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Plataformas logísticas

Artigo publicado no XXVII Encontro Nacional de Engenharia de Produção (ENEGEP), 2007, em Foz do Iguaçu, PR:

O desenvolvimento das plataformas logísticas no Brasil

Autores: Neimar Follmann e Douglas Hörner.

A  concorrência mundial  tem  feito  setores,  como  o  têxtil, moveleiro  e calçadista,  por  exemplo,  perderem  mercado  para  competidores, principalmente  os  asiáticos,  capazes  de  oferecer melhores  preços. As empresas européias, como  forma de reagir   a esse contexto, viram no uso  de  Plataformas  Logísticas  –  PLs  uma  parcela  da  solução.  Estas empresas viram que era necessário desenvolver vantagens competitivas onde o preço não fosse a principal forma de concorrer. As PLs, através do uso  integrado de modais, agilidade na  expedição de mercadorias, localização privilegiada, entre outros,  tornaram possível a criação de valor perante o mercado. No Brasil o uso deste sistema logístico ainda não  está  sendo  fortemente  desenvolvido.  Considerando-se  o desenvolvimento de uma PL à partir do projeto, a Plataforma Logística Multimodal  de Goiás  é  o  único  caso  com  possibilidade  de  se  tornar uma realidade.  O uso de PLs pode contribuir muito para as empresas brasileiras,  apesar  de  serem  necessários  maiores  estudos  para identificação de características necessários para o uso em um país de extensões continentais.

A  partir  da  globalização  econômica,  é  fato  que  inúmeros  setores  da  economia  viram  a concorrência  aumentar,  disputando  agora  o mercado  com  organizações  de  regiões  antes desconhecidas. Essa não é mais uma tendência, mas sim uma realidade. É essa integração da economia  mundial  que  faz  com  que  as  empresas  necessitem  aperfeiçoar  seus  sistemas constantemente, entre eles o sistema logístico.
Alguns  países  da União Européia  viram  no  uso  de  zonas  delimitadas,  que  integram  vários serviços ligados à logística, como uma solução para o aumento de sua competitividade frente ao  mercado  mundial.  As  Plataformas  Logísticas  –  PL,  como  são  conhecidas  essas  zonas delimitadas,  trabalham  como meio para  contribuir na  criação de um desempenho maior  em custos e/ou em flexibilidade.
No Brasil, essa opção de desenvolvimento estrutural e conceitual encontra-se na fase inicial. É perceptível que empresas dos  ramos  têxtil, moveleiro e calçadista, por exemplo, necessitam aumentar sua flexibilidade, como forma de enfrentar a concorrência chinesa em outro campo que não seja o preço. A idéia da PL desenvolvida na Europa a partir dos anos 90 está, ainda, estagnada no Brasil.
O  desenvolvimento  conceitual  diz  respeito  ao  quanto  difundida  foi  a  idéia  de  PL  no  país. Atualmente apenas alguns poucos  trabalhos abordaram o assunto, e são estes que servem de base  para  seu  desenvolvimento.  É  necessário,  portanto,  que  se  amplie  a  visão  frente  à possibilidade do uso desse formato logístico, seja através de artigos, dissertações ou teses de doutorado.
Quanto ao desenvolvimento estrutural, é necessário que se desenvolva antes o conceito de PL, para então possibilitar a priorização de ações, como políticas de desenvolvimento regional e recuperação  da  estrutura  de  transporte  pelo  setor  governamental,  necessárias  para  a implementação bem sucedida das PLs. Desta forma, será  tratado primeiramente o conceito e após as ações práticas implantadas por alguns países europeus, além do projeto da Plataforma Logística Multimodal de Goiás, que é o caso mais prático de uma PL no Brasil.

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Por Neimar Follmann

É mestre em Engenharia de Produção com foco em Logística e Transportes, pela Universidade Federal de Santa Catarina. É formado em Administração e possui especialização em Métodos de Melhoria da Produtividade pela UTFPR. Possui experiência na gestão de frota, em empresas de transporte de cargas, e logística industrial, no ramo moveleiro. Cursa Doutorado em Engenharia de Produção na UFSC.

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