O valor de R$ 545,00 aprovado como novo valor do salário mínimo pelo Congresso, com vigência a partir de primeiro de março de 2011, deve injetar mensalmente na economia algo em torno de R$ 1,5 bilhão, avalia a Fecomércio-SP . Segundo o presidente da federação, isso é significativo na elevação da capacidade de consumo das famílias de baixa renda.
Ainda segundo a Fecomércio, esse novo valor do salário mínimo deve impactar a economia com um valor em torno de R$ 17 bilhões, ficando o INSS com R$ 8,5 bilhões, a iniciativa privada com algo em torno de R$ 5,5 bilhões, e os trabalhadores autônomos e empregados domésticos com R$ 3 bilhões.
O coordenador da área de Economia Aplicada do Ibre (Instituto Brasileiro de Economia) da FGV (Fundação Getúlio Vargas), Armando Castelar Pinheiro, acredita que o reajuste gera um impacto no poder de compra dos consumidores. Mas, para ele, esse impacto não é tão forte. “O mínimo de R$ 545 essencialmente repõe a inflação passada, que é a regra acertada”, disse, de acordo com a Agência Brasil. “Tem um impacto no consumo no mês em que ele ocorre, mas esse impacto não é tão grande”, concluiu.
O reajuste também gera um impacto na inflação, explica o economista. Isso porque parte do índice de inflação é formada por preços que refletem serviços indexados ao salário mínimo. Sempre que ocorrer um aumento no salário mínimo, o mesmo gerará um aumento de consumo e de inflação num primeiro momento, mas que será logo normalizado tanto o consumo como a inflação.
No Brasil 46,8 milhões de pessoas recebem salário mínimo; destas, 19,2 milhões são beneficiárias do INSS, 13,8 milhões são empregados, 8,7 milhões são autônomos e 5,1 milhões são trabalhadores domésticos.
Salário Mínimo real e o necessário