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Logística

A estruturação dos princípios logísticos

Como sabemos, a Logística teve início com as estratégias militares e atravessou séculos até ser vista hoje como um forte instrumento gerencial capaz de promover reduções de custos e de agregar valor quando do sucesso de suas estratégias e operações.

Movimentando produtos e informações, a Logística trabalha de forma coordenada e hoje se compara a um grande sistema com componentes simples e outros bem complexos que formam uma cadeia com fluxo contínuo que contribui para o sucesso dos métodos empresariais.

Planejamento da Logística

O planejamento logístico está alicerçado em três pontos de decisões fundamentais: localização das instalações, transportes e estoques. Estão ligadas entre si e confluem para três objetivos onde as ações de planejamento, organização e controle serão gerenciadas:

– Localização das instalações: as decisões sobre a estrutura física devem estar voltadas ao atendimento dos clientes, pois só assim se pode buscar a excelência no atendimento, já que custos reduzidos e oferta operacional são vitais para o negócio logístico. Para isso, um estudo prévio se torna necessário, pois não há limites para a determinação de um local – quem manda é o mercado;

– Transportes: as decisões sobre a melhor estratégia para as operações e a escolha ideal da matriz de transporte são as mais impactantes em termos financeiros, pois representam a maior parte dos custos logísticos na maioria das empresas e, principalmente, influenciado pelo fator tempo, é o principal meio para atingir o objetivo logístico.

– Estoques: as decisões de estoque estabelecerão o abastecimento e sua manutenção da forma mais adequada possível a fim de garantir o uso correto do espaço físico, influir sobre o tempo de transporte, evitar perdas e diminuir riscos, já que são decisões que influem diretamente sobre o atendimento da produção e dos clientes, refletindo sobre o capital da empresa e, no caso dos estoques, no capital investido, repleto de consequências nas demais áreas;

– Planejamento, organização e controle: são estas as ações que deverão estar presentes do início ao fim dos processos logísticos e sempre sendo alimentadas e alimentando as demais ações com informações em um fluxo contínuo, melhorando a execução a cada repetição das operações e possibilitando o suporte para a implantação de novos negócios.

A importância das informações nos processos logísticos

A competitividade entre as empresas acelerou a importância da visão sobre as informações dentro dos processos logísticos de forma a fazer com que todo o sistema fosse visto de maneira integrada.

A Logística de hoje trabalha com um fluxo de informações de forma contínua, o que garante a fluidez das demais tarefas, e de forma eficaz garantindo a melhoria contínua.

Para isso, não basta que as informações ocupem seus espaços dentro das organizações. Elas precisam ser sistematizadas para garantir rapidez e inovações nos serviços prestados aos clientes, internos e externos, com o intuito de proporcionar o alcance dos objetivos logísticos.

Os sistemas de informações desempenham papel importante na construção do histórico da empresa através da criação de um banco de dados, tornando eficiente a utilização de recursos ao longo da cadeia logística, no fornecimento de dados importantes para a implantação e utilização de indicadores logísticos, no monitoramento das operações, de forma a possibilitar correções durante o desempenho de seus objetivos, além de representar o meio mais seguro para levar uma organização à melhoria do nível de serviço, diminuindo custos e proporcionando satisfação aos clientes.

O fluxo correto e contínuo das informações é o responsável direto pelo desenvolvimento da Logística. Dele depende todas as ações para uma movimentação segura e competitiva, com estoques enxutos e transporte que agregue valor. Contudo, apenas sua existência não representará sucesso, pois sua utilização de forma incorreta representa desperdícios.

 

Este texto foi revisado por Cíntia Revisa!

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Gestão

Gestão sem segredos

Sobre pessoas e processos

Como é próprio às decisões de um gestor, responda rápido: Com a divisão da gestão em três partes distintas compreendendo custos, pessoas e processos e você tendo que escolher uma para atuar, qual seria sua escolha? Pense.

