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Gestão Logística Transportes

Priorizando o transporte de carros vazios

A prefeitura continua priorizando o “transporte de ar” (70% dos automóveis andam só com o motorista; a ocupação média é de 1,4 pessoas) em vez do transporte coletivo e do transporte de carga, que é fundamental para abastecer a região metropolitana de São Paulo. Isso “asfixia” a cidade.

Algumas questões urgentes, se quisermos uma cidade habitável:

1) Grandes receptores de produtos têm estrutura, segurança e locais adequados para receber cargas de noite. No entanto, a maioria dos estabelecimentos de varejo não opera no período noturno (e muito menos de madrugada), pois em geral são os próprios proprietários que abrem e fecham o prédio -são bares, padarias, mercearias, mercadinhos, restaurantes, papelarias ou lojas de material de construção.

Os caminhões não estão de passagem: 70% têm como origem ou destino a região metropolitana.

2) A política de restringir caminhões vai criar outros problemas.

Um deles será a troca de parte dos caminhões por VUCs (veículos urbanos de carga) e vans, com efeito multiplicador no trânsito, na poluição, nos acidentes e nos fretes.

Além disso, teremos maior concentração de caminhões nos horários permitidos e uso de rotas de fuga por ruas sem condições, pela zona norte, nos horários de restrição.

Em poucos meses, passarão a ocupar a marginal nos horários de pico: automóveis que utilizavam outras rotas, automóveis que utilizavam horários alternativos, automóveis de pessoas que estavam no superlotado transporte público.

Os benefícios da ampliação da marginal Tietê, que custou quase R$ 2 bilhões, passando de sete para dez faixas de cada lado, não duraram um ano. Nos períodos de pico, os congestionamentos voltaram. E agora?

Os carros rapidamente congestionam todas as novas ampliações viárias, túneis, pontes. É jogar dinheiro público, nosso dinheiro, no lixo.

3) Para implantar uma faixa exclusiva para ônibus, precisamos pedir autorização para toda a sociedade, mas liberar as 20 faixas da marginal Tietê, nos dois sentidos, aos automóveis é normal e ninguém precisa autorizar. Queremos fazer as mesmas opções erradas que Los Angeles fez nos anos 1960? Além do caos urbano, o planeta não aguenta mais esse impacto ambiental.

As restrições a caminhões não visam a implantação de faixas de ônibus, mas abrir espaço para os carros.

Nos carros, serão transportados, no máximo, 21 mil pessoas por hora em cada sentido da marginal. Uma única faixa de ônibus expresso, com ultrapassagem, pode transportar essa mesma quantidade de pessoas. Ou seja, o transporte individual ocupa dez vezes mais espaço, nas mesmas condições de conforto.

Nas condições atuais, estamos incentivando os usuários a desistirem do transporte público. Não são os ônibus ou caminhões que causam o caos na cidade de São Paulo.

4) Continuamos no caminho errado: com os R$ 6,5 bilhões do futuro tramo norte do Rodoanel, que atenderão 65 mil veículos por dia, seria possível construir uma linha de trem com 58 km ligando Barueri (e Alphaville) a Guarulhos (aeroporto), passando por São Paulo e transportando mais de um 1 milhão de pessoas.

Isso permitiria que os caminhões continuassem na marginal.

Nenhum modo de transporte ou rota pode ser uma imposição. Devemos obrigar todos os motoristas da avenida Rebouças e da rua da Consolação a usarem a linha amarela do Metrô? É claro que não.

Em engenharia de transportes, o “cliente” deve ser atraído e não empurrado. Se não priorizarmos o transporte coletivo, o transporte individual irá tomar todo o espaço que dermos, e não será suficiente.

Seus usuários ainda irão reclamar como crianças “birrentas” até espumar de raiva, levantando a bandeira do direito adquirido do uso do transporte individual, baseada na individualidade e no egoísmo do uso do espaço público. Quem viver verá.

Por Horácio Augusto Figueira, 60, mestre em engenharia de transportes pela USP, é consultor em engenharia de tráfego e de transportes e vice-presidente da Associação Brasileira de Pedestres. Publicado originalmente na Folha de São Paulo em 9/3/2012.

