O vulcão da Islândia que continua lançando cinzas na atmosfera continua causando caos aéreo na Europa.
O vulcão Fimmvorduhals da geleira Eyjafjallajoekull, localizado na Islândia voltou a tornar-se ativo na última quinta-feira (15 de abril) e desde então lança cinzas na atmosfera, que foram carregadas pelo vento e chegaram à Europa.
Pelo risco de problemas nos aviões, o espaço aéreo em boa parte da Europa foi fechado (veja quadro abaixo). Não há previsão de retorno à normalidade, e a situação depende da natureza: o vulcão precisa parar de lançar cinzas e os ventos precisam colaborar para a dispersão das mesmas.
O maior caos aéreo da história mundial já cancelou mais de 17.000 vôos em três dias, atingiu mais de 30 milhões de passageiros e causou um prejuízo de mais de R$ 2 bilhões somente para as companhias aéreas britânicas.
Neste sábado havia aeroportos fechados em 27 países Europeus, que causavam efeitos em cascata pelo mundo, com cancelamentos de decolagens nos outros continentes e impediam os passageiros de movimentar-se pelos ares europeus. A expectativa é que a nuvem de cinzas vulcânicas atinja outros países nos próximos dias, e cientistas acreditam que um vulcão vizinho possa entrar em erupção, piorando a situação. Na última vez que este vulcão esteve ativo ele lançou cinzas na atmosfera por 2 anos (há 200 anos).Este caos aéreo gerou uma busca nunca vista por outros meios de transporte. Há pessoas pagando milhares de Euros por viagens internacionais de táxi, já que os serviços de trens e ônibus estão superlotados. A Eurostar informou que houve uma demanda de 50.000 passageiros extras nos trens entre Londres, Bruxelas e Paris desde o início dos problemas na 5ª-feira.
De acordo com portal G1, esta é a situação dos aeroportos na Europa (dados disponíveis até sábado as 22h):
Confira a situação dos principais aeroportos na Europa | ||||
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País | Aeroporto | Situação | ||
Alemanha | espaço aéreo fechado | até 14h (horário local) de domingo (18) | ||
Áustria | espaço aéreo parcialmente fechado | até 12h (horário local) de domingo | ||
Belarus | espaço aéreo fechado | até 13h (horário local) de domingo | ||
Bélgica | espaço aéreo fechado | até 6h (horário local) de domingo | ||
Bósnia | espaço aéreo fechado | até a manhã de domingo | ||
Croácia | espaço aéreo fechado | tempo indeterminado | ||
Dinamarca | espaço aéreo fechado | até 6h (horário local) de domingo | ||
Eslováquia | espaço aéreo fechado | tempo indeterminado | ||
Eslovênia | espaço aéreo fechado | tempo indeterminado | ||
Espanha | espaço aéreo parcialmente fechado | tempo indeterminado | ||
Estônia | espaço aéreo fechado | tempo indeterminado | ||
Finlândia | espaço aéreo fechado | até 12h (horário local) de domingo | ||
França | Roissy-Charles de Gaulle, Orly, Le Bourget | fechados até as 8h (horário local) de segunda-feira (19) | ||
Nantes, Lyon | fechados por tempo indeterminado | |||
Holanda | espaço aéreo fechado | fechado por tempo indeterminado | ||
Hungria | espaço aéreo fechado | tempo indeterminado | ||
Irlanda | espaço aéreo fechado | até ao menos 12h (horário local) de domingo | ||
Itália | todos os aeroportos no norte do país | fechados até as 6h (horário local) de segunda-feira (19) | ||
Noruega | todos os aeroportos no sul do país | fechados por tempo indeterminado | ||
Polônia | espaço aéreo fechado | tempo indeterminado | ||
Reino Unido | espaço aéreo fechado | até as 6h (horário local) de domingo | ||
República Checa | espaço aéreo fechado | até 12h (horário local) de domingo | ||
Romênia | espaço aéreo fechado | tempo indeterminado | ||
Rússia | voos atrasados e cancelados | |||
Sérvia e Montenegro | espaço aéreo fechado | tempo indeterminado | ||
Suécia | espaço aéreo fechado | tempo indeterminado | ||
Suíça | espaço aéreo parcialmente fechado | até 14h (horário local) de domingo | ||
Ucrânia | espaço aéreo fechado, exceto aeroporto de Simferopol | tempo indeterminado |
Além dos efeitos óbvios para os passageiros, as companhias aéreas estão preocupadas pois estavam recém saindo do prejuízo causado pela recessão mundial dos anos anteriores. Com a previsão de que a nuvem não vá se dissipar rapidamente e o vulcão que continua ativo, as perspectivas não são boas.
Enquanto isso as empresas de transporte terrestre e aquático vêem suas demandas e seus lucros dispararem.
Outros efeitos de médio e longo prazo são difíceis de serem estimados, enquanto a meteorologia e a geologia não conseguirem dar previsão mais precisas sobre o que irá acontecer nas próximas horas e nos próximos dias.
Outro setor muito afetado pelo fechamento dos aeroportos europeus é a Fórmula 1. Já vimos aqui no site que a F1 tem uma logística muito evoluída, com margens para manobra na área logística. Este final de semana ocorreu a corrida na China, e carros e pilotos devem retornar à Europa para ajustes, treinamentos e para a próxima corrida na Espanha em três semanas. As equipes dizem que podem tolerar um atraso de alguns dias, mas se o caos persirtir por mais uma semana, elas acreditam que terão problemas para manter seus trabalhos em dia.
Estaremos acompanhando o desenrolar desta história. Estaremos atentos a alguma tendência ou efeito importante desta crise.
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