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Comércio Exterior - COMEX Gestão Gestão da Cadeia de Suprimentos Logística Supply Chain Management

Escolher bem os parceiros comerciais

Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) indicam que, em janeiro, os EUA voltaram a ocupar o primeiro lugar entre os países que recebem produtos brasileiros, com um total de R$ 2,3 bilhões, superando a China, que comprou US$ 1,8 bilhão. Esse é um fato a comemorar, ainda que exista um flagrante desequilíbrio na balança Brasil-EUA que precisa ser corrigido.

De fato, em 2011, os EUA venderam US$ 33,9 bilhões em produtos para o Brasil, que conseguiu exportar apenas US$ 25,8 bilhões para o mercado norte-americano, o que produziu um déficit de US$ 8,1 bilhões. Esse é um motivo de preocupação porque, afinal, o Brasil é um das raras nações que deram aos EUA a oportunidade de obter um superávit comercial.

Maior mercado do planeta, os EUA costumam comprar fora quase tudo o que a sua grande sociedade consumista precisa, assumindo déficits comerciais com praticamente o resto do mundo. Isso significa que o Brasil, oitavo maior parceiro comercial dos EUA, só conseguiu essa “proeza” porque, nos últimos anos, embalado por uma política terceiromundista, o seu governo entendeu que precisava reduzir o grau de dependência em relação ao gigante do Norte, vendendo mais para países emergentes.

Ora, uma coisa nada tem a ver com a outra, pois o Brasil poderia ter aumentado suas vendas para mercados alternativos, sem deixar de vender mais para os EUA. Isso deixa claro que o País não investiu tanto quanto deveria em feiras e outras atividades de promoção comercial em solo norte-americano.

Superada essa visão estrábica, o atual governo parece que descobriu que está na hora de usar mais a Embaixada e os consulados do Brasil nos EUA para promover os produtos nacionais, pois é assim que age o nosso principal parceiro em solo brasileiro. É de lembrar que o governo estadunidense deu mostras de estar mais interessado no emergente mercado brasileiro do que o governo brasileiro no mercado norte-americano.

Basta ver que, além de atrair empresas brasileiras para que montem fábricas nos EUA e criem empregos para os seus cidadãos, o governo norte-americano abriu os olhos para a poderosa classe média brasileira, oferecendo facilidades para os turistas que desejam conhecer as delícias da Disneyworld e outras atrações.

Aproveitando esse despertar, o governo brasileiro, além de superar o contencioso aberto em relação aos aviões da Embraer, precisa aprofundar as relações comerciais com os EUA, grande comprador não só de produtos manufaturados de alto conteúdo tecnológico como de produtos químicos, ferro-liga, petróleo em bruto e café em grão. Isso não significa deixar de lado a China, país que só se interessa por produtos primários, como minério de ferro e soja.

Com essa nação, é preciso alcançar um relacionamento mais equilibrado, que supere a concorrência desleal e predatória de seus produtos manufaturados, especialmente no ramo de calçados, que vem colocando a indústria nacional em xeque. Escolher bem os parceiros comerciais é fundamental para construirmos o País que queremos.

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Leitura Recomendada

Estratégias de suprimentos

livro estratégias de suprimentosEstabelecer uma boa estratégia de suprimentos pode ser o grande diferencial de uma empresa. Assim como a gestão da cadeia de suprimentos, a estratégia de suprimentos é um esforço coordenado entre diferentes empresas (elos) para garantir uma relação sadia, produtiva e principalmente lucrativa para os envolvidos.

Identificando parceiros para os negócios e explorando os benefícios desses relacionamentos é possível mudar o foco para a redução do custo total, ao invés da redução apenas no preço. Para se ter uma noção dos resultados que são possíveis de serem alcançados quando se utiliza com sabedoria estes conceitos de estratégias de suprimentos, basta dizer que a Walt Disney Company obteve economias anuais de US$ 300 milhões, a Bell South melhorou seu resultado em mais de US$ 1 bilhão e a IBM atingiu economias sustentáveis de 5% em todo o portfólio de compras.

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Carreira Logística

O que faz o profissional na área de compras e suprimentos?

compras e suprimentos logísticaNa busca por ilustrar da melhor maneira possível as diferentes possibilidades profissionais para a área de logística, temos visto uma série de matérias sobre carreira e profissão. Dentre elas, entrevistamos profissionais da área para entender melhor a área, as responsabilidades e quais as sugestões que eles fazem para aqueles que desejem entrar nesse mercado.