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Logística

Vagas de estágios e trainee de até R$ 4.500

Existem vários processos de seleção para estagiários e trainees, inclusive com várias vagas em logística e áreas afins, em todo o Brasil. Confira abaixo uma seleção de algumas empresas e dados sobre as vagas:

Avon Indústria de Cosméticos S.A. – Programa de Estágio
Inscrições: até 20 de outubro
Site para inscrição: www.curriculum.com.br – código da vaga 785075
Salário: aberto à negociação
Nº de vagas: não divulgado
Pré-requisitos: pessoas que estejam cursando as áreas de Finanças, Pesquisa e Desenvolvimento, Inteligência de Mercado, Marketing, RH, Supply Chain, TI, Comunicação, Jurídico, Vendas, Importação e Exportação, Assuntos Regulatórios, Planejamento Regional de Materiais, Novos Produtos e Desenvolvimento.
Duração: O programa de estágio tem duração de até dois anos
Carga horária: 6h diárias (segunda-feira a sexta-feira)

DuPont do Brasil – Programa de Estágio
Inscrições: até 20 de outubro
Site para inscrição: www.dupont.com.br
Salário: de R$ 800 a R$ 1.370 (conforme carga horária)
Benefícios: Complementação transporte, plano odontológico, reembolso medicamentos, plano médico e odontológico, subsídio alimentação ou restaurante local e seguro de vida
Nº de vagas: não divulgado
Pré-requisitos: alunos cursando Administração de Empresas, Análise de Sistemas, Ciências da Computação, Ciências Contábeis, Comércio Exterior, Direito, Economia, Engenharia Ambiental, Engenharia Civil, Engenharia Elétrica, Engenharia Eletrônica, Engenharia da Computação, Engenharia de Materiais, Engenharia de Produção, Engenharia Mecânica, Engenharia Química, Jornalismo, Marketing, Publicidade e Propaganda e Relações Públicas com formação prevista entre julho de 2013 e dezembro de 2014. Inglês básico ou intermediário.
Carga horária: 20 a 30 horas semanais flexíveis
Locais de trabalho: São Paulo, Barueri, Guarulhos, Paulínia

Ernst & Young Terco – Programa de Trainee
Inscrições: até 31 de dezembro
Salário: não divulgado
Benefícios: subsídio de graduação, vale-refeição, vale alimentação, vale-transporte, assistência médica e seguro de vida.
Site para inscrição: www.traineeseyt.com.br
Pré-requisitos: jovens entre 18 e 26 anos cursando Administração de Empresas, Ciências Atuariais, Relações Internacionais, Ciências Econômicas, Direito, Engenharia, Estatística, Matemática, com formação até dezembro de 2012, e Ciências Contábeis e TI, com formação até dezembro de 2013.
Áreas: os trainees poderão atuar em consultorias, transações e tributos.
Carga horária: não divulgada

Grendene – Programa de Trainee
Inscrições: até 24 de outubro
Site para inscrição: www.traineegrendene.com.br
Salário: R$ 3.500
Benefícios: Assistência médica e odontológica, seguro de vida, cesta básica mensal, compra anual de calçados a preços subsidiados.
Pré-requisitos: candidatos com graduação concluída entre julho de 2008 e dezembro de 2011, nos seguintes cursos: Administração de Empresas, Análise de Sistemas, Arquitetura e Urbanismo, Ciência da Computação, Ciências Atuariais,Ciências Contábeis,Ciências Econômicas, Comércio Exterior, Comunicação Mercadológica, Comunicação Social, Controladoria, Desenho Industrial, Design de Moda, Design Gráfico,Direito, Economia, Engenharia (de Controle e Automação, Elétrica, Eletrônica, Eletrotécnica, Industrial, Industrial Elétrica, Industrial Mecânica, de Manutenção, de Materiais, Mecânica, Mecatrônica, Metalúrgica,de Processos,de Produção,de Produção Civil, de Produção Elétrica, de Produção Mecânica, de Produção Química, de Segurança, de Sistemas, de Software, de Telecomunicações, Têxtil), Informática, Logística, Moda, Negócios da Moda, Pedagogia, Processamento de Dados, Psicologia,Química, Química, Relações Internacionais e Sistemas de Informação. Inglês intermediário.
Carga horária: não divulgada
Local de trabalho: os trainees ficarão na unidade Grendene de Farroupilha (RS) podendo, ao término do processo, ser direcionados também para as demais unidades da empresa.
Duração: não divulgada

