Continuidade das operações

A gestão cautelosa dos estoques permitirá a uma empresa executar suas operações sem problemas, com continuidade. Por exemplo, se uma organização fabrica produtos que dependem de matérias-primas, é evidente que a empresa precisa de um bom estoque de matérias-primas para que as operações sigam sem contratempos.

Economia nas operações

Um sistema de gerenciamento de estoques bem administrado permite que uma empresa possa cortar custos. Por exemplo, quando chega a época das festas e a empresa prevê um aumento na demanda por alguns produtos (como chocolate na páscoa ou brinquedos no Natal), ela pode adquirir mercadorias em quantidade com antecedência, negociar preços e armazená-las para a temporada. Os principais benefícios desse exercício são que a empresa pode atender toda a demanda e quando compra em quantidade e de maneira planejada,  obtém descontos.

Quais são os princípios da gestão de estoques?

As práticas a seguir podem ajudar uma empresa a ter um estoque bem gerenciado:

Previsão da demanda:

Esta é uma habilidade especializada. Uma empresa deve ser capaz de prever demandas de bens e produtos específicos em um momento específico do ano. A empresa deve criar e manter seu sistema de inventário com base nas demandas, reais e previstas. Conheça mais sobre previsão de demanda.

Monitoramento do sistema:

Um inventário deve ter um mecanismo de monitoramento da quantidade em estoque a todo momento. A empresa deve saber com exatidão a quantidade de estoque em qualquer ponto específico no tempo.

Qualidade de armazém:

O armazém deve ser capaz de manter o estoque em boas condições. Materiais desperdiçados geram perdas de oportunidades e receitas.

A Gestão de estoques é, portanto, um desafio para a maioria das empresas. Na verdade, mesmo antes que uma empresa comece suas vendas, seu lucro ou prejuízo pode ser parcialmente explicado por quão bem a empresa é capaz de gerenciar seus estoques.

 

Este texto foi revisado por Cíntia Revisa!

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Gestão e previsão da demanda

Todos os principais problemas na gestão de estoques decorre de falhas na gestão e previsão da demanda. Um dos mais graves problemas em gestão de estoques é o efeito chicote: uma pequena variação da demanda dos clientes causa um transtorno enorme nos elos superiores da cadeia de suprimentos (distribuidores, atacadistas, produtores).

Portanto, uma boa gestão e previsão da demanda é essencial para garantir um fluxo logístico contínuo e suave. Além disso, uma boa previsão de demanda vai influenciar positivamente a gestão estratégica, de longo prazo (escolha de locais de produção, capacidades, layout das usinas) e também a gestão tática, de médio prazo (escolha dos fornecedores, gestão de estoques, gestão de transportes e distribuição).

Gestão da demanda

O objetivo da gestão da demanda é determinar qual será a demanda futura, e poder fornecer essa informação adequadamente às pessoas que podem tomar decisões em tempo hábil. Uma boa gestão de demanda é uma atividade que agrega valor, pois ela ajuda a reduzir os prazos!

Se a gestão de demanda for feita de maneira correta, ela ajuda a satisfazer as necessidades do cliente de maneira mais eficiente; ela pode influenciar o padrão de chegadas de novos pedidos e reduzir a variabilidade; ela pode ainda propor prazos adequados ou sugerir alternativas!

Como influenciar a demanda?

Existem cinco táticas conhecidas para fazer uma boa gestão da demanda:

1. promoções e descontos: quand a demanda cai, fazemos promoções para atrair novos clientes
2. prazos de entrega: se não temos o produto hoje, garantimos um prazo de entrega para o cliente sair satisfeito
3. Produtos substitutos: se o cliente não pode esperar, que ele ao menos possa escolher por um modelo similar
4. informação: publicidade e propaganda, divulgando informação para aumentar a demanda
5. reservas: quando a demanda é maior que a oferta, uma alternativa é satisfazê-la com base em reservas – como em hotéis e restaurantes, mas também com eletrônicos.

Gestão passiva da demanda – previsão da demanda

O que vimos até agora são formas de influenciar e modificar a demanda – fazendo uma gestão ativa da demanda. Com base em dados históricos e outros fatores, é possível fazer uma gestão passiva da demanda, apenas prevendo o que vai acontecer, sem tentar influenciar o que pode ocorrer. Isso se chama previsão da demanda.

