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Atrasos a superar na aviação

O governo federal demorou demais a admitir a incapacidade de ampliar e modernizar sozinho os aeroportos a tempo de atender à demanda da Copa do Mundo de 2014. Convocada na última hora, a iniciativa privada terá de aguardar, agora, a definição do modelo de concessão dos terminais de Brasília, Guarulhos e Campinas. Os editais estão prometidos para o início de maio. Mas a etapa seguinte, a análise e emissão de parecer pelo Tribunal de Contas da União (TCU), deverá consumir pelo menos mais um mês. Isso significa que, antes do início das obras, com o prazo já exíguo, ainda há que se construir com solidez a complexa segurança jurídica necessária aos investimentos. Como a polêmica e o volume de contestações não devem ser pequenos, é de se prever o elevado risco de o país dar monumental vexame perante a comunidade internacional.

atrasos aeroportos brasilMais grave é que, das 12 cidades-sedes do maior evento esportivo do planeta, apenas três estão sendo contempladas neste primeiro momento com a tentativa de desestatização: Brasília, São Paulo e Campinas. Outras duas, o Rio de Janeiro e Belo Horizonte, foram postas na fila pelo Palácio do Planalto. Quanto às demais, as incertezas são ainda maiores. É lastimável. Afinal, desde o apagão aéreo de 2006, o brasileiro sabe quão saturado está esse tipo de transporte em todo o território nacional. Apesar das medidas paliativas tomadas a partir de então, o quadro continua grave. De um lado, pela manutenção dos investimentos em nível bastante aquém das necessidades. Por outro, pela recuperação da renda das famílias e correspondente aumento da demanda. Apenas no ano passado, o crescimento do número de passageiros foi da ordem de 23% e o do volume de cargas, de 13%.

O potencial da viação aérea brasileira é filão do qual a iniciativa privada foi mantida afastada todos esses anos por reles preconceito ideológico. Lembre-se de que privatização era o nome feio que os candidatos do PT Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff se esforçaram para colar nos adversários nas campanhas pela Presidência da República de 2002 para cá. O sectarismo não foi superado, mas a situação de emergência quebrou a resistência, embora ainda se apele à figura de retórica para tentar convencer o cidadão de que a privatização petista é diferente, sob a alegação de que o patrimônio continua com a União. A decisão, reconheceu o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, “deve-se à urgência por uma solução definitiva”. Pena que, em vez de devidamente planejada, tal conclusão tenha sido alcançada de modo açodado.

São águas passadas — e não adianta mais lastimar o tempo perdido. Resta olhar para a frente. O país pode escapar do vexame se as deficiências de espaço físico, infraestrutura, equipamentos e recursos humanos forem supridas com a parceria público-privada. Mas, repete-se, sem um marco regulatório ao mesmo tempo atraente e rigoroso, não se assegurará bons serviços (com preços justos) à população, condições operacionais satisfatórias para as empresas, segurança e respeito ao meio ambiente. Mais: como o regime é de concessão, o Estado precisa se preparar para missão administrativa e de fiscalização de maior monta. A prevalecer a incompetência no gerenciamento dos aeroportos, o padrão do transporte aéreo nacional pouco ou nada progredirá.

Fonte: Correio Braziliense
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Pouso no aeroporto de Guarulhos

Vejam este vídeo: mostra um pouso no Aeroporto de Guarulhos num dia de forte neblina.

O avião aproxima-se contra o sol, e entra na espessa camada de nuvens onde fica por mais de 30 s. Quando finalmente consegue visualizar a pista, restam menos de 20 segundos para a aterissagem.

Isso é que eu chamo de confiar nos equipamentos! Veja você mesmo e diga o que achou!

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Infraestrutura brasileira – transporte aéreo de passageiros

transporte aéreo de passageirosTemos visto várias matérias aqui no Logística Descomplicada tentando decifrar e entender porque a infraestrutura de transportes interna no Brasil é o caos que conhecemos.

Dentre as matérias, tivemos a situação da infraestrutura brasileira, a matéria sobre o aeroporto de Congonhas, os vídeos e notícias sobre o trem de alta velocidade, dentre outras (confira nos links).

Hoje vamos discutir um pouco mais sobre o transporte aéreo, em especial o transporte de passageiros.

