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Vídeo game e logística

O que jogar vídeo game tem a ver com o profissional de logística?

Desde crianças somos orientados a perceber nossas vocações pessoais e profissionais.

Algumas são mais voltadas para o lado artístico e resultam em dançarinos, cantores, artistas plásticos e diversas outras profissões.

Outras tem mais a ver com liderança, contabilidade e administração, ambas intensamente utilizadas no dia-a-dia empresarial.

Mas tem também quem goste de jogar vídeo game e, embora a sociedade como um todo não veja esse gosto como uma vocação (e sim como um passatempo), existem algumas profissões em que essa habilidade faz toda diferença.

CONTROLES REMOTOS NA LOGÍSTICA

A logística é recheada de profissões dessa natureza, principalmente quando se trata da operação em si.

Dentro dos armazéns, a operação das empilhadeiras é uma das principais funções para movimentar as mercadorias. Na prática, essa operação nada mais é do que um grande controle remoto.

O mesmo acontece dentro dos terminais portuários que movimentam contêineres. Os transtêineres, equipamentos utilizados para movimentar contêineres, são operados a partir de um grande controle remoto.

Só nessas duas operações, são milhares de reais movimentados todos os dias, no mundo inteiro. Você deve imaginar o prejuízo em derrubar um contêiner durante uma operação, não é mesmo?

VÍDEO GAME NO CAMPO

As habilidades de quem consegue manusear bem um controle de vídeo game também são requisitadas para atividades logísticas no campo.

A operação de maquinários agrícolas (tratores, colheitadeiras, equipamentos de transbordo) exige muita habilidade tanto no manuseio do equipamento quanto da carga em si.

Uma operação eficiente no campo é o primeiro passo para redução das perdas de colheita, que chegam a cifras inacreditáveis quando analisadas na cadeia como um todo.

DRONES – UM NOVO EQUIPAMENTO DE TRANSPORTE

Você já deve ter ouvido falar dos experimentos de entregas com drones, certo?! E, advinha? Mais um controle remoto…

Recentemente eu tive a oportunidade de conversar com uma empresa que realiza treinamentos para capacitar profissionais a operar drones.

Esse equipamento de transporte ainda está passando por testes e aceitação no mercado como um todo, até porque envolve legislação para operar a céu aberto (o caso de entregas).

No entanto, dentro de armazéns fechados (ambientes controlados), já é usual a utilização de drones para movimentar mercadorias.

Eu ouvi dessa empresa que, entre seus alunos, aqueles que admitem ter jogado vídeo game durante a vida possuem mais facilidade para aprender a realizar essa operação.

Está aí mais uma prova de uma vocação que desenvolvemos na infância que pode nos apoiar como profissionais da área de logística – embora essa seja uma vocação não muito incentivada ou tida como exemplar.

Se você conhece alguém que gosta de jogar vídeo game e está decidindo sobre sua profissão ou está em transição de carreira, compartilhe esse artigo com essa pessoa! Quem sabe não nasce daí uma boa oportunidade de carreira na logística!

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Um novo meio de transporte?

Nosso sistema de transportes continua a nos tirar o sono. E nem é bom mesmo dormir no ponto, pois com os problemas que temos em nossa infraestrutura carente de modernizações e, pior que isso, precisando de reparos para ofertar o básico em serviços às atividades operacionais, podemos ser surpreendidos num piscar de olhos. Presos a um sistema que nos rouba a energia com a qual desenvolveríamos novas estratégias, gastamos com paliativos e, assim, nos é tirado o tempo para vivermos os novos tempos. Até duvidamos de algumas inovações devido a tantos problemas enfrentados que separam nossa realidade entre o que temos, o que queremos e o que é possível que tenhamos em soluções verdadeiramente práticas.

droneHá pouco mais de dez anos não imaginávamos que nossos celulares estivessem conectados à internet e, através deles, pudéssemos comprar, vender ou trocar mercadorias com um simples toque na tela. Hoje temos a TV que nos permite a conexão com o mundo e assistir aos filmes que antes esperávamos um ano para a disponibilização em locadoras. Aliás, muitos que desconheciam ou ignoraram a velocidade dos tempos estão em crise ou faliram. E essa velocidade continuará surpreendendo muitos mercados que não se preparam para o avanço tecnológico que, em muitos países, é realidade bem antes de chegar a nós brasileiros.

Há cerca de dois anos surgiu uma ideia ambiciosa de transportar produtos por meio de veículo aéreo não tripulado (o VANT), mais conhecido como “drone”. O laboratório tecnológico do Google testa o novo sistema na Austrália. O experimento consiste em distribuir produtos em regiões cercadas por fazendas cujas distâncias inviabilizam o custo de um sistema de entregas com carros e até com motos. São aeronaves de voo misto que decolam na vertical como um helicóptero e voam como um avião. Realizam a entrega por meio de um cabo com um sensor na ponta que libera o produto ao tocar o chão sem a necessidade de pouso. Os testes estão sendo feitos com a entrega de chocolates, ração para cães e outros produtos.

A Amazon já havia introduzido a ideia, mas como foi observado, não passou de uma campanha de marketing. O Google, diferentemente, já possui uma esquadrilha desses aparelhos e promete revolucionar o setor de entregas no mundo. Porém, para isso, ainda há um longo caminho, pois há de se criar um complexo de rotas, uma legislação específica para resguardar a privacidade das pessoas, os cuidados com a segurança e regulamentar a atividade aérea para que coexista com os sistemas de transportes já conhecidos.

Os drones hoje já são bem utilizados em monitoramentos na agricultura, em tomadas de imagens para filmes e programas de TV e em várias outras condições em que há dificuldades para o acesso; sem falar das guerras com suas atividades de espionagem e até de ataques planejados. Onde antes exigia um sobrevoo tripulado, agora são os drones que alcançam os objetivos a um custo baixíssimo.

Outra parte importante do projeto é a ajuda humanitária para vítimas isoladas em decorrência de desastres naturais ou em caso de guerras. O transporte de mantimentos e medicamentos é muito complicado e envolve muitos perigos para uma tripulação no atendimento convencional.

Imaginarmos nossas encomendas, mesmo pequenas, mas com uma fluidez capaz de ser coberta por um sistema que desafogue um pouco as nossas vias usuais, com certeza traria um ganho substancial ao ponto de não considerarmos os drones como um simples meio de transporte.

Se a Logística no Brasil fosse respeitada como deveria, talvez não tivéssemos que esperar o tempo responder se uma ideia como essa seria viável ou não para nós. Se os investimentos em transporte fossem, pelo menos, próximos do que necessitamos, provavelmente estaríamos desenvolvendo outros meios para desafogar nossa vida, pois temos um profundo conhecimento dos nossos problemas – primeiro passo para a solução – mas, se ficarmos correndo atrás, talvez tenhamos que comparar essa ideia daqui a dez anos, como fizemos com o celular, com a TV e tantas outras evoluções. Por ora, só fica uma pergunta: será?