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Carreira Logística

Atividades e funções da logística

Com a grande procura por cursos de Logística e sua constante evolução, é muito comum que surjam dúvidas por parte dos estudantes quanto ao seu encaixe dentro da área ante a falta de prática. Daí, surgem perguntas como: “O que será que vou fazer na Logística?” e “O que a Logística realmente faz?”. Calma! Vamos explicar um pouco de cada, e quem sabe isto possa lhe ajudar.

A primeira dúvida, que se refere às funções, está ligada a uma ansiedade justificável. Afinal, são investimentos de tempo e de dinheiro que, somados à necessidade de se colocar no Mercado de Trabalho e iniciar uma carreira sólida, enchem de expectativas aqueles que optaram pela Logística como forma de obter sucesso profissional. Contudo, a segunda dúvida, que remete às atividades, ganha maior importância não só para que se entenda o que e como fazer, como o que precisa conhecer para trilhar o caminho do sucesso na profissão, descobrindo que na Logística tudo é muito dinâmico, mesmo que pareça repetitivo, e tudo contribui para um trabalho sempre feito em equipe.

Embora cada divisão tenha suas particularidades que formam um emaranhado de conexões, tudo vai clareando com a prática e o conhecimento disto vai abrindo portas com esplêndidas oportunidades para crescimento profissional.

Atividades na Logística

Todas as atividades logísticas são importantes para o alcance do maior nível de serviço com o menor custo. Assim, elas se dividem basicamente em dois tipos:

– atividades primárias, que contribuem com as maiores parcelas do custo total e são fundamentais para o desencadeamento de outras atividades. Compreendem o transporte, a manutenção de estoques e o processamento de pedidos;

– atividades de apoio, que são fundamentais para a continuidade das atividades primárias, compreendem a armazenagem, o controle, a guarda e a movimentação de materiais, suprimentos, manutenção de informações e estudos de demandas, as atividades ligadas às devoluções e vendas de resíduos da produção, o layout de fábricas e de armazéns.

Há outras atividades que derivam das atividades de apoio que hoje, apesar de possuir muitos processos em outras já citadas, ocupam um espaço diferenciado, como as que são ligadas à frota, rastreamento, comércio exterior, entre outras, que podem, inclusive, ser de domínio de terceiros sem que o fluxo da empresa seja comprometido. Pelo contrário, pode vir a agregar valores importantes aos processos.

Atividade de transporte

Para a imensa maioria das empresas, essa é uma atividade extremamente importante, pois é essencial para o fluxo de materiais e representa um custo considerável dentro dos processos de distribuição. Através de seus planos estratégicos, proporciona aos profissionais também grandes chances de crescimento com uma dinâmica que passa pela escolha apropriada dos modais, pela capacidade de utilização da frota, roteiros, e diz muito sobre a satisfação dos clientes.

Manutenção de estoques

Detentora dos maiores custos que, dependendo do tipo da empresa, podem chegar até dois terços do total, essa atividade concentra muitos sistemas, estudos e oportunidades. Os novos métodos de gerenciamento, a logística lean ou just-in-time, desafiam os profissionais dessa área em uma intensa busca pela melhoria contínua que se traduz em mais eficiência do estoque com menor custo aplicado.

Processamento de pedidos

Essa é a atividade primária que menos concentra custos, embora sob vários aspectos detenha grandes responsabilidades, uma vez que inicia o processo operacional de atendimento ao cliente, desde a preparação até a expedição dos pedidos, sempre administrando o fator tempo. Dependendo dos processos, pode ser fator gerador de sucessos ou de custos. Talvez por ser vista como “obrigada” a acertar sempre, essa atividade poderia ser mais reconhecida, pois seus processos até podem parecer simples, mas não são fáceis.

A falta de maiores detalhes foi proposital para não gerar mais ansiedade. Seja qual for sua futura função na Logística, você só precisará saber de três coisas: que a prática lhe tornará cada vez mais seguro, que a abertura a novos conhecimentos lhe fará entender melhor a Logística e que você gostará muito dessa área esplêndida.

 

Este texto foi revisado por Cíntia Revisa!

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Carreira Geral Logística

Profissão e carreira em logística: o que faz o profissional de logística?

Tradicionalmente, formados em administração, economia e engenharia atuam na área. Hoje, com a popularização dos cursos de tecnologia em logística, o número de profissionais no mercado aumentou.

* Por Fernanda Nogueira

profissão e carreira em logísticaUm profissional flexível, disposto a trabalhar em horários alternativos e interessado no funcionamento de outras áreas da empresa é a pessoa ideal para atuar no setor de logística de fábricas, distribuidoras, atacadistas e varejistas do país.

