Nesta série de matérias sobre os portos secos, você verá como eles podem ajudar a logística nacional, diminuindo custos e prazos para importações e exportações. Através de estudos de casos você verá exemplos de utilizações bem sucedidas destes terminais logísticos. Nesta matéria abordamos como os portos secos podem ajudar nos processos de importação, através do estudo de caso da importação de vodka da Suécia.
Por Leandro Callegari Coelho e Carlos Araújo*
Importação de Vodca Sueca: Necessidade de Selagem e Vistoria do Ministério da Agricultura
Vodca no Brasil tem basicamente duas macro-exigências: a necessidade da selagem na garrafa (Selo do IPI) e a conferência por parte do Ministério da Agricultura, das características físico-química dos produtos, o que obriga a passar por análises laboratoriais.
Sabendo disso, esse tipo de mercadoria não pode ficar armazenada na zona primária por alguns motivos. Primeiro que o porto não tem especialização em fazer serviço de desunitização, separação, selagem e unitização com a agilidade e o cuidado que o produto precisa. Segundo, que o porto foi concebido para operar com navio, trabalhando com milhares de contêineres, e não com um importador. O escopo de serviço do porto não se enquadra com as necessidades que as importadoras de bebidas querem.
E por último, mas não menos importante, preparar e aplicar os selos requer um contingente de pessoas muito grande e uma área específica, coisa que os portos não são especializados e nem estão preparados a oferecer.