A importância do controle estatístico de processos nas empresas, de qualquer porte, é de vital importância para que produtor e cliente ganhem confiança, um por melhorar seu nível de qualidade, outro por saber que comprará algo que atenda suas expectativas.
Melhores níveis de qualidade em processos produtivos e variabilidade menor norteiam o conceito por trás do Controle Estatístico de Processos, e a sustentação da qualidade produtiva está baseada no controle dos processos.
Os diversos gráficos de controle visam, cada um a sua forma, detectar mudanças na média e/ou variabilidade no processo analisado. O início da teoria de CEP foi proposta pelo Dr. Shewhart na década de 1920. Muito do desenvolvimento daquela época ainda é aplicado em muitas empresas atualmente, especialmente os gráficos X-barra e R, que medem a amplitude e a variabilidade em torno da média. Estes gráficos normalmente são os primeiros a serem praticados, por sua facilidade de implementação. Algumas situações, no entanto, requerem outros tipos de gráficos de controle. Notadamente quando o processo em questão possuir pequenas variações em torno da média, os gráficos CuSum e EWMA são mais indicados.
Estes gráficos visam identificar se o processo atual está de acordo com a variabilidade histórica esperada. Eles disparam um alarme caso o processo o processo em análise apresente alguma causa especial de variabilidade. As causas comuns são responsáveis pelas diferenças normais entre uma peça e outra (nem todas as peças são iguais, e alguma variabilidade é aceita como normal). Quando um alarme é disparado, deve-se investigar para encontrar as causas especiais: um funcionário mal treinado, matéria-prima de baixa qualidade, máquinas desajustadas, dentre outros.
Os gráficos de Shewhart são indicados quando queremos encontrar grandes mudanças no processo, sendo indicados para empresas/processos em início de instalação de um processo de controle estatístico. Quando este controle estiver bem aplicado e o processo estiver em boas condições, pode-se então passar para gráficos de controle mais refinados, que vão buscar identificar pequenas mudanças, como os já citados CuSum (Soma Acumulada) ou o EWMA.
Sua empresa utiliza algum gráfico de controle? Como é feita o controle da qualidade dos processos? Que softwares você utiliza para este fim?
5 respostas em “Garantia da qualidade através de gráficos de controle”
Olá Leandro,
Vou começar agora análises estatísticas dos tempos de entrega de materiais na empresa onde trabalho. Li no artigo que o melhor é o shewhart quando se esta começando. Eu poderia usar gráficos simples para evidenciar alguma irregularidade no processo ou devo obrigatóriamente usar gráficos de controle?
Grande abraço.
Marcelo
Parabens pelo artigo.
Interessante o texto, queria ver a aplicação e os resultados práticos do Cusum e EWMA. Atualmente na empresa utilizamos X-R,P,NP,C e U com ajuda do SPSS. A grande maioria de empresas que trabalham com 6sigma utiliza o Minitab que possui em suas opções os gráficos Cusum e EWMA.
Marcelo, realmente a maioria das empresas usa o Minitab com os gráficos X-R. Poucas utilizam o EWMA e Cusum porque eles exigem que o processo esteja muito mais estável e com pouca variabilidade.
Um trabalho técnico nessa área já foi publicado aqui no Logística Descomplicada: https://www.logisticadescomplicada.com/grafico-de-controle-ewma-dados-sazonais/
Quem sabe algum outro leitor utilize esses gráficos em sua empresa?
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