O especialista em logística é responsável pela administração de materiais e recursos usados em uma empresa. Controla o estoque e a armazenagem, planeja a movimentação interna e a distribuição entre fábricas, centros de distribuição e varejo. Comunica-se com fornecedores e clientes e opera sistemas eletrônicos.

Com o mercado aquecido devido ao crescimento da economia, profissionais formados em administração, economia e engenharias em geral são procurados para a função. O objetivo é usar os espaços de armazenagem de materiais da melhor forma possível, planejar o transporte desses produtos, tudo de forma rápida e com custo baixo.

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Carreira Logística

As oportunidades na logística

A Logística vem ganhando destaque continuamente no Mercado de Trabalho. Isso se deve à expansão da área dentro das atividades administrativas e operacionais das organizações cujo foco é o bom atendimento a seus clientes, internos e externos, de forma cada vez mais eficiente e com menor custo planejado. Ela cresce não só devido às novas funções, antes de responsabilidade de outras áreas, mas com inovações em seus processos que estão compondo um corpo consistente que, apesar de suas diversas divisões, parece sempre se unir de forma interessante ao início ou ao final de outras atividades logísticas.

A atuação da Logística

A Logística hoje é uma área presente desde o importante apoio aos projetos de marketing e viabilização de novos produtos, seguindo seu fluxo com ênfase na distribuição e na armazenagem, chegando até a satisfação dos clientes e nas respostas ambientais demandadas pelo consumo inteligente. É nesse percurso de ponta a ponta que a área funciona ofertando melhores resultados às organizações através do planejamento estratégico, do controle tático, da execução de suas operações e no reinício de um novo ciclo corrigindo eventuais falhas.

O que está em alta na Logística?

Recentemente, no chamado “olho do furacão” da crise que atravessamos, a Revista Exame publicou um levantamento feito com 11 especialistas de diferentes consultorias de recrutamento sobre as 26 carreiras que têm se mostrado quase à prova de crises e com profissionais disputados no Mercado de Trabalho. Destacamos que 10 delas necessitam de conhecimentos acerca de processos logísticos, pois lidam efetivamente com redução de custos, viabilização de projetos e prospecção de novos negócios. Na Logística, na ordem da pesquisa, destacaram-se mais 6 profissões: em 6º lugar na área de compras e suprimentos, 15º gerente ou diretor de planejamento de operações (e vendas), 16º consultor de exportação, 17º consultor de projetos logísticos, 25º gerente de e-commerce para varejo e, em 26º lugar, gerente de processos operacionais/melhoria contínua.

A Logística oferece várias funções bem distribuídas entre suas diversas atividades. Sua concentração maior está voltada às áreas do transporte e armazenagem e a unificação desses serviços prestados por operadores logísticos cresce a passos rápidos no Brasil.

O que é necessário para atuar na Logística?

Após um curso técnico você já estará apto para várias atividades operacionais ligadas, principalmente, às áreas de transporte e de estoques. As áreas que tratam de uma logística mais voltada ao planejamento estratégico vão precisar de uma formação maior a depender de suas esferas (analista, supervisor, coordenador, gerente, diretor…). Durante muito tempo essas esferas foram alimentadas apenas com o conhecimento prático adquirido, mas os processos logísticos vêm tomando novas formas e os níveis de competitividade nas organizações agora exigem profissionais cada vez mais atualizados e receptivos às novas tecnologias.

O perfil de cada profissional, é claro, soma com sua formação. Os perfis mais valorizados estão voltados para a criatividade e proatividade. O mercado recepciona melhor aqueles profissionais que desenvolvem a liderança, que possuem visões estratégica e global, com um bom conhecimento das atividades de sua área e da empresa em que trabalham, buscando novas ideias que possam melhorar seus processos e reduzir seus custos.

Os destaques para o futuro

A velocidade tecnológica vem trazendo mudanças que são mais perceptíveis na área do transporte de pessoas, pois as questões ligadas à qualidade de vida ganham força na indústria automobilística, por exemplo. Porém, não são só carros e ônibus autônomos que vêm ganhando as manchetes, eles já dividem espaço com trens que levitam sobre trilhos, inclusive um com tecnologia brasileira (na UFRJ), e com os projetos dos que levitarão dentro de dutos a mais de 1.200 km/h.

Aeronaves que viajarão rotineiramente ao espaço e os drones que já transportam cargas, nos dão a dimensão do quanto ainda temos que aprender na Logística e do quanto ela poderá oferecer ao mercado, mesmo que muitas dessas profissões ainda sequer tenham sido criadas. Já pensou nisso?

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Carreira Logística

Por que escolher a carreira de logística?