Se as previsões forem maiores que a demanda real, incorremos em diversos custos. Produtos ficarão em estoques e não serão vendidos. Capacidade de produção e transporte foi usada para produzir os produtos que ninguém vai comprar. E funcionários foram pagos para produzir items que ninguém precisa.

Se as previsões forem menos que a demanda, incorremos em outros tipos de custos. Clientes vieram comprar nosso produto mas não pudemos atendê-los. Tivemos um nível de serviço baixo, com pouca oferta. A qualidade do serviço oferecido aos consumidores foi baixa. Muitos desses custos são impossíveis de se estimar.

Existem várias técnicas de previsão, e as mais avançadas se baseiam em matemática aplicada, algo que pode ser muito complicado. Mas isso é assunto para outro post!

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Prevendo o movimento das lojas a partir dos céus

Ter uma boa previsão do tráfego numa loja é uma parte importante para se estabelecer quantos funcionários devem estar em serviço. Isto é ainda mais importante quando o sucesso do negócio depende do atendimento de um consultor na loja. Mas como uma loja consegue criar uma boa previsão do número de clientes? De acordo com uma matéria sobre a Lowe’s (loja de materiais de construção e reformas) publicada na BusinessWeek, uma solução é usar imagens de satélite!

estacionamentoA Lowe’s afirmou que tem avaliado o tráfego em suas quase 1900 lojas através de imagens de satélite de seus estacionamentos. Com base nessas imagens, a Lowe’s consegue estimar quantos clientes estarão nas lojas a cada hora do dia. Além disso, a empresa também cruzou os dados de suas previsões com o número de transações efetuadas nas lojas para saber quantos clientes foram embora sem realizar nenhuma compra.

As imagens de satélite tem sido muito úteis para que a Lowe’s gerencie sua força de trabalho, agendando equipes de consultores para estarem disponíveis quando as vagas de estacionamento começam a ficar escassas.

Este é um uso curioso das imagens do espaço, e me pergunto se não é um exagero tecnológico. Existem várias tecnologias que os varejistas podem usar para contar quantas pessoas entram por suas portas. Estas vão desde simples olhos eletrônicos que contam quantas vezes um feixe de luz foi cruzado nas portas, a sistemas avançados de vídeo que podem distinguir adultos de crianças.

Existem algumas razões que justificam a escolha da Lowe’s pelos satélites. Primeiro, eles geralmente têm várias entradas para a loja, e o movimento de pessoas que passam por portas diferentes pode dar uma contagem falsamente elevada. Em segundo lugar, seu layout em formato de armazém pode dificultar o uso de sistemas de vídeo. Finalmente, e talvez mais interessante, as imagens de satélite podem dar-lhes mais detalhes.

A Lowe’s atende dois segmentos distintos – profissionais (ou seja, empreiteiros e carpinteiros) e amadores (ou seja, proprietários e amantes do faça você mesmo). Para um contador de tráfego, todos eles têm a mesma aparência, mas do céu eles não. Um estacionamento de pick ups e vans sugere os profissinoais estão comprando enquanto minivans e carros de passeio seriam um indício de uma multidão de faça-você-mesmo. Na medida em que os nichos precisam de diferentes serviços (ou tem diferentes expectativas de serviço), as imagens de satélite podem permitir agendamento de mais refinado do que simples contagem de corpos.

Baseado no texto “Forecasting store traffic from the sky” de Martin A. Lariviere, publicado no blog The Operations Room. Tradução e adaptação feitas por Leandro Callegari Coelho e autorizadas pelos autores exclusivamente para o Logística Descomplicada.

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Sazonalidade: a euforia do coelhinho da Páscoa

Os corredores dos supermercados não nos deixam enganar. Centenas de ovos de chocolate, nos mais variados pesos, embalagens, formas e conteúdos, literalmente despencam sobre nossas cabeças. Já nos shoppings centers, lojas bem montadas nos convidam para a degustação desta doce época do ano.

Para muitos empresários é tempo de vacas gordas, fábricas em três turnos, aluguel de armazéns terceirizados, contratação de promotores e negociações com clientes. Tudo tem que estar bem azeitado para que os ovos cheguem com antecedência ao varejo, mesmo considerando que grande parte das vendas é realizada nos dias que antecedem o domingo de Páscoa.

