O Porto de Santos pode comemorar a superação de um passivo ambiental que há muitos anos atormentava a comunidade. E isso graças, principalmente, à iniciativa privada que soube como seguir as orientações dos órgãos ambientais dos governos estadual e municipal.
Escreve-se isto a propósito da recuperação da área do antigo Lixão da Alemoa, na região portuária de Santos, cuja tarefa foi concluída pela Brasil Terminal Portuário (BTP) em abril. Até o final deste ano, o antigo depósito de resíduos portuários dará lugar a um novo terminal para contêineres e etanol, a ser administrado pela BTP, empresa nacional controlada pela Europe Terminal, que reúne duas multinacionais estrangeiras.
Com isso, a população livra-se do maior passivo ambiental do Estado e um dos maiores do País, representado por um solo do qual foram removidas 730 mil toneladas de resíduos contaminados e levadas para aterros sanitários no Interior de São Paulo, tudo sob a supervisão da Companhia Estadual de Tecnologia de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb).
Agora, com o terreno livre, o Porto de Santos ganhará um investimento totalmente bancado pelo capital privado de aproximadamente US$ 1 bilhão (R$ 1,8 bilhão). A previsão é que, em janeiro de 2013, estejam prontos 480 metros de cais de um total anunciado de 1.108 metros. Isso significa que, no primeiro trimestre de 2013, as operações comerciais já terão sido iniciadas, com três berços de atracação. Sem contar que está prevista ainda a construção de mais um berço em prazo maior.
Segundo a BTP, o novo terminal terá, a princípio, oito portêineres super pós-Panamax com capacidade para movimentar simultaneamente até dois contêineres de 20 pés, 26 gruas sobre pneus e duas reach stackers que ficarão à disposição da Alfândega para a conferência física dos cofres de carga.
Para uma segunda etapa, estão previstos mais quatro ou cinco portêineres, que poderão mover ao mesmo tempo até quatro contêineres de 20 pés ou dois de 40 pés. No total, o terminal terá capacidade para movimentar inicialmente 1,1 milhão de TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) e 1,4 milhão de toneladas de líquidos por ano. Quando estiver em pleno funcionamento, abrigará cerca de 1.500 funcionários, incluindo portuários avulsos, que serão contratados por meio do Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo).
Com a construção desse megacomplexo de embarque e desembarque de cargas, sem dúvida, a capacidade de operação do cais santista será sobremaneira ampliada. O que se espera é que esse aumento da capacidade de operação do Porto seja acompanhado por um sistema mais eficiente de controle de tráfego de caminhões não só na região da Alemoa e do Saboó como em toda a área portuária.
Uma resposta em “Porto de Santos: mais uma etapa vencida”
muito bom,com isso evitaremos um gargalo logistico.