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Logística

Logística com o seu melhor amigo

O final do ano está chegando e com ele os planos de férias… Você também é daquelas pessoas que muda toda sua logística por causa do seu melhor amigo?

Seja ele um cachorro, um gato, um passarinho ou tantos outros pets que habitam nossas casas e nos enchem de alegria durante todo o ano.

A pergunta no final é sempre a mesma: levo meu pet comigo na viagem ou não?

Talvez você nunca tenha reparado, mas essa decisão passa por uma análise logística…

O primeiro passo é saber se seu destino aceita pets.

Atualmente existem vários hotéis que recebem animais de pequeno porte junto com seus donos.

Agora, se você está indo para casa de parentes (que gostam de pets), provavelmente eles não só aceitam como estão com mais saudades do seu pet do que de você!

E então vem a segunda pergunta: o meio de transporte, aceita pets?

MODAL AÉREO E OS PETS

Muitas companhias aéreas já entenderem que os pets fazem parte da família e estão aceitando nossos melhores amigos.

Mas há restrições… Toda companhia aérea tem suas regras de saúde do animal para transportá-lo, que deve vir acompanhado de autorização veterinária e comprovações de vacinas.

Para levá-lo junto de você na cabine do avião, há uma restrição de peso – as companhias mais flexíveis permitem que o animal e estrutura que o acondiciona pesem, juntos, 10 Kg. Tem outras companhias que o limite do conjunto é de apenas 5Kg.

Caso esse limite de peso seja ultrapassado, seu melhor amigo precisará ser despachado no porão do avião.

E, independente do local que ele viaje, você paga um valor adicional.

Embora essa seja uma tendência mundial, que está se consolidando no Brasil, ainda assim muitos donos não tem coragem de levar seus pets para dentro do avião.

Os receios são os mais diversos: desde o tratamento que a companhia aérea proverá ao pet (principalmente se ele for despachado) até o próprio bem estar do animal, mesmo quando ele fica coladinho conosco a viagem toda.

Agora, se a opção for não usar o modal aéreo por causa do pet, ainda existe a opção rodoviária!

PETS NO MODAL RODOVIÁRIO

Para viajar de ônibus, as regras são bem parecidas com a viagem de avião: há limite de peso e necessita de autorizações específicas do veterinário.

A única diferença é que você se sente mais próximo do seu melhor amigo e não tem a sensação que ele vai sofrer tanto quando na viagem de avião.

Mas a escolha que é mais tradicional nesses casos é realizar a viagem de carro. Eu não conheço nenhuma pesquisa oficial com essa informação, mas tenho certeza que se houvesse, um percentual grande de famílias iriam declarar que viajam de carro apenas para levar seus pets.

Como eu sei disso? Basta olhar os pontos de parada (postos de combustíveis e locais de alimentação) nas estradas brasileiras durante o período de férias.

É impressionante a quantidade de famílias viajando com seus melhores amigos!

Eu ainda fico me perguntando porque ninguém teve a ideia de fazer um local próprio para os pets relaxarem nessas paradas… Afinal de contas, eles já estão estressados da viagem e ainda precisam ficar presos e rodeados de carros.

O fato é que o desejo de levar nossos melhores amigos para a viagem de férias muda toda a nossa logística e nos faz tomar decisões distintas de modais de transporte caso estivéssemos sem eles.

Se você já teve uma experiência de viajar com seu pet, nos conte aqui nos comentários como foi!

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Desempenho Logística Transportes

Vídeo game e logística

O que jogar vídeo game tem a ver com o profissional de logística?

Desde crianças somos orientados a perceber nossas vocações pessoais e profissionais.

Algumas são mais voltadas para o lado artístico e resultam em dançarinos, cantores, artistas plásticos e diversas outras profissões.

Outras tem mais a ver com liderança, contabilidade e administração, ambas intensamente utilizadas no dia-a-dia empresarial.

Mas tem também quem goste de jogar vídeo game e, embora a sociedade como um todo não veja esse gosto como uma vocação (e sim como um passatempo), existem algumas profissões em que essa habilidade faz toda diferença.

CONTROLES REMOTOS NA LOGÍSTICA

A logística é recheada de profissões dessa natureza, principalmente quando se trata da operação em si.

Dentro dos armazéns, a operação das empilhadeiras é uma das principais funções para movimentar as mercadorias. Na prática, essa operação nada mais é do que um grande controle remoto.