Grupo Positivo – Programa de Trainee
Inscrições: até 16 de outubro
Site para inscrição: www.positivo.com.br/trainee2012
Salário: R$ 4.500
Nº de vagas: não divulgado
Pré-requisitos: ter concluído a graduação entre janeiro de 2009 e dezembro de 2011 em Engenharias Elétrica, Mecânica, Civil, Eletrônica, Mecatrônica, da Produção, da Computação e da Automação, Tecnologia da Informação, Administração, Contábeis, Economia e Marketing. Inglês avançado. Disponibilidade para residir em Curitiba.
Duração: 18 meses

Instituto de Desenvolvimento Gerencial (INDG) – Programa de Estágio
Inscrições: até 16 de outubro
Site para inscrição: www.vagas.com.br
Salário: R$ 1.000
Benefícios: Celular corporativo, notebook, plano de saúde, seguro de vida, vale refeição e vale transporte.
Nº de vagas: 50
Pré-requisitos: alunos cursando Administração de Empresas, Ciência da Computação, Ciências Econômicas, Engenharias e Estatística, com conclusão prevista entre julho de 2012 e dezembro de 2013. Inglês ou espanhol avançado.
Local: Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre
Contato: programadeestagio@indg.com.br

Lafarge – Programa de Estágio
Inscrições: até 31 de outubro
Site para inscrição: www.vagas.com.br/lafarge
Salário: não divulgado
Nº de vagas: 10 vagas
Pré-requisito: cursos ligados às áreas comercial, comunicação, estratégia, finanças, industrial, jurídica, logística, marketing, projetos, RH e TI, com formatura entre dezembro de 2012 e 2013. Inglês avançado.
Início do programa: janeiro de 2012

Magazine Luiza – Programa de Trainee
Inscrições: até 25 de outubro
Site para inscrição: www.magazineluiza.com.br/trainee
Salário: não divulgado
Nº de vagas: 25 nas áreas de Marketing, TI, Compras, E-Commerce, Vendas, Finanças, Controladoria, Auditoria, Logística, Gestão de Pessoas, LuizaCred (Finanças, Vendas, Marketing) e Centro de Serviços Compartilhados (CSC).
Pré-requisito: Formação superior entre dezembro de 2008 a dezembro de 2011, sem restrição de curso. Inglês em nível intermediário e conhecimentos sobre pacote Office. Disponibilidade para viagens e mudança de cidade imediata
Duração: 2 anos
Início: janeiro de 2012

Petrobras Distribuidora – Programa de Estágio
Inscrições: até 17 de outubro

Site para inscrição: www.br.com.br/

Valor da bolsa: R$ 583,43 a R$ 865,02
Nº de vagas: não divulgado
Pré-requisitos: estudantes de nível superior e de nível médio profissionalizante cursando os dois últimos anos ou quatro últimos semestres.
Carga horária: de 4h a 6h diárias de segunda-feira a sexta-feira
Duração: 12 meses

Raízen – Programa de Estágio
Inscrições: até 11 de novembro
Site para inscrição: www.raizen.com.br
Salário: não divulgado
Nº de vagas: não divulgado
Pré-requisitos: alunos cursando Administração, Economia, Ciências da computação, Direito, Psicologia, Agronomia, Engenharia Agronômica, Engenharia Agrícola, Engenharia de Alimentos, Engenharia de Controle e Automação, Engenharia Elétrica, Engenharia de Materiais, Engenharia Mecânica, Engenharia de Produção, Engenharia Química.
Carga horária: não divulgada

Whirlpool Latin America – Programa de Estágio
Inscrições: até 31 de outubro
Site para inscrição: www.focotalentos.com.br/whirlpool2012
Áreas disponíveis: Administração Comercial, Comunicação Corporativa, Finanças, Jurídico, Logística, Manufaturas, Marketing, Negócios Internacionais, Peças de Reposição, Planejamento e Comex, Projetos, Qualidade, Recursos Humanos, Suprimentos, Tecnologia da Informação, Trade Marketing e Vendas.
Salário: não divulgado
Nº de vagas: não divulgado
Pré-requisitos: podem se inscrever os alunos dos seguintes cursos: Administração, Economia, Contabilidade, Engenharias, Comunicação, Jornalismo, Relações Públicas, Psicologia, Relações Internacionais, Comércio Exterior, com formatura prevista entre dezembro de 2011 e dezembro de 2012.
Carga horária: não divulgada
Locais: São Paulo, Rio Claro, Joinville e Manaus.