Hoje entrevistaremos Israel Grüdtner, Engenheiro de Produção da Petrobras, atuando na área de Suprimentos. Ele tem experiência como analista de logística de uma grande rede de supermercados e já atuou como consultor e professor na área de sistemas de armazenagem e estoques. Israel é graduado em Engenharia de Produção Elétrica e possui mestrado em Engenharia de Produção na área de logística e transportes, ambos pela Universidade Federal de Santa Catarina. Atualmente cursa especialização em Administração de Empresas pelo ISAE/FGV.

Na entrevista ele destaca que o profissional de logística deve ter a visão sistêmica, analisando custos e processos. Ele destaca ainda que o profissional deve ter o CHA (se você não sabe o que é o CHA, leia a entrevista na íntegra abaixo e confira também a matéria O que você precisa saber para conseguir um estágio ou emprego onde este assunto é recorrente).

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Gestão da Cadeia de Suprimentos Logística Supply Chain Management

Confiança na Cadeia de Suprimentos

Por Ivan H. Vey e Alceu B. Junior

confiança negóciosBusca-se nesse texto avaliar a importância da confiança entre os atores da Cadeia de Suprimentos e a relação existente entre a confiabilidade da Cadeia e os riscos a que ela está exposta. Em primeiro lugar faz-se o levantamento dos riscos existentes, em seguida avaliam-se questões relacionadas a confiança e por fim faz-se a relação entre riscos e confiança dentro da Cadeia de Suprimentos.

O oportunismo é um risco eminente em todos os ramos de negócio, geralmente um player com visão de curto prazo e que deseja retornos imediatos acaba utilizando desse artifício. Williamson (1985: 30) define como “condição da busca de auto-interesse com astúcia” o que resume comportamento como mentir, roubar, lograr, formas sutis de enganar, revelar informação de forma distorcida ou incompleta, ofuscar, confundir, etc. “Uma das implicações do oportunismo é que os modos de cooperação ideais da organização econômica são muito frágeis e por isso são invadidas e exploradas por agentes que possuem estas qualidades”.

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Gestão da Cadeia de Suprimentos Logística Supply Chain Management

Custos logísticos: discussão sob uma ótica diferenciada

Artigo de autoria de Ana Cristina Faria

A Logística, atualmente, é considerada relevante, em muitos segmentos de negócio, por seus custos, pelas oportunidades de otimização dos mesmos e pelos impactos na apuração de valor econômico, que podem resultar em aperfeiçoamento do processo logístico. Este artigo tratou a respeito dos custos logísticos, seus elementos na gestão da Logística Empresarial, associados aos fatores físicos determinantes de custos, aos macroprocessos existentes (abastecimento, planta e distribuição) e das cadeias logísticas que os compõem. O princípio objetivo foi o de ordenar, de forma diferenciada, a discussão sobre o tema central que vem sendo comentado na literatura de Logística e evidenciar as informações de custos que deveriam ser geradas pela Controladoria no suporte à gestão da Logística Empresarial.

O propósito da estruturação realizada, para ordenar a discussão sobre os elementos de custos logísticos, foi buscar a abrangência na visão desses custos, e não aprofundar / detalhar a discussão sobre cada um deles.

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Logística Descomplicada

Blog Logística Descomplicada

Leandro Callegari Coelho, editor
Leandro Callegari Coelho, editor

Aqui você encontrará informações sobre tudo o que envolve a área logística: transportes, estoques, previsão, qualidade, redes de empresas, dentre muitos outros temas. Faça uma busca na caixa de pesquisa à direita, ou utilize o menu de opções à esquerda.

O editor é mestre em Engenharia de Produção e cursa PhD em Gestão de Operações. O blog conta com um grupo de colaboradores também muito qualificado.

Aproveite sua visita, e caso não encontre o assunto procurado, entre em contato! Um abraço.

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Demanda Geral Gestão Logística Previsão

Reduzir os estoques para melhorar os custos

estoques

Gestão de estoques – Onde atuar para diminuir seus estoques e melhorar seus custos

A crise econômica está dando sinais de que ficou para trás, mas isso não significa dinheiro sobrando no caixa das empresas, muito menos que é hora de afrouxar as rédeas do controle e do corte de despesas desnecessárias.

Uma área em que sempre é possível melhorar é na gestão do inventário. Dependendo do tipo de produto com que sua empresa trabalha, o nível de estoques incorreto pode ser seu fim. Níveis adequados de estoques têm impacto direto no giro de caixa e nos custos, e nunca será demais melhorar a gestão de estoques.

