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Logística e Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos

Depois de vários anos, finalmente temos uma atualização de uma das bíblias da logística: o livro Logística e Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos, de Martin Christopher, acaba de ser traduzido para o português e está disponível no Brasil.

Professores: atualizem seus planos de ensino! Alunos: esta é a hora para comprar um ótimo livro da área!

O autor é um veterano da área e um dos precursores do termo gestão da cadeia de suprimentos. O livro é escrito com foco na empresa e suas relações de compras, vendas e marketing com fornecedores e clientes. A visão não poderia ser mais ampla. Assim, com o ambiente de negócios amplo e muito menos previsível, exigi-se que as cadeias de suprimentos sejam capazes de mudar rapidamente – é preciso ter flexibilidade.

Esta flexibilidade é atingida quando consegue-se reagir de acordo com o que observa-se na demanda, que já era esperada através das previsões. Além disso, um conceito e prática fundamental hoje na logística é a ideia de sustentabilidade na cadeia de suprimentos, pensando na cadeia de suprimentos do futuro. Tudo isto está incluído no livro, que contém ainda estudos de casos que mostram como garantir a lucratividade nos negócios e a vantagem competitiva.

A nova edição do livro Logística e Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos aborda a logística no contexto da estratégia empresarial, e como estas devem estar voltadas ao cliente, na análise de valor. O alinhamento entre oferta e demanda através da gestão, do planejamento e da previsão abrem espaço à criação de uma cadeia de suprimentos responsiva – aquela baseada na agilidade e nas respostas às variações no mercado. A necessidade de sincronismo entre os elos das cadeias de suprimentos e a complexidade que elas trazem nos levam aos capítulos sobre a gestão das cadeias de suprimentos globais e ao gerenciamento dos riscos inerentes à elas. Novas ideias desta edição incluem ainda a “era da concorrência entre redes” e a migração do 3PL ao 4PL; como superar obstáculos para integrar as cadeias de suprimentos; a visão do futuro não ficou de fora e é abordada com os dois capítulos finais do livro sobre como criar uma cadeia de suprimentos sustentável e qual é a ideia do autor sobre as cadeias de suprimentos do futuro, incluindo a sua visão 2020.

Sem dúvidas este livro torna-se a nova referência na logística e na gestão de cadeia de suprimentos no Brasil.

Ele pode ser encontrado na Livraria Saraiva.

 

Por Leandro Callegari Coelho

Leandro C. Coelho, Ph.D., é Professor de Logística e Gestão da Cadeia de Suprimentos na Université Laval, Québec, Canadá.

12 respostas em “Logística e Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos”

Aprovadíssimo. Excelente indicação não somente para os que estão cursando técnicos, tecnólogos e superiores, mas, também para os que já formaram na área.

favor me indicar onde posso conseguir o contrato que faço com o fornecedor para garantir entrega e preço em um determinado periodo.
No aguardo.

favor me indicar onde posso conseguir o contrato que faço com o fornecedor para garantir entrega e preço em um determinado periodo.
No aguardo.

Boa tarde.
Comecei  o curso de Logistica  e meu professor pediu para comprarmos o Livro. GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS: LOGISTICA EMPRESARIAL de Ronald H Ballou .
Vi no site a sugestao do livro de  Martin Christopher.
Qual dos dois é mais atualizado e melhor.. obrigado

Recem egressa em um tecnólo em trensporte terrestre,sinto  necessidade de abastecer-me de informações últes e essências  para o suceso da minha carreira,uma ótima maneira será ganhado um livro de logística  como este tão completo.

Em uma prova de Logística, um professor me apresentou como justificativa para sua avaliação uma tabela em que eram comparados a Logística praticada no Brasil com os mais desenvolvidos países do mundo (Suply Chain). Nessa tabela eram mostrados pontualmente os limites de atuação da Logística/Suply Chain, deixando-me claro que a Logística que discutimos aqui no Brasil está muito aquém daquela praticada nos países mais evoluídos. Isso me causou certa dúvida: se naqueles países o SCM se encarrega desde o planejamento estratégico após análise SWOT,  da capilaridade da PROMOÇÃO e das PRAÇAS visando o aumento das vendas e  da facilidade de reabastecimento dos CDs, distribuidores e varejistas; se além de tudo isso ainda acompanha desde a fase da emissão do pedido até a distribuição (suprimentos, produção, armazenamento e distribuição); prosseguindo até o CRM e análise do feedback do consumidor final; QUAL SERIA A FUNÇÃO DO MARKETING NESSA SEQUÊNCIA DE FUNÇÕES? UMA FUNÇÃO ENGLOBADA PELA LOGÍSTICA OU VICE-VERSA, COMO DIZEM ALGUNS ESPECIALISTAS EM GESTÃO DE MARKETING?Estaria eu equivocada ao analisar que, num futuro próximo, a tendência seria o desaparecimento de uma profissão diante do crescimento da outra? Afinal, a TQM quase que dita as regras gerais na satisfação do cliente nessa geração pós-globalização. O prossumidor não quer mais saber de apenas bom atendimento (CRM), ele quer e exige eficiência e eficácia do produto e dos serviços.Cheguei à conclusão de que, se o Marketing não aderir às métricas para mensurar suas metas e obtenções intangíveis, não terá mais valia enquanto função no mercado de trabalho. Embora ainda seja da opinião de que o relacionamento pode SIM potencializar, pulverizar e manter a cartela de clientes ou reverter perdas ocasionadas por falhas ocorridas durante a gestão da cadeia de suprimentos, fazendo uso de um atendimento personalizado profissional e eficaz.Me corrijam se estou equivocada, por favor!