São muitas as dúvidas que cercam aqueles que buscam se inserir ou que já trabalham na área. Elas são mais que naturais e por isso vamos descomplicar muitas delas no decorrer de nossas publicações trazendo-lhes novos conceitos e atualizações voltadas à realidade brasileira, onde a maioria dos livros ignora e assim tornam as informações voláteis e sem muita objetividade. De forma simples e direta, vamos abordar acerca dessa esplêndida área que pertence à classe das profissões de maior destaque no Mercado de Trabalho, cujas oportunidades são bem expressivas e configuram boas chances de ascensão curricular.

Cuidado! A razão de estar lendo este artigo pode ter mais a ver com o fato da Logística ter lhe escolhido do que você a ela. Há cerca de 20 anos, quando fui “jogado” na distribuição nacional, inundado de dúvidas, não entendia toda aquela transformação. Contudo, como os enormes desafios não eram opcionais, nascia naquela área nada monótona um profissional diferenciado. Só depois, por não haver disponibilidade alguma, faria curso técnico de 2 anos antes de concluir faculdade.

Vários são os conceitos sobre Logística descritos por associações e por renomados escritores. Eles citam planejamento, movimentação, controles, mercadorias, serviços, origem e destino, armazenagem, clientes, prazos, custos…

Logística é isso e muito mais! É atividade com constante evolução, instrumento de competitividade, meio que possibilita a produção e integração dos setores de uma empresa, viabilização entre os planos desta e das expectativas e satisfação de seu público. Portanto, o melhor conceito seria:

“Logística é toda atividade que envolva o fluxo de materiais, da origem ao destino, com soluções que busquem o menor custo no transporte e na armazenagem agregando valor aos clientes internos e externos”.

Assim até parece simples, porém, são atividades que exigem muito conhecimento e planejamento. Quando se trata de fluxo, é tudo acerca de aquisições, distribuições, devoluções… Sobre soluções, aqui estão serviços e informações em sintonia com a oferta de custos menores que atendam, eficientemente, os prazos dos setores da empresa e de seus clientes ou consumidores finais. Ela não é só um apoio, como muitos pensam, é uma atividade indispensável para que as Organizações obtenham sucesso.

Como funciona a logística?

A divisão da Logística em Estratégica (que pensa) e Operacional (que executa), está atualmente numa linha bastante tênue, e ganhou força porque nenhuma empresa hoje contrata profissionais para fazer o óbvio. Isso hoje faz parte mais de uma divisão hierárquica do que propriamente de uma linha de importância.

Mas, quais as atividades de um profissional da atual área logística? Posso lhes garantir que são muitas, as quais abordaremos em artigos posteriores, como também posso garantir que a Logística reserva ofertas bem atraentes para pessoas com os seguintes perfis:

– Senso de organização: importante para lidar com vários processos ao mesmo tempo e utilizar informações em tempo hábil;

– gostar de cálculos: não precisa ser doutor em matemática, mas cálculos fazem parte da rotina do setor e raciocínio lógico soma bastante;

– estar aberto ao conhecimento: buscar conhecer as atividades de sua empresa e de seus clientes, a situação de sua infraestrutura, economia, transportes, sistemas, regulamentações e tudo que gere informações para as tomadas de decisões.

Claro que outras habilidades serão importantes para trabalhar com eficiência e eficácia e muitas serão desenvolvidas de acordo com sua área e com sua opção de formação, onde cursos técnicos e tecnológicos estão em alta e oferecem grades bem similares que atendem várias áreas da Logística: suprimentos, estoques, armazenagem, distribuição, frotas, atendimento, roteirização… Para outras, como comércio internacional e eletrônico, exige-se cursos mais específicos.

O bom da Logística é que tem área para toda aptidão e os desafios são muitos em cada uma delas, o que torna o profissional valioso e o desenvolve constantemente. Embora alguns pensem que certas funções não são importantes, experimente não realizar uma delas!… A única certeza é que se você se identificar com a área, logo perceberá que o que começou com uma necessidade transformou-se em paixão e então surgirá uma dúvida para qual não tenho resposta: fui eu quem escolheu a Logística ou foi ela que me escolheu?

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Carreira Logística

Caminhando no deserto

Ao longo da vida todos passam por desertos. Os momentos difíceis nos campos profissional e pessoal geralmente nos ensinam muito e nos preparam para outros desafios. Talvez sem esses desertos não pudéssemos perceber por quantos jardins já passamos também. E nada tem a ver se você é forte ou fraco, rico ou pobre, homem ou mulher… Os desertos são mesmo a melhor maneira de sabermos do que somos feitos: quanto se pode ainda caminhar, quanto sol ainda se pode suportar e quanta sede você ainda poderá resistir até deixar a areia causticante para trás. Os desertos são inevitáveis na caminhada de qualquer pessoa. O que se diferencia mesmo é a forma com que se escolhe caminhar por eles.

