O voto informatizado utilizado nas eleições brasileiras comemorou 14 anos de vida em 2010, já que começou a ser implementado em 1996. Mas sua história começou nove anos antes, em 1985, quando foi publicada a Lei que regulamentava a implantação do processamento eletrônico de dados no alistamento eleitoral e a revisão do eleitorado.
Nas eleições municipais de 1996, iniciou-se a implementação do voto eletrônico, quando cerca de um terço do eleitorado brasileiro votou na urna eletrônica. Em 1998, o sistema eletrônico de votação foi utilizado nas eleições gerais (presidente da República, governadores, senadores, deputados federais e deputados estaduais) sem contemplar todo o eleitorado, mas alcançando 75 milhões de eleitores.
Já nas eleições municipais de 2000, a informatização foi total e, desde então, a Justiça Eleitoral vem ampliando o número de urnas eletrônicas para atender o crescimento do eleitorado brasileiro. Em 2002, o Brasil realizou a primeira eleição geral inteiramente informatizada, e 115 milhões de eleitores digitaram seu voto na urna eletrônica.
Como os dois pilares da Justiça Eleitoral brasileira são a transparência e a segurança, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tem investido cada vez mais em tecnologias que visem garantir um sistema de votação ainda mais democrático e seguro. As urnas com leitor biométrico, que possibilitam ao eleitor registrar seu voto por meio da identificação biométrica, é a mais nova dessas tecnologias.
Confira nas tabelas abaixo alguns números das eleições de 2006, 2008 e 2010:
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Conheça também o eleitorado por gênero:
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As eleições de 2010: apuração dos votos para presidente no segundo turno:
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Os 5 Estados com o maior número de seções são: SP com 80.220, MG com 43.851, RJ com 30.911, BA com 30.162 e RS com 25.893.
Os 5 Estados com menor numero de seções são: RR com 893, AP com 1.199, AC com 1.457, TO com 3.226 e RO com 3.373.
Esta eleição custou aos cofres públicos R$ 490 milhões, correspondente a R$ 3,60 por eleitor.
Curiosidades das eleições de 2010
– Empate – Entre as 80 cidades brasileiras que têm mais de 200 mil eleitores, Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) venceram em 40 cada um. Na soma desses municípios, a petista obteve 52,22% dos votos válidos, contra 47,78% do adversário tucano.
– Domínio – A petista Dilma Rousseff ganhou em todos os municípios de quatro estados: Pernambuco, Maranhão, Amazonas e Amapá. No Ceará, José Serra só conseguiu vencer em uma única cidade. Ele liderou a apuração em Viçosa do Ceará, onde teve 51,36% dos votos.
– Pouca diferença em BH – Entre os colégios com mais de 200 mil eleitores, a disputa mais acirrada entre Dilma e Serra ocorreu em Belo Horizonte (MG), cidade natal da petista. Apesar do apoio do ex-governador e senador eleito Aécio Neves (PSDB), Serra venceu com uma pequena margem na capital de Minas Gerais. Foram 662.232 votos, contra 651.989 da petista.
– Vitória larga na terra de Fidel – Fora do país, Dilma teve quase todos os votos em Havana, Cuba, terra dos irmãos Castro. Foram 248 votos (ou 97,64%), contra apenas seis de José Serra (2,36%).
– Maior vantagem – Calumbi (PE) registrou a maior vantagem de Dilma Rousseff. Ela recebeu 96,51% dos votos válidos, contra 3,49% do adversário do PSDB. A vitória mais folgada de Serra foi em Porto Acre (AC), onde recebeu 80,33% dos votos válidos, contra 19,67% da adversária.
– Disputa mais acirrada – As duas maiores ocorrências de equilíbrio no segundo turno foram registradas em Jaraguari (MS), onde Dilma ganhou por apenas um voto de vantagem (1.539 contra 1.538), e em Caiçara do Rio do Vento (RN), onde Serra recebeu 1.160 votos, contra 1.159 da petista.
– Resultados semelhantes – Quatro cidades tiveram um resultado na eleição presidencial muito parecido ao registrado no país. Em Santa Maria do Herval (RS), Dilma somou 56,03% dos votos, e Serra, 43,97%. Em Maçambara (RS), a petista venceu por 56,04% a 43,96%. Em Diorama (GO), Dilma teve 56,06%, e Serra, 43,94%. Em Luís Antônio (SP), a candidata do PT liderou por 56,07% contra 43,93%.