 Cara @ScillaR:twitter , concordo com o que disse e, te digo mais. Tenho uma graduação em Gestão em Logística e atualmente estudo um MBA em Logística de Distribuição e Produção. Atingindo seu apíce agora no Brasil, vejo muias pessoas dizendo o jargão “Tudo é Logística”, cheguei onde queria. Os cursos de logística ainda tratam de forma muito simplória matérias levadas muito a sério por exemplo pela Engenharia de Produção, por trabalhar com engenheiros o tempo todo há momentos em que surgem assuntos com esses colegas de trabalho que algumas coisas passam batidas. Bom, o feitiço pode virar contra o feiticeiro e nós da logística começarmos a beber do nossos próprio veneno se não tomarmos cuidado e focarmos aquilo que realmente nos importa, como chega por qual meio chega, a que horas chega, a que custo, quem banca esse custo. Penso que não deveriamos pensar em abraçar o mundo da produção, das vendas, das pós vendas, do bom atendimento, acho que a logística deveria passar por uma departamentalização e estar de comum acordo com outras áreas e, não como vejo, onde pouquíssimos docentes e companheiros concordam com minha opinião, pode ser que eu esteja equivocado, mas ainda continuarei pensando que se agirmos da forma como estamos agindo querendo palpitar muito em outras áreas, principalmente na complicadíssima área de produção, estaremos criando um apocalipse para nossa área.
Logo revejamos esses conceitos e percamos essa idéia de que “Logística é Tudo” ou não ficaremos com nada. Ao que discordam sejam bem vindos ao time, se alguém concordam vamos trocando as experiências.

Caro Vinícius; você chegou exatamente onde eu queria. Está havendo um conflito de funções entre as duas áreas, mas os experts de ambas as áreas se mantém omissos quanto ao assunto.
No entanto, enfatizo: a questão é que da maneira intangível com que o Marketing vem sendo gerido. Numa época em que tudo chegou a um ponto de precisão, onde os diferenciais são tão tênues entre uma oferta e outra, as técnicas de pesquisa (análise SWOT), planejamento estratégico, execução, controle e ações corretivas para o alinhamento às exigências do mercado consumidor se tornaram obrigatoriamente uma plataforma em que o investidor precisa confiar e onde ele deve ter garantias do ROI. Para isso o Marketing deve aderir às métricas!
Mesmo sendo a Logística e suas linhas de frente sejam fontes de todas as informações que alimentarão o banco de dados a ser analisado e alinhado com as metas do planejamento estratégico, se ela (a Logística) tentar abraçar todas as funções do Marketing ou se colocar acima dele no organograma, estará trazendo para si a responsabilidade de administrar os dados intangíveis também.
Observe que tudo na Logística é tangível, quantificável, qualificável. Enquanto que no Marketing, temos quase que usar uma bolinha de cristal para prever tendências. Isso requer muita visão e muito estudo do ambiente externo (visão holística do comportamento do mercado).
Não desmereço uma área nem outra, mas reconheço que nós, da área de Marketing, temos que correr em busca de um alinhamento gerencial com essa nova exigência de precisão de dados dos mercados: investidor, fornecedor, concorrente, clientes finais e clientes internos (todos os Stakeholders). A logística não está invadindo um espaço preenchido! Se houve invasão, foi por negligência nossa. Foi deixada uma brecha.
Me vejo praticamente diante de uma questão de metafísica. Segundo a Impenetrabilidade, dois corpos distintos não podem ocupar o mesmo espaço simultaneamente. Uma matéria só altera sua extensão quando (mantida a densidade – massa/volume) a outra matéria apresenta inércia, compressibilidade e elasticidade.
O que falta ao Marketing, fazendo uso dessa linguagem, é um pouco mais de tenacidade, manter sua massa e energia em constante dinâmica com o meio para não se mostrar tão maleável e suscetível a invasões.
Eu levantei a bola e você cortou! Gostei! Era isso que eu queria ouvir.

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