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O problema da mobilidade urbana

Para quem leu o panorama das tendências da logística para 2010 mostrado aqui no site (4 opiniões diferentes: a minha, a do Rogério Barrionuevo, do Luiz Paiva e do Neimar Follmann) viu que uma das minhas preocupações e expectativas para 2010 é com relação à mobilidade urbana, a logística urbana.

Leia esta reportagem da Revista Veja Online, que trata sobre este assunto, e mostra que na Holanda esta preocupação já está gerando ações concretas.

Saiu da garagem, pagou

A Holanda vai cobrar tarifa por quilômetro rodado de todos os carros do país.
A intenção é diminuir os enormes congestionamentos de trânsito

Holanda, um dos países com maior densidade populacional da Europa, é também um dos que mais sofrem com congestionamentos de trânsito. Nos horários de pico, em Amsterdã e arredores, as lentidões chegam a se estender por 1000 quilômetros. Na tentativa de diminuir essa tortura diária infligida aos cidadãos, o ministério dos transportes holandês anunciou que, a partir de 2012, passará a cobrar uma taxa por quilômetro rodado de todos os carros que circulam no país. A tarifa básica será de 3 centavos de euro por quilômetro, com previsão de reajuste gradual até chegar a 6,7 centavos em 2017. Os valores serão maiores nas vias mais movimentadas e nos horários com volume de trânsito maior. Carros híbridos e muito econômicos terão descontos. Como compensação pela nova taxa, os impostos sobre veículos serão reduzidos. Até a cobrança entrar em vigor, todos os motoristas holandeses terão de equipar seus carros com aparelhos de GPS, que enviarão as informações sobre sua movimentação a uma central responsável pela cobrança. A falta do GPS acarretará multa.

Com a medida, o governo holandês espera reduzir pela metade os congestionamentos de trânsito até 2020. Outra consequência será a diminuição das emissões de gases do efeito estufa. Esse benefício é especialmente bem-visto num país com boa parte de seu território abaixo do nível do mar. Caso se concretize a previsão de elevação dos oceanos devido ao derretimento das geleiras do Ártico, a Holanda seria uma das primeiras vítimas da inundação das zonas costeiras.

O modelo criado pelos holandeses, de taxar toda a frota nacional, é inédito, mas o pedágio urbano vem sendo adotado por várias cidades do mundo como forma de aliviar o trânsito em seus pontos mais críticos. Singapura implantou o pedágio na área central em 1975 e, em quinze anos, conseguiu reduzir os engarrafamentos em 40%. Em 2003 foi a vez de Londres passar a cobrar dos motoristas para circular, das 7 da manhã às 6 da tarde, numa área de 22 quilômetros quadrados em torno do centro da cidade. A tarifa, inicialmente de 5 libras, está hoje em 8 libras, cerca de 22 reais, e a área foi ampliada. Em um ano, os congestionamentos no centro londrino foram reduzidos em 30%.

Em Estocolmo, na Suécia, o pedágio foi implantado em 2007. Antes de dar o aval por meio de um plebiscito, a população da cidade testou o sistema durante seis meses. Um transmissor acoplado ao para-brisa emite um sinal quando o carro passa sob arcos metálicos com sensores instalados nas vias que dão acesso ao centro da cidade. O valor é debitado diretamente na conta bancária do condutor. A Holanda fez outras tentativas para melhorar o fluxo de veículos, como criar pistas exclusivas para carros com mais de três ocupantes e distribuir brindes aos passageiros dos transportes públicos. Nada deu certo. Agora, a expectativa é sensibilizar os motoristas pelo bolso.

Fonte: Revista Veja.com, janeiro de 2010.

Por Leandro Callegari Coelho

Leandro C. Coelho, Ph.D., é Professor de Logística e Gestão da Cadeia de Suprimentos na Université Laval, Québec, Canadá.

4 respostas em “O problema da mobilidade urbana”

è vejo que apreogupaçao com os imposto é pertinente ,mas vejo que comára as posiveis usos das soluçoes aqui seria inutil ,pois nao temos um sistema de transporte publico que suporte o volume atual de pessoas e na maior parte é ineficaz e inseguros, vide peruas clandestinas,onibus que vivem quebrando , metros e trens metropolitanos ruins e com poucas linhas e decadas de atrazo logistico.

Entao teremos que mudar muito a LOGSTICA urbana das cidades grandes e medias como aminha SUMARE que ja entrou para o ramos das cidades congestinodas pois o numero de veiculos tambem aumento muito nas ruas ,visto ao enfoque deo crescimento atrelado a poder de compra das classe c ,d,e. que agoram conguem ter mais de uma carro na garagem,trocar por um mais novo e conseguir ter seu primeiro veiculo novo ou "seminovo",fizeram daz ditas ruas da cidade pequena virara uma caus pois nao foram projetadas para este fluxo e nao exixtem estacionamento disponiveis nas cidades e se todos vao a cidade visitar o comercio ,aobando ,almoçar etc nao a espaça para tal este digamos ,desaranjo LOGISTICO.

O Brasil ja possui impostos altíssimos e ainda vão querer tarifar o transporte individual!!! isso não tem lógica… os grandes congestionamentos ocorrem sempre, e mesmo com os congestionamentos os ônibus e metrôs continuam lotados e muito precários.

se querem tarifar o transporte individual, devem primeiro melhorar e ampliar o transporte urbano porque caso contrário não vai adiantar nada.

O país com tantos problemas para resolver e os políticos ficam perdendo tempo discutindo sobre a criação do dia do sexo… será q esse país vai para frente???

o artigo é muito bom, entretanto deve-se ressaltar um "pequeno detalhe" todos os países citados (com excessão de Singapura) são países desenvolvidos" e com extensões territóriais muito inferiores se comparadas ao Brasil. Nosso país é muito grande e muito difícil de se comandar dado tambem à questões hitóricas.

Não estou querendo dizer que nosso país não seja capaz de mudar a realidade desse caos, só estou dizendo que nossa realidade é outra.

outro ponto para se comentar é o fato de que o transporte urbano de nossas cidades é muito precário, em São Paulo por exemplo existem grandes congestionamentos porque o usuários preferem ficar parado dentro de seu carro bem mais confortável,com ar e som, do que dentro de um ônibus ou metrô lotado. gente isso é lógico!!!! se existisse um sitema de transporte urbanos eficaz, com alto nível de integração, confortável,… provavelmente as pessoas parariam para pensar sobre a questão do trânsito. ficaria bem mais fácil educá-las. eu acredito que seja assim…

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