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Gestão Logística

Gestão do tempo

Com frequência, as correntes que nos aprisionam são mais mentais do que físicas. Isso significa que tudo que vem acontecendo em nossas vidas não vai mudar a não ser que nós queiramos. E o resultado de continuarmos na zona de conforto será o que diz um dos pressupostos da Programação Neurolinguística (PNL), “se você continuar fazendo o que sempre fez, vai continuar obtendo sempre os mesmos resultados”.

gestao do tempoA ponte para alcançar os objetivos, sejam eles quais forem, são os 3Ds – desejo, determinação e disciplina – e o mais importante deles é a disciplina. Na vida, acabamos automatizando as coisas: primeiro nós formamos os hábitos, depois nos tornamos escravos deles. Mas, para quem aprendeu a viver,  erros são oportunidades para melhorar e não para se lamentar.

A melhor definição que conheço para o tempo não é time is money, mas tempo é vida. Se morássemos no planeta Vênus, o nosso dia teria 5.832 horas, mas como habitamos no planeta Terra, temos 24 horas por dia e 365 dias por ano. Para conseguirmos organizar as nossas vidas e obter maiores resultados, um bom truque é pensar além das 24 horas diárias e ampliar a visão planejando a semana, que é de 168 horas, ou o mês, que totaliza 720. Pensar só no curto prazo nos limita e ao pensar no tempo semanal, mensal ou anual alteramos os nossos paradigmas com relação ao tempo e algumas coisas que pareciam impossíveis de serem feitas se tornam possíveis.

Não saber ou não querer delegar subtrai o tempo de muitos empreendedores. É uma falta de respeito muito grande dos centralizadores de tarefas para com as pessoas ao seu redor acharem que ninguém sabe fazer as coisas melhor do que eles. Esta atitude rouba a oportunidade das pessoas crescerem e assumirem responsabilidades. Para quem acha que é um super-homem ou uma mulher-maravilha, com toda certeza falta-lhe a humildade do filósofo Sócrates, que dizia: “sei que nada sei”.  Comece agora a ganhar muito tempo. Acabe com esse hábito de querer abraçar tudo! Delegue.

Outro cuidado que devemos ter é com os roubadores de tempo. Com quem e com quê você gasta o seu tempo? Og Mandino em seu clássico livro O Maior Vendedor do Mundo aconselha a se obedecer a máxima: “onde houver pessoas ociosas, ali não me demorarei”.

Os que se acham high tech com frequência também se enrolam na gestão do tempo. Temos que ter cautela com as tecnologias digitais e com as badaladas redes sociais. Estudos sobre o uso do tempo revelam que uma pessoa normal, ao sair do facebook, leva em média 8 minutos para retomar ao seu raciocínio anterior.

As revistas populares de negócios com frequência fazem pesquisas ou enquetes reveladoras sobre os hábitos dos seus leitores. Veja o que duas delas descobriram: primeiro, que 99% por cento das pessoas procrastinam, isto é, adiam o que sabem que deveria ser feito. Segundo, 80% dos leitores revelaram que “enrolam“ durante o horário do trabalho. É bem provável que esta pesquisa tenha sido respondida no horário de trabalho, inclusive.

Organize-se. Tenha cada coisa em seu lugar e tenha um lugar para cada coisa. Segunda Donna Smalinn, “se você não puder encontrar um objeto em 30 segundos é porque ele está no lugar errado”. Para a autora, “ser organizado pode ser um dom para algumas pessoas, mas qualquer um pode se tornar um, pois é uma escolha”.