– Maior percentual de brancos – A cidade mineira de Dores de Campos teve o maior percentual de votos em branco do país. O município registrou 5,86%. Depois aparecem Monções (SP), com 5,18%; Grossos (RN), com 4,93%; e Desterro de Entre Rios (MG), com 4,89%.
– Menor percentual de brancos – O município de São Félix do Tocantins (TO) registrou apenas um voto em branco (0,14%), menor percentual entre todos os municípios do país. Tonantins (AM) ficou em segundo, com 0,18%, seguido por outra cidade amazonense, Maraã, com 0,23%.
– Maior percentual de nulos – Com 12,55%, Cacimbas (PB) registrou o maior percentual de votos nulos do país. Em Geminiano (PI), 11,98% anularam o voto. Em Patos do Piauí (PI), o índice ficou em 11,75%. Outra cidade piauiense, Ribeira do Piauí, teve 11,59% de votos nulos.
– Menor percentual de nulos – Em Santa Rita do Trivelato (MT), apenas dez dos 1.075 eleitores que compareceram às urnas anularam seus votos (0,91%), menor percentual registrado no país. Em Westfália (RS), o índice ficou em 0,94%.Em Entre Rios do Oeste (PR), ficou em 1,03%.
A Equipe de Governo da Presidente Dilma Rousseff:
Órgãos com Status de Ministério
Advocacia Geral da União – Luiz Inácio de Lucena Adams
Banco Central – Alexandre Tombini
Controladoria Geral da União – Jorge Hage
Gabinete de Segurança Institucional – José Elito Carvalho Siqueira
Secretarias com Status de Ministério
Secretaria Geral da Presidência – Gilberto Carvalho
Secretaria de Relações Institucionais – Luiz Sérgio Nóbrega
Secretaria de Comunicação Social – Helena Chagas
Secretaria de Assuntos Estratégicos – Moreira Franco
Secretaria Especial de Política para Mulheres – Iriny Lopes
Secretaria Especial de Políticas de Promoção e Igualdade Racial – Luiza Helena de Barros
Secretaria Especial de Portos – Leônidas Cristino
Secretaria Especial de Direitos Humanos – Maria do Rosário
Ministérios
Casa Civil – Antonio Palocci
Ministério da Fazenda – Guido Mantega
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – Fernando Pimentel
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão – Miriam Belchior
Ministério do Desenvolvimento Agrário – Afonso Florence
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Wagner Rossi
Ministério da Justiça – José Eduardo Cardozo
Ministério da Pesca e Aquicultura – Ideli Salvatti
Ministério da Defesa – Nelson Jobim
Ministério de Relações Exteriores – Antonio Patriota
Ministério das Minas e Energia – Edison Lobão
Ministério da Integração Nacional – Fernando Bezrra Coelho
Ministério das Comunicações – Paulo Bernardo
Ministério das Cidades – Mário Negromonte
Ministério do Meio Ambiente – Izabella Teixeira
Ministério da Ciência e Tecnologia – Aloizio Mercadante
Ministério da Cultura – Ana de Hollanda
Ministério dos Transportes – Alfredo Nascimento
Ministério do Esporte – Orlando Silva Jr.
Ministério da Educação – Fernando Haddad
Ministério da Previdência Social – Garibaldi Alves
Ministério da Saúde – Alexandre Padilha
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome – Tereza Campelo
Ministério do Trabalho e Emprego – Carlos Lupi
Ministério do Turismo – Pedro Novais
Referências:
3 respostas em “Uma revisão das eleições de 2010”
A nova tecnologia biometrica nas urnas eletronicas sera mesmo de grande valia? não trará mais gastos com os processo? o eleitor enfrentará resistência? tem como vcs me da uma opinião sobre isto?
tem como voçes me manda estas resposta por mail?
deste então muito obrigado!
Eder, são perguntas que só teremos respostas precisas depois de implantar o sistema.
Minha opinião é que não teremos este sistema implantado no curto prazo, mas acho válido pois dá mais segurança ao processo. Acredito também que o eleitor brasileiro já está adaptado à urna eletrônica e "esqueceu" os tempos de voto em papel.
É de grande valia ais informaçoes,vou imprimir para naõ esquecer,sempre muito importante.Gostaria de perguntar para o Leandro sobre os cursos que o log. desc. iria lancar?