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Como não ser esmagado pelas dívidas

Nem todo mundo sabe ser patrão do dinheiro e com frequência passa a ser escravo dele. As pessoas deveriam ser ensinadas desde a infância a poupar pelo menos 10% do que ganham, para terem uma vida financeira equilibrada. Porém, a verdade é que a maioria gasta mais do que ganha.

dividasEducação não é custo e sim investimento. Um estudo da FGV apontou que cada ano a mais de escolaridade tem reflexo de 15% a mais na remuneração. Uma colheita incomum requer uma atitude incomum, pois sorte é quando a preparação e o trabalho encontram uma oportunidade.

O desconhecimento da importância da poupança e do poder dos juros compostos é desastroso no longo prazo. Se ao começar a trabalhar o indivíduo aplicar sistematicamente R$ 65,00 todos os meses, terá em torno de um milhão de reais na sua conta aos 65 anos de idade. Os juros desse capital acrescido à sua aposentadoria serão o suficiente para viver na liberdade financeira.

A primeira coisa para livrar-se das dívidas é querer viver livre delas. Dívida é pressão, é cativeiro. O Brasil é o país que tem os juros mais caros do mundo. Ao ligar a televisão nos deparamos nos intervalos comerciais com possibilidades e mais possibilidades de compra com carnês de financiamento. Levados pela correnteza do consumismo, as dívidas estão tirando o sono e a saúde e liquidando o casamento de milhares de pessoas.

É melhor ter uma pequena cautela do que um grande remorso. As mais frequentes desculpas dos endividados são doença, desemprego, divórcio, descontrole, dar o nome ou assinar como fiador para parentes e amigos.

O que não se mede não se controla. A primeira medida para controlar a grana é fazer uma planilha de orçamento financeiro mensal.  Não ter um computador não serve de desculpa, pois pode se valer até mesmo de um simples caderninho.  Registrar tudo o que se ganha e se gasta, comprando sempre que possível à vista e pedindo desconto são regrinhas financeiras básicas.

O cartão de crédito é um excelente meio de pagamento, mas um péssimo instrumento de crédito. Não sabendo usá-lo ele se torna um grande vilão do orçamento. Quando se paga apenas o valor mínimo da fatura, funciona como um taxímetro ligado, aumentando a dívida a cada dia que passa. A regra é não aceitar parcelamentos, pagando sempre a fatura em seu valor total. Outras vantagens em ter cartão é não se despertar a atenção dos amigos do alheio, carregando dinheiro em espécie. Usando o cartão adequado e se cadastrando junto às operadoras para participar dos programas, se pode ganhar milhas de vantagens.

Você é daqueles que curte o site do seu banco, ingenuamente acreditando que o banco em que você é correntista foi feito para você?Veja abaixo o comparativo entre uma aplicação de R$ 100,00 na poupança versus a utilização de R$ 100,00 no cheque especial:

Em 1 ano, com o valor de R$ 100,00 aplicado na poupança passa a ser R$ 104,00. Com o mesmo valor gasto no cheque especial, deve-se R$ 251,00.

Em 5 anos com o valor de R$ 100,00 aplicado na poupança se passa a ter R$ 143,00. Com o mesmo valor gasto no cheque especial se passa a dever R$ 10.000,00.

Em 10 anos, tem-se R$ 205,00. Com o mesmo valor gasto no cheque especial, acumula-se uma dívida R$ 1.000.000,00.

Conclusão: em finanças nem sempre abrir um buraco para tapar o outro é a solução. Ou se aprende a viver dentro de um orçamento equilibrado, ou se acaba esmagado pelas dívidas.

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Colaborações

EUA deixam ‘clube’ de 14 países com dívida mais segura

Rebaixamento dos papéis do governo americano tirou país de uma lista que agora inclui apenas 14 países

O anúncio na sexta-feira de que a Standard & Poor’s (S&P) rebaixou pela primeira vez na história os papéis da dívida americana – de AAA para AA+ – fez com que o país deixasse uma seleta lista de nações consideradas mais seguras para os investidores.