A vida é curta e isso tem tudo a ver com organização. Tudo que temos são 24 horas diárias e as nossas escolhas. Mais do que possamos imaginar, a falta de tempo tem muito a ver com as nossas prioridades. Especialistas na administração do tempo aconselham a realização de registros diários para sabermos como estamos gastando o nosso tempo. O mesmo que fazemos quando queremos saber para onde está indo o nosso rico dinheirinho. Já autores mais práticos recomendam um caminho mais curto, porém, aparentemente menos preciso, que é a realização de testes disponíveis na internet sobre o uso que fazemos do nosso tempo. Ambos são válidos e proporcionam uma boa conscientização e autoaprendizagem. Depois é só comparar com o padrão apontado pelos especialistas como ideal para distribuição do tempo pessoal. Para as coisas importantes – coisas que produzem resultados, recomenda-se gastar cerca de 70% do tempo. Com as coisas urgentes – as coisas que chegam em cima da hora e não podem ser adiadas, em torno de 20%, e com as coisas ou eventos circunstanciais – tarefas desnecessárias, feitas geralmente por comodidade ou por serem “socialmente” apropriadas, os 10% de tempo restante.

Por mais longa que seja uma viagem, se inicia dando o primeiro passo. Comece agora mesmo a se policiar para adquirir consciência de como você emprega o seu tempo. Acreditando ou não, somos bem menos ocupados do que imaginamos.

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Demanda Gestão Logística Qualidade

Avanços tecnológicos das montadoras de veículos

A primeira linha de montagem móvel foi uma maneira primitiva – e engenhosa – de acelerar a produção e diminuir os custos.

linha de montagemOs engenheiros da Ford criaram um sistema na unidade de Highland Park em que um chassis era puxado por um guincho e uma corda estendida sobre o chão da fábrica. Cerca de 140 trabalhadores estavam posicionados ao longo dos 150 metros de comprimento da linha, cada um dos quais adicionando partes específicas no veículo.

As 3.000 peças do modelo T eram montadas em 84 etapas distintas, todas possibilitadas pela linha. O processo reduziu o tempo necessário para a montagem de um carro de 12 horas para menos do que três. Outras funções na planta foram melhoradas e aceleradas para acompanhar o novo ritmo da produção, muito mais rápido.

“Junto com a linha vieram transportadores suspensos para mover as peças e muitas outras inovações que economizavam trabalho”, disse Bob Casey, ex-curador de transporte no Museu Henry Ford e autor de “O Modelo T: Uma História do Centenário.”

A linha de montagem tornou-se um laboratório de trabalho que os engenheiros da Ford constantemente melhoravam os processos. Outras montadores logo seguiram o exemplo dos automóveis Ford e adaptaram suas próprias versões da linha de montagem. Logo, a concorrência tornou-se a força motriz para melhorar a produção. “As montadoras nunca pararam de buscar maneiras de tornar esta velha tecnologia muito melhor”, disse Casey .

A linha teve outros benefícios. O número de demissões entre os trabalhadores em fábricas de automóveis era extremamente alto. Mas a linha abriu a porta para os trabalhadores menos qualificados, que poderiam executar tarefas simples e repetitivas, padronizadas. E quando o Ford começou a oferecer a esses trabalhadores um salário de US$ 5 por dia – equivalentes a $117 em dólares de hoje – a taxa de rotatividade caiu vertiginosamente.

“Ford reduziu a habilidade necessária e aumentou o salário, o que teve um impacto enorme” , disse Casey.” Ele não só criou a lealdade entre os trabalhadores, mas também lhes permitiu comprar os carros que estavam produzindo.”

Avancemos para hoje, dentro dos cinco milhões de metros quadrados da Ford, em uma unidade ultramoderna em Michigan, na cidade de Wayne. Cerca de 5.000 trabalhadores ocupam a fábrica em três turnos. A linha de montagem é de três quilômetros de comprimento e dispõe de mais de 900 robôs. Nos últimos quatro anos, a Ford investiu mais de US$ 500 milhões para reformar a fábrica, que data de 1957.

O que torna a planta incomum é a variedade de veículos que faz. Seu produto principal é o Focus, um dos carros mais vendidos no mundo. Mas a fábrica o produz não apenas com motores a gasolina tradicionais. Ele também pode construí-lo em versões elétricas e híbridas.

E a empresa adicionou recentemente a produção do novo C-Max Hybrid – um furgão pequeno que compartilha muitas peças com o Focus, mas tem forma e estilo totalmente diferentes.

Recentemente, enquanto Focus e C-Max passeavam suavemente ao longo da linha, o Sr. Fleming, o executivo da Ford , disse que a empresa tinha a intenção de fazer todas as suas fábricas tão flexíveis quanto a montadora de Michigan.

“Nos próximos cinco anos, nossas plantas globais serão capazes de produzir uma média de quatro modelos ou derivados de um modelo diferente”, disse ele .

A Ford também está reduzindo o número de plataformas de veículos básicos, que são os fundamentos de seus modelos. Hoje , a Ford constrói sua linha de produtos em 15 plataformas diferentes – os quadros estruturais de veículos – de diferentes tamanhos. Em 2017, segundo os projetos montadora, quase todos os veículos serão feitos a partir de nove plataformas centrais.

Outras empresas de automóveis estão se movendo na mesma direção. Toyota e Volkswagen estão entre os líderes em derivar vários modelos de cada uma de suas plataformas individuais.

Baseado no texto “100 years down the line”, do The New York Times.

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Carreira

Pessoas felizes são mais produtivas

Na essência, os seres humanos são muito parecidos e na sua interioridade todos são maravilhosos. Não importa a cor, a cultura, a idade, o sexo ou a renda, todos fazem o seu melhor para serem felizes e bem-sucedidos. A diferença é que também temos diferenças de conhecimentos, percepções, expectativas, ciclo de vida e experiências, e por estas e outras razões, a felicidade e o sucesso significam diferentes coisas para diferentes pessoas.

Na ânsia por atingir nossos objetivos, com frequência complicamos por demais a existência, vivendo muitas vezes em gaiolas mentais, presos ao passado ou ao futuro. Poucos vivem o aqui e o agora! Especialistas ousam afirmar que 75% das pessoas são propensas à depressão e potenciais clientes do prozac (antidepressivo), por viverem grande parte de seu tempo presas aos acontecimentos passados. Já 20% das pessoas tendem a ser ansiosas, por serem reféns do futuro que ainda não chegou. Somente 5% das pessoas vivem um minuto de cada vez e o presente é o único momento que é possível viver. Não há como fazer o passado retornar, ele valeu pela experiência que nos deixou e o futuro é probabilístico, só Deus sabe.

Nesta viagem, chamada vida, em muitos momentos chegamos às raias do ridículo. Corremos numa roda parada feito hamsters, fazendo um esforço descomunal, sem contudo sair do lugar.

A felicidade nos alcança mais facilmente quando paramos de correr atrás dela. Por gerações fomos educados ou melhor, deseducados, com conceitos anti-vida, por exemplo: “é preciso fazer a guerra para alcançar a paz”. A mídia martelou o tempo todo nas nossas cabeças, que para ser, precisamos ter. Pela repetição a que fomos expostos, nós acreditamos. Por isso, mais e mais nos encontramos correndo em busca de uma felicidade condicional, que depende de coisas. Quanto mais buscamos a felicidade, mais distante dela nos encontramos.

A sociedade clama por líderes. Por toda parte vemos a falta de liderança e não é de se admirar esta carência. A alma humana está doente. Estamos rodeados de pessoas descentradas e desfocadas, e neste contexto é quase impossível exercer influência positiva sobre elas, motivá-las e formar equipes.

Mais do que conhecimentos e recursos financeiros, as empresas precisam de pessoas competitivas para alcançar os seus objetivos. Pessoas competitivas são pessoas felizes, que sabem fazer e dão o seu melhor. Grande parte das encrencas no mundo deve-se à inversão de valores. Principalmente as gerações nascidas após 1990 foram induzidas a conjugar os verbos da alta performance na ordem inversa – ter, ser e, de preferência, não precisar fazer. Seguir atalhos na vida é muito perigoso. O caminho da sabedoria é ser, para depois fazer e como resultado ter.

Com frequência, somos nós que criamos nossos problemas. Se você quer viver uma vida abundante, primeiro mude e amplie sua visão. Decida agora desfrutar mais da vida. Não espere para ser feliz. A vida é para ser vivida e não para ser pensada. É tão simples assim, nós é que complicamos as coisas. Você é tão feliz quanto acredita ser.

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Carreira

O administrador malabarista

Vai longe o tempo em que o estudante que tirava o primeiro lugar na escola ganhava um “santinho”. Época em que o conselho era para se entrar e ficar até se aposentar na mesma empresa. Tempos em que o orgulho era dizer “meu nome é trabalho e meu sobrenome é dedicação”. Hoje, o master conselho é manter o sábio equilíbrio entre todas as esferas da vida – trabalho, lazer, família e vida social – cuidando ao mesmo tempo dos relacionamentos e da melhoria contínua através do aprendizado vitalício, que leva o nome de empregabilidade.

O profissional do século XXI assemelha-se a um malabarista de circo, que tem de manter no ar diversos pratos em movimento ao mesmo tempo. Precisa manter, ao mesmo tempo, foco nas pessoas e nos resultados, de forma a otimizar os recursos para manter e ampliar a PRODUTIVIDADE e a COMPETITIVIDADE da empresa. Isso significa achar respostas e equilíbrio para questões como:

– Estímulo x Motivação – Quais os estímulos duradouros?

– Delegação x Autoridade x Responsabilidades – Quem, como e quando delegar?

– Informações x Comunicação – Transparência, perfil e canais de comunicação

– Feedback – Quem, quando e como dar feedback?

– Controle x Monitoramento – Para melhor gerenciar os Planos de Ações

– Condições para Ambientes Criativos – Aceitação, valorização e estímulos às críticas

– Diretrizes e Tomada de Decisões – Busca de consenso e comprometimento

– Condução de Reuniões Produtivas – Processo participativo. Saber falar e ouvir

– Melhoria contínua – Aplicação sistemática do PDCA e do MASP

Vivemos em uma “época de ouro” na qual produtos, serviços e empregos estão super ofertados. Onde o grande desafio é atrair, conquistar e manter satisfeitos os clientes internos e externos. Nunca foi tão fácil trocar de fornecedor, tudo virou descartável. Até a sentença “até que a morte os separe”, proferida no altar por ocasião dos casamentos, para muitos virou motivo de piada. Junto com todas as históricas atribuições esperadas dos chefes, somou-se o aprimoramento das habilidades para “apagar incêndios”, resolvendo conflitos, que a todo o momento emergem nas relações interpessoais.  Para contribuir nas soluções, segue abaixo um conjunto de sugestões para se lidar com a insatisfação:

– Deixe o cliente falar

– Facilite a queixa

– Faça com que a reclamação seja bem-vinda

– Ouça com atenção

– Obtenha informações relevantes

– Examine os fatos, sabendo fazer perguntas

– Mantenha a mente aberta. Seja generoso nas respostas.

– Não discuta, tão pouco fique na defensiva

– Tente descobrir a solução que o cliente deseja

– Diga o que pode e não o que não pode fazer

Segundo os estudiosos da mente humana “ninguém consegue ver a realidade como ela é.” Então, o que fazer para obter a confiança e assegurar que o seu cliente entendeu?  Primeiro, não mentir para o cliente, pois é através da verdade que se  gera credibilidade e confiança. Segundo, pedir frequente feedback, de forma a alinhar a compreensão,  assegurando-se que está sendo entendido. Terceiro, buscar conhecer e atender as expectativas, sempre que possível, pois, quando atendidas, têm um grande poder para a manutenção da fidelidade.

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Demanda Desempenho Geral

O que o Brasil deve aprender com a China

O Ocidente está prestes a declarar guerra à China. Será uma luta desigual e o ataque será a qualquer momento.

Os motivos são graves. A China vinha sorrateiramente se preparando há tempos com estratégias para enfraquecer o futuro inimigo. Ela conseguiu, destruindo todas as estruturas econômicas dos países ocidentais. O Ocidente está em profunda crise econômica, só resta reagir com o uso de sua estrutura militar antes que seja tarde demais. Por isso o primeiro ataque será a qualquer momento.

Você se assustou? Ainda bem que podemos brincar com coisas sérias numa situação seríssima.

A economia ocidental realmente está em profunda crise e todos querem culpar a China.