Com a crise no Brasil, muitos estão passando por desertos mais longos e mais quentes. A forma com que somos apresentados a eles pode ser das mais diversas possíveis: uma crise financeira, um relacionamento, incertezas da profissão, um caminho escolhido, uma decisão não tomada… Os desertos sempre estarão nos convidando a atravessá-los e, na maioria das vezes, não dependem de nosso “sim”.

Típico dos seres humanos, damos total preferência aos jardins e evitamos os desertos de todas as maneiras possíveis. Nada mais normal. O que realmente não é normal é esquentarmos ainda mais o sol e a areia, jogar a reserva de água fora e caminhar em círculos alongando nossa travessia com lamentações e/ou inércia.

À noite, a temperatura cai drasticamente e nos vemos sozinhos, desamparados e com muito frio. Cruzar os desertos sozinhos é uma opção que temos, mas podemos ter sim, companhia que nos conforte no frio e sirva como apoio na caminhada diária. Assim existe uma chance maior de encontrar um oásis ou até mesmo abreviar significativamente a jornada ao encontrar nossa fase de jardim com a ajuda daqueles que querem nosso bem.

Há quem defenda que nossa vida, na verdade, é um grande deserto e os oásis pelo caminho são os momentos felizes que a vida reserva àqueles que sabem compreender e explorar essa imensa área. Talvez seja assim mesmo. O fato é que não se pode evitá-lo a vida toda, e que bom que ele não passe a vida toda para dar as caras! Muitos que caminham em seus desertos tardiamente não suportam o calor do dia ou o frio da noite. Temos que estar treinados para sermos fortes.

Implacáveis desertos a que estamos sujeitos… Impiedosamente ensinam os fracos que se preocupam mais em encontrar uma sombra do que a saída para uma nova terra; premiam os capacitados com belos oásis ou com abreviações de jornadas, mas fazem questão de se mostrarem sempre bem próximos e mais ameaçadores, testando nossa inventividade em cada situação.

Somos inteligentes suficientemente para suportar qualquer deserto. Desistir não condiz com nossa natureza. Fomos feitos para encarar desertos, assim como os desertos foram feitos para nos tornar fortes. Só precisamos ter cuidado com o que queremos. Muita água pode se transformar em oceanos e aí podemos realmente morrer, pois fomos feitos para desertos.

Esses desertos nos trazem muitos presentes bons também. A maioria personifica-se e passa a caminhar conosco, mas precisamos também caminhar em seus desertos. Essas pessoas podem nos guiar, podem ser nuvens para abrandar o calor do Sol e um cobertor à noite. Porém, se nos enganarmos, elas podem tomar nossa última reserva de água. A cautela é sempre recomendável ao escolher tais companhias, pois há muitos que conseguem transformar um deserto em jardim ali, na sua frente, enquanto outros transformam um jardim no deserto mais árido que possa existir. Mesmo que o deserto não facilite muito, nosso sucesso está em identificá-las, valorizá-las ou em só lhes dar “bom dia”, se for esse o caso.

Que este Natal seja um refrigério para seu dia e um cobertor para sua noite. Se seus desertos estiverem mais implacáveis em 2017 lembre-se de que você também estará bem mais forte.

Saúde e sucesso a todos!

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Carreira Logística

Logística é lugar de mulher?

Recentemente a mídia divulgou que logística não é mais uma profissão do futuro – é uma profissão do presente. Será que tem espaço para as mulheres nessa profissão tão importante?

logistica-mulherAssim como as demais profissões, os profissionais de logística precisam ter competências específicas para desenvolverem suas funções.

Eu não quero aqui defender nenhuma bandeira feminista e muito menos ser radical.

Todos sabemos que, ainda hoje, existem muitas mulheres desempenhando as mesmas funções que os homens com salários menores.

E também sabemos que as algumas mulheres optam por sua carreira familiar para ter filhos e abrem mão de aspirações profissionais em um determinado período da sua vida.

Considerando essas peculiaridades (para não dizer mitos) existentes sobre a profissional do sexo feminino, minha pergunta é: características femininas interessam o mercado de logística?

CARACTERÍSTICAS DOS PROFISSIONAIS DE LOGÍSTICA

Visão sistêmica, senso de urgência, pro-atividade, redução de custos. São inúmeras as habilidades que um profissional de logística precisa ter de suas formações e personalidade.

Isso sem contar as características básicas como responsabilidade, organização (é quase impossível fazer boas operações logísticas sem ser organizado) e comprometimento.

Eu vejo que essas características são comuns tanto a homens quanto a mulheres. E, mais que isso, são características mais relacionadas aos valores da pessoa em si do que ao sexo.

Até aqui, não vejo nenhuma diferença de requisitos entre os sexos para ocupar uma vaga de logística.