O mesmo acontece dentro dos terminais portuários que movimentam contêineres. Os transtêineres, equipamentos utilizados para movimentar contêineres, são operados a partir de um grande controle remoto.

Só nessas duas operações, são milhares de reais movimentados todos os dias, no mundo inteiro. Você deve imaginar o prejuízo em derrubar um contêiner durante uma operação, não é mesmo?

VÍDEO GAME NO CAMPO

As habilidades de quem consegue manusear bem um controle de vídeo game também são requisitadas para atividades logísticas no campo.

A operação de maquinários agrícolas (tratores, colheitadeiras, equipamentos de transbordo) exige muita habilidade tanto no manuseio do equipamento quanto da carga em si.

Uma operação eficiente no campo é o primeiro passo para redução das perdas de colheita, que chegam a cifras inacreditáveis quando analisadas na cadeia como um todo.

DRONES – UM NOVO EQUIPAMENTO DE TRANSPORTE

Você já deve ter ouvido falar dos experimentos de entregas com drones, certo?! E, advinha? Mais um controle remoto…

Recentemente eu tive a oportunidade de conversar com uma empresa que realiza treinamentos para capacitar profissionais a operar drones.

Esse equipamento de transporte ainda está passando por testes e aceitação no mercado como um todo, até porque envolve legislação para operar a céu aberto (o caso de entregas).

No entanto, dentro de armazéns fechados (ambientes controlados), já é usual a utilização de drones para movimentar mercadorias.

Eu ouvi dessa empresa que, entre seus alunos, aqueles que admitem ter jogado vídeo game durante a vida possuem mais facilidade para aprender a realizar essa operação.

Está aí mais uma prova de uma vocação que desenvolvemos na infância que pode nos apoiar como profissionais da área de logística – embora essa seja uma vocação não muito incentivada ou tida como exemplar.

Se você conhece alguém que gosta de jogar vídeo game e está decidindo sobre sua profissão ou está em transição de carreira, compartilhe esse artigo com essa pessoa! Quem sabe não nasce daí uma boa oportunidade de carreira na logística!

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Carreira Desempenho Gestão

A queda na educação brasileira

Esse é um assunto sobre o qual gostaria de abordar somente a parte boa. Porém, nessa enxurrada de ações negativas que envolvem nossa educação e, consequentemente, nossa Logística e todas as áreas e profissões que dela dependem, não se encontra alento para tanta tristeza. Dói bastante ver como é conduzida a educação em nosso país.

A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou neste mês os números do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (o Pisa, na sigla em inglês). A prova ocorre a cada três anos e é realizada em 70 países, 35 membros da OCDE e 35 parceiros, pontuando três áreas: ciências, leitura e matemática, dando ênfase em ciências nesta edição.

No Brasil, a prova é de responsabilidade do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e foi realizada em 841 escolas particulares e do ensino público (federal, estadual e municipal), contanto com a colaboração de 23.141 alunos, 73% na faixa dos 15 anos de idade.

O Brasil se colocou em 63º em ciências, 59º em leitura e em 66º colocado em matemática. Cingapura foi o primeiro em todas as áreas entre os 70 participantes. A parte mais triste é que sempre ficamos abaixo da média nas seis edições, desde o ano 2000, e nossa maior evolução no decorrer dos anos foi em matemática que, nesta edição, recuou se tornando a pior matéria entre as três, das quais as outras duas (ciências e leitura) também pioraram.

Um indicador chama atenção para as provas que, em suma, são classificadas em níveis de 1 ao 6, exigindo o nível 2 para um perfil básico de conhecimentos e habilidades que são essenciais, não só em sala de aula, mas para a vida com todas as questões que envolvam oportunidades; mais da metade de nossos estudantes ficaram abaixo do nível 2 nas três áreas: ciências com 56,6%, leitura com 50,99% e matemática com 70,25%.

Diferentemente do que muitos pensam, o ensino na esfera federal obteve melhor pontuação do que o ensino privado em todas as áreas testadas. A diferença está mesmo quando comparamos as esferas públicas. Assim, o ensino federal ficou em primeiro, depois vem o ensino privado, e aí começa uma queda acentuada para o ensino na esfera do estado e piora bastante na esfera municipal.