Mas a China não tem culpa nenhuma. Ela apenas retirou o pano sob o qual se escondiam os resultados negativos que as falsas políticas sociais produziram no Ocidente. É necessário ter política social, mas isso é tarefa de governo e não se pode impor tal tarefa ao cidadão que cria empregos. Quando se cria vantagem para uma pessoa e desvantagem para outra, é óbvio que se cria um desequilíbrio operacional, e um dia a conta chegará ao próprio beneficiário. As políticas sociais, no âmbito trabalhista, são 100% originárias da demagogia política, porque são direitos artificiais oferecidos às custas de quem, ao criar um emprego, já está praticando o maior ato social. Um direito trabalhista não é um direito social, ele é um assalto institucional que obriga a vítima (o empregador) a colocar a mão no bolso e passar o dinheiro para uma terceira pessoa (o empregado), do qual o assaltante (o governo) espera um repasse da parcela em forma de “voto”. E chamam isso de política social.

Puro engano! A verdadeira política social é quando toda a sociedade, representada por seu governo, se mobiliza para ajudar quem necessita, mostrando como deveria realmente ser eficiente com a saúde, a segurança, a educação, para seus cidadãos contribuintes. Mas ele não o faz, para priorizar com mais recursos os salários milionários do corporativismo do Estado; para alimentar a corrupção e acobertar a incompetência administrativa, expressa na má qualidade dos eleitos pela maioria inculta ou inconsciente de eleitores. A carga tributária e a ineficiência administrativa são diretamente proporcionais ao índice de corrupção e demagogia do país.

Nós só temos que agradecer, e muito, à China.

Quando um político, demagogo por excelência, fala que mais de 40 milhões de brasileiros chegaram à classe média nos últimos anos não é porque o poder de compra deles aumentou, mas é porque o produto do sonho de consumo deles tornou-se muito barato e acessível, graças à China. “Não foi Maomé que foi à montanha, mas a montanha que foi até Maomé.”

Não fosse pela China, nós estaríamos pagando mais de R$ 500,00 por uma camisa e não R$ 25,00. Uma chapa de agulhas para máquina de costura reta, que há 30 anos se importava do Japão por US$ 6,00 (seis dólares) e se vendia por R$ 30,00, hoje se importa por US$ 0,20 (vinte centavos de dólar) e se vende por R$ 1,00. Tudo isso porque a China tem uma carga tributária entre 10% e 12% do PIB, e não de 40% como a nossa. Porque o chinês ama o trabalho e sua produção de um dia vale por cinco dias de produção de um trabalhador ocidental. Produz bem e barato porque vende apenas seu trabalho e não leva para a empresa empregadora obrigações produzidas por direitos artificiais de leis demagogas que só servem para aumentar o custo do produto e a ociosidade do trabalhador. Na China recolhem-se apenas tributos para a previdência social.

Prestem atenção a esta realidade da nossa sociedade:

Quando uma pessoa vai trabalhar para uma empresa, só fica preocupada com os direitos que os políticos criaram para ela, como vale-transporte e alimentação, direitos de maternidade, paternidade, férias, 13º, PLR etc., e reclamando de trabalho escravo, movimentos repetitivos, acúmulo de funções, pressão psicológica, carga horária rigorosa, riscos na viagem de ida e volta ao trabalho etc. Mas quando essa mesma pessoa, não encontrando trabalho nas empresas, decide montar seu próprio “ganha-pão”

em casa, com uma máquina de costura ou outra coisa, ela passa a trabalhar 15, 16 horas por dia, visando a uma grande produção e boa qualidade. Quem é, nesse momento, seu escravizador? Ninguém. É a sua vontade de trabalhar. Quem é que está lhe tirando os direitos? Simplesmente não existem direitos. Existe, sim, a grande perspectiva de ser bem-sucedido, porque o sucesso só se alcança com muito trabalho, e não com direitos artificiais. E lá na China essa filosofia não é de uma pessoa, mas de toda a nação. É no trabalho que os chineses estão encontrando a solução de todos os seus problemas, o sucesso de 1,5 bilhão de pessoas.

Então nosso inimigo não está na China, mas dentro de casa. Em tudo o que torna nosso produto caro. Está na corrupção, na impunidade e, acima de tudo, nas leis trabalhistas, que só foram engenhadas e serviram para levar ao poder políticos corruptos e sindicalistas demagogos. Pior que, em pleno século 21, com o povo já culturalmente evoluído, ainda há “caras de pau” insistindo em novas leis, querendo reduzir a semana de trabalho de 44 para 40 horas, e que, com o Projeto de Lei 3941/89, já conseguiram aumentar o tempo de aviso prévio em até 300%, para onerar ainda mais o trabalho. Demagogia não falta para encarecer ainda mais o custo Brasil.

Gostaria de pedir a esses sindicalistas que nos demonstrem que, além da farta demagogia, possuem também inteligência e apresentem uma solução que possa resolver o atual problema.

Que promovam o ressurgimento das nossas indústrias, e em condições competitivas com as chinesas. E não me venham com a velha história de que os chineses ganham US$ 20 ou US$ 30 mensais porque nas cidades industriais o salário do operário, em moeda chinesa, é de 2 mil RMB (mais ou menos US$ 300), maior do que no Brasil; só que com 1 RMB se compra o equivalente ao que se compra com US$ 1 no Ocidente. Isso porque os preços internos não são inflacionados por altíssimos impostos e por leis trabalhistas demagogas.

Sindicalistas não sabem nada! E não têm o mínimo senso de responsabilidade em sua consciência, para pensar nos efeitos negativos de seus atos. Só sabem falar besteiras e, enquanto “defendem” os trabalhadores brasileiros, só usam produtos chineses!

Por Giuseppe Tropi Somma: empresário e presidente da Abramaco (giuseppe@cavemac.com.br)

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Gestão da Cadeia de Suprimentos Logística Supply Chain Management

Visões para a logística brasileira para 2011

futuro da logística para 2011Neste mesmo período em 2009, escrevi sobre o que esperava para a logística em 2010. Naquele texto foquei minhas perspectivas para o médio prazo, em questões que insisto que ainda são tendências e/ou já são parte da nossa realidade: a primeira era sobre consciência ecológica e ambiental; a segunda sobre a maior atenção à logística urbana, no desafio de se viver nas grandes cidades;  e finalmente a terceira abordava os resultados dos investimentos recentes. Se você não leu, veja: Tendências da Logística e Supply Chain para 2010.

O primeiro ponto, a consciência, aborda o respeito ao meio ambiente e principalmente à logística reversa; o segundo, a logística urbana, refere-se a todo tipo de solução encontrada para diminuir trânsito, facilitar transportes públicos e regular o fluxo de produtos/mercadorias para dentro de conglomerados urbanos.

É o terceiro ponto que precisa de mais atenção. Apesar de os investimentos estarem sendo feitos (talvez nem tanto quanto gostaríamos), eles existem. A minha visão de logística para 2011 não é uma perspectiva diferente ou uma nova tendência, mas uma necessidade: melhorar a eficiência e a produtividade de nossos sistemas.

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Leitura Recomendada

Livro: Qualidade e produtividade nos transportes

livro: qualidade e produtividade nos transportesPara aqueles que se interessam pela área de transportes, recomendo este ótimo livro: Qualidade e Produtividade nos Transportes. Ele foi escrito por diversos pesquisadores da área, separado por capítulos abrangendo temas como transporte urbano de passageiros, transporte rodoviário, aéreo, dentre outros. A questão logística é bastante citada nesta obra.

Confira a descrição do livro: Maior eficácia no transporte significa menores custos logísticos, o que resulta em preços e produtos mais competitivos, promovendo assim o desenvolvimento econômico e social e impulsionando o ciclo virtuoso. No intuito de contribuir com a evolução desse processo, este livro traz conceitos, técnicas e informações referentes à qualidade e produtividade no transporte de cargas e passageiros. A obra considera os modais terrestres, o aquaviário e o aéreo, abordando também o transporte urbano. A logística não foi e nem poderia ser esquecida. Aspectos relacionados a estratégias, segurança, controle e uso de indicadores também são amplamente discutidos.

Coloque este livro hoje mesmo na sua prateleira, compre-o pelo Submarino clicando aqui.

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Desempenho Notícias

Baixa produtividade limita crescimento

A estagnação da produtividade explica por que a América Latina ficou atrasada em relação ao Leste Asiático e às nações desenvolvidas, constata um novo estudo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

“O tema central atualmente é como recuperar o crescimento”, afirmou Santiago Levy, vice-presidente do BID. Para isso, explicou Levy, é necessário aumentar a produtividade, que aumentou menos que a de países ricos como os Estados Unidos nas últimas quatro décadas.

O relatório do organismo menciona que o Chile foi o único país da região que conseguiu lucros na produtividade superiores aos dos Estados Unidos entre 1960 e 2005. Ao contrário, o Brasil perdeu 2,5% de produtividade frente aos Estados Unidos no período mencionado, o Uruguai perdeu 14% e a Bolívia e a Colômbia perderam 17%.

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Geral

Se é bom demais para ser verdade, então não deve ser verdade

Matéria publicada no site do Instituto Millenium, de autoria de Rodrigo Constantino.

“Im a great believer in luck, and I find the harder I work the more I have of it.” (Thomas Jefferson) Desconfie de todos os atalhos para o sucesso. Normalmente, o caminho para o sucesso é árduo e longo, repleto de obstáculos. Demanda esforço, trabalho, coragem, tolerância ao risco, dedicação e paciência. Thomas Edison dizia que a genialidade era 1% de
inspiração e 99% de transpiração. As trilhas costumam levar a penhascos com frequência.

Exemplos do cotidiano não faltam. Quem deseja emagrecer, pode tomar aquelas bolinhas para cortar caminho. Não sem graves sequelas. A saúde cobra um elevado preço. O barato sai caro. O mesmo para quem deseja ficar forte num piscar de olhos. Os anabolizantes fazem o serviço parecer mais tranquilo, mas é tudo ilusão. O corpo vai contabilizando com juros o preço da aventura.

Quem deseja conhecimento passa pelo mesmo dilema. Aqueles livrinhos que fazem resumo do resumo para cada filósofo, prometendo Instituto Milleniumaprendizado em apenas 90 minutos de leitura, atraem muita gente com preguiça de beber direto da fonte. Mas ninguém vai conhecer de fato a filosofia de Nietzsche, por exemplo, lendo um livro desses. Para uma conversa de bar, esses livros podem ser úteis. Mas o conhecimento verdadeiro custa mais caro em termos de investimento do tempo disponível.

Os saltos discretos normalmente não ocorrem no progresso da mente ou do corpo. Não há porque ser diferente quando se trata do bolso. Claro que existem exceções. Alguém pode ficar rico de repente, com uma ideia brilhante ou ganhando na loteria. Mas contar com isso é mais do que arriscado: é irresponsável.

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Gestão Logística Qualidade

Qualidade x produtividade

produtividade ou qualidade? Ou os dois?!

Matéria publicada nos portais NEWSCOMEX e IBCELOG em novembro de 2009:

A flexibilidade produtiva: Focar em qualidade ou em produtividade?

Autor: Leandro Callegari Coelho.

Desde que Ford implementou a linha de produção, até os dias de hoje a produção em massa tem sido um dos modelos mais utilizados. No entanto, nos últimos anos, devido à necessidade de atender clientes diferentes com gostos diferentes e competir num mercado global altamente concorrido, um sistema de produção flexível se tornou apropriado para muitas situações.

Na produção em massa o foco está na estrutura da empresa, em aproveitar da melhor forma possível os recursos disponíveis, visando o menor custo unitário e a maior lucratividade. Com o advento das técnicas de qualidade (TQC, TQM, quality assurance, 5S, Six Sigma, dentre outras), que foram em grande parte desenvolvidas no oriente, as empresas de produção em massa puderam incorporar no seu dia-a-dia um modelo de produção mais condizente com as necessidades do mercado, que quer mais do que só o produto: quer também valores agregados, benefícios paralelos, qualidade.