Mas eu escolhi duas funções ocupadas por profissionais de logística para aprofundar um pouco mais o assunto.

MULHERES LIDERANDO EQUIPES DE LOGÍSTICA

Aliada as demais características citadas, a liderança é por si só uma habilidade crucial para gerir uma equipe.

Para mim, líder é líder – independente de cor, sexo, idade, formação ou experiência. Existem líderes e, ainda hoje, existem chefes – tanto homens quanto mulheres.

Assumir a liderança de uma equipe traz muitos desafios, a começar pelos testes que são feitos pelos liderados até que a confiança se estabeleça. Homens e mulheres passam por isso diariamente, dentro e fora da logística.

MULHERES OPERANDO EQUIPAMENTOS LOGÍSTICOS

Ainda é estranho de ver… Mas quantas mulheres você já viu dirigindo um caminhão, operando uma colheitadeira, uma empilhadeira ou mesmo um transteiner?

Aqui sim chegamos em um mercado que exige uma característica bastante peculiar: delicadeza.

Por mais força que os equipamentos façam, a operação de equipamentos logísticos é algo delicado.

Movimentar contêineres com mercadorias avaliadas em milhões de dólares ou colher cana-de-açúcar, fazendo o corte correto para já deixar a planta adequada para a colheita na safra seguinte exige muito cuidado e muita atenção.

Para essas atividades, o mercado busca profissionais que sejam mais cuidadosos e delicados – e sim, essas são características femininas.

Não que homens não possam ter essas características – muito pelo contrário. Tem homens que são mais delicados do que mulheres.

Mas, via de regra, nas visitas que faço às empresas que operam esses tipos de equipamento, há uma preferência evidente por uma profissional mulher.

Em muitas dessas funções, elas ainda não são maioria – o que não deixa de ser uma excelente oportunidade de trabalho. E olha que o salário dessas funções não deixa a desejar…

Precisamos apenas quebrar alguns paradigmas do tipo: carrinho de controle remoto é brinquedo de menino… Porque na vida adulta, tem muito “controle remoto” esperando por mãos delicadas para realizar operações logísticas eficientes.

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Carreira Logística

O momento do ensino técnico

Muitos jovens estão buscando sua tão aguardada entrada no Mercado de Trabalho por meio de cursos superiores e estão esquecendo de olhar ao redor para perceberem que essa pode não ser a única opção. O ensino técnico pode ser uma porta bem mais larga do que a oferecida pelo nível superior com suas vagas extremamente concorridas.

O erro é bem semelhante ao de outros países cuja mão-de-obra ofertada sugere sempre nível universitário, enquanto aquelas funções intermediárias não despertam interesse dos jovens. O que nos é passado é que aquele que não marca o gol não se destaca e nem fica famoso e rico. Por isso, atualmente, todo jogador de futebol quer ser um atacante. Porém, há um grande engano quanto às oportunidades oferecidas pelo setor técnico. Elas podem ser bem mais seguras pela necessidade do mercado, bem menos concorridas e bem mais rentáveis já que a área superior reserva poucas vagas para muitos concorrentes e isso também joga a oferta salarial para baixo.

Outro erro, e não menos prejudicial para o jovem que anseia entrar no mercado, é o de pensar que já deva entrar como um chefe e construir sua carreira começando do topo, ou pensar que, por ter escolhido iniciar numa área técnica, deva passar toda a sua vida profissional nela. Quanto ao primeiro pensamento, é lamentável que a imensa maioria esteja enganada e, sobre o segundo, por que não pensar em se colocar no mercado primeiro e investir melhor numa boa faculdade? Depois as opções podem surgir de uma forma menos urgente, o que lhe deixa numa situação de escolha bem mais vantajosa. E se mesmo assim ainda preferir ficar no setor técnico, onde também há uma importante escada para o crescimento, diferente do que muitos pensam, com certeza terá uma carreira sólida, visível e rentável.

De 2014 para 2015, houve um aumento de quase 40% na oferta de cursos técnicos. Contudo, é necessário também saber qual a área de maior necessidade no mercado e que um curso técnico também não precisa, necessariamente, ser de dois anos. Há cursos de até seis meses que, se bem escolhidos, já podem garantir uma vaga mesmo em período de crise. Geralmente as áreas cuja tecnologia está mais presente de uma forma mais ativa, reserva sucesso para o investimento.

O tempo médio de espera para o nível superior, para a entrada ou recolocação no mercado, a depender da área, pode chegar até dois anos, enquanto para o nível técnico pode chegar até seis meses. Essa é a principal razão de muitas pessoas estarem fazendo o caminho inverso, ou seja, após uma formação superior estão buscando uma qualificação técnica. As empresas hoje, em especial as do setor produtivo, buscam profissionais não só por seus conhecimentos, mas também por suas habilidades. E, acredite, mesmo com o momento em que o Brasil atravessa, com mais de doze milhões de desempregados, quase a metade das empresas encontra dificuldades para preencher vagas. E é na área técnica que está concentrada a maior quantidade de profissionais que escolhem as ofertas de vagas.

