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De onde vem essa camiseta? Das cadeias de suprimentos globais!

“Isso vem de onde?” até parece uma pergunta simples de ser respondida. As vezes é fácil mesmo. Quais modelos de carro são produzidos em cada montadora é uma informação pública, então você sabe se seu Toyota foi montado em Sorocaba, São Bernardo do Campo, ou Indaiatuba (todas em SP). Mas se você quiser ir mais fundo e saber de onde vem cada componente do carro, aí ficou muito mais difícil.

As cadeias de suprimentos modernas e globais são tão extensas e tão complexas que para quem as vê de fora, elas não tem nenhuma transparência.

“Eu pensaria em cadeias de suprimentos basicamente pensando nas entregas da Amazon ou nos estoques da Staples (duas gigantes do varejo na América do Norte). Elas são apenas os pontos finais da cadeia, os últimos passos de um garçom que carrega uma refeição numa bandeja. E o que eu não entendia  era como as cadeias de suprimentos não apenas transportam componentes e ingredientes, mas sincronizam seus movimentos. Transportar uma caixa de canetas para a Staples é a parte mais fácil. Coordenar a chegada de tampas, corpos, caixas, tintas, e as pontas esferográficas para a fábrica de canetas (além de metal para a fábrica da ponta esferográfica, óleo para a fábrica que produz as partes plásticas, e assim por diante) é o grosso do trabalho incorrido numa cadeia de suprimentos. Hoje temos maneiras de fazer isso tudo de forma eficiente, com algoritmos otimizando tudo desde o transporte até o caminho que os paletes seguem dentro dos depósitos, com um olho acompanhando o que acontece quando uma dessas partes em movimento falha.” (trecho do blog The secret life of everything: where your stuff comes from)

 

cadeias de suprimentos globaisO problema então é que ao menos que você escolha um produto realmente simples – como uma camiseta – é praticamente impossível saber de onde cada component veio e onde cada passo da produção foi realizado. O site NRP Planet Money aceitou o desafio de acompanhar uma camiseta: desde a plantação de algodão, passando pela fabricação, transportes, até a doação de roupas usadas pelos Estados Unidos para a África.

É um processo que nos faz pensar no efeito das cadeias de suprimentos globais. (Se você entende inglês, acompanhe o vídeo)

A parte mais interessante do processo é a manufatura. Como o vídeo explica, as camisetas para mulheres são feitas na Colômbia, e as masculinas em Bangladesh, em condições muito diferentes.

No entanto, conseguimos identificar algumas razões para que os trabalhadores colombianos obtenham pagamentos muito maiores que os bangladeshianos.

Com uma longa tradição na manufatura de roupas e com tecnologia superior, os colombianos conseguem produzir as camisetas muito, muito mais rápido que os bangladeshianos. Em Bangladesh, em uma linha de costura para as camisetas, 32 pessoas conseguem fazer 80 camisetas por hora. Uma linha de costura na Colômbia tem oito funcionários e produz 140 camisetas por hora. As duas linhas não são idênticas, com os bangladeshianos fazendo algumas etapas a mais que os colombianos, mas a diferença continua sendo marcante.

E não são apenas as máquinas e seus operadores que são mais eficientes na Colômbia. Mais etapas do processo produtivo desde o algodão bruto são feitos na Colômbia, o que os faz mais eficientes que seus colegas de Bangladesh. (trecho de Our industry follows poverty: success threatens a t-shirt business)

Vale a pena notar que mesmo com eficiência superior na Colômbia, a empresa corre risco de perder o contrato de produção. Acontece que os salários muito mais baixos no outro lado do mundo compensam a falta de eficiência.

Existe uma linha muito tênue entre explorer os trabalhadores numa economia global e oferecer oportunidades reais. (Adam Blumberg)

 

Baseado no texto “Where does that T-shirt come from?” de Martin A. Lariviere, publicado no blog The Operations Room. Tradução e adaptação feitas por Leandro Callegari Coelho e autorizadas pelos autores exclusivamente para o Logística Descomplicada.

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Leitura Recomendada

Gestão logística global

Em ambientes onde a competição é global, as fontes de suprimentos, os processos produtivos e os mercados consumidores também são globais. Isto trás muitas oportunidades, mas elas vem acompanhadas de competição também internacional.

