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Aumento de salário

Somos seres eternamente insatisfeitos. Perseguimos nossos objetivos com o intuito simples de mudança e, muitas vezes, não nos atentamos para planejamentos, acompanhamentos e consequências. Somos impulsionados pelo desejo de não sentirmos dor, não termos problemas e não fracassarmos. Porém, não percebemos que tudo isso faz parte das nossas conquistas; que isso compõe o nosso sucesso.

Queremos um emprego que pague bem, se trabalhe pouco e ainda seja um “up” para nosso status. Para isso, o único remédio é sonhar com o impossível ou fazer suas apostas nas lotéricas. Se nem se aposta, o problema é bem mais grave…

Mas, para aqueles que desejam ascender profissionalmente seguindo alguns passos necessários para alcançar o sucesso, com planejamento e persistência, não precisam contar com a sorte, apenas com um pacote de competências que todos nós trazemos conosco, só deixamos de lado algumas vezes para esperar pelo que viria com mais facilidade. Nada vem fácil e se vier, duvide! Conquistas consistentes não casam com desejos voláteis.

Cada pessoa tem seu diferencial. Tem algo que se destaca das demais. Mas hoje o que se torna mais interessante é o leque de aptidões que algumas pessoas desenvolvem durante o período que podemos chamar de “enraizamento” – É aquele período depois da formação do caráter e antes do ingresso numa faculdade ou no primeiro emprego. Ele já deverá levar suas ambições para suas atividades profissionais e, daí em diante, o que se vê é um imenso aprendizado que pode levá-lo ou não ao sucesso, a depender das suas tomadas de decisões.

Algo que sempre me perguntam é como conseguir um aumento de salário. Eu digo que não há uma fórmula específica já que quatro fatores diferentes (o mercado, sua função, a empresa e você) podem determinar um caminho a seguir. Sem contar que sua chefia também é um fator importante. Há quem não brigue nem pelo próprio, que dirá pelos dos outros. E há aqueles que não repassam reconhecimento.

Pode-se destacar num “pacote de competências” que lhe dê possibilidades de promoção ou aumento:

O RESPEITO: Respeito pelas pessoas e pelos seus compromissos.

ESPÍRITO DE EQUIPE: A oferta de ajuda aos outros é muito importante. As pessoas vêm deixando isso de lado para que os outros não pensem que elas não têm muitas atribuições diárias. A preocupação em demonstrar que estão sempre ocupadas lhe tira a chance de aprender coisas novas e de ser efetivamente úteis.

CONHECIMENTO: Nunca é demais. Uma boa formação é sempre importante em união com o conhecimento prático. A retenção do conhecimento é uma péssima estratégia. Você não cresce se for “insubstituível” na sua função.

FOCO: Tenha-o alinhado com as necessidades da sua empresa. Está com dúvidas sobre fazer uma Pós, um curso de línguas ou um específico da sua área? Os três são importantes, mas pergunte-se sobre as prioridades. Se sua empresa não está aberta para o mercado internacional, o curso de línguas fica por último; se está com dificuldades técnicas na sua função, o específico vem primeiro.

PERSISTÊNCIA: O momento pode não ser o seu, mas não desista. Há uma série de fatores que precisam estar alinhados para gerar uma oportunidade. Persista e esteja preparado para agarrá-la. Tempere sua persistência com paciência, mas não se perca em uma ou na outra. Dois anos é tempo suficiente para avaliar se a empresa em que você trabalha está alinhada às suas metas.

NEGOCIAÇÃO: Esteja aberto às negociações. Ofertas podem surgir e, tanto boas como ruins, podem não ser definitivas. Tenha cuidado para não sentir o doce no sal ou para não ver a transformação de uma promoção numa punição. Você precisa estar bem para absorver novas funções e de nada vai adiantar um bom salário sem seu bem-estar.

HUMILDADE: É fundamental para seu crescimento. Você não tem a obrigação de saber de tudo e, para isso, precisa das pessoas. Há como ser líder aceitando as ideias de seus companheiros. Porém, tenha cuidado para não confiar cegamente nas pessoas dentro de um ambiente competitivo.

Há de se descartar o método da antiguidade para promoções. Não pense que será promovido por tempo de serviço e sim, por serviço em tempo. Invista seu tempo, seu esforço e seja disciplinado e aplicado. Não pense em não dar tudo de si porque ganha pouco. Fazer um trabalho fantástico será sua principal porta para a mudança de salário, função ou outro emprego.

Esteja atento às oportunidades e não desanime se não as acolheu como gostaria. Não se pode voltar no tempo para recomeçar, mas se pode, agora mesmo, escolher como será o fim.

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Carreira Gestão Logística

Bom ambiente de trabalho ou bom salário?

Quando podemos ter os dois em níveis satisfatórios é excelente! Mas, nem sempre é assim. Quando e como fazer nossa opção diante de um trabalho bem remunerado dentro de um péssimo ambiente de trabalho? E quando o salário é baixo dentro de um ambiente agradável?

“Fulanésio é um ótimo gerente de produção em uma empresa local. Redescobriu a convivência amigável com seus colegas de trabalho e a prestação de bons serviços à empresa pelo ótimo relacionamento com todos os componentes de sua equipe. Considera seu trabalho agora como uma verdadeira extensão de sua casa que, dessa forma também, melhorou muito sua qualidade de vida familiar. Não fosse o salário apertado, difícil para seu planejamento, seria um emprego perfeito. Agora se vê num dilema: A empresa anterior, com um grande destaque no mercado, convida-lhe para retornar ao seu quadro profissional com um salário três vezes maior que o atual. Contudo, num ambiente sem estímulos, já que conhece a equipe, os diretores antiéticos e a prisão psicológica que viveu por um tempo. Tempo de desrespeito profissional e pessoal”.