Os países mais bem colocados, como: Cingapura, Japão, Estônia, Finlândia, China, Canadá e Irlanda, não por coincidência, são reconhecidos internacionalmente pela extrema valorização da figura do professor. Lá, um professor tem ascensão profissional e um prestígio social que não se vê em outros países que, na sua maioria, não respeita e não valoriza a profissão, colhendo posteriormente frutos semelhantes aos quais estamos colhendo no Brasil.

Há que se trabalhar, e trabalhar pesado, para mudar esse cenário que também passa pela falta de qualificação do professor. Pesquisas dão conta que muitos não estão preparados para os novos desafios do ensino. Isso, é claro, também passa pela questão da desvalorização da profissão que vem ficando, ano após ano, menos atraente financeiramente e oferecendo riscos à saúde e à segurança desses profissionais como nunca se viu. Professores afastados por pânico de lecionar, muitos devido às agressões em sala de aula, configura o fundo do poço. Absurdo!

A divulgação desses números nos choca por estarmos vivendo períodos cada vez mais difíceis para a colocação ou recolocação no mercado de trabalho, expostos aos problemas de saúde pública que nos deixam acuados como nos deixam aqueles que optam pela violência e por métodos nada convencionas. Sei que muitos podem dizer que isso não é falta de educação, mas falta de caráter. Na verdade nunca saberemos ao certo, pois tudo está atrelado às questões de oportunidades e as melhores sempre serão ofertadas pela educação.

Choca também por esses números serem do início de 2015, pois há demora na consolidação, e como tivemos dois anos bem difíceis, inclusive este 2016 com cortes vigorosos no orçamento para a educação para o próximo ano, não há muita esperança de que hoje sejam melhores. Queira Deus que eu esteja muito enganado.

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Carreira Logística

Logística é lugar de mulher?

Recentemente a mídia divulgou que logística não é mais uma profissão do futuro – é uma profissão do presente. Será que tem espaço para as mulheres nessa profissão tão importante?

logistica-mulherAssim como as demais profissões, os profissionais de logística precisam ter competências específicas para desenvolverem suas funções.

Eu não quero aqui defender nenhuma bandeira feminista e muito menos ser radical.

Todos sabemos que, ainda hoje, existem muitas mulheres desempenhando as mesmas funções que os homens com salários menores.

E também sabemos que as algumas mulheres optam por sua carreira familiar para ter filhos e abrem mão de aspirações profissionais em um determinado período da sua vida.

Considerando essas peculiaridades (para não dizer mitos) existentes sobre a profissional do sexo feminino, minha pergunta é: características femininas interessam o mercado de logística?

CARACTERÍSTICAS DOS PROFISSIONAIS DE LOGÍSTICA

Visão sistêmica, senso de urgência, pro-atividade, redução de custos. São inúmeras as habilidades que um profissional de logística precisa ter de suas formações e personalidade.

Isso sem contar as características básicas como responsabilidade, organização (é quase impossível fazer boas operações logísticas sem ser organizado) e comprometimento.

Eu vejo que essas características são comuns tanto a homens quanto a mulheres. E, mais que isso, são características mais relacionadas aos valores da pessoa em si do que ao sexo.

Até aqui, não vejo nenhuma diferença de requisitos entre os sexos para ocupar uma vaga de logística.

Mas eu escolhi duas funções ocupadas por profissionais de logística para aprofundar um pouco mais o assunto.

MULHERES LIDERANDO EQUIPES DE LOGÍSTICA

Aliada as demais características citadas, a liderança é por si só uma habilidade crucial para gerir uma equipe.

Para mim, líder é líder – independente de cor, sexo, idade, formação ou experiência. Existem líderes e, ainda hoje, existem chefes – tanto homens quanto mulheres.

Assumir a liderança de uma equipe traz muitos desafios, a começar pelos testes que são feitos pelos liderados até que a confiança se estabeleça. Homens e mulheres passam por isso diariamente, dentro e fora da logística.

MULHERES OPERANDO EQUIPAMENTOS LOGÍSTICOS

Ainda é estranho de ver… Mas quantas mulheres você já viu dirigindo um caminhão, operando uma colheitadeira, uma empilhadeira ou mesmo um transteiner?

Aqui sim chegamos em um mercado que exige uma característica bastante peculiar: delicadeza.

Por mais força que os equipamentos façam, a operação de equipamentos logísticos é algo delicado.

Movimentar contêineres com mercadorias avaliadas em milhões de dólares ou colher cana-de-açúcar, fazendo o corte correto para já deixar a planta adequada para a colheita na safra seguinte exige muito cuidado e muita atenção.