Apesar da euforia, empresas dependentes de datas comemorativas sofrem com o efeito da sazonalidade, ou seja, a concentração de seu faturamento em determinadas épocas, tais como brinquedos no final do ano e pousadas de praia no verão, as quais lutam para tentar cobrir seus custos fixos nos meses mais fracos do calendário.

Algumas saídas encontradas estão na diversificação de seu portfólio de produtos, aproveitando a capacidade produtiva e a sinergia com seus canais de vendas. Um caso clássico é a empresa Bauducco, cujo carro-chefe em outras épocas, é hoje apenas mais um item no Natal. Biscoitos, torradas, barrinhas, bolos e até produtos específicos para a Páscoa, hoje ajudam a empresa a viver com um fluxo de caixa mais equilibrado.

Um item de extrema importância para estas firmas está na previsão da demanda, ou seja, quanto devo produzir visando o período de alta sazonalidade. Para prestadores de serviços, a capacidade do sistema é seu limitante, tais como quartos de hotéis e assentos em aviões, bem que isso não seja tão verdade, com os constantes overbookings.

Já para as empresas manufatureiras significa perder clientes à concorrência – no caso de falta de produtos – ou ainda amargar com estoques de pouco apelo. Panetones oferecidos por um terço do valor original em pleno mês de Março é um claro sinal que algo não ocorreu como o planejado.

Uma previsão de demanda eficiente evitará além dos altos estoques ou falta de produtos, uma melhor utilização dos recursos fabris e logísticos: alocação e contratação de mão de obra, investimentos extras em ativos fixos, gastos com horas extras, estoques de matérias-primas, armazenagem e frete. Em suma, trará mais lucratividade para a empresa através da redução de custos diretos e indiretos.

Em geral as áreas de vendas e marketing é que se encarregam de montar o forecast ou previsão de vendas, baseados em técnicas quantitativas e qualitativas. A análise de séries temporais é o indicador mais comumente utilizado, o qual supõe que as vendas futuras serão um reflexo do passado. Apesar de eficiente, algumas variáveis devem ser acrescidas tais como grandes negociações esporádicas, promoção de preços, falta de produtos da concorrência e tendências de mercado.

Não por outro motivo saliento a importância de uma sessão complementar, alinhando as previsões obtidas através da análise quantitativa, com opiniões de especialistas de diversas áreas da empresa: vendas, marketing, produção, finanças, compras e logística, os quais com suas experiências passadas e funcionais ajudarão a refinar este número, comprometendo-se em última análise com sua consecução, evitando o jogo de empurra, comum quando algo não dá certo.

Como conclusão, sugiro que as empresas ainda altamente dependentes atuem em duas frentes, uma de curto e outra de longo prazo. Planejamento, métodos e processos, trabalhando na redução dos riscos de falta ou sobra de produtos, assim como na melhoria de sua lucratividade no curto prazo. Lançamento de novos produtos ou entrada em outros nichos de mercado, reduzindo sua dependência de eventos sazonais no longo prazo. Caso contrário, continue acreditando e sonhando com papai noel e coelhinho da Páscoa.

Por Marcos Morita: mestre em Administração de Empresas, professor da Universidade Mackenzie e professor tutor da FGV-RJ. Especialista em estratégias empresariais, é colunista, palestrante e consultor de negócios. Há mais de quinze anos atua como executivo em empresas multinacionais.
professor@marcosmorita.com.br. Fonte Logweb

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Como melhorar a previsão de demanda

Matéria de autoria de Leandro Callegari Coelho publicada na Revista Brasil Comex de dezembro/2009.

O uso de ferramentas estatísticas é fundamental, mas não é o único meio de se fazer boas previsões. Qual modelo matemático conseguiu prever a crise financeira internacional? E qual modelo conseguiria entender a queda nas vendas, sem uma mente humana e informar os dados do mundo real?

Por isso, vejamos algumas dicas para melhorar o sistema de previsão:

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Utilizando modelos de previsão de demanda

Artigo publicado na IX Semana de Engenharia de Produção Sul-Americana (SEPROSUL), no Uruguai, em novembro de 2009:

Modelos de previsão de demanda para erva mate: um estudo de caso

Autores: Éprevisão de demandadio Polacinski, Leandro Callegari Coelho, Rodrigo Gabriel de Miranda, Alice França de Abreu.

