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Carreira

Construindo resultados superiores

Após deixar de lustrar os bancos escolares, quase sempre estamos tão preparados para a vida profissional quanto uma barata para dançar tango. Notas altas na escola não são necessariamente sinônimas de sucesso profissional. Na vida não somos medidos pelo que sabemos, mas sim pelo que fazemos com o que sabemos. Ou acreditamos em nossa capacidade de realização e colocamos em prática os conhecimentos à medida que aprendemos, ou inevitavelmente perderemos grandes oportunidades. Na hora da verdade, o que faz a diferença é ter aproveitado as oportunidades de praticar o que se aprendeu.

Com frequência não é o que não sabemos que nos impede de vencer, mas o nosso maior obstáculo muitas vezes é justamente o que já sabemos. Para o filósofo dinamarquês Soren Kierkegaard (1813 – 1855) “A vida só pode ser compreendida olhando-se para trás, mas deve ser vivida olhando-se para frente”.

O conhecimento é como o iogurte “danoninho”, tem prazo de validade. Também é situacional, tem validade em certo contexto histórico que nem sempre se repete. Situações novas exigem novas soluções. Os novos mercados são altamente competitivos, os concorrentes são mais competentes, os clientes estão mais bem informados, os produtos e serviços estão cada vez mais parecidos e com preços semelhantes. O maior desafio não é mais concluir uma faculdade de primeira linha com distinção, mas assegurar resultados para a empresa, clientes e para si mesmo ao enfrentar o rigoroso teste de mercado.

Você está satisfeito com a vida que está levando ao ponto de não querer melhorar?

Decida-se à:

1- Trabalhar com metas. Começar o dia fixando objetivos de curto, médio e longo prazo. Metas são motivadoras e dão energia. Elas são o “norte”, indicam o caminho a ser seguido. São balizadores das decisões.

2 – Fixar as ações e os prazos para concretizá-las.

3- Ser ambicioso e ajudar os clientes a satisfazerem as suas ambições, o que é diferente de ser ganancioso.

4 – Ser feliz e gostar do que faz. Só assim seremos mais produtivos.

5 – Conhecer. Não abrir mão de conhecer tudo aquilo que for necessário para o sucesso.

6 – Gostar de se relacionar com pessoas (gostar de gente). Normalmente as decisões são emocionais, apenas são justificadas racionalmente. O bolso dos clientes está mais perto do coração do que da cabeça.

7 – Ser criativo e audaz. Desenvolver a capacidade de criar caminhos novos e novas soluções.

8 – Ser capaz de evoluir de acordo com o mundo que o cerca. Ser capaz de mudanças, pois quem não muda dança. Todo o processo de mudança, independente do resultado, contribui para a sua evolução e crescimento.

9 – Assumir responsabilidades. Apenas crianças não são responsáveis e não assumem responsabilidades. Nós somos os únicos responsáveis por aquilo que nos acontece.

10 – Ter visão empresarial. Buscar conhecimento para administrar melhor as finanças, pois ela é a base do sucesso financeiro das pessoas físicas e jurídicas.

11 – Ser capaz de pensar. A cabeça não foi feita somente para usar chapéu.

12- Trabalhar em Equipe. O resultado final não é só de um, é de todos. Frutos maiores são conseguidos com o envolvimento de mais gente com responsabilidade.

13 – Cumprir com a palavra empenhada. Só se consegue resultados duradouros conquistando e mantendo a confiança e a credibilidade.

Desde quando Deus é o único responsável pelo que nos acontece na vida? Fomos dotados de livre arbítrio. Da capacidade de fazer escolhas. O que somos hoje é fruto das decisões tomadas no passado. Seremos no futuro o que decidirmos ser a partir de hoje.

