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Infraestrutura de transportes – caso Brasil

Como complemento à matéria comparando a situação da infraestrutura logística brasileira com os outros países do BRIC, vamos discutir um pouco mais a função de transportes, aquela que mais chama a atenção no estudo logístico, e pela qual a logística é mais conhecida. Afinal, sem transporte não há movimentação de materiais, que é uma das funções essenciais da logística.

Apresento aqui um resumo de uma matéria sobre transportes publicado no blog Inbound Logística (http://inboundlogistica.blogspot.com/) do meu colega Marcos.

Antes de se transportar o material é preciso decidir qual modal será utilizado. Como vimos na matéria anterior, no Brasil o modal rodoviário é largamente utilizado, mesmo quando ele deixa de ser competitivo quando comparado aos modais ferroviário ou hidroviário, seja nos rios, seja por cabotagem. Decisões acerca de prazos, volumes e custos devem ser levadas em consideração nesta etapa de decisão, pois estoques localizados estrategicamente geram vantagem competitiva: o transporte agrega valor de lugar, enquanto o estoque agrega valor de tempo.

Nesta discussão entra o chamado Custo Brasil, sendo este o termo que designa um grande conjunto de dificuldades estruturais, burocráticas e econômicas (tais como impostos, corrupção, burocracia, má infra-estrutura – como vimos no outro artigo). Diminuindo este chamado Custo Brasil, conseguiremos mais competitividade, interna e externa, favorecendo as indústrias e o consumo local.

Quando o transporte fica mais barato, de fácil acesso e de qualidade, ele contribui para aumentar a competição no mercado, garantir a economia de escala e reduzir os preços das mercadorias.

Por Leandro Callegari Coelho

Leandro C. Coelho, Ph.D., é Professor de Logística e Gestão da Cadeia de Suprimentos na Université Laval, Québec, Canadá.

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