Para essas atividades, o mercado busca profissionais que sejam mais cuidadosos e delicados – e sim, essas são características femininas.

Não que homens não possam ter essas características – muito pelo contrário. Tem homens que são mais delicados do que mulheres.

Mas, via de regra, nas visitas que faço às empresas que operam esses tipos de equipamento, há uma preferência evidente por uma profissional mulher.

Em muitas dessas funções, elas ainda não são maioria – o que não deixa de ser uma excelente oportunidade de trabalho. E olha que o salário dessas funções não deixa a desejar…

Precisamos apenas quebrar alguns paradigmas do tipo: carrinho de controle remoto é brinquedo de menino… Porque na vida adulta, tem muito “controle remoto” esperando por mãos delicadas para realizar operações logísticas eficientes.

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Gestão Logística

A logística e a recessão

De acordo com a divulgação dos números do terceiro trimestre de 2016 sobre a economia, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o país ainda vive um momento crítico de queda e de falta de confiança no mercado. A questão do “vamos superar a crise com trabalho” chega a seu momento mais difícil em que se provou que só o trabalho não resolve, principalmente quem não pode contar com ele. É hora também de analisar a situação para que saibamos como trabalhar, consumir e poupar. Essa história de fechar os olhos para a crise e trabalhar soa mais como uma tentativa desesperada do que uma habilidade para superá-la por meio do conhecimento e do planejamento.

logisticaAqui serão citados apenas alguns números para contextualização. Embora não sejam tão impactantes se analisados separadamente, eles revelam que, do contrário que muitos pensavam, ainda não desaceleramos a queda que se configura num aumento da confiança na economia nos afastando da recessão, pois todos os segmentos econômicos estão no vermelho e vários pioraram.

O que deve ser levado em conta aqui é que a queda do indicador do Produto Interno Bruto (PIB) dava sinais de desaceleração do segundo trimestre de 2015 (-2.3%) até o segundo trimestre de 2016 (-0.4%), e agora no terceiro trimestre de 2016 recua 0.8% com um acúmulo de queda de 4.4% em doze meses. É a sétima queda consecutiva e a décima no acumulado. O PIB per capta, que é a divisão do PIB pela quantidade de pessoas, é de -5.2%, o que significa que uma população que precisa consumir não o pôde fazer porque está mais pobre e mais endividada.

Se por um lado temos o chamado “ciclo vicioso da recessão”, que é quando há o desemprego e a queda da renda, as vendas despencam e as indústrias sofrem com isso demitindo mais trabalhadores, temos uma alta taxa básica de juros (13.75%) que faz com que investidores optem em ganhar junto aos bancos ao invés de investir diretamente na economia. Afinal, somos um país cauteloso e conservador na hora de correr riscos no mercado financeiro.

E aí você pergunta: “Ué, e o que isso tem a ver com a Logística?” Tudo. Como já dito várias vezes, a logística é a área que mais sofre com os impactos políticos e econômicos. O setor é o “medidor de temperatura” que sofre várias alterações na evolução da crise porque é o apoio presente em todos os segmentos do mercado. E, como os serviços caíram 0.6%, com destaque justamente para os transportes e o comércio que acumularam as maiores quedas, não fica difícil entender que as demissões estão ainda mais suscetíveis, os recursos mais escassos e os investimentos parados. Porém, como já dito também, nada que aterrorize os profissionais dessa área já tão habituada a lidar com dificuldades extremas. A questão fica concentrada mesmo em como e quando vamos superar tudo isso.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) também divulgou que a taxa de ocupação, que é o que a indústria está utilizando de sua capacidade instalada no país, também piorou e hoje representa 65%. O que quer dizer que há a necessidade de recuperar o setor industrial, que caiu 1.3%, e até que isso aconteça também não receberá novos investimentos. Isso é terrível para a Logística.

Mesmo não gostando de tais comparações, pois há mecanismos diferentes entre Brasil e Estados Unidos, os brasileiros ouvem a todo o momento que o trabalho é a saída para superar a crise. Ora, os americanos têm jornadas de trabalho bem semelhantes às nossas e suas taxas de juros básicos oscilam entre 0% e 0.5% com inflação que gira em torno de 1% contra a nossa de 10.6%. Antes que se possa pensar que não adianta trabalhar, pelo contrário, o trabalho é extremamente necessário, o que vem em questão é que só o trabalho não resolve. Sem dúvidas estamos caminhando carregando algo errado e pesado nas costas que pode ser, por exemplo, nossa política econômica e sua forma de controlar inflação com juros altos permitindo que algumas instituições pratiquem juros que beiram os 400%.