Com a saída dos Estados Unidos, o restrito ‘clube’ possui apenas 14 países cujas dívidas recebem a nota máxima das agências de risco.

crise e dívida dos EUAEm nota, a S&P justificou que o acordo firmado nesta semana entre republicanos e democratas é insuficiente para dispersar as dúvidas que o mercado tem sobre a redução do déficit público americano, que já ultrapassa os 10% do PIB.

A dívida total americana, de US$ 14,3 trilhões, equivale a quase uma vez o PIB do país. O acordo aprovado na segunda-feira autoriza a elevação da dívida em até US$ 2,4 trilhões em troca de cortes de gastos no mesmo valor.

Com um déficit público na dimensão do atual, o novo teto da dívida seria alcançado até o final do ano que vem.

Juros mais baixos

As classificações de risco avaliam a capacidade do país de honrar suas dívidas e servem como parâmetros para orientar os investidores. A classificação AAA significa um risco praticamente zero de a dívida não ser paga, portanto mais segura para os investidores.

Em teoria, os países com classificação da dívida mais alta têm mais facilidade de captar empréstimos no mercado internacional a juros mais baixos do que os países cujas dívidas são consideradas menos seguras.

Atualmente, apenas 14 países têm a classificação AAA nas três principais agências – Alemanha, Austrália, Áustria, Canadá, Cingapura, Dinamarca, Finlândia, França, Grã-Bretanha, Holanda, Luxemburgo, Noruega, Suécia e Suíça.

Além desses países, a lista AAA da Standard & Poor’s inclui também Liechtenstein e os territórios de Ilha de Man, Guernsey e Hong Kong, a Fitch inclui Bermuda e Nova Zelândia e a Moody’s, Ilha de Man e Nova Zelândia.

Sob risco

A dívida brasileira é classificada pelas três principais agências nos níveis mais baixos entre os níveis com recomendação de investimento – BBB- pela Standard & Poor’s (no 10º entre os 22 níveis de classificação da agência), Baa2 pela Moody’s (9º entre 22 níveis) e BBB pela Fitch (9º entre 20 níveis).

Os Estados Unidos perderam a classificação máxima de sua dívida pela primeira vez na história, mas outras grandes economias já sofreram com o problema no passado.

O Japão, que tem a maior proporção mundial da dívida em relação ao PIB (mais de 200%), foi rebaixado pelas principais agências entre o final dos anos 1990 e o início dos anos 2000, quando a economia do país começou a patinar.

Atualmente, a Standard & Poor’s classifica a dívida japonesa como AA- (4º nível), a Fitch de AA- (4º nível) e a Moody’s de Aa2 (3º nível).

Segundo alguns analistas, França e Grã-Bretanha são os países que correm mais risco de ter suas dívidas rebaixadas pelas agências no médio prazo, por terem dívidas altas em relação aos seus PIBs, altos déficits públicos (5,6% do PIB no caso da França e 8,7% no da Grã-Bretanha) e economias com perspectivas de baixo crescimento.

Fonte: BBC

 

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Juros e o déficit público

 

juros e o déficit públicoAntes de começarmos a entender o que é e como funciona o déficit público e a dívida pública, temos que primeiro saber a definição de juros. Sendo o capital um dos fatores de produção, torna-se justo que se tenha uma remuneração sobre o empréstimo deste capital, e esta remuneração é denominada juros.

O juro é a retribuição ao capital empregado. Então os juros representam a remuneração do capital empregado em alguma atividade produtiva.

Essa taxa de juros acima especificada como sendo o custo do dinheiro emprestado, em nada se parece com a taxa de juros aplicada pelos bancos e financeiras. Os bancos e as financeiras cobram algo mais embutido nas taxas de juros dos seus clientes, como uma taxa de inadimplência, impostos, seguros, entre outras.