A oferta do ensino superior foi uma revolução positiva nos últimos cinco ou seis anos e vem crescendo bastante na proporção que cresce também a disputa numa seleção. Já reparou que até pouco tempo se disputava uma vaga com quatro ou cinco candidatos e hoje, no mínimo, triplicou? Infelizmente, hoje um curso superior não é sinônimo de conhecimento, de qualificação. Para que isso seja uma realidade se faz necessária a combinação de três fatores: a área escolhida, a seriedade da instituição de ensino composta por professores capacitados e o interesse do aluno. E isso vale também para o ensino técnico.

Não há dúvidas de que certos conceitos recaíram sobre as funções técnicas quando da grande disseminação de ofertas em faculdades espalhadas pelo país. Muito pela questão já apontada aqui sobre já começar mandando e ganhando bem, ou mesmo focar no sonho em uma área – e repito que não se deve desistir do sonho, apenas talvez se deva chegar por outro caminho – e alcançar o sucesso profissional. Quem pensa que conceitos reservados às áreas técnicas que envolvem salários baixos e baixo nível de reconhecimento ainda estão na moda, precisa urgentemente olhar ao redor e reavaliar seu caminho, ou continuar se espremendo junto a tantos que esperam pelo fruto para poder identificar a árvore.

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Carreira Logística

Você está sob o sol?

Com o desenho da atual crise, o Mercado de Trabalho se afunila ainda mais. Aliás, não há nada mais eficiente do que uma crise para enxugar os processos e aperfeiçoar os meios necessários para produzir com menos. Embora muitos empresários e colaboradores mantenham o foco nos problemas que uma crise revele ou agrave, o foco deve se voltar mesmo é para as soluções, para novas ideias, para novos caminhos que os façam perder aquela gordurinha do comodismo e deixar de lado aquelas ações rotineiras que tornam pessoas iguais, processos inflexíveis e clientes sem importância.

carreira estar sob o solÉ nesse momento que toda a estrutura de mercado sente a necessidade de se superar, e aí as revoluções podem ser maravilhosas. O realinhamento, que inclui empresas e pessoas, vem tirar do marasmo e da incredulidade verdadeiras pedras preciosas. Mas, para isso, o conhecimento, que é a base de tudo, deve vir recheado com ousadia e com a vontade de sair das sombras da mesmice e aproveitar seu lugar ao Sol. Sim, é nesse momento que as empresas investem em mudanças e as pessoas que buscam por mudanças, pessoas que se estruturaram para fazer a diferença, estarão sob o Sol.

Em um Momento de Mercado falávamos sobre as oportunidades de negócios quando a sala inteira emudeceu com o comentário de um aluno. Antes, estavam todos reclamando, expondo suas incertezas e angústias sem muita esperança de uma recolocação no Mercado de Trabalho e até sujeitos às propostas naturais que surgem com a intenção de amenizar o sofrimento de alguns que, na verdade, só pioram as coisas: “o momento é para esperar e ver o que vai acontecer” ou “quando isso passar, tudo vai ser como era antes”. Aí, veio uma verdadeira “pancada” na cabeça de muitos quando um aluno interrompeu as várias vozes que se digladiavam e disse que saiu de um emprego para fazer parte de um projeto numa outra empresa que lhe pagará o dobro de seu salário anterior.

O silêncio imediato não foi proporcionado pela contestação da maioria. É que todos sabiam que aquele aluno era o mais pontual, o de melhores notas e o que mais tecia comentários sensatos em sala de aula. Ele realmente é uma pessoa que se diferencia dos demais. E o que foi mais impressionante é que ninguém precisou complementar para convencer os que lá estavam sobre as oportunidades que rodeiam quem é diferente. A sala ficou convencida da forma mais natural possível, e uma frase simples e despropositada em calar quem não esperava que ela viesse como veio, colocou todos a pensar e a se perguntar sobre seus comportamentos, suas ações, suas omissões e suas maneiras de ver aquilo que muitos veem de uma forma bem diferente.

Levei essa experiência então, para minha equipe de trabalho e os questionamentos que surgiram em nossas mentes foram conduzidos por um questionamento pessoal que dividi com todos: “queremos o melhor emprego, a melhor família, a melhor forma de viver, os melhores amigos e as melhores coisas sem que sejamos disciplinados a sermos melhores?” O que estamos fazendo de diferente para que tenhamos algo diferente?

