carga
Porto de Santos – Corrida contra o tempo
Agenciamento de carga: um ramo cada vez mais dinâmico
* Por Rebeca Schumacher e André de Seixas
Não é novidade para ninguém que o comércio exterior contemporâneo exige das empresas importadoras e exportadoras cada vez mais qualidade, valores competitivos, eficiência, velocidade e pontualidade.
Peça fundamental no comércio exterior, os agentes de cargas ainda precisam passar por algumas transformações para que consigam acompanhar o ritmo da evolução dos negócios de seus clientes e, principalmente, para agregar valor aos seus serviços.
No início, os agenciadores de cargas limitavam-se ao atendimento do modal que propiciava o transporte internacional, ou seja, a mera revenda de fretes que, muitas vezes, se limitava a troca de conhecimentos de transporte master x house.
Vendo o aumento das necessidades de seus clientes e também o surgimento de uma imensa quantidade de concorrentes, fato que reduzia cada vez mais seus ganhos, os agenciadores começaram aumentar o seu poder de alcance através da intermodalização ou multimodalização de seus serviços de transportes, oferecendo inclusive o desembaraço aduaneiro, a distribuição e o armazenamento de mercadorias.
Um dos exemplos clássicos dessas transformações, porém, no sentido inverso, ocorreu com as comissárias de despacho aduaneiro, que trouxeram para o seu escopo de atendimento o agenciamento e hoje se tornaram também agentes de carga, competindo em pé de igualdade com muitas empresas tradicionais.
Transporte internacional de cargas
A operação mais visível e conhecida da logística é sem dúvida o transporte. É através dele que a logística agrega muito valor aos produtos (transportando do local de fabricação para o local de consumo) e este é também um dos maiores consumidores de recursos da área logística. Portanto, um transporte feito com eficiência, segurança e economia pode se tornar uma vantagem competitiva para qualquer empresa.
Quando se fala em transporte internacional de cargas, sabemos que a maior parte é feita por navios, através de grandes portos concentradores e distribuidores de mercadorias. É através deste modal de transporte que um país pode se destacar no comércio exterior, facilitando as exportações e diminuindo o lead time e o custo das importações.
Por isso, é preciso dominar todos os detalhes deste tipo de transporte, conhecendo em profundidade as cargas unitizadas em contêineres e as linhas regulares no comércio marítimo internacional.
A logística aduaneira como ferramenta estratégica – pagamento ao exportador e liberação da carga
Este artigo faz parte de uma série de matérias abordando o processo de importação e como a logística pode e deve ajudar para fazer este processo ser mais simples, eficiente e lucrativo. A primeira matéria tratou da introdução deste processo de importação. A segunda parte abordou informações sobre o transporte internacional; nesta terceira e última parte você verá como é feito o pagamento ao exterior e como é liberada a carga no Brasil.
Pagamento ao exterior
Para qualquer importação no Brasil, e com o Bacalhau não é diferente, o pagamento ao fornecedor é feito em uma moeda de livre conversibilidade e aceitabilidade. Na ampla maioria dos casos é usado o Dólar Americano, apesar do crescimento das operações em Euros, especialmente para importações da Europa. Para isto, o comerciante estabelecido no Brasil precisa, obrigatoriamente, efetuar uma operação de câmbio.
Uma operação de câmbio é o envio dos recursos para pagamento pela mercadoria, entre empresas que se encontram em países diferentes.
No Brasil, a intervenção bancária nas operações de câmbio é obrigatória, não havendo exceção para o pagamento de recursos oriundos de uma transação comercial, sem que um banco esteja trabalhando como intermediário.
As modalidades de pagamento no comércio exterior são divididas em quatro:
O maior helicóptero do mundo – Mil MI 26 “HALO”
Para se transportar grandes quantidades de materiais ou peças muito grandes, em regiões remotas sem acesso para grandes aviões e/ou estradas precárias, ainda é possível fazer a viagem pelo ar. O super helicóptero Mil MI 26 “HALO” serve tanto operações militares quanto civis desde sua introdução no mercado em 1983 pela União Soviética e é desde então o maior helicóptero com linha de produção no mundo.
