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3 segredos que descomplicam a logística dos produtos agrícolas

Sazonalidade, grandes distâncias e baixo valor agregado podem parecer grandes desafios para profissionais que trabalham com a logística de produtos agrícolas. E de fato são!

logistica-agricolaMas depois de alguns anos no ramo você se acostuma com a repetição sistemática desses fatores e acaba encontrando maneiras de driblar esses desafios.

O Brasil exporta anualmente mais de 100 milhões de toneladas de commodities, que percorrem em média 1.500 km para sair das fazendas e chegar até o porto.

Esse escoamento é concentrado no período pós-colheita, aproveitando também as janelas internacionais de exportação.

SEGREDO 1: VENCENDO A SAZONALIDADE

Lidar com produtos agrícolas é o mesmo que lidar com sazonalidade. Embora você tenha que ter equipamentos para realização de atividades logísticas durante todo o ano, você só irá utilizá-los por alguns meses de safra.

Se você de fato é proprietário desses equipamentos (máquinas agrícolas, tratores, caminhões, etc) estude maneiras de fazer bom uso deles fora do período de safra.

Uma dica é adaptar todo o maquinário para a rotação de cultura da própria fazenda. O mesmo caminhão que transporte a soja no primeiro semestre pode transportar o milho no segundo semestre.

Outra dica é alugar esses equipamentos para outros interessados durante o momento que não estão sendo utilizados.

É uma forma de monetizar um capital investido que está te gerando depreciação o ano todo, mesmo que você só o utilize alguns meses.

SEGREDO 2: VENCER AS GRANDES DISTÂNCIAS

Não se acomode com o fato de, nos últimos 10 anos, você exportar sua soja pelo porto de Paranaguá.

A infraestrutura para exportação de commodities agrícolas tem mudado bastante nos últimos anos, com abertura de novos corredores de exportação bem como novos players atuando no mercado.

Se você não tem volume suficiente para baixar os custos de transporte através de uma alternativa intermodal, você pode estudar a possibilidade de vender a soja para uma trading que irá potencializar essa logística.

Mas tome cuidado! Para usar ferrovias e hidrovias, volume é um fator essencial na negociação. Não deixe que todo o ganho logístico fique na mão da trading…

SEGREDO 3: ESTUDANDO MERCADOS FUTUROS

Eu sei… plantar e colher não é uma atividade fácil. Fazer toda a logística da commodity, menos ainda.

Mas todos sabemos que, devido ao baixo valor agregado das commodities, o impacto do custo da logística no preço final do produto pode alcançar mais de 30%.

Então vale a pena ter boas habilidades de negociação, certo?!

Proteger-se das oscilações de preços fazendo negociação no mercado futuro, além de minimizar riscos, é também uma forma de enxergar oportunidades.

Não precisa ser um grande player para fazer isso… Basta ser um grande aprendedor e entender a dinâmica do mercado.

Não acho que esses segredos sejam fáceis de serem aplicados – mas também não é tão complicado assim.

Se você já aplica algumas dessas dicas, compartilhe conosco aqui nos comentários! Você pode ajudar outros profissionais da área a traçar estratégias e descomplicarem suas logísticas!

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Como diferenciar produtos e serviços

No processo de compras, cada vez que alguém escolhe uma mercadoria, nada mais está fazendo do que comparando seu preço com os benefícios a ela vinculados.

produtos servicosEm 1960, Theodore Levitt, um dos grandes teóricos americanos de marketing, escreveu um artigo que ficou famoso, intitulado Como diferenciar qualquer coisa. E hoje, mais do que em qualquer outra época, se os profissionais liberais e as empresas não tiverem consciência da importância de destacarem os diferenciais dos seus produtos e serviços, acabarão com estes qualificados como commodities pelo mercado.