Em face de economia atual, ser caracterizada pela alta competitividade, todas as organizações se vêem cada vez mais pressionadas a desenvolver estratégias para responder as exigências do mercado. Neste sentido, o presente artigo através de uma pesquisa de natureza quantitativa, classificada também como descritiva, bem como exploratória, e que utilizou para o desenvolvimento de seu processo a técnica do estudo de caso, coletou as informações necessárias para desenvolver um modelo de previsão para vendas de erva mate, para uma Micro e Pequena Empresa (MPE), que adota como estratégia para responder as exigências do mercado, as técnicas de previsão de demanda. O estudo apresenta as possibilidades oferecidas pelos diferentes modelos de previsão, permitindo estimar o comportamento da demanda de erva mate para o mercado de atuação da MPE, onde foram analisadas tendências, ciclos e sazonalidade dos dados coletados, no período de 1999 a 2008. Das técnicas de previsão utilizadas, definiu-se o modelo de suavização exponencial como mais apropriado para definir a demanda de erva mate para 2009. Com o modelo proposto, conforme a direção da MPE, destaca-se que até o mês de junho, deste ano, as previsões teriam sido bastante acuradas, confirmando a expectativa do bom desempenho do modelo.

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Reduzir os estoques para melhorar os custos

estoques

Gestão de estoques – Onde atuar para diminuir seus estoques e melhorar seus custos

A crise econômica está dando sinais de que ficou para trás, mas isso não significa dinheiro sobrando no caixa das empresas, muito menos que é hora de afrouxar as rédeas do controle e do corte de despesas desnecessárias.

Uma área em que sempre é possível melhorar é na gestão do inventário. Dependendo do tipo de produto com que sua empresa trabalha, o nível de estoques incorreto pode ser seu fim. Níveis adequados de estoques têm impacto direto no giro de caixa e nos custos, e nunca será demais melhorar a gestão de estoques.

Dado que os estoques estão lá para atender a uma demanda futura, normalmente desconhecida, deve-se focar na melhoria dos sistemas de gestão de estoques, de previsão de demanda e na avaliação da qualidade dos mesmos.

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Controle de estoques: logística e previsão de demanda

Logística e previsão de demanda: uma questão de controle de estoques

A logística serve, de maneira geral, para solucionar um dos problemas encontrados pelas empresas: diferenças entre o local e o momento da produção e do consumo dos produtos. Normalmente as fábricas encontram-se longe dos centros de consumo, acarretando necessidade de transporte – a maior das atividades da logística. Mas também, uma diferença temporal entre quando o produto é fabricado e quando ele é requisitado pelos consumidores exige que se façam estoques nos pontos de venda, para atender à demanda futura, trazendo à tona um elemento pelo qual o profissional de logística é pressionado: a redução dos estoques.

Estas duas características somadas abrem espaço para mais uma atividade do setor de logística: as previsões. Estas servem para planejar compra de matéria-prima, capacidade de máquinas e de mão-de-obra bem como também para estimar o volume adequado dos estoques – cujo gerenciamento é talvez a 2ª atividade mais importante da logística.

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Uso de gráficos de controle para avaliar previsões

Em 2009, no Seminário “The 29th Annual International Symposium on Forecasting” em Hong Kong, o trabalho Demand management and inventory control through forecast error monitoring using the combined Shewhar-CUSUM control charts foi apresentado.

Autores: Robert Wayne Samohyl e Leandro Callegari Coelho.

Resumo em inglês: Optimal inventory size is essential  for maintaining the competitive edge. Demand management and forecasting are a vital part of the calculation due to the fact that forecast errors and the size of inventories are correlated. Errors in forecasting should be monitored for the adequacy of the underlying model. In statistical process control, a monitoring scheme that has received much attention recently in the industrial setting but not for forecasting error is the combined Shewhart-CUSUM control chart. Combining the two charts with proper attention paid to the probability of  false alarms is an important part of the new scheme. The CUSUM chart will  detect small changes in the error distribution while the Shewhart chart will detect large alterations. The paper shows that the Shewhart-CUSUM control chart works very well for accompanying the size and movement of inventories. When errors are large, alarms are sounded and re-estimation of the underlying models is called for. A pratical example of the procedure is illustrated which demonstrates the benefits of making forecasts with automatic exponential smoothing models whose forecasting errors are monitored by the  scheme suggested here. The result is that inventories are kept to a minimum.