Este modelo foi concebido para substituir um outro modelo russo também gigante, mas o MI 26 precisava transportar mais carga, com o dobro do espaço interno e capaz de transportar até 13 toneladas de carga militar. O modelo tem 2 motores que dividem a carga e é capaz de voar com alguma carga mesmo que um dos motores não funcione. E quanto a sua capacidade, os projetistas foram além das 13 toneladas desejadas: ele tem capacidade para carregar 20 toneladas! E recentemente, em julho de 2010, um consórcio entre Rússia e China anunciou que já iniciou o projeto do sucessor do MI 26. Conheça mais sobre esta enorme ferramenta para transporte de grandes peças nos parágrafos abaixo, veja fotos e o link para um vídeo ao final da matéria.
Diferentes tipos e tamanhos de navios (denominações e capacidades)
Muitos portos se apresentam como “capesize” ou “panamax”. Você sabe o que isso significa? Estes nomes identificam tamanhos de navios, e os portos dizem qual tamanho máximo de navio pode atracar em seus berços.
Nesta matéria você conhecerá as diferentes nomenclaturas de navios e as capacidades de cada um destes tipos. Falaremos aqui dos navios de carga seca (ou carga geral, ao contrário dos navios graneleiros ou petroleiros). Veja as fotos no final da matéria.
Mais gargalos limitando o desenvolvimento
Uma pesquisa recentemente encomendada pelo BNDES mostrou que além de todos os gargalos logísticos existentes no Brasil, mais um está preocupando: o de transporte aéreo de cargas. Os problemas são similares aos existentes nos portos: faltam espaço de armazenagem, câmaras frigoríficas e pessoal para liberar a carga em tempo razoável.
Em alguns casos, perde-se mais tempo liberando o produto do que no tempo de viagem da China para o Brasil.
Este problema já se mostrava presente em 2008, mas “graças” à crise mundial ficou adormecido enquanto o comércio exterior foi diminuído em 2009. Agora com o aquecimento da economia e de volta aos patamares de 2008, a situação é preocupante e sem solução de curto prazo o Natal promete trazer dor de cabeça tanto a exportadores quanto importadores.
Em 2008, o aeroporto com maior vocação para transporte de cargas do país
12 horas do Canal do Panamá em vídeo
Já falamos sobre como funciona e qual a importância do Canal do Panamá aqui no Logística Descomplicada (veja matérias relacionadas abaixo).
Neste vídeo de 1minuto podemos ver a movimentação de 12 horas da região, com os navios subindo e descendo as eclusas. Confira esta obra de engenharia que facilita tanto a logística de movimentação de cargas.
Logística portuária – os portos mais movimentados do Brasil e do mundo
Existem mais de 2000 portos no mundo, desde aqueles com apenas um berço (espaço para um navio) que movimenta algumas centenas de toneladas por ano, até os portos multi-tarefa que movimentam mais de 300 milhões de toneladas por ano. No Brasil temos 41 portos marítmos e 16 portos fluviais.
No mundo todo, 36% do tráfego nos portos é de produtos a granel líquido (óleo, derivados de petróleo e químicos), 24% de granéis secos (carvão, ferro, grãos, bauxita e fosfato) e 40% de cargas variadas.
Durante as últimas décadas, o uso de contâineres para transporte de carga aumentou constantemente. Contâineres são grandes caixas de metal feitas em tamanho padrão em múltiplos de 20 pés (6 metros) chamadas “twenty foot equivalent units”(unidades equivalentes a 20 pés – TEUs). No ano de 2003 a produção de containeres alcançou 20 milhões de TEUs, e a China foi responsável por mais de 90% desse resultado. O transporte usando containers apresenta diversas vantagens: o produto precisa de menos embalagens, eles evitam alguns danos, e eles promovem uma alta produtividade em diversas etapas de manuseio e transporte.