Não há dúvidas de que um bom ambiente de trabalho contribui muito para as atividades diárias e para o sucesso profissional. Isso já seria a “pulga” na orelha de quem está sendo contratado; ou deveria ser, já que se conhece o salário antes do contrato, o ambiente nem sempre.

Não vejo necessidades em absorver um péssimo ambiente. Verdade seja dita: A empresa não está contratando fofocas, desavenças e dissidências. Ela busca contratar o oposto disso. Dessa forma, já nos oferece uma melhor qualidade de vida, quebrando o conceito de muitos de que a empresa é responsável pelo ambiente de trabalho. Você é o responsável. Talvez a responsabilidade das empresas esteja em permitir que a coisa descambe para uma divisão e perda de foco de seus funcionários, comprometendo assim, as ideias tão necessárias à continuidade de qualquer organização.

Há um engano em achar que uma empresa sofre menos que você nas formações das chamadas “panelinhas” – a pior coisa que pode existir dentro de uma empresa para minar as linhas de relacionamento. Até merece um artigo especial para tratar do assunto.

De uma forma geral, a opção entre esses dois pontos nos torna reféns da escolha. Por isso deve ser bem avaliada para que se possa adiar alguns desejos materiais ou o desejo de paz e bem-estar. Acredite, um bom ambiente de trabalho lhe oferece um bem-estar mais duradouro do que muitas conquistas materiais proporcionadas por um bom salário. A escolha sempre será só sua. Mas você pode ter os dois quando aprende a viver com as circunstâncias de um ou outro.

Para muitos que entendem a divisão de vida pessoal e profissional, isso não é um dilema. A forma com que enxergamos nosso trabalho diz tudo sobre nossa capacidade de transformar nosso ambiente de trabalho em algo mais produtivo, trazendo para mais perto o outro ponto aqui comentado. Afinal, salário é algo tão complexo dentro de uma empresa que exige uma grande compreensão, mas o alcance da satisfação com ele lhe exige produção. Sem mostrar seus valores, entusiasmo e resultados, dificilmente será bem visto no âmbito do salário.

Acontece que muitos se incomodam tanto com o jeito de poucos que deixam suas tarefas comprometidas e até sua paz ameaçada, tornando o ambiente insustentável a ponto de tornar insuficiente qualquer bom salário.

Não há uma receita específica para sanar essa discussão. Mas, a forma com que se enxerga e reage ao identificar problemas em seu ambiente de trabalho é tudo. Identificar quem promove atritos, discórdias, revoltas e “apagam” seu entusiasmo merece um tratamento mais diplomático. Não encontre naqueles com os quais mais se identifica razões de laço familiar. Lembre-se que você está em um ambiente competitivo e o “cada um por si” fala muito alto até que se conheçam melhor seus colegas de trabalho. Preserve seus valores e respeite o outro para manter, ou melhorar, ou suportar seu ambiente de trabalho.

Quanto ao salário, não é muito diferente, pois também depende muito de você. Se for baixo, qualifique-se e inove. Se for bom, qualifique-se e inove.

De uma forma ou de outra, não podemos ter tudo o que queremos, nem da forma que queremos, mas podemos transformar todas as coisas com um tempero de humildade, aceitação, perseverança e compreensão do que nos rodeia. Cada um possui sua resposta.

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Salário mínimo – histórico e atualizado (2011)

O valor de R$ 545,00 aprovado como novo valor do salário mínimo pelo Congresso, com vigência a partir de primeiro de março de 2011, deve injetar mensalmente na economia algo em torno de R$ 1,5 bilhão, avalia a Fecomércio-SP . Segundo o presidente da federação, isso é significativo na elevação da capacidade de consumo das famílias de baixa renda.

Ainda segundo a Fecomércio, esse novo valor do salário mínimo deve impactar a economia com um valor em torno de R$ 17 bilhões, ficando o INSS com R$ 8,5 bilhões, a iniciativa privada com algo em torno de R$ 5,5 bilhões, e os trabalhadores autônomos e empregados domésticos com R$ 3 bilhões.

O coordenador da área de Economia Aplicada do Ibre (Instituto Brasileiro de Economia) da FGV (Fundação Getúlio Vargas), Armando Castelar Pinheiro,  acredita que o reajuste gera um impacto no poder de compra dos consumidores. Mas, para ele, esse impacto não é tão forte. “O mínimo de R$ 545 essencialmente repõe a inflação passada, que é a regra acertada”, disse, de acordo com a Agência Brasil. “Tem um impacto no consumo no mês em que ele ocorre, mas esse impacto não é tão grande”, concluiu.

O reajuste também gera um impacto na inflação, explica o economista. Isso porque parte do índice de inflação é formada por preços que refletem serviços indexados ao salário mínimo. Sempre que ocorrer um aumento no salário mínimo, o mesmo gerará um aumento de consumo e de inflação num primeiro momento, mas que será logo normalizado tanto o consumo como a inflação.

No Brasil 46,8 milhões de pessoas recebem salário mínimo; destas, 19,2 milhões são beneficiárias do INSS, 13,8 milhões são empregados, 8,7 milhões são autônomos e 5,1 milhões são trabalhadores domésticos.

Salário Mínimo real e o necessário