Ultracargo – Programa de Estágio
Inscrições: até 31 de outubro
Site para inscrição: www.veredarh.com.br
Salário: não divulgado
Benefícios: Vale Transporte e/ou ônibus fretado, assistência médica e odontológica, refeitório ou vale alimentação, seguro de vida e cesta de Natal.
Vagas disponíveis: Jurídico, Operações e T.I.
Pré-requisitos: estar cursando alguns dos seguintes cursos: Engenharia de Automação, Engenharia Mecânica, Engenharia de Produção, Engenharia Elétrica, Engenharia Química, Engenharia Civil, Sistema da Informação, Administração com Ênfase em Informática, Ciência da Computação e Direito, com previsão de término entre dezembro de 2012 e julho de 2013.
Duração: de 12 a 18 meses
Local: São Paulo, Santos e Pernambuco

Veja outras vagas neste link ou na seção exclusiva em Há Vagas.

Fonte: Adaptado do portal Terra.

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Colaborações

De adiamento em adiamento

Depois de mais de uma década de promessas e adiamentos, as obras de construção do novo trecho de acesso da Rodovia Cônego Domênico Rangoni (SP-055) ao quilômetro 55 da Via Anchieta, em Cubatão, deverão ter início em março de 2012, com conclusão prevista para março de 2014. Foram tantos os adiamentos que o último provocou protestos dos moradores da região.

De qualquer modo, se não ocorrer nenhum atraso, esse já será um passo gigantesco para eliminar um grave problema logístico que afeta não só os moradores como as indústrias e demais empresas instaladas na área. Acontece que o governo do Estado continua a buscar soluções para reduzir os custos desse projeto da Ecovias, o que, se é perfeitamente justificável e até louvável, pode acarretar outros adiamentos.

construção rodovias atrasadasMas não é só. Conforme anúncio do governador Geraldo Alckmin feito a 14 de agosto, há previstos mais dois projetos de obras rodoviárias na Baixada Santista: a reformulação do viaduto 31 de Março e a implantação de faixas adicionais na Rodovia Cônego Domênico Rangoni, todos em trechos do município de Cubatão.

Além disso, para janeiro de 2013, está previsto o início da construção de mais um viaduto ligando o bairro do Jardim Casqueiro ao Centro de Cubatão, paralelamente ao atual viaduto 31 de Março, no quilômetro 59 da Rodovia Cônego Domênico Rangoni, com previsão de conclusão para dezembro de 2013. Essa obra já deveria ter começado neste ano, mas, como se tornou rotina, teve seu início mais uma vez adiado.

O pior é que, com a remoção de famílias dos bairros-cotas, que estavam instaladas há décadas em área de proteção ambiental na Serra do Mar, para 3.800 unidades construídas pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) no Jardim Casqueiro, a previsão é que, a partir de 2012, a demanda de veículos no local seja duplicada ou até triplicada. Isso significa mais problemas viários à vista na área do polo petroquímico de Cubatão.

Já a implantação de faixas adicionais nos dois sentidos da Rodovia Cônego Domênico Rangoni, entre os quilômetros 262 e 270, tem seu início agendado para março de 2012. É obra que igualmente já deveria ter sido iniciada e concluída, tal a gravidade dos problemas que ali são registrados, especialmente depois da abertura do Trecho Sul do Rodoanel em abril de 2010, que facilitou a descida de caminhões e carretas em direção ao Porto de Santos.

Outra obra que mereceria a caracterização de urgente é a construção da Rodovia Parelheiros-Itanhaém, que evitaria o acúmulo de veículos na parte da Baixada Santista do sistema Imigrantes –Anchieta. Acontece que essa é obra que ainda depende de negociações com a Funai, já que a rodovia passaria por terras que constituem reserva indígena.

Como se sabe, o sistema Imigrantes-Anchieta já vem operando com mais de 70% de sua capacidade, com um tráfego de 2.630 veículos por hora. Isso quer dizer que, em três anos, com a demanda prevista para o Porto de Santos, esses números estarão próximos de níveis críticos, com 85% de sua capacidade ocupada. Igual previsão faz-se para a Rodovia Cônego Domênico Rangoni na região da Usiminas e terminais de carga.

