Categorias
Gestão Logística

Agenda Ambiental para valer

Desde o final de junho, o Porto de Santos passou a contar com uma Agenda Ambiental, que define ações e estratégias que devem ser adotadas por empresas públicas e privadas para que o complexo portuário se desenvolva de maneira sustentável. Entre outros objetivos, a Agenda Ambiental será uma diretriz para nortear a implantação e o trabalho dos terminais portuários.

meio ambienteÉ de lembrar que o licenciamento ambiental é um dos principais obstáculos para a implantação de terminais exatamente porque os interessados costumam levar em consideração apenas os aspectos de viabilidade econômica, sem se preocupar com os problemas que possam causar ao meio-ambiente. Ora, se houver a preocupação com o meio ambiente desde o início do projeto, será mais fácil identificar as possíveis fontes de poluição e estabelecer de antemão estratégias para controlá-las.

Obviamente, tudo isso se dá porque não há ainda no Brasil a consciência ambiental que existe em nações mais desenvolvidas, que já deixaram para trás a ideia de construir complexos portuários em abrigos naturais, ou seja, na costa litorânea ou às margens de rios, mas off shore, a pelo menos 30 quilômetros do continente, de que Xangai, na China, e Maavslakte II, na Holanda, são os melhores exemplos. Em alto-mar, não há problemas com assoreamento e calado. Além disso, os riscos ambientais são poucos e as ameaças à saúde pública quase nulas, já que não há aglomerações urbanas próximas.

Como essa ideia no Brasil ainda não vingou, a Agenda Ambiental torna-se desde já um instrumento vital para o funcionamento do Porto, desde que seja aplicada em sua integralidade, já que aponta caminhos para o gerenciamento de resíduos sólidos, do controle das emissões atmosféricas, dos efluentes líquidos e da água de lastro. A Agenda prevê também parâmetros para a expansão do complexo, especialmente na área continental de Santos, onde há espaço para se duplicar a zona portuária.

Por fim, a Agenda estabelece padrões para os procedimentos operacionais, o que deve evitar ou diminuir a ocorrência de acidentes nas operações de cargas, especialmente na manipulação de produtos derivados de petróleo ou o lançamento de grandes quantidades de lixo na natureza.

O que se espera é que haja um engajamento de toda a comunidade portuária – governo, armadores, operadores, terminais, prestadores de serviços, fornecedores e operários – em favor da aplicação da Agenda Ambiental. E não ocorra com essa iniciativa que o ocorreu com o Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ) do Porto de Santos que, lançado em 2006, tem sido até agora frontalmente desrespeitado.

Basta ver que o PDZ recomendava a transferência dos terminais graneleiros da Ponta de Praia para a área continental a fim de evitar impactos fortes à população, mas foram os órgãos públicos – Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e Secretaria de Portos (SEP) – os primeiros a passar por cima de suas recomendações.

Categorias
Notícias

Para especialista, nova classe C ignora sustentabilidade

Confira abaixo entrevista do professor e sócio da consultoria de comportamento do consumidor InSearch Fábio Mariano, concedida para a Folha. Por Ricardo Mioto.

Mais da metade dos brasileiros já fazem parte da classe C, que engloba famílias com rendas mensais entre R$ 1.000 e R$ 4.500, aproximadamente.

Em seis anos, 20 milhões subiram para esta faixa –e o fluxo continua. É gente descobrindo como é bom consumir, mas que não se preocupa muito com o planeta, diz Fábio Mariano.

FOLHA – A classe C pensa em consumo responsável ou só quer preço?
FÁBIO MARIANO – Ninguém se importa só com o preço. A classe C, por exemplo, vai ver quanto os eletrodomésticos consomem de energia. Mas porque ela está preocupada com a carteira, não com o mundo.

Categorias
Geral Gestão da Cadeia de Suprimentos Logística Supply Chain Management Transportes

Tendências da logística e supply chain para 2010

sucessoArtigo de autoria de Leandro Callegari Coelho, publicado no portal INBRASC.

Mais um ano chegou ao fim, e depois de olhar para trás e avaliar tudo o que passou, é hora de olhar para o futuro, traçar novas estratégias, e ver o que o mercado nos traz. Ao longo deste ano, compartilhei algumas ideias e sugestões de melhorias através de matérias como esta, aqui no INBRASC. Abordamos, desde janeiro, questões como flexibilidade logística, previsão de demanda, controle de estoques, agregação de valor, como melhorar o lucro, questões ambientais e indicadores de desempenho.

Agora, olhando para frente, tentarei identificar quais serão as tendências do setor logístico e de supply chain para os próximos anos.

Essa análise será feita usando três pilares: (1) consciência; (2) os investimentos que já foram feitos, e; (3) o desafio de se morar em grandes cidades.

O primeiro pilar diz respeito à consciência ecológica e social, a preocupação com o futuro do local onde vivemos: seja nossa rua, a comunidade ou o planeta. Os inúmeros debates mundiais que acontecem nesse tema são prova de que o assunto veio para ficar, e em breve todos os setores estarão engajados: seja por consciência própria, seja por pressão da comunidade e dos consumidores. Assim, a logística precisa se preocupar em conseguir melhores processos com a logística reversa, maior efetividade dos sistemas de roteamento a fim de diminuir os custos de transportes, e maior preparo dos sistemas produtivos para evitar desperdícios.

Categorias
Vídeos

A história das coisas

Este vídeo merece ser visto com muita atenção. Apresenta diversos exemplos de fluxos logísticos: fluxos de materiais, fluxos financeiros, de informação… apresenta de maneira muito simples o que temos feito com o meio ambiente e com a sociedade de forma geral.

Mas o vídeo também possui um viés muito forte, e é preciso prestar atenção para não se deixar levar por argumentos fracos e frágeis, sem embasamento.

Sou muito cético quanto à algumas conclusões do filme, mas gosto muito de diversas explicações, e espero que vocês, amantes da logística, também possam aproveitar algumas partes.

Chama-se “A história das coisas”, e mostra como da extração e produção até a venda, consumo e descarte, todos os produtos em nossa vida afetam comunidades em diversos países, a maior parte delas longe de nossos olhos.

Lembrando que o filme é longo (20 min) e que por isso ele está divido em 3 partes. Confira abaixo:

Para ver as outras 2 partes do vídeo, clique abaixo e veja a matéria completa. Lembre-se de deixar sua opinião para os demais leitores do site.