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O Brasil refém das greves

Esta época do ano é típica de greves. Bancários negociam seus aumentos salariais com os banqueiros, CORREIOS deixam de nos entregar as correspondências, universidades estavam paradas há várias semanas…

Não vamos discutir a legalidade ou o direito à greve das diversas categorias, mas vamos abordar como estas paralisações afetam a vida de pessoas e empresas.

greve brasil: correios, bancos, universidadesOs CORREIOS tem  monopólio na entrega de correspondências no Brasil. Este é um monopólio assegurado na constituição, assim como acontece na maioria dos países. Ele é em parte justo pois ajuda o governo a oferecer o serviço em regiões remotas, onde poucas empresas privadas teriam interesse e lucro nas operações.

Mas por obterem este monopólio, afetam a vida de muitos brasileiros quando fazem suas reinvidicações na forma de paralisação das atividades com greve. Os Correios tem hoje cerca de 115 mil funcionários e seu slogan “soluções que aproximam” não condiz com esta opção grevista. A empresa disse que, apesar da greve, cerca de 9,4 milhões de correspondências foram entregues no fim de semana passado, por meio de mutirão. A paralisação dos funcionários já completa 2 semanas, com adesão de 18% dos funcionários e 35% das entregas atrasadas. Estima-se que o prejuízo diário com esta greve chegue a R$ 20 milhões. Por dia, 14 milhões de objetos deixam de ser entregues. Contas são atrasadas, empresas perdem negócios, aguardam documentos e as pessoas tem muitas comunicações atrasadas, mesmo em tempos de internet e email.

Por falar em contas que não chegarão aos seus destinos, como poderão ser pagas se os bancários também anunciaram a paralisação de suas atividades? Os bancários pedem reajuste de 12,8% e maior participação nos lucros enquanto os bancos oferecem 8%. Como já é comum no calendário brasileiro, agências bancárias paradas, casas lotéricas superlotadas e muitos transtornos nas contas correntes e pagamento de contas.

Não se pode esperar que todos tenham acesso à internet para quitar suas obrigações quando o governo ainda briga para oferecer banda larga para a população (e convenhamos que esta banda não é tão larga assim).

Como se não bastassem esses dois serviços essenciais à população, às vezes ainda encontramos o transporte público parado (o que já era ruim fica ainda pior!) e até universidades entram em greve. Estas atrasam os planos de seus alunos de se formarem, entrarem no mercado de trabalho, iniciarem um estágio ou terminarem seu curso.

Quais outros serviços entram em greve e afetam sua vida?

Como você foi prejudicado com a greves citadas? Compartilhe sua opinião e sua experiência nos comentários abaixo.

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O que fazer quando acabam as cartas?

O que devemos esperar de um sistema postal se as pessoas pararem de enviar cartas (ok, ninguém mais envia cartas!), propagandas, revistas e outros documentos físicos? Se você é o gestor de um sistema de envio postal, você já está pensando nisso (correios de vários países e empresas de entregas expressas de documentos). Na Nova Zelândia, já estão pensando nisso (New Zeland Herald, 9/jun/2010). Algumas opções que estão considerando incluem: (1) fazer entregas de cartas dia sim, dia não; (2) acabar com entregas aos sábados; (3) aumentar os preços; (4) desenvolver um sistema de dois níveis – o nível premium custaria mais caro mas seria entregue antes; e (5) usar o correio eletrônico para fazer o correio tradicional mais eficiente.

Uma redução no volume total não seria um problema se o serviço postal estivesse acima do volume necessário para atingir a eficiência máxima. Aparentemente, o sistema postal da Nova Zelândia não está neste nível e portanto um decréscimo no volume vai fazer cair ainda mais a eficiência. Considerando que a Nova Zelândia tem aproximadamente 4 milhões de pessoas espalhadas entre duas grandes ilhas, isto nem é uma surpresa. Mas há razões para acreditar que isto seja um problema até mesmo para países maiores e mais densamente povoados (como o Brasil) – entregar de porta em porta é um trabalho que requer um processo intensivo, assim se as casas não recebem cartas em cada entrega isto significa que o número de quilômetros dirigidos por unidade de carta aumenta (reparem como este é um indicador de desempenho importante para este serviço).

Vamos considerar algumas das sugestões colocadas acima:

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Como é feita a separação das correspondências

Mesmo com as facilidades da internet e do email, ainda recebemos muitas correspondências pelo correio. Tem gente que não dispensa o hábito de escrever cartas e enviar cartões postais aos amigos. Diante de milhões de correspondências sendo encaminhadas, você sabe como os Correios se organizam?

Confira neste vídeo, e logo abaixo algumas explicações para aqueles que não se entenderem com o inglês: