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Entendendo os diferentes fluxos logísticos

A logística é normalmente associada ao transporte: movimentação de materiais, rodovias, navios, etc. Não podemos dizer que esta associação é injusta, pois o transporte é uma das principais atividades da logística, a que custa mais caro, e a que o cliente mais precisa – afinal, ele precisa dos produtos no lugar onde vai comprá-lo!

Mas não só de transportes de produtos é feita a logística, e existem outros fluxos a serem considerados. Vamos discutir alguns deles nos parágrafos seguintes.Primeiramente, vamos continuar na área de transportes, mas não o transporte direto dos produtos, no sentido dos fornecedores para os clientes, mas o transporte reverso. Trata-se da principal função da logística reversa, que trás os produtos usados do consumidor final para as fábricas novamente. É um fluxo que ganha cada vez mais importância em função das pressões sociais e políticas para que as empresas sejam mais corretas ambiental e socialmente.

Outro fluxo muito importante é o fluxo de informações. As indústrias só podem produzir aquilo que o consumidor quer comprar. Assim, é preciso saber qual o produto mais desejado, qual a cor da moda, qual o estilo ou as necessidades do momento. Isso é feito através de pesquisas de marketing e de um estreito relacionamento com os distribuidores. Uma vez que a indústria tenha recebido a informação dos clientes, é importante que esse fluxo volte em direção ao consumidor final, oferecendo novas opções e ajustando aquilo que foi requisitado.

Por fim, não podemos esquecer que alguém precisa pagar por tudo isso! Assim, o fluxo financeiro flui do consumidor final em direção aos fabricantes. Cada etapa do processo logístico fica com uma parcela do montante pago pelo cliente, até que ele termina quando chega no elo mais alto, por exemplo no fornecedor de matérias-prima.

Assim, podemos dizer que o fluxo logístico é na verdade a integração de diversos fluxos menores: os fluxos de materiais (ou produtos) direto e reverso, os fluxos de informações e o fluxo financeiro. Algumas empresas obtém mais sucesso que outras no gerenciamento desses fluxos: algumas fazem uma excelente logística reversa, outras conseguem entender exatamente o que o cliente deseja, e outras são muito ágeis na entrega do produto.

Você consegue pensar em exemplos de empresas de cada um desses grupos?

Por Leandro Callegari Coelho

Leandro C. Coelho, Ph.D., é Professor de Logística e Gestão da Cadeia de Suprimentos na Université Laval, Québec, Canadá.

12 respostas em “Entendendo os diferentes fluxos logísticos”

Consumidor final eh como o nome próprio já diz, eh como se fosse o último cliente. Por exemplo, tomando uma impressora como produto, a empresa que faz o opc (cilindro que fica dentro da máquina responsável pelo processo de impressão) eh cliente de um fornecedor que envia as matérias primas necessário para a produção do opc, uma vez pronto o opc eh enviado para outra empresa responsável pela produção de outra peça que vai compor a impressora e assim vai até chegar na impressora pronta para o consumidor final comprar e usar. Espero q tenha ajudado, foi só um exemplo, n sei ao certo o processo de produção de uma impressora mas espero q tenha ajudado.

Referindo-se ao fluxo reverso noto a grande falta de informação

quanto a emissão de nfs de devoluções em todas as suas naturezas de operações(dev:venda,troca,remessas em garantias,demostrações e consertos)isto acontece até mesmos com os contadores,muitos deles não conhece ou se fazem desconhecer seus procedimentos básicos para o correto retorno,os demais profissionais da àrea comercial preocupa-se apenas com a venda,esquecendo que a mesma só termina no pós venda e isso acarreta grande transtorno para o pessoal da area de recebimento.

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Ultimamente o que venho observando é o crescente número de atacadistas e grandes lojas em cidades do interior do país. Moro em Petrolina-PE, por enquanto, e aqui grandes empresas como Macro, Atacadão, Gigo, possuem grandes estruturas e preços imbatíveis. A importância dos fluxos logísticos para essas empresas são mais do que primordiais, são necessárias. Enfrentar custos e despesas, longe de capitais e com o custo de transportes (o que não sai barato) não é fácil.

Parabéns pelo artigo, como sempre, muito enriquecedor Leandro.

Forte abraço,

Billy Johw.

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