A célebre frase que diz que “o Sol nasce para todos” de nada vale se não estivermos dispostos a estar sob ele e conquistar esse lugar tão disputado, onde só os ótimos conseguem soprar forte para que as nuvens não os impeçam de brilhar.

Pessoas e empresas cometem os mesmos erros em seus processos gerenciais: limitam suas atividades sem pensar na reversão de tal momento e procuram estar no frescor das sombras. O Sol as persegue e elas sempre vão rodeando aquele objeto que lhes proporciona a sombra, até que chega o tempo em que aquele objeto não suporta o calor e, sem mais condições, lhes entrega ao sabor e ao calor do Sol. Despreparados, são surpreendidos e correm agora atrás do tempo perdido ou de algo que lhes traga sombra novamente: a sombra da mesmice.

Ninguém é obrigado a estar sob o Sol, mas não espere brilhar. O que eu posso lhes garantir com toda a certeza, sobre empresas e pessoas, é que, na maioria das vezes, somos nossa própria sombra.

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Carreira Gestão Logística

Promoção: você está no lugar certo?

Não há nada que alguém determinado profissionalmente deseje tanto do que o reconhecimento por seu trabalho. Como também, não há nada que prejudique mais a ascensão profissional de alguém do que a avidez por status ou a falta de espaço para o crescimento dentro da empresa. Tudo deve estar em equilíbrio e acontecer no momento certo, para ambas as partes. É notória que a busca pela realização profissional vem embaçando a visão desses profissionais, ansiosos ou “injustiçados”, que não se atentam que podem estar jogando futebol com as regras do beisebol, por exemplo. E você, acha que está no lugar certo para batalhar uma promoção?

carreira e promoçãoHoje a premiação por mérito, a mais legítima e infalível forma de valorizar um bom profissional, ao mesmo tempo em que a empresa se beneficia com a ação, vem sendo sufocada pela alta rotatividade (turnover) que impede um ganho de produtividade através do domínio técnico potencializado pela prática, pela falta de desenvolvimento e falta de valorização da prata da casa, ou ainda pela influência de fatores, nada profissionais, como a amizade interesseira que forma as chamadas “panelinhas”. Isso tem um efeito devastador, pois provoca os despreparados a pensar que podem e esfria o entusiasmo daqueles que buscam crescer acompanhando a empresa.

É importante também sabermos que hoje em dia a promoção está mais ligada às mudanças de atribuições e responsabilidades do que às alterações de salários. O que é bem controverso já que as responsabilidades dentro do processo deveriam estar relacionadas às remunerações, mas o mercado atual não funciona assim e acabou pegando o gancho dos profissionais que valorizam o status sem associação ao salário compatível. O resultado é que tem muita empresa considerando que ocupar um lugar de destaque é a principal moeda e isso nunca funcionou, pois para o colaborador isso é fugaz, principalmente quando vê as novas responsabilidades a ele imputadas sem a percepção de melhorias em sua qualidade de vida.

Há algum tempo isso era bem diferente, embora as três formas para se obter promoções fossem as mesmas de hoje, elas mudaram de ordem e dançam num variado grau de importância de empresa para empresa: amizades, competição e planejamento de processos. O erro que mais se vê é a falta de observância desses itens e o aceite do aprisionamento na “sala da lamúria” porque só se enxergam os princípios do tempo de empresa como se todas fossem corporações militares.

Os fatores mais usados para a promoção diz muito sobre a alma da empresa e da personalidade do colaborador e ambos se completam numa participação cujos percentuais se desenham, mais ou menos, assim:

– Amizade: Empresa=70% e Colaborador=30%. Empresas cujo fator predominante para promoções é a amizade, estão mais vulneráveis às questões que envolvem competência, produtividade e disciplina; enquanto o colaborador goza de comodidade e de um engajamento mais preocupado com a relação pessoal do que com a oferta de soluções consistentes;

– Competição: Empresa=50% e Colaborador=50%. Sem efeitos diferentes da primeira, embora o ambiente seja o contrário, pois enquanto naquela reina o bom relacionamento, nessa a fofoca e as “puxadas de tapete” favorecem uns e prejudicam todos. Importante observar que não se trata de “competitividade”, que é um meio sadio para a melhoria contínua e que está presente no terceiro fator;

– Planejamento de Processos: Empresa=30% e Colaborador=70%. E aqui estão contidos os principais e mais legítimos meios de se obter promoções baseadas na competência: novos planos, metas justificadas, reorganização de processos e novos métodos. Sabe aquele tempinho que você tem e que muitas vezes é desperdiçado ou dedicado aos dois primeiros itens? Ele pode ser aproveitado para conhecer outras atribuições de seu setor, ajudar e aprender as atividades de seus colegas e, com esse conhecimento, identificar gargalos que possam melhorar os processos. Ainda não inventaram outro meio que assegure o sucesso através da qualificação, da eficiência e da atitude.

