estradas
Pesquisa confirma: malha rodoviária tem péssima qualidade
Logística sobre duas rodas
O discreto lobisomem – 30 de junho é dia do caminhoneiro
Menos planos e mais ação
Navegação de cabotagem – vídeos
Pesquisa Infraestrutura parte 2: rodovias brasileiras
Numa série de 3 artigos destinados a infraestrutura brasileira, você conhecerá mais sobre as rodovias, os portos e os aeroportos do país. Informações sobre qualidade, tamanho, quantidade e outros dados relevantes serão apresentados sobre cada um dos modais de transporte avaliados. Ao final de cada artigo o autor também apresenta algumas curiosidades ou informações gerais sobre história, geografia e economia do Brasil. O primeiro artigo da série foi sobre os portos; este segundo trata das rodovias e o terceiro será sobre os aeroportos.
Na logística o transporte rodoviário é uma das áreas mais importantes. Segundo a COPPEAD (OCOPPEAD é o instituto de pós-graduação e pesquisa em Administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro), os custos com transporte chegam a 60% dos custos logísticos e a redução de custos nessa área é muito importante, pois corresponde em média a 20% do custo total das empresas.
Atualizando e relembrando alguns dados publicados aqui no Logística Descomplicada em artigo anterior, intitulado Infra-estrutura das rodovias no Brasil, o Brasil possui uma rede rodoviária de cerca de 1,8 milhões de quilômetros, sendo 96.353 km de rodovias pavimentadas (2004). As estradas são as principais transportadoras de carga e de passageiros no tráfego brasileiro. Os primeiros investimentos na infraestrutura rodoviária deram-se na década de 1920, no governo de Washington Luís, sendo prosseguidos no governo Vargas e Gaspar Dutra. O Presidente Juscelino Kubitschek (1956-1961), que concebeu e construiu a capital Brasília, foi outro incentivador de rodovias. Kubitscheck foi responsável pela instalação de grandes fabricantes de automóveis no país (Volkswagen, Ford e General Motors chegaram ao Brasil durante seu governo) e um dos pontos utilizados para atraí-los era, evidentemente, o apoio à construção de rodovias. Hoje, o país tem instalados em seu território outros grandes fabricantes de automóveis, como Fiat, Renault, Peugeot, Citroën, Chrysler, Mercedes-Benz, Hyundai e Toyota. O Brasil é o sétimo mais importante país da indústria automobilística.
Investimentos previstos em rodovias
Recente pesquisa indica onde estão localizadas as melhores e as piores rodovias federais. A pesquisa mostra qual o percentual de estradas é considerado como ruim ou péssimo, e indica que o estado de São Paulo possui a menor porcentagem de estradas nesta situação, enquanto a região Norte abriga estados com as piores estradas.
A pesquisa mostrou ainda que não apenas a estrada propriamente dita está ruim, mas dá informações sobre a segurança geral: 70,1% das placas estão desgastadas e não são perfeitamente visíveis. Em mais de 10% das placas há mato cobrindo total ou parcialmente a mesma; em torno de 10% dos casos não há placas indicando limites de velocidade e indicações gerais.
O PAC realmente acelera o crescimento?
O Programa de Aceleração do Crescimento lançado pelo governo federal em janeiro de 2007 previa realizar um amplo conjunto de políticas econômicas a fim de melhorar o crescimento econômico do Brasil. Por um período de 4 anos (até 2010), a previsão era de investir mais de R$ 500 bilhões em infra-estrutura, transportes, energia, dentre outros.
Deste montante, o governo federal investiria R$ 67 bilhões, ficando o resto a cargo dos bancos de investimento, das estatais e de empresas privadas.
Após 8 meses do programa (agosto de 2007), 40% das obras ainda não haviam saído do papel, estando em fases de planejamento, licitação ou projeto. Após 3 anos, apenas 15% das obras estavam completas (junho de 2009). Atualmente o governo afirma acompanhar 2.471 obras, das quais metade diz estar concluída.
PAC 2 prevê R$ 104,5 bi para transportes até 2014
Governo federal quer destinar R$ 109 bilhões até 2020 em estradas, ferrovias e hidrovias
Até 2020, a malha brasileira de transportes deverá receberá investimentos da ordem de R$ 109 bilhões. Deste total, 104,5 bilhões devem ser aplicados já entre 2011 e 2014, pela equipe do Presidente que for eleito este ano. A previsão está na segunda etapa do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), lançado nesta segunda-feira (29) pelo governo federal em Brasília.
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