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O papel da internet na economia

A primeira edição do e-G8 aconteceu em Paris para discutir o papel e a regulamentação da internet na economia mundial. O e-G8 teve a participação de chefes de grandes empresas da internet como Google, Facebook e Amazon, além de representantes dos países do G8, de três grandes países com desenvolvimento acelerado (China, Índia e Brasil) e de dois países com grande utilização da internet por boa parte da população (Coréia do Sul e Suécia).

Ao longo dos últimos anos, a contribuição da internet no desenvolvimento econômico destes 13 países tem aumentado. Em média, os negócios realizados por empresas do setor virtual representam 3,4% do PIB dos 13 países.

A contribuição da internet na economia destes países tem aumentado ao longo dos últimos anos. Nos últimos 5 anos, a taxa de crescimento desta parte da economia é de 11%. O relatório da consultoria McKinsey mostra também que as empresas que utilizam mais a internet para seus negócios criam duas vezes mais empregos que a média.

Se você ainda tem dúvidas do papel da internet na economia mundial, veja os números abaixo:

2 bilhões de usuários de internet no mundo
A internet é responsável por 3,4% do PIB nos 13 países estudados
Ela representa 21% do crescimento do PIB nos últimos 5 anos em países desenvolvidos
75% do impacto da internet está nos negócios tradicionais
10% de aumento na produtividade para pequenas e médias empresas devido ao uso da internet
Pequenas e médias empresas que usam massivamente as tecnologias web crescem e exportam 2x mais que as outras
US$ 8 trilhões mudam de mãos por ano através do e-commerce
Em alguns mercados desenvolvidos, em torno de dois terços (66%) de todas as empresas possuem presença na web

papel da internet na economiaApesar disso, a internet ainda não está em uma fase madura e estável. Pelo contrário, há muito espaço para crescimento. Enquanto ela representa 6% do PIB em países desenvolvidos tais como Inglaterra ou Suécia, em 9 dos 13 países pesquisados a contribuição dela é inferior a 4%, o que mostra que existe muito a ser explorado.

Além disso, uma crítica comum à internet e à TI de um modo geral é que elas destroem empregos tradicionais. O relatório da pesquisa mostra que, na França, a internet acabou com 500 mil empregos, mas gerou outros 1,2 milhões no mesmo período. Isto significa que para cada emprego perdido, outros 2,4 são criados! Para as pequenas e médias empresas de todo o mundo, a relação é ainda maior: 2,6 empregos criados para cada um perdido.

Outro dado relevante: o consumo mundial através da internet em 2009 foi superior ao PIB do Canadá ou da Espanha, e tem crescido mais rapidamente que o PIB do Brasil.

Para as empresas brasileiras, um alerta e uma oportunidade: o relatório coloca o Brasil no mesmo patamar da Rússia e da Itália, numa posição em que a internet ainda está engatinhando e existem grandes oportunidades de crescimento. Além disso, dentre as 250 maiores empresas do ramo da internet no mundo, apenas 2 são brasileiras, de acordo com a McKinsey.

Portanto, não despreze os negócios online. Tenha certeza de estar preparado para esta realidade (já deixou de ser tendência há alguns anos!), ou você pode perder este trem virtual.

Para conhecermos um pouco melhor o nosso perfil, responda as 2 enquetes abaixo:

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Crescer com segurança

 

brasil crescer logística - investimentos e economiaSe os números do governo estiverem corretos, o Brasil registrou em 2010 um crescimento econômico da ordem de 8%, inferior apenas ao da China. Aparentemente, esse é um fato a ser comemorado. Mas, analisando tudo friamente, a comemoração deve ser feita com reservas. Afinal, para crescer a 8% ao ano, o País deveria ter se preparado mais porque qualquer analista mais isento sabe que, a continuar nesse ritmo, não é só o fantasma da inflação que pode ressurgir, mas a questão do apagão logístico.

Ninguém quer ver o País a vegetar em crescimento zero, mas quem conhece de economia sabe que esse crescimento deve ser sustentável, ou seja, para crescer sem sobressaltos e abalos, o Brasil precisaria dispor de uma infraestrutura menos atrasada, com investimentos mais bem direcionados. E não com a perspectiva de projetos megalomaníacos, como a construção do trem-bala entre Rio de Janeiro e São Paulo, que só servirá a passageiros, ou a promoção de eventos mundiais, como a Copa do Mundo de Futebol de 2014 e a Olimpíada de 2016, que trazem muita visibilidade para o País, mas que, se não tiverem um acompanhamento seguro, também podem levá-lo à bancarrota. Mirem-se no exemplo da Grécia, que promoveu a Olimpíada de 2004.

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Mais gargalos limitando o desenvolvimento

avião pouso - gargalo nos aeroportosUma pesquisa recentemente encomendada pelo BNDES mostrou que além de todos os gargalos logísticos existentes no Brasil, mais um está preocupando: o de transporte aéreo de cargas. Os problemas são similares aos existentes nos portos: faltam espaço de armazenagem, câmaras frigoríficas e pessoal para liberar a carga em tempo razoável.

Em alguns casos, perde-se mais tempo liberando o produto do que no tempo de viagem da China para o Brasil.

Este problema já se mostrava presente em 2008, mas “graças” à crise mundial ficou adormecido enquanto o comércio exterior foi diminuído em 2009. Agora com o aquecimento da economia e de volta aos patamares de 2008, a situação é preocupante e sem solução de curto prazo o Natal promete trazer dor de cabeça tanto a exportadores quanto importadores.