Os clientes não se importarão de pagar um pouco mais, deste que percebam que obterão em troca benefícios e vantagens juntamente com os PRODUTOS que estão adquirindo, tais como: qualidade das matérias-primas empregadas; melhor relação custo-benefício; tecnologias utilizadas; resistência ou conveniência, proporcionada pela embalagem; menores prazos de entrega; maiores prazos de garantia; qualidade dos serviços de atendimento ao cliente; rapidez na solução das reclamações; qualificação da equipe de profissionais; competência da rede de autorizadas; confiabilidade pelo tempo de atividade no mercado; resultados obtidos; etc.

Exemplo de benefícios e vantagens que podem ser destacados na comercialização de SERVIÇOS: nível de experiência da empresa; capacidade para cumprir prazos; rapidez de atendimento; serviços prestados a clientes formadores de opinião; porte da empresa; imagem da empresa no mercado; confiabilidade pelo tempo de atividade no mercado; nível de confiabilidade; qualidade da matéria-prima utilizada; resultados com o produto acabado; tipo de tecnologia empregada; qualidade da embalagem usada; menores prazos de entrega; maiores prazos de garantia; qualidade dos serviços de atendimento ao cliente; rapidez na solução de problemas; qualificação da equipe de profissionais; localização e competência das redes de autorizadas; confiabilidade pelo tempo de atividade no mercado, etc.

O lucro é tão vital para as empresas quanto é o oxigênio para a sobrevivência dos seres vivos. Negociação é um processo de troca e não de doação. Até mesmo caridade se faz com os lucros. Um bom negociador não concede nada de graça sem solicitar algo em troca. Tudo o que se dá de forma gratuita, sem que o outro lado faça algum esforço para ganhar, parecerá não ter valor. A redução de preços se justifica quando obtemos em troca a redução de custos ou ganhos em escala.

A seguir, podemos ver alguns exemplos de reciprocidades possíveis de serem solicitadas em troca da redução de preços: aceitar um prazo de entrega mais longo; o comprador retirar o produto; aceitar uma produção parcelada; aumentar a quantidade do pedido; aceitar uma produção diferenciada; aceitar entrega a granel, sem que o produto seja embalado; antecipar o pagamento; trocar o desconto por um prazo de pagamento mais extenso.

Só terá vida longa no século XXI, as empresas capazes de vender os seus preços e não vender apenas pelo preço.

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O Povo Brasileiro e os Impostos

 

O Brasil é o país emergente que possui a maior carga tributária, e a  maior taxa de juro do mundo.

No Brasil a carga tributária representa 35,21% do PIB, em comparação com o Japão onde a carga tributária é de aproximadamente 20% e o Estado consegue oferecer serviços públicos como saúde, educação e segurança de boa qualidade. Para comparar com outros países sub-desenvolvidos, nos sul-americanos Argentina os tributos representam 21% do PIB e no Chile, 19%.

A maior causa da alta carga tributária brasileira é o número de impostos, que é maior do que em qualquer outro país. Em muitas nações subdesenvolvidas ou em desenvolvimento há no máximo 2 impostos, um federal e um estadual, como é o caso da Argentina. Nos países desenvolvidos, há apenas um imposto.

O Brasil é o país que mais tributa alimentos no mundo, com uma taxa de 17%, enquanto que nos EUA esse tributo é de 0,7%, na Europa 5%.

Para cada R$ 100,00 gastos, o brasileiro paga em impostos, R$ 64,40 na luz, R$ 40,20 no telefone, R$ 19,80 no leite longa vida, R$ 19,40 na carne bovina, R$ 17,70 no pão e R$ 7,90 no arroz.

O alimento que consumimos diariamente tem embutido em seu preço seis (6) impostos, que são: PIS (Programa de Integração Social), COFINS (Contribuição para o Financiamento de Seguridade Social), ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), Contribuição Previdenciária, Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro.