Compreender e gerenciar a cadeia logística internacional é, portanto, essencial para o sucesso de uma organização que queria competir no mercado global.

livro gestão logística globalPara ajudar neste aprendizado, indico o livro Gestão Logística Global, que trata desse processo em um contexto caracterizado por um processo de globalização econômica, de formação de blocos regionais e de uma profunda revolução tecnológica que está afetando o desenvolvimento dos países da América Latina.

A necessidade de integração, colaboração e visibilidade nas cadeias de suprimentos é discutida de forma simples e com o fornecimento de dados de interesse para especialistas e leigos.

O livro aborda as diferentes funções logística e explica como melhorar o sistema através da gestão baseada na demanda, no custo total e nas atividades. Como em ambientes descentralizado o uso de sistemas de informação são primordiais, um capítulo do livro é dedicado para este conceito. Dentre outros assuntos, encontramos ainda uma pesquisa com as melhores práticas em logística.

O livro pode ser encontrado na Livraria Saraiva.

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Comércio Exterior - COMEX

A força do capitalismo brasileiro no cenário global

A dinâmica econômica entre as várias nações do mundo nas últimas cinco décadas cresceu a taxas excepcionais.  O comércio de bens e serviços expandiu-se em números superiores aos da produção, e levou as empresas brasileiras a experimentarem um processo contínuo de internacionalização.

 

Na última década, as empresas brasileiras vêm experimentando um processo crescente de internacionalização, que foi criado com a necessidade de proteger os seus mercados cativos da concorrência estrangeira, e que agora busca também a necessidade de criação de produtividade e competitividade.

Atualmente, deixamos de ser um país em desenvolvimento e fomos classificados em uma nova categoria: emergentes globais.

Somos um dos grandes expoentes da atualidade econômica, citados por uma renomada consultoria como uns dos quatro países que podem vir a se tornar grandes potências econômicas, ao lado de China, Rússia e Índia.

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Você acredita no aquecimento global?

Em matéria publicada na seção de Ciência da Folha Online nesta semana, uma pesquisa mostra que os brasileiros acreditam que o existe o aquecimento global e que o homem tem um forte papel neste fenômeno. Muitas pessoas, dentre elas cientistas e pesquisadores sérios, têm duvidado e apontado informações reais para argumentar que não existe essa coisa de aquecimento global.

A diferença na aceitação do fenômeno é gritante quando comparamos dados do Brasil com os EUA: só 5% dos ouvidos pelo Datafolha acham que a humanidade não tem nada a ver com o aquecimento global, enquanto cerca de metade dos americanos têm essa opinião. Quanto maior a escolaridade, maior a aceitação do aquecimento global causado pelo homem: 96% entre os que têm ensino superior, contra 87% dos que só cursaram o ensino fundamental.

“Os números são impressionantes mesmo quando comparados com os dos EUA e do Reino Unido, ainda mais depois das controvérsias recentes envolvendo o IPCC”, diz Myanna Lahsen, especialista em estudos ambientais e políticas públicas do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

Com um toque especial de humor, o ator George Carlin fez essa apresentação sobre o tema, que você confere com legendas no vídeo abaixo (ambientalistas e defensores do planeta, entendam que trata-se de uma abertura para o humor aqui no Logística Descomplicada):

O que você acha dessa discussão toda? Deixe seu comentário abaixo.

Com informações da Folha Online.

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Opções para estratégias de operações globais

Artigo de autoria de Leandro Callegari Coelho publicado originalmente nos portais Newscomex e IBCELOG:

Opções para estratégias de operações globais

No mercado competitivo e globalizado em que muitas empresas competem, é preciso levar em consideração a dimensão internacional que os negócios e as estratégias têm tomado. Estas empresas, chamadas de organizações multinacionais (em contraste com as empresas locais, nacionais ou domésticas), têm seu mercado e seu fornecimento em escala global: compram matérias-primas, fabricam e vendem produtos e serviços em diversos países.

A maneira como os gestores destas empresas abordam as oportunidades globais define a estratégia que elas utilizarão para comprar, produzir e vender nesta escala mundial. Enquanto algumas zelam por sua exclusividade e o apelo que a marca produz, outras visam alcançar o maior número possível de consumidores com custos cada vez mais baixos.

Estas estratégias podem ser classificadas em quatro grupos: internacional, multidoméstica, global e transnacional. Vejamos algumas características de cada uma destas alternativas.