Em 2008, o aeroporto com maior vocação para transporte de cargas do país

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Custos dos impostos e o freio no crescimento

impostos e o crescimentoEsta matéria é uma nota rápida para explicar como os impostos criam barreiras ao setor produtivo e como eles atrasam o desenvolvimento do país. Além disso, você verá como o brasileiro trabalha mais que em outros países apenas para satisfazer ao leão.

Antes de mais nada, é preciso deixar claro que os impostos servem como receita do governo para oferecer os serviços à sociedade; é o que pagamos para que o governo ofereça aquilo que a constituição nos dá direito: segurança, saúde, educação, etc (mesmo que no Brasil tenhamos que pagar o imposto e pagar a empresas privadas para ter estes serviços entregues com qualidade). Aí fica a primeira crítica, os impostos que pagamos não são convertidos em serviços de qualidade para a sociedade.

Além disso, os elevados impostos são um freio à produtividade e ao desenvolvimento empresarial: impostos não dão incentivos à produção, mesmo que este dinheiro arrecadado voltasse integralmente para a sociedade. Siga o raciocínio:

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Desempenho Gestão Logística Transportes

O PAC realmente acelera o crescimento?

O Programa de Aceleração do Crescimento lançado pelo governo federal em janeiro de 2007 previa realizar um amplo conjunto de políticas econômicas a fim de melhorar o crescimento econômico do Brasil. Por um período de 4 anos (até 2010), a previsão era de investir mais de R$ 500 bilhões em infra-estrutura, transportes, energia, dentre outros.

Deste montante, o governo federal investiria R$ 67 bilhões, ficando o resto a cargo dos bancos de investimento, das estatais e de empresas privadas.

Após 8 meses do programa (agosto de 2007), 40% das obras ainda não haviam saído do papel, estando em fases de planejamento, licitação ou projeto. Após 3 anos, apenas 15% das obras estavam completas (junho de 2009). Atualmente o governo afirma acompanhar 2.471 obras, das quais metade diz estar concluída.

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PAC 2 prevê R$ 104,5 bi para transportes até 2014

Governo federal quer destinar R$ 109 bilhões até 2020 em estradas, ferrovias e hidrovias

Até 2020, a malha brasileira de transportes deverá receberá investimentos da ordem de R$ 109 bilhões. Deste total, 104,5 bilhões devem ser aplicados já entre 2011 e 2014, pela equipe do Presidente que for eleito este ano. A previsão está na segunda etapa do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), lançado nesta segunda-feira (29) pelo governo federal em Brasília.

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Baixa produtividade limita crescimento

A estagnação da produtividade explica por que a América Latina ficou atrasada em relação ao Leste Asiático e às nações desenvolvidas, constata um novo estudo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

“O tema central atualmente é como recuperar o crescimento”, afirmou Santiago Levy, vice-presidente do BID. Para isso, explicou Levy, é necessário aumentar a produtividade, que aumentou menos que a de países ricos como os Estados Unidos nas últimas quatro décadas.

O relatório do organismo menciona que o Chile foi o único país da região que conseguiu lucros na produtividade superiores aos dos Estados Unidos entre 1960 e 2005. Ao contrário, o Brasil perdeu 2,5% de produtividade frente aos Estados Unidos no período mencionado, o Uruguai perdeu 14% e a Bolívia e a Colômbia perderam 17%.

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Gargalos podem nos levar ao apagão logístico

Somente profissionais qualificados não garantem o sucesso das empresas. Num post anterior discutimos a importância da qualificação profissional que, apesar de ser peça fundamental, não consegue contornar um problema claro no Brasil: a falta de infra-estrutura.

Já vimos aqui no Logística Descomplicada que a situação brasileira é deprimente quando comparada aos outros países com quem concorre por maior visibilidade no cenário internacional. Se você ainda não leu, confira a matéria “Logística brasileira: qual nossa situação?“.

A reação da economia brasileira começa a mostrar seu primeiro grande gargalo, com a iminência de um apagão logístico este ano. A estimativa é de executivos e empresários do setor de transporte rodoviário de cargas, preocupados com a forte demanda do segmento no País, aliada à falta de aportes em infraestrutura logística nos portos brasileiros. Segundo algumas empresas do setor, é possível dizer que o “apagão logístico” afetará o País este ano.

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O crescimento da classe C: mudanças no mercado consumidor e desafios para a cadeia de abastecimento

Confira este texto sobre os novos desafios que os gestores de cadeias de suprimentos enfrentam com o aumento da classe C e sua demanda, escrito por Israel S. Grüdtner, M.Sc.*

Desde meados da década de 1990, mudanças na economia brasileira, resultantes principalmente do Plano Real, elevaram a renda dos brasileiros, aumentando substancialmente a classe C, definida como aquela cuja renda familiar mensal varia entre R$1.065,00 e R$4.591,00 (Fundação Getúlio Vargas – FGV). Nos últimos sete anos, esta camada da população teve aumento superior a 40% em sua renda familiar, injetando mais de R$100 bilhões na economia.

Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA – apresentado no fim de outubro de 2009 mostra que, em 3 anos, 18,5 milhões de brasileiros – mais de 10% da população do país – mudaram de classe social. Isso significa que há uma parcela maior da população em condições de consumir produtos, sejam: microcomputadores, aparelhos de micro-ondas, automóveis, leite longa vida, amaciante de roupas, tintura para cabelo, entre muitos outros.