É claro que os dois primeiros não condizem com o esforço de quem não conta com eles, mas não dá para ignorá-los. Até para que sirvam como explicação da falta de reconhecimento do esforço. Contudo, tenha cuidado! Se seu estilo profissional e seu percentual forem incompatíveis, e isso ocorre com qualquer fator “0”, você pode estar no lugar errado, perdendo seu entusiasmo e seu tempo. Se fortaleça no terceiro, não despreze o primeiro e se afaste do segundo, pois esse é prejudicial quando retorna. E tudo retorna para você.

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Carreira Gestão Logística

A humanização nas relações do trabalho

Vivemos atualmente uma fase, no mínimo estranha, no que concerne à importância das relações de trabalho de forma mais humana, mais fraterna. Não é – e nem pode ser – a competitividade uma desculpa para a falta de cordialidade e para comportamentos, não só antiéticos, como até denominados desumanos. A competitividade hoje não persegue apenas metas, também persegue pessoas.

humanizacao trabalhoA estranheza de como o trabalho vem se tornando um instrumento que promove a falta de sensibilidade entre as pessoas é que, não só se prega, como é absolutamente vital para as pessoas e organizações uma relação cada vez mais humana, cooperativa e fraterna entre os grupos que almejam sucesso. O trato com o ser humano não é só uma condição existente no mercado, ele deve ser uma meta também, pois nada se alcança se o básico não está presente.

Estamos vendo chefes cada vez mais arrogantes, detentores de um único lado da verdade e incapazes de se tornarem exemplos daquilo que cobram. Estamos vendo pessoas desapegadas ao zelo da relação humana e presas às coisas pequenas que rondam o trabalho, como mexericos e outras coisas que não levam a nada. Presenciamos diariamente coisas absurdas das famosas “panelinhas” que desvirtuam o caminho das organizações como se o objetivo delas fosse fatiado e readequado de forma a atender pequenos grupos que lutam entre si. Para muitos não há dúvidas de que isso venha a se originar numa carência dos propósitos educacionais que ensinam, acima de tudo, a igualdade e o respeito.

Em tempos em que um “bom dia” se tornou mera formalidade, estamos desaprendendo a querer o bem aos que fazem parte do caminho do nosso sucesso profissional. Da mesma forma que questões ligadas ao relacionamento de pessoas configuram os maiores motivos para demissões atualmente, as organizações vêm dando cada vez menos atenção a esses pontos. Mergulhadas em cumprimentos de metas, elas tornam pessoas invisíveis e desprezam o principal meio de realização de seus propósitos.

Mas, o que significa humanizar relações de trabalho e o que podemos obter com essa prática? Basta pensarmos o quanto é penoso acordar e logo pensarmos que estamos prestes a encarar um ambiente pesado que, além de exigir nossa competência, extrai o máximo de nossa paciência. Basta imaginarmos um ambiente onde o respeito seja o principal instrumento de trabalho e que não queiramos para o outro aquilo que não queremos para nós. Essa humanização passa por meus preconceitos e vai até o íntimo dos meus sonhos. Se conseguir entender que meus sonhos precisam do outro para se tornar reais e que não posso apenas pensar em usar o outro para realiza-los, mas deixar-me ser instrumento para a realização de sonhos também, começarei a entender melhor sobre humanização e o que isso pode agregar no meu dia a dia no trabalho.

Talvez a fase mais difícil para uma humanização no trabalho seja me tornar um humano não perfeito assumindo meus medos, meus erros, minhas fraquezas e tudo o que são considerados defeitos para a manutenção de um ser estritamente competitivo. Aliás, ser para o outro aquilo que somos com nosso travesseiro configura a maior virtude necessária nesse meio: a coerência. Porém, estamos cada vez mais preocupados em sermos o que não somos para agradar quem não gostamos.

Vi verdadeiros milagres acontecerem quando certas frases como “desculpe, eu errei” e “peraí, deixa eu te ajudar!” foram ditas no momento certo. Foi como se a transformação de um fosse proporcionada pela atitude do outro. E é basicamente isso que acontece na fluidez de uma relação humanizada: se ver no outro.

Sorte que há organizações voltadas ao interesse da boa convivência entre seus integrantes. Elas entendem que a qualidade dessas relações precede qualquer aspiração de sucesso comum e logo esses integrantes percebem que acima de um lado profissional está a paz em todas as suas potencialidades e que a qualidade de vida está relacionada com sua proporcionalidade. O que parece ainda não ser percebido por outras empresas é o sucesso que essas organizações alcançam pelo exercício dessa humanização. Muitas preferem apenas sonhar com lucros como se para isso não precisassem de pessoas.