O brasileiro paga imposto em tudo o que consome, e em percentuais bem superiores aos de qualquer outro país em desenvolvimento. Na tarde do dia 26.07.2010, o governo brasileiro atingiu a marca de arrecadação de impostos de R$ 700 bilhões, isso mesmo, 700 bilhões de Reais arrecadados da população, sem distinção, se de baixa ou alta renda, segundo dados do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário – IBPT. É muito dinheiro tirado das mãos do trabalhador, para que tenhamos serviços públicos como (educação, saúde e segurança) de péssima qualidade no país.

Quantos médicos, dentistas, engenheiros, professores, pesquisadores, cientistas, o país deixa de ganhar, porque as crianças não têm condições de estudar, nem de comprar material escolar ou uniforme ou outra roupa para que possam ir as aulas?

Em nosso País, não está tendo incentivo para o estudo, pois se estudam passam fome, então a única alternativa é ajudar a família a ganhar o sustento de cada dia.

Estas crianças que não estão tendo o incentivo para ficar somente na escola, mas que tem vontade de estudar, que tem vontade de ser alguém que possa dar um retorno tão esperado ao país, mas que por um infortúnio da vida, vivem na miséria, sem nenhuma condição, é que poderiam ser o futuro médico, o futuro engenheiro, o futuro pesquisador que nosso país tanto precisará, mas por falta de oportunidade ficaremos carentes de mão de obra especializada, ocasionada com toda a certeza pela alta carga tributária imposta aos brasileiros.

Para conhecimento, veja no final desta matéria uma tabela com o percentual de impostos que pagamos sobre muitos produtos que compramos.

A isenção de tributos sobre os alimentos reduziria a população indigente brasileira em 24,2%. E ainda em 7,1% o número de pobres. É o que mostra a pesquisa do Ipea, que analisou o impacto da carga tributária sobre alimentação com base em dados do IBGE.

O governo incentiva a compra e a troca de veículos, com uma mísera redução do IPI, enquanto o mesmo carro aqui fabricado, chega no México ou outro país da América do Sul, pela metade do valor pago pelo brasileiro. Que incentivo é este para o brasileiro que paga bem mais caro no mercado interno o mesmo veículo aqui fabricado e exportado para os países do Mercosul.

Que tal comprar um carro novo por quase a metade do valor? Quem entra em uma concessionária em Buenos Aires ou na Cidade do México pode encontrar alguns carros idênticos aos vendidos em São Paulo. O que muda, e muito, é a hora de fechar o negócio.

Um modelo que no Brasil custa R$ 32 mil é vendido na Argentina pelo equivalente a R$ 22 mil, e sai ainda mais barato no México: R$ 18 mil.

Diferenças tão grandes nos preços são explicadas, em parte, pelos impostos. Na Argentina, a carga tributária em um automóvel varia de 15% a 20%. No México, 20%. Já no Brasil, fica entre 27% e 40%.

Dois exemplos:  O caso do Renault Logan é emblemático. Se você acha baixo seu preço básico, de R$ 27,89 mil, deveria ver por quanto é vendido o Nissan Aprio, o nome que o Logan recebe lá no México, sob o emblema da marca japonesa. Lá, o carro começa nos 101,7 mil pesos, ou R$ 15.634. A questão é que esse preço não é para o carro com motor 1-litro, sem nenhum acessório, mas sim pelo carro com motor 1,6-litro 16V, que nem aparece mais entre as opções do modelo nacional. Por aqui, o máximo é o 1,6-litro 8V. A partir de R$ 32,12 mil. Mais do que o dobro.

Outro modelo baratinho no Brasil é o Chevrolet Classic, o antigo Corsa Sedan. Baratinho? O modelo 2010 VHCE sai a partir de R$ 25.379. No México, um parente do Classic, chamado de Chevy Sedan, sai por 108.576 pesos, ou R$ 16.691. Mas não pense você que ele vem com o mesmo motor 1-litro do Classic, não. Lá ele usa o 1,6-litro da Chevrolet e vem com toca-CD pronto para MP3. E também tem opção com câmbio automático. Custa 135,95 mil pesos, ou R$ 20.899.