Não pense que esse conflito é apenas para um gestor propriamente dito. Embora sua função não seja a de gestão, você passa, às vezes sem perceber, por esse processo de escolha todos os dias em seu ambiente de trabalho e familiar.

gestão sem segredos - gestão pessoas e processosNão há dúvidas de que todas as partes, que ainda possuem suas subdivisões, sejam de extrema importância, mas a questão do que se considera mais importante é o que pode lhe colocar ou lhe tirar da linha do sucesso. Não há surpresa nenhuma em saber que o mais importante é o mais difícil de gerir dentro de cada divisão. Em especial, lembre-se que no início, meio e fim se apresenta a mais complexa presente em tudo: pessoas.

Para não usar de retórica, na prática, não há como escolher. Essas partes estão extremamente ligadas e uma depende da outra. Daí, voltamos à sua resposta: Se você escolheu uma por não se identificar com outra, as chances de trazer seu projeto para o sucesso diminuíram, pois você já o colocou em perigo. Em muitos casos, o sucesso desses projetos se mostra em contra-sensos. Aquilo que mais odeia deve ser o mais amado; aquilo que mais se é fraco merece uma maior dedicação para ser fortalecido.

Muitos líderes se perdem no caminho por tratarem essas partes de uma forma igual. A compreensão sobre custos é muito diferente da compreensão que se dedica às pessoas e o conhecimento sobre processos não é nada do que “achamos” conhecer sobre pessoas. Essa confusão se dá a depender da visão que se tem sobre a importância das pessoas dentro dos processos. Não cabe mais lidar com pessoas da mesma forma que se lida com processos. Parece simples, mas é de prática dificílima. As empresas modernas estão, cada vez mais, tendo que aprender a distinguir TPM (tendências, processos e métodos) de uma TPM (tensão pré-menstrual) ou RI (rendimentos e investimentos) de uma RI (relação interpessoal).

Os líderes aprendem que nem todos rendem o esperado ao trabalhar sob pressão e que isso não significa que o sucesso da equipe esteja comprometido. Pessoas têm chaves para a criatividade, para a produção, para a atenção e para a reação que são “ligadas” das mais diferentes formas. Feliz é o gestor que sabe lidar com isso e entende que pressionar é muito diferente de acuar. Ele precisa absorver algumas coisas e não propagá-las. Isso não é ser “o protetor” é ser “o transformador” que extrai de uma adversidade a melhor maneira conjunta para soluções em um ambiente despoluído. Sem ilusões. Sem terror.

Fico triste quando vejo empresas oferecendo vagas em que uma das exigências é “trabalhar sob pressão”. Como se para isso os atributos pessoais pudessem ser todos transformados em um único fim. Isso é acuar. Fuja disso! A pressão quando é oferecida pelo mercado lhe traz desafios e isso é uma maravilhosa possibilidade de crescimento, mas quando essa pressão é oferecida pela empresa pode estar se revelando uma desorganização e acomodação. Competitividade não se alcança assim. Ela já lhe chama para apagar seu “incêndio” e tolhe seu crescimento quando lhe tira o tempo para conhecer os processos e inová-los. Pessoas pensam, processos fluem.

A concepção de que podemos, em sua plenitude, gerir pessoas é o que nos mostra o caminho do fracasso. Motivá-las, evidenciar suas características positivas, encorajá-las a mudar seus aspectos negativos e aprender e ensinar dentro desse complexo mundo da convivência, são excelentes ingredientes para a fórmula do sucesso. O respeito pelo espaço pessoal e familiar completa essa fórmula. O que deixa para um bom gestor de pessoas um grande desafio de alcançar metas sem deixar de ser pessoa. Colocando-se nessa condição, ele passa a entender que cada um possui seu universo de ações e reações diferentes – inclusive dele próprio. Isso é ser audaz e forte sem perder a sensibilidade. Lembro que liderar é uma virtude assim como ser liderado também o é.