Especialistas que previam uma estagnação da economia para 2017 agora já se permitem pensar em outra retração de até 1.5%. Aí o país necessitará de muito “oxigênio” devido o longo período de amarga recessão. Indiferentes a isso, nossa classe política, preocupada com seu próprio umbigo, ativa em suas prerrogativas e inerte em seus deveres, consome seu tempo em disputas de poder sem perceber que precisa agir para ter onde exercer o poder pelo qual tanto ambicionam.

Enquanto isso, trabalharemos porque esse é nosso instinto e nossa forma de contribuir com o desenvolvimento do país, mas àqueles que cabem as mudanças, é importante que saibam que está passando da hora…

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Vídeos

Canal do Panamá: vídeo acelerado

Você sabe como funciona o Canal do Panamá?

canal-do-panamaÉ uma região estratégica, pois dá acesso aos dois oceanos (Atlântico e Pacífico). Mas para passar pelo lago, localizado no Panamá, há um desnível: o lago está acima do nível do mar… os navios precisam subir, atravessar o lago, e depois descer de novo! O transporte de contâineres é muito facilitado por este canal. Já imaginou ter que descer até o sul da Argentina para ter acesso ao outro oceano?

Este canal deu origem ao termo “panamax”, indicando o tamanho máximo dos navios que podem atravessar o canal.

Acompanhe no vídeo abaixo a travessia, com câmera acelerada.

Tem dúvidas? Sugestões ou comentários? Utilize o formulário logo abaixo do vídeo!

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Logística Transportes

Logística do Papai Noel conectado

O bom velhinho, com seu saco vermelho de presentes, faz uma logística árdua para entregar todas as suas encomendas na virada do dia 24 para o dia 25 de dezembro.

papai-noel-onlineMas, no passado, esse trabalho era bem mais desgastante… Em meados de novembro era a hora de começar a fazer a lista de presentes das famílias que ele iria visitar.

Com a lista em mãos, hora do Papai Noel “bater perna”. Eram dezenas de lojas para visitar no centro da cidade e nos bairros em busca do melhor custo-benefício.

Quantas e quantas lojas o Papai Noel não entrava apenas para “dar uma olhadinha”… Haja perna para tudo isso!

Para facilitar a logística do Papai Noel, as lojas faziam (ainda fazem?!) horários especiais na véspera do Natal. Então o bom velhinho ficava até tarde da noite rodando para encher seu saco vermelho…

Passados alguns anos, o Papei Noel migrou para o conforto do shopping. Nada de sofrer para estacionar seu trenó ou ficar todo suado naquela roupa quente.

Afinal de contas, os preços do shopping já não eram assim tão mais caros do que no centro da cidade. E fazer compras no ar-condicionado é um grande diferencial para quem tem um saco tão grande de presente para encher!

PAPAI NOEL CONECTADO

Mas daí apareceu um tal de e-commerce e o agora o Papai Noel só precisa mesmo sair de casa na noite do dia 24.

É só dar um “Google” no presente para encontrar o melhor custo-benefício, com todas as especificações e comentários de quem já adquiriu o produto anteriormente.

Não tem fila no caixa, não é necessário aguardar uma atendente para cadastrar seu pedido e o Papai Noel não precisa ficar irritado com tantos outros bons velhinhos fazendo compra ao mesmo tempo que ele.

Acontece que, para o Papai Noel conseguir entregar seus presentes no dia 24/12, ele não pode esperar meados de novembro para começar as compras. Tem o tal do tempo de entrega…

Muitas vezes ele é pequeno, principalmente se a casa onde o Papai Noel vai deixar seu saco vermelho estocado estiver localizada em grandes centros urbanos.

Mas Papai Noel já aprendeu que os produtos do AliExpress possuem um custo benefício muito bom, mesmo que o tempo de entrega seja entre 2 e 3 meses.

Então o Papai Noel conectado tem um trabalho mais confortável, mas precisa adequar sua logística para garantir que todas as encomendas estejam no saco vermelho no dia 24 de dezembro.

MAS O BOM VELHINHO TAMBÉM NEGOCIA DATAS

Papai Noel estava se acostumando com sua nova logística até que apareceu o Black-Friday.