Onde está nossa tão propalada reforma tributária? há mais de 10 anos está engavetada no congresso. Porque não é colocada em discussão nas comissões econômicas da Câmara Federal? Porque não vai a plenário para discussão? Será que não atende aos interesses de nossos representantes? Porque não colocar em discussão a reforma tributária e efetuar de vez a tão sonhada redução de impostos, passando nossos mais de 50 impostos para somente 1 ou 2?

Veja a tabela com os impostos em diversos produtos que compramos:

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Você sabe quanto paga de impostos?

impostos no BrasilRecentemente falamos sobre como os impostos impedem o desenvolvimento e o crescimento do país. Também já discutimos que a carga tributária brasileira é muito alta. Mas você sabe o quanto paga de impostos em cada produto que compra? E saberia dizer quanto custa o mesmo produto em outros países, desenvolvidos ou não?

Pensando nisso, surgiu o Movimento Brasil Eficiente, lançado nesta terça-feira 20 de julho. Ele visa sensibilizar a sociedade (população, políticos e, principalmente, os candidatos a serem nossos governantes), sobre a importância de diminuir o peso da carga tributária sobre o setor produtivo, simplificar e racionalizar a complicada estrutura tributária, melhorando a gestão dos recursos públicos. A ideia do movimento é estudar nossa situação e propor medidas que permitam conduzir o crescimento econômico e a geração de empregos à média decenal de 6% ao ano, praticamente dobrando a renda per capita da população em 2020. Isso será possível, desde que a carga tributária caia para patamares de 30% do PIB ao fim da década.

Voltando aos impostos que pagamos:

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Entendendo os diferentes fluxos logísticos

A logística é normalmente associada ao transporte: movimentação de materiais, rodovias, navios, etc. Não podemos dizer que esta associação é injusta, pois o transporte é uma das principais atividades da logística, a que custa mais caro, e a que o cliente mais precisa – afinal, ele precisa dos produtos no lugar onde vai comprá-lo!

Mas não só de transportes de produtos é feita a logística, e existem outros fluxos a serem considerados. Vamos discutir alguns deles nos parágrafos seguintes.Primeiramente, vamos continuar na área de transportes, mas não o transporte direto dos produtos, no sentido dos fornecedores para os clientes, mas o transporte reverso. Trata-se da principal função da logística reversa, que trás os produtos usados do consumidor final para as fábricas novamente. É um fluxo que ganha cada vez mais importância em função das pressões sociais e políticas para que as empresas sejam mais corretas ambiental e socialmente.

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Distribuição e transporte de produtos perigosos

Transporte de produtos perigososQuando falamos em distribuição, normalmente pensamos no roteamento dos veículos usando as ruas disponíveis. Imagine por exemplo a distribuição do jornal todo dia cedo, por todas as bancas de jornal e padarias do seu bairro.

Mas quando o assunto são produtos perigosos, como inflamáveis ou tóxicos, estes não podem utilizar qualquer caminho. Isto deve-se aos riscos sociais e ambientais que estes transportes possuem. Uma das soluções mais adotadas pelos reguladores (governo) é impedir que os transportadores utilizem algumas ruas/estradas da rede.

Esta preocupação com a segurança da população e do meio-ambiente é justificável: o transporte de produtos perigosos está crescendo no mesmo ritmo do desenvolvimento da sociedade. Durante a década de 90, nos Estados Unidos, houve mais de 300 milhões de transportes de produtos perigosos, que totalizaram mais de 3,2 bilhões de toneladas. Como esperado, a maioria destes produtos chega ao seu destino em segurança. De acordo com o U.S. Department of Transportation, em 1999 ocorreram aproximadamente 15.000 incidentes envolvendo transporte de produtos perigosos naquele país, e apenas 429 foram classificados como incidentes graves, que resultaram em 13 mortes e 198 feridos.