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Carreira

Fazendo por merecer

As organizações são como impressões digitais, únicas. Cada uma tem sua história, cultura, tradições e métodos de trabalho; estes elementos, em sua totalidade, formam o clima organizacional. O conjunto das tradições (passado), das necessidades (presente) e das aspirações (visão de futuro), dá origem à cultura das organizações.

A cultura molda e explica a forma de ser, agir e reagir das instituições. Sendo assim, ao ser aceito no quadro de funcionários de uma empresa, antes de sair por aí tecendo comentários negativos, procure conhecer a sua história e a trajetória empreendedora de seus fundadores, acionistas e proprietários. Busque entender as razões que fizeram a empresa ser como ela é e a fazer as coisas como faz. Só então, tome as atitudes necessárias para corrigir os rumos, propor mudanças e construir uma nova visão de futuro.

Quem almeja fazer carreira numa organização, precisa antes de tudo compreender a sua cultura organizacional. As lideranças tendem a optar pela promoção de colaboradores cujo comportamento se coadune com seu próprio comportamento. Por outro lado, um colaborador ao optar por uma empresa espera encontrar um clima apoiador, capaz de atender as suas expectativas e necessidades econômicas e sociais.

A percepção que o colaborador tem desse clima produz em sua mente a imagem da empresa, e sabe-se que a primeira impressão é a que fica fortemente gravada. Dificilmente teremos uma segunda chance para causar uma boa impressão como no primeiro contato. Quando uma empresa trata os candidatos a emprego com pouco caso, por vezes dando-lhes um “chá de banco” na recepção, está colocando uma pá de cal em cima do sonho de trabalhar numa empresa que respeita as pessoas e pela qual vale a pena se comprometer.

Do ponto de vista da compreensão da motivação humana, as dificuldades das pessoas começam quando precisam trabalhar ou viverem juntas. As suas referências e perspectivas de vida são únicas e particulares. O que motiva um indivíduo pode não ter nenhuma importância ou significado para um outro. Não é fácil reconhecer e aceitar a diversidade humana. Homens e mulheres são diferentes, pensam e agem de formas diferentes. Jovens e adultos pensam e agem de maneira peculiar. Todas as pessoas são diferentes e essas diferenças por vezes causam conflitos.

Somente profissionais motivados são capazes de se responsabilizarem pelos projetos de uma empresa e agirem como empreendedores em suas esferas de atuação, gerando resultados. Resultados significativos e duradouros dependem da construção de uma equipe de pessoas conectadas com o que fazem, dotadas de iniciativa, proativas, planejadoras e autodisciplinadas.

Iniciativa é a ação daquele que é o primeiro a propor ou a pôr em prática uma idéia. Proatividade é a capacidade de prever oportunidades, assim como problemas, fatos e atos antes que aconteçam; é antever consequências e antecipar-se na ação, agindo com rapidez e eficácia. Planejamento é a capacidade de antecipar o futuro tal como queremos que ele seja, de forma a maximizar os recursos e resultados. É o trabalho de preparação, no qual se estabelecem os objetivos, as etapas, os prazos e os meios para a sua concretização.

Funcionário novato, para ter um bom começo, deve “dançar” conforme a cultura organizacional, para só depois de integrado ao sistema propor mudanças. Empresas que querem atrair e manter em seus quadros pessoas com capacidade de realização acima da média devem tratá-los desde o primeiro contato como clientes especiais.

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Comércio Exterior - COMEX Gestão Gestão da Cadeia de Suprimentos Logística Supply Chain Management

Opções para estratégias de operações globais

Artigo de autoria de Leandro Callegari Coelho publicado originalmente nos portais Newscomex e IBCELOG:

Opções para estratégias de operações globais

No mercado competitivo e globalizado em que muitas empresas competem, é preciso levar em consideração a dimensão internacional que os negócios e as estratégias têm tomado. Estas empresas, chamadas de organizações multinacionais (em contraste com as empresas locais, nacionais ou domésticas), têm seu mercado e seu fornecimento em escala global: compram matérias-primas, fabricam e vendem produtos e serviços em diversos países.

A maneira como os gestores destas empresas abordam as oportunidades globais define a estratégia que elas utilizarão para comprar, produzir e vender nesta escala mundial. Enquanto algumas zelam por sua exclusividade e o apelo que a marca produz, outras visam alcançar o maior número possível de consumidores com custos cada vez mais baixos.

Estas estratégias podem ser classificadas em quatro grupos: internacional, multidoméstica, global e transnacional. Vejamos algumas características de cada uma destas alternativas.

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Gestão

Gerentes e o ambiente cultural

Artigo publicado na IX Semana de Engenharia de Produção Sul-Americana (SEPROSUL), no Uruguai, em novembro de 2009:

O papel do gerente e sua percepção do ambiente cultural em uma incubadora de empresas: leitura de um caso a partir da abordagem etnográfica

Autores: Fernando José Avancini Schenatto, Édio Polacinski, Alice França de Abreu.

As incubadoras de empresas são ambientes onde, tipicamente, a inovação é fator preponderante, pois é nela que reside o principal diferencial competitivo das empresas em desenvolvimento. Na interação com esses empreendimentos, o gerente da incubadora assume papel central na definição de estratégias e articulação de iniciativas, de modo que sua liderança é marcante na construção da cultura organizacional. Assim, este trabalho aborda a descrição do ambiente cultural de uma incubadora de empresas brasileira, a partir da visão de seu líder, de modo a permitir a compreensão de alguns processos e símbolos utilizados naquele contexto.

Para tanto, desencadeou-se uma pesquisa etnográfica, com dados coletados por entrevistas e observação participante, a partir dos quais foi feita análise  em profundidade. Os resultados enfatizam, dentre outros aspectos, o esforço de cooperação existente entre gerente, empresários e colaboradores internos e externos à incubadora; o envolvimento profissional e emocional do gerente para com os empreendimentos incubados e seus proprietários; o formalismo presente nos processos gerenciais, associado à descontração no ambiente de trabalho e nas relações; o fator tecnologia presente no discurso e no dia-a-dia; e a motivação do gerente em crescer profissionalmente atuando numa iniciativa indutora de desenvolvimento regional sustentável.