Dado que os estoques estão lá para atender a uma demanda futura, normalmente desconhecida, deve-se focar na melhoria dos sistemas de gestão de estoques, de previsão de demanda e na avaliação da qualidade dos mesmos.

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Geral Gestão Logística

Responsabilidade ambiental – função de todos

Responsabilidade ambiental e sustentabilidadeEm busca de processos mais verdes

Não há como negar a crescente atenção dada ao meio ambiente, aquecimento global e responsabilidade ambiental. Espera-se que as empresas façam sua parte para diminuir as emissões de carbono, e os olhos dos consumidores estão voltados a isto. Logo, não é mais uma opção promover processos ecologicamente responsáveis: agora é obrigação.

No entanto, isto não significa que as empresas precisam gastar mais para atender a esta nova demanda. Pelo contrário, é possível lucrar mais com isto.

Pesquisas indicam que pelo menos 75% dos consumidores afirmam que suas decisões de compras são influenciadas pela reputação ecológica da empresa, e que até 80% estariam dispostos a pagar um pouco mais caro por um produto ecologicamente correto. Já se foi o tempo em que os consumidores apenas pensavam no assunto, hoje eles já pagam por isso. Vejamos dois exemplos.

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Geral Gestão da Cadeia de Suprimentos Logística Qualidade Supply Chain Management Transportes

A nova onda: Logística Reversa

Logística reversa: o transporte de trás pra frente

Com o crescente volume de negócios em escala mundial e a imensa quantidade de produtos transportados diariamente, aumenta também a quantidade de lixo gerado e de materiais que precisam ser mandados de volta à sua origem. Esse tráfego de produtos no sentido contrário da cadeia de produção normal (dos clientes em direção às indústrias) precisa ser tratado adequadamente, para evitar trabalho e custos extras.

A logística reversa é a área responsável por este fluxo reverso de produtos, seja qual for o motivo: reciclagem, reuso, recall, devoluções, etc. A importância deste processo reside em dois extremos: em um, as regulamentações, que exigem o tratamento de alguns produtos após seu uso (como as embalagens de agrotóxicos ou baterias de celulares); na outra ponta, a possibilidade de agregar valor ao que seria lixo. Veremos mais detalhes ao longo deste artigo.

Com o aumento das pressões da sociedade para produtos e processos ecologicamente corretos, a reciclagem ganha força e a logística reversa é um dos principais motores deste movimento. Além de contribuir legitimamente para a redução dos impactos ao meio ambiente há um ganho de imagem para a empresa que o faz. Há exemplos de reciclagem que já são práticas comuns: latas de alumínio, garrafas pet, papel, dentre outros itens de pós-consumo.

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Gestão Gestão da Cadeia de Suprimentos Logística Supply Chain Management

Como aumentar o valor percebido pelos seus clientes?

Matéria publicada no portal INBRASC em junho de 2009:

Aumentando a percepção de valor dos seus produtos junto a seus clientes

Autor: Leandro Callegari Coelho.

A luta acirrada pelos melhores clientes e a tentativa de se relacionar com os melhores fornecedores faz com que áreas antes consideradas periféricas na gestão empresarial passem a ser significativas. Uma dessas áreas é a logística, que deixou de ser responsável apenas por transportar mercadorias (um centro de custos), e passou a ser determinante para o sucesso de muitas organizações, (um centro de lucro) agregando valor aos produtos. No entanto, a logística como é geralmente conhecida e praticada nas empresas, restrita aos processos de armazenagem, movimentação e transporte, não consegue fazer o que se espera deste setor atualmente – agregar valor ao produto frente às necessidades dos clientes. Diversos fatores têm contribuído para que a logística assuma um papel de destaque nas empresas, dentre eles a equiparação do poder das empresas em diversas áreas que antes serviam de diferencial e a visualização da possibilidade de se utilizar o fluxo de produtos na cadeia de suprimentos como uma nova estratégia de diferenciação e redução de custos. Aliado a esta condição, atualmente a logística pode interagir com outros setores dentro da empresa e mesmo fora dela com fornecedores e clientes. Por meio de avançadas tecnologias de informação e de uma diferente visão em relação às parcerias, pode-se, por exemplo, desenvolver produtos com fornecedores e clientes, formatados para um transporte mais eficiente, agregando valor final através da logística. O profissional de logística deve agir para a criação de valor, seja na visão dos clientes, seja na visão daquele que oferece o bem, o que significa que é preciso trabalhar com uma visão de valor para toda a cadeia de suprimentos. A agregação de valor deve beneficiar todos os atores do processo produtivo e de uso do produto.