O Brasil tem hoje 255 aeroportos públicos com código IATA (International Air Transport Association), e dados de 2007 apontavam que o país tinha 2.498 aeroportos e aeródromos ( locais sem terminais de passageiros), sendo 739 públicos e 1.759 particulares. Comparando com os números da Organização Internacional da Aviação Civil (ICAO, em inglês), isso significa o segundo maior número de aeroportos do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, que têm 16.507 locais para pouso e decolagem de aeronaves.

Ainda com os dados de 2007, um número alarmante: 

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Maior avião de carga do mundo visita o Brasil

O avião cargueiro Antonov AN 225, que já mostramos neste vídeo de uma decolagem de risco aqui no Logística Descomplicada, visitou a América Latina pela primeira vez neste final de semana (14 de fevereiro).

O avião chegou no dia 14 de fevereiro no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, transportando três válvulas para a Petrobrás.

O Antonov An-225 Mriya é um avião cargueiro fabricado na Ucrânia e operado pela Antonov Airlines (também Ucraniana). Ele foi desenvolvido antonov an 225 mriyapara transportar cargas enormes e pesadas que jamais poderiam ser transportadas por outros aviões de cargas convencionais como o Boeing 747 Large Cargo Freighter, o Antonov An-124 ou o C-5 Galaxy, o mais próximo da capacidade do An-225. Inaugurado em dezembro de 1988, ainda está em plena operação. Ele pousa em chão de terra (com ou sem chuva) e até na neve (incluindo regiões remotas e desérticas da Sibéria). Foi utilizado para transportar o ônibus espacial russo Buran.

Com uma tripulação de apenas 6 pessoas, consegue carregar até 250 toneladas de carga, que entram por suas portas que medem mais de 4 x 6 metros. Ele vazio pesa quase 300 tonaladas.

Seu sistema de propulsão conta com 6 turbinas ZMKB Progress Lotarev D-18T, e precisa de uma pista de decolagem de 3,5km se estiver com carga total.

A velocidade de cruzeiro é de 800 km/h e sua velocidade máxima é de 850 km/h, tendo independência de viagem de até 15.400 km ou de até 4.000 km se estiver com carga total.

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Aeroporto de Congonhas – o centro do Brasil

 

O Aeroporto de Congonhas/São Paulo é o segundo mais movimentado aeroporto do Brasil. Com uma área um pouco maior que 1,5 km², Aeroporto de Congonhasestá localizado na cidade de São Paulo, no bairro de Vila Congonhas, distante apenas 8 km do marco zero da cidade.

Congonhas é o 96º Aeroporto mais movimentado do Mundo, e já foi o aeroporto com maior tráfego de passageiros do Brasil, perdendo atualmente apenas para o Aeroporto Internacional de Guarulhos.

Localizado no coração da cidade de São Paulo, é o elo para reuniões de negócios, compras e turismo para empresários, comerciantes e pessoas em férias com destino a outras localidades do País.

O governo estuda um novo modelo de concessão para aeroportos. Com esse novo modelo, está a criação de mais aeroportos de conexão (os chamados “hubs”). Hoje funcionam assim somente os Aeroportos de Guarulhos e Congonhas em SP e Brasília, com a possibilidade de construção de um terceiro aeroporto em São Paulo, com a finalidade de desafogar o tráfego de Congonhas e Guarulhos. O governo estuda ainda descongestionar o tráfego aéreo na capital paulista por meio da expansão do aeroporto de Viracopos e do aprimoramento dos terminais de cidades vizinhas, como Jundiaí, São José dos Campos, Sorocaba e Santos. A falta de um transporte rápido e eficiente entre estes aeroportos e o centro de São Paulo é hoje o principal problema para a implantação desta idéia.

Durante quase um ano após o acidente de 2007 (veja abaixo), o aeroporto só foi utilizado para vôos que iniciassem ou terminassem em Congonhas (sem as conexões), além do limite de vôos com distância inferior a 1.000 km. O número de operações (pousos e decoalgens) chegou a 38 por hora antes do acidente, mas foi diminuído por determinação da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil). Dados de 2007 mostram que o número de vôos por ano chegava a quase 8.000. Há interesse do governo em utilizar os outros aeroportos da região, especialmente o de Viracopos em Campinas, hoje utilizado principalmente para transporte de cargas (e também os aeroportos de Jundiaí, São José dos Campos e Guarulhos).