Tudo isso é resultado de anos de descaso com a infraestrutura logística. Chegou-se a um ponto em que, se o governo não agir a tempo, haverá uma trava no ritmo da movimentação de cargas no Porto de Santos e, em conseqüência, no desenvolvimento do País. Se assim for, o sonho de o Brasil se transformar na quinta potência econômica do planeta até o final desta década pode se desmanchar no ar.

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Logística Transportes

Roubo de cargas – um problema de todos

 

Há muitos e muitos anos lidamos com essa imposição da violência que assola o Brasil e o mundo. Muitos não param para pensar o quanto ela nos custa devido sua presença constante em nossa rotina. Ela, a violência, custa caro, muito caro.

Não seria exagero calcular que, assim como os impostos, o preço do carro que você dirige teve e tem um percentual para a violência, o computador que você usa agora teve seu preço acrescido em torno de 15% ou até mais, a depender do tipo e local onde se encontra, devido ao perigo, puro e simples, do roubo de cargas. Imagine que até no pãozinho o custo da violência está presente. Como se não bastasse pagarmos por ela, ainda temos que suportar as diversas mazelas que nos traz.

roubo de carga no transporte rodoviárioEsse valor cobrado pela violência sobre o nosso consumo vem do seu efeito sobre a logística, na forma do roubo de cargas e da violência no trânsito, os chamados “sinistros”. Assim como no ano de 2009, com mais de 13.500 ocorrências de roubo de cargas e R$ 1 bi em prejuízos em todo o País, em 2010 seguiram crescendo. Só os empresários paulistanos amargaram um prejuízo direto de R$ 280 milhões e, nos primeiros levantamentos de 2011, já se registrou R$ 70 milhões em mais de 1.800 ocorrências. Do total no Brasil, 53% das ocorrências são registradas no estado de São Paulo, com maior incidência nas rodovias Régis Bittencourt (BR-116) e Anhanguera, e 21% no Rio de Janeiro. O foco dos bandidos se volta às cargas com alimentos, eletroeletrônicos e medicamentos, mas não se restringe a esses produtos.

Na busca pela diminuição dessas ocorrências, as transportadoras, sem direito à escolha, têm um custo de 15%, em média, voltado à escolta e equipamentos de segurança – Já foi explicado no início quem paga esse valor. É muito. Mas, o que fazer? Os bandidos possuem equipamentos de bloqueio de sinal onde neutralizam a ação da segurança. Não temem a escolta armada porque possuem armamento mais pesado e, às vezes, estão disfarçados de policiais nos acessos às capitais. E o Estado, que deve proteger o comércio e o cidadão? Afinal, os impostos também se baseiam em serviços essenciais. O problema é que absorvemos essas ações da violência e compomos nossa rotina. O problema virou fator de cálculo na hora de compor um preço – “Deixe-me ver… 48% de impostos… 15% para a violência…” Está errado. Isso não pode ser tratado com naturalidade. Estamos falando da vida de motoristas, em especial. Se pagar por isso já é um absurdo, que dirá o custo de uma vida humana.

As ações da polícia visam à inibição dessa prática. É bem sabido que o crime se atualiza constantemente. As modalidades vão emprestando seus recursos a outras à medida que o combate se intensifica. Em São Paulo, a patrulha aérea das ruas começa indicar um paliativo. É claro que é impossível zerar esse tipo de ocorrência [Eu também acabo de trazer isso para minha rotina real]. Mas, ações sempre terão que ser tomadas e atualizadas. Os bandidos são os únicos que deveriam estar acuados. Esse combate deveria se intensificar aos receptadores também. Esses roubos só acontecem porque a carga já possui um destino. O comércio formal é o destino da grande maioria delas.

As empresas voltadas ao transporte de cargas também têm um papel importantíssimo, tanto no aprimoramento de suas operações quanto no treinamento de seu pessoal, em especial, motoristas para rever certos hábitos. Eles correm perigo e continuam atraídos à falta de atenção e de estratégia conjunta com a base operacional. É quase uma estratégia de guerra. Claro, reagir nunca. Mas, as cargas não são roubadas apenas por seu conteúdo, muitas o são por seu comportamento.

Com isso, concluo que a violência é a única coisa que existe no mundo em que não há um só indivíduo que sofra efeitos indiretos. Ela é de efeito direto em todas as pessoas, sem exceção alguma. Se ela não lhe rouba o carro, sua bolsa ou carteira, lhe rouba qualidade de vida. E só nos resta combatê-la fora da normalidade. Trazê-la à normalidade é admitir que não há solução.