Então ele fica naquela dúvida se espera chegar o dia (que seria uma semana, ou um mês?!) para garantir descontos, mesmo correndo o risco de perder seu prazo.

Isso sem contar a pesquisa que ele tem que fazer nos preços em outubro, para ter certeza de que não os descontos oferecidos não se tratam apenas de propagandas enganosas.

E, na maior parte dos casos, Papai Noel sai satisfeito com os resultados! Não era lá aquele descontão prometido, mas a economia realizada permitiu um presente adicional no saco vermelho!

E que sorte tem esse Papai Noel! Caso a logística não seja eficiente suficiente para garantir a entrega dos produtos comprados na Black-Friday, seus clientes são bonzinhos e aceitam uma cartinha mostrando que a encomenda foi feita e está a caminho!

E assim a logística de e-commerce tem descomplicado muitas profissões, inclusive a do Papai Noel!

E o portal Logística Descomplicada aproveita para desejar um excelente Natal a todos aqueles que, uma vez por ano, assumem a função do Papai Noel em suas casas!

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Logística

Um papo sobre logística

Pode parecer bobagem, mas nada incomoda mais do que alguém dizer que logística é só transporte. Tenho certeza de que muitos profissionais já experimentaram de perto aquele desinteresse ou mesmo o desdém dos ignorantes que preenchem os mercados com suas visões embaçadas e com suas opiniões parciais. E não incomoda o fato de não saberem sobre a Logística, afinal muitos profissionais também não conhecem muito sobre essa recente maravilha, mas é por sentir de perto aquilo que os governos fazem quando “planejam” seus orçamentos e desprezam um setor que é o caminho do emprego e da sustentabilidade.

logisticaPapeis como o que desempenhamos aqui no Logística Descomplicada ajudam muito a desconstruir a falta de importância sentida pelos profissionais da área, já que os desafios são reais, e tentam deixar outros setores mais próximos do verdadeiro significado da Logística através do conhecimento. Quando se lê algumas linhas, muitos não imaginam, nem de longe, quantas horas de pesquisa e de construção empírica foram dedicadas para lhes levar informação segura e isenta para que você possa construir sua opinião e encarar o mercado de uma forma mais clarificada.

Claro que hoje tudo é motivo para desconfiança. São muitas as informações que se desenham fantasiosas ou estrategicamente direcionadas para o alcance de um ideal ou meramente para “encher linguiça”. A Logística, por ser relativamente recente ante outras profissões, está repleta de informações que nos faz pensar que é um paraíso, ou por outro lado que é extremamente desanimadora, nos fazendo duvidar de tantos absurdos. Eu mesmo sempre duvidei do caos rodoviário logo que me encantei pela Logística, até conhecer de perto esse modal anos depois. Os apertos que passei em minhas jornadas para garantir uma pesquisa mercadológica sincera foram clarificadores, mas não desanimadores, pois eu já estava fisgado e com o pleno conhecimento do quão importante era a Logística.

Embora saibamos que as empresas olham melhor para aqueles setores que lhes proporcionam receita direta, também sabemos que o ambiente externo, ou seja, nossa falta de infraestrutura, não possibilita soluções mais impactantes na redução dos custos, outra menina-dos-olhos dos empresários, e assim enxergam a Logística como o sol quente do deserto pelo qual eles têm que caminhar. Porém, a visão está equivocada, pois a Logística não deve ser representada pelo “sol quente”, mas pela oportunidade de poder atravessar o deserto, e não apenas com o objeto do transporte, mas com um diversificado pacote de soluções.

E a Logística vem sendo, dessas e de outras formas, mal interpretada no mundo empresarial: ela vale o que pode dar de lucro ou o que pode reduzir nos custos, e nunca o que pode proporcionar num contexto empresarial e ambiental. Por isso é chato quando você propõe soluções logísticas que envolvem processos e pessoas para alguém que pensa que a Logística se resume em transportes. É como ouvir desse alguém que uma unha é mais importante do que um útero.

Está claro que temos um longo caminho pela frente. Mudar tais conceitos demanda tempo, mas esse tempo não pode ser esperado como algo que passe por si só, ele deve ser um tempo com dedicação e empenho daqueles que acreditam que tudo pode ser diferente, que todos os profissionais mereçam ser respeitados e valorizados e que a Logística seja enxergada como um pacote de soluções que vai além do que conhecemos hoje.