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Colaborações

Mais de 40% dos alunos das universidades federais são das classes C, D e E

Cerca de 43% dos estudantes das universidades federais são das classes C, D e E. O percentual de alunos de baixa renda é maior nas instituições de ensino das regiões Norte (69%) e Nordeste (52%) e menor no Sul (33%). É o que mostra pesquisa da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), que será lançada hoje (3), sobre o perfil dos estudantes das universidades federais.

educação superior brasil classes C D EPara a Andifes, o resultado do estudo, que teve como base 22 mil alunos de cursos presenciais, desmistifica a ideia de que a maioria dos estudantes das federais é de famílias ricas. Os dados mostram, entretanto, que o percentual de alunos das classes mais baixas permaneceu estável em relação a outras pesquisas feitas pela entidade em 1997 e 2003.

Segundo o presidente da Andifes, João Luiz Martins, as políticas afirmativas e a expansão das vagas nas federais mudaram consideravelmente o perfil do estudante. A associação avalia que se não houvesse as políticas afirmativas, o atendimento aos alunos de baixa renda nessas instituições teria diminuído no período.

Martins destaca que se forem considerados os estudantes com renda familiar até cinco salários mínimos (R$ 2.550), o percentual nesse grupo chega a 67%. Esse é o público que deveria ser atendido – em menor ou maior grau – por políticas de assistência estudantil. A entidade defende um aumento dos recursos para garantir a permanência do aluno de baixa renda na universidade. “Em uma família com renda até cinco salários mínimos, com três ou quatro dependentes, a fixação do estudante  na universidade é um problema sério”, diz Martins, que é reitor da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop).

O estudo identifica que 2,5% dos alunos moram em residência estudantil. Cerca de 15% são beneficiários de programas que custeiam total ou parcialmente a alimentação e um em cada dez recebe bolsa de permanência.

Dificuldade de se manter

Vânia Silva, 26 anos, ex-aluna do curso de pedagogia da Universidade de Brasília (UnB), contou, ao longo de toda a graduação, com bolsas e outros tipos de auxílio. No primeiro semestre, a ajuda era de R$ 130, insuficiente para os gastos com alimentação, transporte e materiais. Ela participou de projetos de pesquisa e extensão na universidade para aumentar o benefício e conseguiu moradia na Casa do Estudante. Mas  viu colegas desistirem do curso porque não tinham condições de se manter.

“Para quem quer ter um bom desempenho acadêmico, o auxílio é muito pequeno. Esse dinheiro eu deveria gastar em livros ou em viagens para participar de encontros de pesquisadores, mas usava para custear minhas necessidades básicas”, conta. Hoje, ela é aluna de pós-graduação e a bolsa que recebe continua sendo insuficiente para os objetivos que pretende alcançar. “Já tive trabalhos inscritos até em congressos internacionais, mas com essa verba não dá para bancar uma viagem”, diz.

Os reitores destacam que a inclusão dos estudantes das famílias mais pobres não é a mesma em todos os cursos. Áreas mais concorridas como medicina, direito e as engenharias ainda recebem poucos alunos com esse perfil. Cerca de 12% das matrículas nas federais são trancadas pelos alunos e, para a associação, a evasão está relacionada em grande parte à questão financeira.

“Em outras parte do mundo, a preocupação do reitor é com a qualidade do ensino e com a pesquisa. Mas aqui, além de se preocupar com um bom ensino, ele também tem que se preocupar com a questão social”, compara Álvaro Prata, reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Para 2012, a Andifes reivindicou ao Ministério da Educação (MEC) que dobre os recursos destinados à assistência estudantil. A previsão é que a verba seja ampliada dos atuais R$ 413 milhões para R$ 520 milhões, segundo a entidade. “Com a política de cotas e a expansão da UnB para as cidades satélites, houve um aumento muito grande da necessidade de políticas de assistência estudantil. Mas isso é secundário para o governo e a própria administração da universidade. Muitas vezes, eles acham que têm que trabalhar para ter mais sala de aula e laboratório, mas não há o restaurante universitário”, observa a representante do Diretório Central dos Estudantes da UnB, Mel Gallo.

Fonte: Amanda Cieglinksi, da Agência Brasil