 

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Transportes

Atrasos a superar na aviação

O governo federal demorou demais a admitir a incapacidade de ampliar e modernizar sozinho os aeroportos a tempo de atender à demanda da Copa do Mundo de 2014. Convocada na última hora, a iniciativa privada terá de aguardar, agora, a definição do modelo de concessão dos terminais de Brasília, Guarulhos e Campinas. Os editais estão prometidos para o início de maio. Mas a etapa seguinte, a análise e emissão de parecer pelo Tribunal de Contas da União (TCU), deverá consumir pelo menos mais um mês. Isso significa que, antes do início das obras, com o prazo já exíguo, ainda há que se construir com solidez a complexa segurança jurídica necessária aos investimentos. Como a polêmica e o volume de contestações não devem ser pequenos, é de se prever o elevado risco de o país dar monumental vexame perante a comunidade internacional.

atrasos aeroportos brasilMais grave é que, das 12 cidades-sedes do maior evento esportivo do planeta, apenas três estão sendo contempladas neste primeiro momento com a tentativa de desestatização: Brasília, São Paulo e Campinas. Outras duas, o Rio de Janeiro e Belo Horizonte, foram postas na fila pelo Palácio do Planalto. Quanto às demais, as incertezas são ainda maiores. É lastimável. Afinal, desde o apagão aéreo de 2006, o brasileiro sabe quão saturado está esse tipo de transporte em todo o território nacional. Apesar das medidas paliativas tomadas a partir de então, o quadro continua grave. De um lado, pela manutenção dos investimentos em nível bastante aquém das necessidades. Por outro, pela recuperação da renda das famílias e correspondente aumento da demanda. Apenas no ano passado, o crescimento do número de passageiros foi da ordem de 23% e o do volume de cargas, de 13%.

O potencial da viação aérea brasileira é filão do qual a iniciativa privada foi mantida afastada todos esses anos por reles preconceito ideológico. Lembre-se de que privatização era o nome feio que os candidatos do PT Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff se esforçaram para colar nos adversários nas campanhas pela Presidência da República de 2002 para cá. O sectarismo não foi superado, mas a situação de emergência quebrou a resistência, embora ainda se apele à figura de retórica para tentar convencer o cidadão de que a privatização petista é diferente, sob a alegação de que o patrimônio continua com a União. A decisão, reconheceu o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, “deve-se à urgência por uma solução definitiva”. Pena que, em vez de devidamente planejada, tal conclusão tenha sido alcançada de modo açodado.

São águas passadas — e não adianta mais lastimar o tempo perdido. Resta olhar para a frente. O país pode escapar do vexame se as deficiências de espaço físico, infraestrutura, equipamentos e recursos humanos forem supridas com a parceria público-privada. Mas, repete-se, sem um marco regulatório ao mesmo tempo atraente e rigoroso, não se assegurará bons serviços (com preços justos) à população, condições operacionais satisfatórias para as empresas, segurança e respeito ao meio ambiente. Mais: como o regime é de concessão, o Estado precisa se preparar para missão administrativa e de fiscalização de maior monta. A prevalecer a incompetência no gerenciamento dos aeroportos, o padrão do transporte aéreo nacional pouco ou nada progredirá.

Fonte: Correio Braziliense
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Aeroporto de Congonhas – o centro do Brasil

 

O Aeroporto de Congonhas/São Paulo é o segundo mais movimentado aeroporto do Brasil. Com uma área um pouco maior que 1,5 km², Aeroporto de Congonhasestá localizado na cidade de São Paulo, no bairro de Vila Congonhas, distante apenas 8 km do marco zero da cidade.

Congonhas é o 96º Aeroporto mais movimentado do Mundo, e já foi o aeroporto com maior tráfego de passageiros do Brasil, perdendo atualmente apenas para o Aeroporto Internacional de Guarulhos.

Localizado no coração da cidade de São Paulo, é o elo para reuniões de negócios, compras e turismo para empresários, comerciantes e pessoas em férias com destino a outras localidades do País.

