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Pulando poças

Superar os diversos problemas que surgem em nossas vidas não é uma missão fácil para ninguém. Exige equilíbrio, dinamismo e, acima de tudo, a sabedoria, não só para a solução como para perceber que problemas sempre farão parte da nossa vida para que nunca paremos de aprender, de perdoar e sermos perdoados, de acreditar e de evoluir como pessoas e como profissionais.

superacaoQuem, em suas caminhadas, já não se deparou com uma poça d’água? Ela surge e lhe obriga a tomar cinco decisões básicas: desviar, se possível; apressar o passo para saltar, se vista com antecedência; parar, para analisar se dá para saltar de primeira; recuar, para tomar impulso; ou ainda desistir e buscar outro caminho.

Os problemas exigem de nós as mesmas coisas. A diferença da ordem ou da intensidade das decisões está no tamanho da poça. Por que estamos vendo tantas empresas e tantas pessoas caídas ao lado das poças? Algumas vezes, nem tentaram e caíram lá de cansaço. É, de cansaço! Ou de tanto pular poças, ou de tanto esperar para decidir pular. Mas, o mais comum mesmo é planejar mal. No intuito de superar logo a poça, muitas vezes só enxergam a água e não se dão conta da lama ao redor, e nela escorregam, se machucam e se sujam.

Empresas recém-criadas têm mais chances de cair nas primeiras poças. A metade das empresas abertas no Brasil fecha as portas antes dos três anos de vida. Sua totalidade é de empresas pequenas, diferentemente da maioria das sobreviventes, composta por empresas maiores que estruturaram melhor suas práticas gerenciais, possuem maiores linhas de crédito e conseguem lidar melhor com as incertezas presentes no ambiente externo. Trazendo à nossa analogia, é preciso ser grande para tornar a poça menor, porém não é só o capital que torna algo grande, podemos incluir aqui o conhecimento, o planejamento e a determinação para se obter “pernas mais longas”.

Como pessoas e como profissionais, o nosso dia a dia reserva algumas poças: umas pequenas, outras que exigem uma estratégia mais adequada para que sejam superadas. O foco no caminho é um excelente meio de perceber sua chegada e analisar e escolher a melhor saída para que se perca o menor tempo e energia possíveis para saltá-las. O conhecimento ajuda na escolha do caminho. Não é sensato optar por caminhos repletos de poças quando temos outros que nos ligam ao mesmo destino sem prejuízos de tempo, distância ou de ideais. Há profissionais que optam por caminhos com muitas poças para valorizar seus esforços diante da organização. Esses geralmente terminam enlameados. E há os que não têm alternativas senão pular ignorando a proporção de suas pernas para a poça. Hesitar não lhe é permitido. Apenas escolher entre ver suas pernas maiores que a poça ou a poça maior que suas pernas.

Acredito que na maioria das vezes optamos por pular de uma vez já que nosso ritmo é sempre de correria e que, se não pularmos logo, o outro que vem atrás nos empurrará e nos usará como ponte. Mas, se temos pernas fortes, podemos parar, suportar o impacto e transformá-lo em impulso.

De uma forma ou de outra, sempre poderemos optar por aquelas cinco decisões básicas, mas sempre sabendo o que cada uma trará como consequência, de perda ou de ganho, de êxito ou de dor, de sucesso ou de lama. Cair, machucar-se ou enlamear-se faz parte. O importante mesmo é levantar-se e se tiver alguém com você, fica mais fácil. Talvez até dê pra rir da situação, se não, também não vale a pena chorar e arriscar aumentar a poça com tantas lágrimas.

Não importa se há chuva ou sol, as poças sempre estarão lá. E não importa que estejam em seu caminho. Você sempre terá cinco opções, ou até mais.

Que a força do Natal nos renove e que em 2015 tenhamos “pernas bem mais longas”!

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A empresa do futuro: a motivação

Ainda não inventaram combustível melhor para o ser humano do que a motivação. Assim como não há valor maior em uma empresa do que o seu potencial humano. A combinação dos dois movimenta o mundo com soluções.

motivacaoÉ indiscutível que hoje há diversos meios para se motivar e uma extrema dificuldade para se manter motivado. O meio competitivo em que vivemos nos exige motivação diária ao mesmo tempo em que, é esse meio com seus estresses, correrias e problemas que mina nossa motivação, afundando-a no terreno que escolhermos. Se bem raciocinarmos, podemos constatar que não somos feitores de motivação. Não a causamos; só temos o poder de senti-las e repassá-la aos outros.

Temos o poder de trabalharmos nossa motivação, mas nunca de construí-la sozinhos. Ela surge da combinação das nossas necessidades e do meio em que precisamos estar; contrariando alguns argumentos de que surge apenas do interior humano.

Ela realmente surge de incentivos que podemos construir ou adquirir de outras pessoas. E, acredite, há uma grande diferença entre incentivo e motivação. O incentivo é aquela voz que diz: “Faça!”; a motivação é aquela voz que diz: “Vou fazer!”.

Talvez essa “confusão” tenha alimentado esses argumentos de que o “Vou fazer!” surge apenas do interior humano. Na verdade, se pudéssemos “traduzir” a motivação, seria: “Vou fazer porque quero, porque é preciso e porque tenho como fazer!”.

Sabendo disso, a empresa do futuro alimenta seu quadro de pessoal com a motivação gerada no ambiente para potencializar a motivação gerada pelas necessidades de cada indivíduo. Assim, há uma “disseminação” da motivação que atinge todos que estejam receptivos ao crescimento.

Hoje, muitas empresas mergulham em programas motivacionais com o foco em uma determinada meta. Motivar não é um simples propósito, deve ser um estilo de condução da Organização. Com todos motivados, abre-se um leque para o alcance de inúmeras metas com uma enorme chance de sucesso.

Já vimos empresas buscando em suas seleções de pessoal profissionais que estejam motivados em ocupar a tal vaga. Isso é falso! Será uma motivação momentânea se o ambiente não propiciar meios para motivar e reavivar essa motivação todos os dias. E não é a inexistência de problemas e grandes desafios que configura isso, pelo contrário, esses desafios são um ponto a mais para a ascensão. Essas empresas ainda contratam jogadores de futebol sem fornecer-lhe a bola. A empresa do futuro não só fornece a bola como propicia um ambiente adequado para que esse “jogador” tenha como construir suas jogadas.

Um grande exemplo de motivação hoje é uma empresa que se preocupa com a saúde do seu funcionário. Contrariando quem pensa que motivação é alinhada a um salário alto, ela está mais ligada ao bem-estar, a uma liberdade de pensar e um apoio para a execução de projetos bem elaborados. Claro que isso também necessita de um salário justo para ter sucesso. Mas, isso não é problema para empresas que dão exemplos de valorização do fator humano. Isso já é percebido na contratação. Não que o funcionário não vá ser exigido, mas essas exigências estão alinhadas ao reconhecimento.

Isso não deveria ser limitado às empresas que lidam com a necessidade de ideias, como as do setor de informática ou de mercados financeiros. Todas as empresas precisam de ideias. Todas as empresas precisam motivar. Essa já é uma grande ideia!

As pessoas têm objetivos iguais nessa área: Conquistar espaço, sucesso profissional e melhorias no padrão de vida. Ou seja, somos todos iguais dentro de empresas diferentes, mas parecemos diferentes dentro de empresas iguais.