É para isso que trabalha o Logística Descomplicada: um instrumento sério, cujas informações contribuem para a construção do real entendimento e importância da Logística, para lhe ajudar em seu caminho profissional através da exploração de conteúdo para trabalhos acadêmicos, escolhas profissionais, meios e soluções para o mercado, na construção de um profissional voltado à excelência e de um cidadão mais consciente de seu papel na sociedade.

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Logística Transportes

Ferrovias pra quê?

O Brasil depende muito do transporte rodoviário para movimentar suas cargas: um transporte caro, poluidor e perigoso. Os números são divergentes entre estudiosos, mas muitos apontam para uma dependência na casa dos 70%, enquanto outros defendem que seja em torno de 60%. Vários países se empenham para diminuir, cada vez mais, o percentual de dependência rodoviária em suas matrizes logísticas. Os Estados Unidos e a Austrália, por exemplo, mantêm esse percentual abaixo de 30%, enquanto a China não passa de 10%. Eles entenderam de forma bem simples que custo alto não combina com competitividade.

ferroviasMuitos historiadores explicam que a história do Brasil não contribuiu para o desenvolvimento de uma logística eficiente e bem estruturada, pois as práticas de monocultura não tinham como fomentar regiões maiores ao ponto de impactar sobre todo o país. No entanto, trazendo o Brasil para os dias de hoje, teríamos que pensar em algo bem diferente para que daqui a algum tempo não estejamos lamentando e ouvindo tentativas semelhantes para justificar o porquê de não ter feito. Essa coisa de ferrovias mal planejadas, insuficientes, bitolas diferentes, trilhos ligando nada à coisa nenhuma e de exclusividade para minérios e grãos, tem que ficar no passado! Há tempos deixamos oportunidades para trás para nos agarrar em vícios difíceis de serem abandonados e parece que estamos fazendo tudo novamente deixando um setor inteiro ao deus-dará.

Sofremos com inúmeros conflitos regionais que tinham a luta armada como principal meio para firmar o caminho da sociedade brasileira, fora as que envolveram outros países, os impactos de guerras mundiais e o domínio militar no país. Sabemos muito bem que isso tirou o foco do desenvolvimento porque muitas de nossas revoluções foram contra nós mesmos. Ao final destas, faltava aquela inciativa de união e investir no país para recuperar o tempo perdido.

Na verdade, quando nos referimos à infraestrutura ferroviária, observamos lacunas enormes nos períodos em que se tentava implantar algo mais significativo. Em muitos períodos a falta de sinergia era notória: parecia que cada um queria construir do seu jeito sua própria ferrovia. Era uma malha de retalhos e isso atrasou muito o setor e seus efeitos permanecem como um entrave bastante significativo.

A 5ª edição da pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT), realizada em 2015, mostra que estamos bem distantes de uma mudança necessária em nossa matriz de transportes, embora após 1996, com o início das concessões, o setor ferroviário tenha registrado crescimento de quase 30% do volume de cargas transportadas entre 2006 e 2014. Porém, houve também um aumento das invasões nos perímetros da malha ferroviária que fazem com que a velocidade caia para até 5 km/h em algumas áreas, gerando aumento de custo e ineficiência.

A malha ferroviária brasileira para o transporte de cargas mede 29,7 mil km e possui 279 cruzamentos com rodovias considerados críticos que também diminuem a eficiência através da insegurança. Comparando com os Estados Unidos que possuem extensão territorial semelhante à nossa, são 240 mil km de ferrovias e, para cada mil km2 de extensão territorial, eles têm 32 km de ferrovias, a Índia tem 23 km, a China 20,5 km, a Argentina 13,5 km enquanto o Brasil possui apenas 3,6 km, menos até que o Chile com 9,8 km e México com 7,9 km.

A pesquisa também aponta que seria necessário investir R$ 281 bilhões em 213 obras e construir 72 terminais de cargas para termos um modal que atendesse aos propósitos do país. Contudo, no ritmo atual, seriam necessários 54 anos para realizar esse plano, pois o governo investe em média, apenas R$ 1,4 bilhão por ano perdendo 1/3 do orçamento liberado por falhas no planejamento. A situação só não está pior porque o setor privado, de 2006 até 2014, investiu R$ 33,5 bilhões – quase o triplo do que o setor público investiu.