O governo estuda um novo modelo de concessão para aeroportos. Com esse novo modelo, está a criação de mais aeroportos de conexão (os chamados “hubs”). Hoje funcionam assim somente os Aeroportos de Guarulhos e Congonhas em SP e Brasília, com a possibilidade de construção de um terceiro aeroporto em São Paulo, com a finalidade de desafogar o tráfego de Congonhas e Guarulhos. O governo estuda ainda descongestionar o tráfego aéreo na capital paulista por meio da expansão do aeroporto de Viracopos e do aprimoramento dos terminais de cidades vizinhas, como Jundiaí, São José dos Campos, Sorocaba e Santos. A falta de um transporte rápido e eficiente entre estes aeroportos e o centro de São Paulo é hoje o principal problema para a implantação desta idéia.

Durante quase um ano após o acidente de 2007 (veja abaixo), o aeroporto só foi utilizado para vôos que iniciassem ou terminassem em Congonhas (sem as conexões), além do limite de vôos com distância inferior a 1.000 km. O número de operações (pousos e decoalgens) chegou a 38 por hora antes do acidente, mas foi diminuído por determinação da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil). Dados de 2007 mostram que o número de vôos por ano chegava a quase 8.000. Há interesse do governo em utilizar os outros aeroportos da região, especialmente o de Viracopos em Campinas, hoje utilizado principalmente para transporte de cargas (e também os aeroportos de Jundiaí, São José dos Campos e Guarulhos).

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Geral Notícias Transportes

Anac vai redistribuir autorizações de voo em Congonhas

aeroporto de congonhasAs empresas aéreas interessadas em operar no Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, têm até o dia 15 de janeiro para entregar sua documentação à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que irá redistribuir os slots (autorizações de pouso ou decolagem) disponíveis. Segundo a Anac, a redistribuição está programada para acontecer em 1º de fevereiro.

A agência reguladora explicou que, a despeito da redistribuição dos slots, o movimento do aeroporto será mantido em, no máximo, 30 operações por hora na aviação regular e quatro na aviação geral (aviões particulares, de táxi-aéreo e outros).

Atualmente, operam em Congonhas TAM, Gol/Varig, OceanAir e Pantanal. Com a limitação de 30 operações por hora, outras empresas interessadas dependiam da disponibilidade dos slots durante a semana – totalmente ocupados – ou teriam que operar somente nos finais de semana, quando a demanda cai. Por semana, Congonhas comporta, no máximo, 3.514 slots (502 por dia, de acordo com o horário de funcionamento do aeroporto).

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Trem-bala no Brasil será realidade

O núcleo político do governo Lula trabalha para que seja concluído até 2014 ao menos o primeiro trecho do Trem de Alta Velocidade que vai Trem bala - TGV - Brasilinterligar Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro, apesar de o cronograma oficial apontar como remota tal hipótese.

Na avaliação do ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais), o percurso entre os aeroportos de Cumbica (Guarulhos) e Viracopos (Campinas) deve ficar pronto antes da Copa do Mundo, em 2014.

“Muita gente já ouviu falar sobre esta obra e achava que não ia acontecer um dia. Estamos felizes que vamos colocá-la em andamento e que ela vai cumprir papel importante no seu trecho inicial já na Copa de 2014. E no trecho final para a Olimpíada de 2016.”

Para Padilha, as discussões acerca do traçado do trem são “naturais”. Pelo estudo referencial feito sob encomenda do Ministério dos Transportes, haverá estação intermediária em São José dos Campos e outras sazonais em Aparecida e Jundiaí. “É natural que haja discussão local. As pessoas fazem comentários e reagem muitas vezes sem conhecer a fundo os detalhes do projeto. Além disso, a obra é de grande envergadura, pois cria enorme expectativa na população, nos empresários. Cria expectativa sobre as estações, o traçado. O mais importante é que tem um grupo técnico muito sério que faz a avaliação da viabilidade econômica e dos cuidados com os impactos ambientais que vai tomar esta decisão. Estão ouvindo a população.”

Orçado em R$ 34 bilhões, o Trem de Alta Velocidade está em fase de finalização do edital de licitação. O governo criará empresa estatal para cuidar da execução e manutenção do projeto – cujos custos serão compartilhados com a União. O Tesouro poderá arcar com até 10% do volume total de recursos empregados no trem, a fim de atrair investidores privados internacionais.

O tamanho da participação pública no certame licitatório, todavia, ainda é objeto de análise no primeiro escalão do governo Lula. “A modelagem ainda está sendo finalizada.”

Fonte: Diário do Grande ABC