Então, por que muitas empresas procuram “obrigar” pessoas quando seria melhor, pelos seus propósitos, “conduzir” seus processos? É muito mais vantajoso envolver as pessoas no processo. E isso é muito simples. Você só precisa passar conhecimento às pessoas e não simples tarefas. Se você passar o porquê e para quê fazer, já estará envolvendo-as ao processo e, muitas vezes, irá enriquecê-lo com a liberdade do “como” fazer. Daí se mensura sua importância dentro do processo e já não há mais a necessidade de “colar” em uma ou outra pessoa para que entregue as tarefas a ela incumbidas pois o próprio processo se encarrega disso. É triste saber que em muitas equipes só o líder detém o direito e a obrigação de pensar quando todos ganhariam ao entrar na eficácia e desenvolveriam processos mais eficientes. Claro, tudo depende de comprometimento. Mas, o profissionalismo não se reconhece fora de processos.

Portanto, o sucesso de uma boa gestão está no que não se consegue gerir plenamente – nas pessoas. E aí estão todas as portas para a criação, desenvolvimento, inovação, motivação e todas as maravilhas de um processo de aprendizagem que nunca finalizaremos. Isso permite que continuemos caminhando, nos movimentando – como andar de bicicleta: nunca se esquece e se parar, cai. E nessa caminhada vamos nos destacando e contribuindo para o destaque de outros. Vamos melhorando como profissionais e como pessoas, dentro da verdadeira razão de sermos humanos.

Sei que nem todos concordam, pois na prática o mercado desperta mais a nossa agressividade do que nossa compreensão. Será que isso já não é reflexo dos nossos conceitos de gestão com sucesso? Do que não entendemos que o poder da gestão é apenas emprestado pelo outro? O que fica é o que realmente somos com nossos defeitos e qualidades. Estamos todos dentro do mesmo processo de aprendizagem.

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Gestão Logística Qualidade

Garantia da qualidade através de gráficos de controle

controle da garantia da qualidadeA importância do controle estatístico de processos nas empresas, de qualquer porte, é de vital importância para que produtor e cliente ganhem confiança, um por melhorar seu nível de qualidade, outro por saber que comprará algo que atenda suas expectativas.

Melhores níveis de qualidade em processos produtivos e variabilidade menor norteiam o conceito por trás do Controle Estatístico de Processos, e a sustentação da qualidade produtiva está baseada no controle dos processos.

Os diversos gráficos de controle visam, cada um a sua forma, detectar mudanças na média e/ou variabilidade no processo analisado.

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Gestão Qualidade

A evolução da qualidade: dos processos aos produtos

Apesar de normalmente não pensarmos muito sobre qualidade nos produtos e serviços que consumimos diariamente, os processos produtivos passaram por profundas transformações nos últimos 50 anos. A partir do momento em que os consumidores ficaram mais atentos ao que podem exigir das empresas (seja por regulamentações como as relativas à segurança, ou pelo aumento da competitividade), gerentes e pesquisadores precisaram descobrir novas formas de melhorar os níveis de qualidade. Eles não apenas conseguiram isso, como o fazem com maior produtividade e até mesmo menores custos. Veremos como isto é possível.

Neste artigo veremos os desafios que a qualidade impõe e que apesar de não poder ser claramente definida, pode sempre ser melhorada.

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Leitura Recomendada

O Processo da Estratégia

O processo da estratégiaNo complexo mundo das organizações, são necessários vários conceitos para esclarecer e iluminar os aspectos peculiares dessa complexidade. Mintzberg, Lampel, Quinn e Ghoshal acreditam que é a partir de um conhecimento profundo e sistemático dessa variedade que se alcança o entendimento do processo da estratégia. Este livro reúne textos de diversos autores com o objetivo de reforçar esta variedade. Nova edição de um clássico já adotado em várias universidades brasileiras, agora com a inclusão de casos selecionados.

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