O extrativismo aumentou nos últimos anos, a agricultura bate recordes de produção, o custo por tonelada transportada em ferrovias é três vezes e meia mais barato do que pelo modal rodoviário e ainda ecoa a pergunta no Brasil: ferrovias pra quê? Talvez seja devido às facilidades que a corrupção encontra na rede rodoviária, não que na ferroviária não exista, mas os canais rodoviários proporcionam uma diversidade de possibilidades: serviços inexistentes ou mal executados, materiais de terceira, pouca durabilidade, uso da máquina pública, desvios de verbas e a magnífica indústria da multa, além da acomodação e aceitação de seus entraves. Se a História explicou os porquês da inconsistência de nossas ferrovias, talvez hoje possamos explicar sua insuficiência olhando para nossas rodovias… De fato, ferrovias pra quê?

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Logística

Porque a internet tem mudado os profissionais de logística

Que a internet veio para ficar, disso ninguém duvida! Já vencemos a era digital e estamos vivenciando atualmente a era pós-digital.

Para os amantes de logística, isso significa a consolidação do modal infoviário, que vem sendo considerado o 6º modal de transporte.

internet-logisticaA infraestrutura primordial desse modal é a própria internet. E os equipamentos de transporte, isso é, por onde as mercadorias (ou informações) transitam são os sites, aplicativos, redes sociais, softwares e por aí vai…

O modal infoviário mudou muita logística por aí!! Quer ver alguns exemplos?

DESCOMPLICANDO A LOGÍSTICA DE DOCUMENTOS

No passado, quando alguém te pedia cópia dos seus documentos, você precisava levá-los até um local que tirasse uma cópia para você e entregar em mãos ou colocar no correio.

Hoje, basta fazer um scan na sua impressora ou, mais fácil ainda, tirar uma foto do seu celular e enviar para quem te pediu.

Esse envio pode ser feito por email ou dentro de próprios formulários on line disponibilizado pelas empresas que já organizam toda a documentação.

Você não acha que eles irão imprimir e guardar pilhas e pilhas de papel, não é mesmo?

DESCOMPLICANDO A LOGÍSTICA BANCÁRIA

Antes, para pagar uma conta, era preciso esperar o boleto chegar na sua casa, se dirigir até o banco, pegar filas intermináveis para então pagar sua conta.

Atualmente, você acessa sua conta por aplicativos ou com seu login no site dos fornecedores, gera o código de barras e paga pelo internet banking. Isso se você já não colocou em débito automático e nem se preocupa mais com essa atividade…

DESCOMPLICANDO A LOGÍSTICA DOS FORNECEDORES

Há alguns anos seu fornecedor te levava um mostruário gigante dos produtos que ele tinha para você escolher.

Hoje, seu fornecedor tem um site que te mostra todas as opções.

Na verdade se ele não tem um site, há grandes chances de ele sequer continuar sendo seu fornecedor, pois você não tem mais tempo (nem paciência) para ficar olhando mostruários físicos… E na internet você vai encontrar rapidamente todos os concorrentes dele…

DESCOMPLICANDO (OU COMPLICANDO?) A LOGÍSTICA DE BENS DE CONSUMO

Observando o movimento na ótica de um varejista…

No passado, o varejista produzia ou comprava seus bens de consumo, colocava-os na prateleira de sua loja física e esperava os consumidores irem até lá e comprar esses produtos.

Se eram produtos de baixo volume, os próprios consumidores transportavam-nos até suas casas. Se eram produtos maiores, o varejista usava seu caminhão ou uma transportadora para levar esses produtos até a casa do consumidor.

Hoje o novo varejista primeiro monta uma loja virtual. Coloca todos seus bens de consumo a venda na internet. O consumir acessa o site e faz a compra.

Em seguida o varejista vai se preocupar em produzir ou em comprar esse produto que ele vendeu (sim, estou sendo extremista e considerando que essa logística é fácil… Não são todos os produtos que isso se aplica, mas eu conheço várias pessoas que inverteram a ordem produção x venda usando o modal infoviário).

E então o varejista coloca esse produto no correio, fazendo-o chegar até a casa do consumidor.

Nasce aqui um novo profissional de logística: aquele que sabe fazer boas operações da logística de e-commerce.

Porque a dinâmica é diferente, os times envolvidos são distintos mas os conceitos logísticos envolvidos continuam sendo aplicáveis.

Você, como profissional, já está capacitado para a logística da era pós-digital?